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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Uma declaração pública, transparente e sincera sobre o chanceler acidental - Paulo Roberto de Almeida

 Uma declaração pública, transparente e sincera sobre o chanceler acidental

Paulo Roberto de Almeida

O Itamaraty NUNCA teve, em quase 200 anos de história, chanceler tão medíocre, tão despreparado, tão sabujo de potência estrangeira, tão subserviente a ignorantes e loucos quanto EA. 

Ocupa uma posição ÚNICA nessa trajetória: a dos ineptos absolutos, a dos desqualificados por definição, a dos inadequados por simples diagnóstico primário: a do equilíbrio e preparo para a função.

Só está no cargo porque os aloprados do poder queriam um submisso total, sem qualquer vontade própria ou requisitos de defesa da própria honra pessoal.

Submeteu-se à contrafação de forjar um perfil fraudulento para alçar-se a um cargo a que nunca seria convidado pela “ordem natural das coisas”.

Mentiu ao seu suposto guru, mentiu a quem lhe atraiu para o cargo, continuou mentindo ao longo de toda a sua infeliz trajetória no Itamaraty, durante a qual desonrou as tradições da Casa, diminuiu a dignidade do cargo, submeteu os interesses nacionais a um dirigente estrangeiro — tão aloprado, despreparado, megalomaníaco e destrutivo quanto os nacionais, que o adotaram como modelo e chefe virtual — e envergonhou o Brasil e todos os brasileiros em face do mundo, diminuindo o grande prestígio internacional que a diplomacia profissional tinha acumulado até então. Fez o Brasil perder o respeito dos vizinhos, alienou parceiros estratégicos por ideologias idiotas — como as teorias alucinadas sobre o globalismo — e causou perdas reais à sociedade, pela perda de oportunidades externas.

Pior que tudo: aliou-se estreitamente, servilmente, às posturas irresponsáveis do dirigente negacionista no tratamento inadequado e perverso da pandemia, no que pode ser chamado de CRIME MORAL!

Em síntese, foi o PIOR chanceler que jamais nós, os diplomatas profissionais, poderíamos sequer imaginar que um dia estaria à frente do Itamaraty.

Seu único gesto de dignidade pessoal seria renunciar. 

Não acredito que o fará. 

Teria de ser “renunciado”! 

Se, claro, existisse uma clara consciência em setores responsáveis quanto à importância do cargo para a imagem externa da nação. 

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 5/02/2021