A tragédia da política brasileira
Paulo Roberto de Almeida e Augusto de Franco
Copiando (abaixo) de Augusto de Franco e insistindo primeiro no meu argumento.
O reino dos companheiros foi quem produziu os dois maiores desastres da frágil democracia brasileira pós-1985:
(a) a passagem do “modo artesanal de produção de corrupção” ao “modo industrial” de corrupção politica, organizada de maneira “científica” (como diriam Marx e Engels), o que abriu o caminho para a completa normalização da corrupção pelo estamento político profissional;
(b) a calculada e nefasta divisão do país entre “nós e eles”, sendo que o “nós” é o modo gramsciano de conquista do poder, para seu exercício de modo leninista, o que acabou causando o agrupamento e a ascensão da extrema-direita, por acaso empolgada pelo mais boçal e estúpido dos seus representantes, o capitão psicopata apoiado por generais vingativos.
Vai demorar para nos livrarmos dessas duas pragas.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 2/07/2023
Augusto de Franco:
“Essa conversa de que a decisão do TSE abre caminho à direita civilizada é uma bobagem de quem comprou o esquema interpretativo esquerda x direita. O que interessa à democracia é que se abram caminhos para democratas liberais (pois não há democracia liberal sem democratas liberais). Não importa que alguém se diga (ou seja dito) de esquerda ou de direita. Boric, dito de esquerda, é melhor do que Maduro, Ortega, Obrador ou Lula. Pou, dito de direita, é melhor do que Bukele, Henry, Orbán ou Erdogan. Porque Boric e Pou são democratas liberais, ou seja, são democratas não-populistas.”