terça-feira, 18 de junho de 2013

Contra o protecionismo... dos outros (o nosso pode...) - Abimaq e outras maquinacoes...

Protecionismo confronta a indústria e os importadores, em lista da Camex
Brasil Econômico, 18/06/2013

A lista de produtos que terão aumento do Imposto de Importação, a ser divulgada este ano pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), está gerando atrito entre duas associações industriais.
De um lado, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); de outro, a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei).
Entre os 262 itens pedidos à Camex para serem onerados, 55 deles são da categoria de bens de capital - grande parte pleiteada pela Abimaq sob o argumento de proteger a indústria nacional.
Entre os produtos, constam artigos básicos da indústria de transformação de metais, como tornos, motores elétricos e máquinas para serrar.
Em sua maioria, os bens possuem poucos fabricantes nacionais. Em um dos casos, o de tornos convencionais, apenas uma empresa instalada no Brasil tem produção nacional comprovada.
No total, 100 itens deverão ter suas alíquotas elevadas para até 35%, limite imposto pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo fontes próximas à Camex, a lista será publicada entre setembro e outubro deste ano.
Os importadores, temendo a restrição, contestaram dentro do prazo delimitado pela Câmara para tentar evitar o aumento.
Conseguiram argumentar contra a alteração da alíquota de oito itens.
Segundo o presidente da Abimei, Ennio Crispino (foto), a questão financeira impediu o questionamento de mais artigos. "A contestação de cada produto nos custou R$ 10 mil, que saíram do bolso dos associados.
Caso mais de uma empresa quisesse contestar aquele determinado produto, o custo era rateado, mas muitas se viram sozinhas e sem condições financeiras de seguir com o processo", explica.
Ele diz que se a Câmara, um órgão estritamente técnico, ceder às pressões para elevar a tarifa, ela corre o risco de ter sua imagem arranhada por "influências políticas". Segundo Crispino, a política dos "escolhidos" - prática do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que alçou grandes empresas brasileiras à condição de gigantes do mercado mundial - agora se volta para o mercado interno.
O principal "escolhido" em questão são as Indústrias Romi. Maior fabricante brasileira de tornos, fresadoras e centros de usinagem, a companhia pode-se ver sozinha em um mercado no qual seus antigos concorrentes caíram com a perda de competitividade do país. Uma forcinha para ela já foi dada.
No ano passado, em outra lista com cem artigos com alteração do imposto de importação, a alíquota para centros de usinagem passou de 14% para 25%.
De acordo com a Abimaq, em nenhum dos pleitos feitos por ela existe apenas um fabricante instalado no país. No caso dos tornos convencionais, Klaus Curt Müller, diretor de comércio exterior da associação, cita a Ergomat, outra tradicional fabricante.
A empresa é um caso emblemático da queda de um fabricante nacional para os importados. Atualmente, a companhia representa quatro produtores estrangeiros, além de vender seus produtos, sobre o rótulo Ergomat.
Müller diz que a complementação do catálogo de produtos com importados virou prática do mercado e por isso é tão importante o pleito da associação para elevar as alíquotas do imposto de importação.
"A pior situação é quando uma indústria se torna uma distribuidora. Se uma empresa importa, fica evidente a falta de condição da companhia em atender seus clientes", diz. 
Questionada, a Camex afirma que nem todos os pleitos industriais precisam ser atendidos. Uma série de quesitos precisa ser contemplada para que o órgão decida elevar a alíquota do imposto e essa lista pode conter menos de cem itens.
"Os critérios utilizados para essa análise são os seguintes: respeito às normas da OMC; o impacto da elevação tarifária nos preços; o aumento de importações; a capacidade produtiva; nível de utilização da capacidade instalada; a análise das cadeias produtivas; e a compatibilidade com as diretrizes do Plano Brasil Maior e outras políticas públicas prioritárias", explica a Camex.
Dentre os critérios citados, a Abimaq afirma que há 50% de capacidade instalada ociosa. Os seis tipos de máquinas ou equipamentos questionados pela Abimei tiveram um crescimento médio das importações, entre 2009 e 2012, de 40% ao ano. O item "Partes de Motores Elétricos" registrou uma alta anual de 96% no período. Curiosamente, dos seis artigos, este foi o único que não foi pleiteado pela Abimei, mas apenas pela WEG.

Alo! Voce vai para a Copa? Um video semi-demagogico para uma realidade incontornavel...

O video que recebi tem seus méritos, entre eles o de não esconder os problemas naquele ar de propaganda otimista com que somos confrontados a cada discurso oficial.
Ele tem partes ingênuas, ou até mesmo desinformadas, ou demagógicas.
Mas, os pontos que ele toca são reais: falta de segurança, falta de educação, falta de saude, destruição ambiental, desrespeito aos direitos humanos nas cadeias e delegacias, enfim, uma infinidade de problemas que parece passar longe das preocupações de políticos e dirigentes, apenas interessados em faturar politicamente com os grandes eventos desportivos que foram atraídos para o Brasil por razões puramente eleitoreiras, quando não corruptoras.
Em resumo: a Copa, e as Olimpíadas serão feitas, custando provavelmente o triplo, o quádruplo, talvez até mais, do que os valores inicialmente anunciados. Os problemas também vão continuar.
Não creio que a solução seja sabotar os eventos, como parece sugerir esse vídeo, mas cabe conscientizar a população para os trade-offs, todos eles negativos, que estão sendo feitos com esses megaeventos.
Vamos gastar um dinheiro que não existe -- ou se existe deveria ser gastos em projetos bem mais prioritários -- e depois vamos ficar com vários elefantes brancos que vão continuar pesando nos orçamentos por nada, para nada, apenas para o prestígio inútil de tantos políticos demagogos.
Parece que as manifestações correntes tocam nesse ponto, e as pessoas estão percebendo os erros monumentais que estão sendo cometidos por governantes incompetentes, equivocados, ingênuos ou despreparados, quando não comprometidos com o imenso balcão de negócios em que parece ter se convertido a política brasileira atualmente.
Com todas essas minhas ressalvas, coloco aqui o link para esse vídeo. Não é o meu preferido, volto a dizer, e mantenho várias restrições a ele, mas acredito que toca nos problemas reais do Brasil atual...
Paulo Roberto de Almeida

https://www.facebook.com/photo.php?v=282057565272808

Terror Economico no Brasil: o grande terrorista e'... o proprio Terrorista Grande

Quem, no Brasil, tem poder para determinar as principais variáveis do jogo econômico?
Quem determina juros, aplica tarifas, corrige tabelas, concede subsídios, dá isenções, atende demandas de proteção, subvenciona movimentos ditos sociais?
Quem impede brasileiros de legitimamente se abastecer no exterior, cobra impostos e contribuições abusivos sobre todos os bens e serviços comercializáveis, quem promete segurança, saúde, educação, transportes e uma infinidade de outras coisas e não cumpre?
Quem diz que toda essa carga fiscal é para melhor atender à população?
Quem tenta nos enganar dizendo num dia que não permitirá a volta da inflação e no outro dia introduz uma medida demagógica e eleitoreira de subsidiar eletrodomésticos para os já contemplados dos subsídios da casa própria, aumentando a dívida pública em dezenas de bilhões de reais?
Quem abusa da nossa paciência mentindo deliberadamente nos meios de comunicação e fazendo propaganda enganosa o tempo todo?
Quem nos trata como bebês irresponsáveis e pretende ser a babá incontornável em todos os aspectos da vida privada?
Que alimenta esse fascismo corporativo que inferniza a nossa vida com agências governamentais que pretendem decidir por nós o que é melhor para nós mesmos?
Sim, você já descobriu: é ele mesmo, o ogro famélico que se alimenta de nossos recursos para tentar saciar sua fome inaudita. Por acaso ele também disponibiliza as informações que nos permitem confirmar que, se o Estado brasileiro foi, algum dia, um promotor do crescimento brasileiro, ele se tornou, atualmente, no mais formidável obstrutor do processo brasileiro de desenvolvimento.
Ele é o próprio terror econômico...
Paulo Roberto de Almeida

Onde está o terror econômico

Editorial O Estado de S.Paulo, 18 de junho de 2013
 
Continuam piorando as perspectivas da economia brasileira para este ano, segundo a pesquisa realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com cerca de cem instituições do mercado financeiro e do setor de consultoria. Os economistas aumentaram suas projeções de inflação, agora estimada em 5,83%, e reduziram as do crescimento econômico (2,49%), da produção da indústria (2,5%) e do saldo comercial (reduzido para pífios US$ 6,55 bilhões).
Elevaram para US$ 73,66 bilhões, ao mesmo tempo, a previsão do buraco na conta corrente do balanço de pagamentos. Basta ler esses números para identificar um dos focos do terrorismo econômico denunciado pela presidente Dilma Rousseff. Um dos principais aliados desse foco é naturalmente o BC, responsável pela divulgação de tanto pessimismo.
Outros focos devem estar nas entidades representativas da indústria, em organizações acadêmicas, como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e até no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fontes de informações pouco animadoras sobre a evolução dos preços, a recuperação da atividade, o emprego industrial e a disposição dos empresários de se arriscar em novos investimentos.
Auxiliares próximos da presidente já identificaram uma crise de confiança. Evitam falar disso publicamente, mas já se esforçam para embelezar a imagem do governo. O BC elevou os juros básicos, intensificando e tornando mais sério o combate à inflação, e seu presidente, Alexandre Tombini, promete agir sem restrições para conter a alta de preços. Não basta, no entanto, restabelecer a confiança na política monetária, quando o lado fiscal permanece uma barafunda.
O ministro da Fazenda promete alcançar a meta de superávit primário equivalente a 3,1% do PIB, enquanto o secretário do Tesouro desqualifica esse objetivo e o condiciona a uma estratégia de gastos anticíclicos. Mesmo a promessa do ministro pouco significa em termos de austeridade.
O governo ainda se mostra disposto a abater investimentos e desonerações da meta fiscal e anuncia, além disso, a intenção de incluir na conta receitas de concessões e os bônus do leilão de blocos do pré-sal. Usará, portanto, receitas eventuais para ajeitar uma contabilidade formada, em um dos lados, por despesas permanentes cada vez maiores.
Em 30 dias investidores de fora tiraram da Bovespa R$ 8 bilhões, reduzindo a R$ 3,4 bilhões o saldo de aplicações estrangeiras. A fuga de capitais tem afetado muitas economias emergentes e é motivada, na maior parte dos casos, pela perspectiva de uma política monetária menos folgada nos Estados Unidos e, portanto, de mudanças no mercado financeiro internacional.
Mas fatores internos também minam a confiança no Brasil e isso é reconhecido sem dificuldade entre especialistas. A Standard & Poor's já ameaçou rebaixar a classificação do Brasil. Há um sério risco de rebaixamento pelas agências de classificação até o começo de 2014, segundo informe do Banco Barclays divulgado em Nova York. O crescimento permanece baixo e a inflação continua alta, de acordo com o informe.
Mesmo no governo poucas pessoas parecem levar a sério a conversa sobre terrorismo econômico. O problema de credibilidade é reconhecido, mas a única mudança relevante, até agora, foi a da política monetária. Demonstrando mais preocupação com as eleições, a presidente Dilma Rousseff lançou mais um programa de estímulo ao consumo, o Minha Casa Melhor, apesar do comprovado fracasso dessa estratégia nos últimos dois anos e meio.
Os problemas de produção e de oferta, amplamente reconhecidos por especialistas como os mais importantes, continuam sendo atacados com ações desarticuladas, claramente improvisadas e de alcance limitado.
Além disso, o ativismo do governo - de fato, hiperativismo -, apontado como um dos fatores de desconforto e desconfiança do empresariado, tanto nacional quanto estrangeiro, será mantido, como deixou claro a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Eis aí uma promessa aterrorizante.
 

Alemanha, 1948: o inicio da recuperacao economica - Ludwig Erhard


How the Revival of Postwar Germany Began


DESCRIPTION
Bruce Bartlett held senior policy roles in the Reagan and George H.W. Bush administrations and served on the staffs of Representatives Jack Kemp and Ron Paul. He is the author of “The Benefit and the Burden: Tax Reform – Why We Need It and What It Will Take.”
Sixty-five years ago this week, in June 1948, a remarkable economic transformation took place in Germany. Almost overnight, the economy went from stagnation to revival. Most of the credit goes to the German economist Ludwig Erhard.
Ludwig Erhard in 1963.
ReutersLudwig Erhard in 1963.
TODAY’S ECONOMIST
Perspectives from expert contributors.
In 1948, the German economy was a basket case, not merely because of the damage from war but because economic policy was thoroughly confused. Some in the West, including the United States Treasury secretary, Henry Morgenthau, thought Germany’s industrial capacity should becompletely dismantled to prevent it from ever again becoming a military threat.
This was a minority point of view, however. The rising Soviet threat overwhelmed any desire for vengeance against Germany and required that it be built up as quickly as possible. The big problem was that Germany was divided into four occupation zones after the war, one each controlled by Britain, France, the Soviet Union and the United States.
Action required agreement among the four powers, which was difficult not only because of Soviet intransigence. In 1945, Prime Minister Winston Churchill of Britain’s Conservative Party had lost his position to Clement Attlee of the Labor Party, who quickly moved to nationalize industry in Britain and adopt other socialist policies. Some new British leaders wanted their socialist ideas implemented in Germany as well.
Thus there were political, ideological and diplomatic divisions among the allies that prevented action in Germany, with economic policy remaining on automatic pilot. Ironically, this led to the continuation of Nazi economic controls, because there was no agreement on what should replace them.
In 1947, the United States and Britain decided to unify the administration of their occupation zones into an area called Bizonia. Mr. Erhard, a respected German business economist from Bavaria, was named economic minister.
In 1948, Britain, France and the United States agreed to end their occupation and establish an independent German state with or without inclusion of the Soviet zone. The handover of power was set to begin on June 15, thus setting up a confrontation with the Soviets.
As soon as German economic autonomy was restored, Mr. Erhard wanted to institute sweeping economic reforms, especially currency reform. Because of inflation, the Germany currency was virtually worthless and the economy largely functioned on barter, which was extremely inefficient and severely hindered the growth of industry.
Introduction of a new German mark was set for June 20, 1948. As word of the currency reform leaked out, stores closed until the effects of the new currency could be determined. Simultaneously, the Soviets cut off supplies for Berlin, which was deep in their zone of occupation but administered jointly by the four powers. The Western powers responded by airlifting supplies to the city, the beginning of the famous Berlin Airlift, one of the most dramatic events in postwar history.
A key part of Mr. Erhard’s plan was the elimination of price controls, which was essential for the currency reform to be effective. He needed permission from the allies to change any of the price controls, but Mr. Erhard concluded that he did not need their consent to simply abolish them. As he wrote in his 1958 book “Prosperity Through Competition”:
It was strictly laid down by the British and American control authorities that permission had to be obtained before any definite price changes could be made. The Allies never seemed to have thought it possible that someone could have the idea, not to alter price controls, but simply to remove them.
Gen. Lucius D. Clay, the United States commander in Germany, was well aware of what Mr. Erhard was up to and could have stopped him. But General Clay’s personal economic adviser, the American businessman Joseph Dodge, urged him not to and the general wisely followed his advice, turning a blind eye to Mr. Erhard’s actions. (Mr. Dodge, an extraordinarily important but virtually unknown figure in postwar economic policy, also played a key role inadvising Gen. Douglas MacArthur, the United States commander in Japan, on reforming its economy as well.)
Mr. Erhard instituted many other reforms as well, including a 33 percent cut in income taxes. On June 26, the French, British and American authorities ratified Mr. Erhard’s actions. This led the Soviets to tighten the isolation of Berlin, creating a severe political and economic crisis. The allied airlift quickly ratcheted up. By July 4, 362 American and British planes brought 3,000 tons of food into the city in a single day, an amazing accomplishment given the limited landing and takeoff facilities in Berlin.
By August, the Communists were organizing demonstrations against Mr. Erhard and his reforms, but General Clay stood behind him. Fortunately, tangible signs of economic recovery were becoming evident. Rationing was ended completely in September. In October, a bumper crop of potatoes was cheered, with production up 60 percent over 1947.
By November, it was clearly apparent that the western zone of Germany was taking off, economically, leaving the eastern zone, still under Soviet control, behind. According to an article in The New York Times, industrial production was “far better than even the most optimistic economic planners envisaged when currency reform went into effect.”
The strong economic growth in the west was a major factor leading the Soviet Union to call off its blockade of Berlin on May 12, 1949, and the airlift ended.
A year after the Erhard reforms, they were generally viewed as an unqualified success. C.L. Sulzberger of The New York Times interviewed Mr. Erhard in July 1949 and he pointed with pride to the fact that the quality of German goods was rising, prices were falling and the standard of living was improving. On July 20, Mr. Sulzberger wrote, “Germany is coming back.”
The West German economy continued to expand, aided by the Marshall Plan, and Mr. Erhard remained as the nation’s economics minister until 1963, when he became West Germany’s second chancellor. He died in 1977.

O crescimento das relações internacionais do Brasil - livro do IBRI, disponível na Funag

Acabo de descobrir que um livro do qual participei encontra-se inteiramente disponível no site da Funag, para download, neste link:

http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/0265.pdf

O  crescimento  das  relações  internacionais  no Brasil
Obra comemorativa dos cinqüenta anos do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais: 1954-2004
Organizadores:  José Flávio Sombra Saraiva e Amado Luís Cervo (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3).

Paulo Roberto de Almeida: Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)” (pp. 231-270)

Sumário:
Introdução - Amado Luiz Cervo       7
PARTE I – Conhecimento e ensino das relações internacionais no Brasil       15
1. A evolução da produção intelectual e dos estudos acadêmicos de relações internacionais no Brasil - Paulo G. F. Vizentini      17
2. O ensino de Relações Internacionais no Brasil - Antônio Carlos Moraes Lessa      33
PARTE II – Poder nacional e segurança      51
3. Entre a retórica e o realismo: o peso da política exterior do Brasil de Vargas a Lula (1954-2005) - José Flávio Sombra Saraiva        53
4. O lugar do Brasil na geopolítica global - Antônio Jorge Ramalho da Rocha      79
PARTE III - Brasileiros e o mundo: fluxos humanos, de idéias e de conhecimento        109
5. O Brasil nas migrações internacionais - Dinair Andrade da Silva     111
6. Turismo e indústria cultural no Brasil - Maria Thereza Negrão de Mello      145
7. O Brasil e a evolução da cooperação científica internacional - Isabel Canto      173
PARTE IV – O Brasil e as estruturas econômicas internacionais   195
8. Internacionalização da economia e dependência política: o caso brasileiro- Dércio Munhoz     197
9. Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004) - Paulo Roberto de Almeida     231
10. Da deterioração dos Termos de Intercâmbio à Consolidação do Modelo Substitutivo de Exportações: a política de comércio exterior brasileira de 1954 aos nossos dias - Heloisa C. Machado e Silva      271
Conclusão - José Flavio Sombra Saraiva        303

FIFA gosta mesmo de ditaduras...

Sem comentários...

Excesso de democracia afeta organização da Copa, diz Valcke

  • Fabrice Coffrini/AFP
    Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, espera que seja mais fácil organizar a Copa na Rússia de Putin
    Secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, espera que seja mais fácil organizar a Copa na Rússia de Putin

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O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou nesta quarta-feira durante um simpósio que é mais fácil organizar uma Copa do Mundo em países com menos democracia. Por isso, ele espera ter mais facilidade na Rússia, comandada pelo presidente Vladimir Putin, que organizará o Mundial em 2018.
"Vou dizer algo que é maluco, mas menos democracia às vezes é melhor para se organizar uma Copa do Mundo. Quando você tem um chefe de estado forte, que pode decidir, assim como Putin poderá ser em 2018, é mais fácil para nós organizadores do que um país como a Alemanha, onde você precisa negociar em diferentes níveis", declarou Valcke.
"A principal dificuldade que temos é quando entramos em um país onde a estrutura política é dividida, como no Brasil, em três níveis: federal, estadual e municipal. São pessoas diferentes, movimentos diferentes, interesses diferentes e é difícil organizar uma Copa nessas condições", completou o secretário-geral. 
O assunto foi estendido pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que relembrou sua experiência na Argentina em 1978, quando os anfitriões foram campeões mundiais jogando em casa, durante o regime ditatorial do país. O dirigente disse ter ficado aliviado com o título argentino em meio à tensão política.
"A minha primeira Copa do Mundo com envolvimento direto foi a da Argentina, e eu diria que fiquei feliz com o título dos argentinos. Houve uma reconciliação do povo com o sistema político militar da época. Não sei o que poderia ter acontecido se eles tivessem perdido a final, e foi quase, porque os holandeses bateram na trave nos últimos minutos. O esporte e o mundo mudaram, e essa era a minha impressão na época", afirmou Blatter.
Não é a primeira vez que os cartolas da Fifa fazem declarações polêmicas sobre a Copa ou deixam implícitas críticas aos entraves burocráticos do Brasil para realizar o evento.
No ano passado, Valcke disse que o país deveria "levar um chute no traseiro" para acelerar a preparação do Mundial. A declaração causou uma forte reação no Brasil, levou a um atrito entre governo federal e Fifa e teve que se seguida de um pedido de desculpas do dirigente francês.
As críticas da Fifa ao processo de decisão de governos brasileiros também têm sido constantes. Há reclamação de que contratações e licitações são mais demoradas o que reduz o ritmo de obras. E também há protesto em relação ao trâmite de aprovação de legislação, como a lei geral da Copa que facilitou a vida dos patrocinadores e outros parceiros da Fifa.  
Valcke, por exemplo, também fez ironias com a grande quantidade de cidadãos que tinham direito a meia entrada. O Ministério do Esporte tinha incluído até beneficiários da bolsa família entre os beneficiados com bilhetes com preços menores.
A Fifa também tem um histórico de ligação com ditaduras, ou estados pouco democráticos, como é a Rússia. A Copa da Argentina é um exemplo, quando o então presidente da Fifa João Havelange foi acusado de ter ligações com o regime militar do país sul-americano.
Também são comuns fotos de Blatter com ditadores em que recebe honrarias. Um exemplo é uma foto famosa do presidente da Fifa, em 1999, ao lado do ex-presidente da Libéria Charles Taylor, que foi condenado pelo Tribunal de Haia por crimes de guerra e contra a humanidade. Na época, quando os crimes de Taylor já eram conhecidos, o cartola suíço recebeu uma placa de honra do então presidente da Libéria, cujo país posteriormente votou pela reeleição do dirigente na Fifa.
Blatter tentou descrever a Fifa como uma entidade conservadora, liberal e socialista ao mesmo tempo: "Somos conservadores, como os católicos, quando se trata de mudar as regras do jogo e os árbitros. Somos liberais quando nos relacionamos com o mercado. E somos Marx e Engels no que diz respeito à distribuição do dinheiro, com 70% de toda a receita distribuída entre as federações nacionais".

Relatorio anual da OMC 2013 - Brasil erratico, ao que parece...

Leiam o relatório da OMC para 2013: não muito otimista quanto ao futuro do comércio internacional:

http://www.wto.org/english/res_e/booksp_e/anrep_e/anrep13_e.pdf

Sempre se pode aprender alguma coisa...
Paulo Roberto de Almeida

Os Brics na OMC: uma salada de frutas citricas? - livro do Ipea

Colaborando com a ilustração dos mais jovens e dos menos jovens, reporto aqui a publicação disponível no site do Ipea, com estudos sobre as políticas comerciais dos Brics, que como todos sabem são países perfeitamente identificados entre si com os mesmos objetivos, as mesmas políticas, uma coordenação perfeita em benefício de todos, especialmente deles mesmos e dos países em desenvolvimento, contra a cupidez e a arrogância dos países desenvolvidos, que sempre foram e ainda vão continuar sendo arrogantes, unilateralistas, hegemônicos, etc...
Enfim, a despeito do ceticismo sadio deste bloguista, blogueiro, bloguense (?) sobre os fundamentos que unem, ou não, esse grupo bizarro, o livro é um excelente estudo sobre suas políticas comerciais, no sentido amplo.
Como se trata de uma perspectiva comparada, vai-se achar coisas similares, ou semelhantes, e coisas diferentes, entre eles. O que fazer com tudo isso? Com a resposta, os Brics. Eles acham que sim, que tem propostas positivas a fazer ao mundo. O mundo não espera deles nada de melhor...
Paulo Roberto de Almeida

OS BRICS NA OMC: Políticas Comerciais Comparadas de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Organizadores: Vera Thorstensen e Ivan Tiago Machado Oliveira
Brasília: Ipea, 2012, 470 p.; ISBN 978-85-7811-154-0.

disponível: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/web_brics_na_omc.pdf

SINOPSE
O objetivo deste livro é realizar uma análise comparada das políticas comerciais de cada integrante do BRICS, tendo a Organização Mundial de Comércio (OMC) como quadro de referência. Assim, busca-se examinar a inserção de cada um deles no comércio internacional, bem como sua participação no regime multilateral de comércio, tanto em seu pilar diplomático-jurídico, o sistema de solução de  controvérsias, quanto em seu pilar político-negociador, as negociações da Rodada Doha, nas quais se observa um importante exercício de articulação entre os países do grupo. O capítulo I apresenta os principais momentos do desenvolvimento da interação política dos BRICS e revive a história da participação de Brasil, Índia e África do Sul no GATT e na OMC, além de traçar as fases de acessão da China e da Rússia à organização. O capítulo II traz análises do perfil do comércio internacional de cada país, apresentando a evolução dos principais indicadores de comércio desde o início da década de 2000. A partir deste quadro geral, os dez capítulos seguintes, do capítulo III ao XII, examinam os principais temas de política comercial: tarifas de bens agrícolas e não agrícolas; agricultura; barreiras técnicas, sanitárias e fitossanitárias; defesa comercial (antidumping, medidas compensatórias, salvaguardas); serviços; propriedade intelectual; investimentos; acordos plurilaterais (tecnologia da informação e compras governamentais); novos temas (temas de Cingapura e meio ambiente); e acordos preferenciais. No capítulo XIII, destaca-se a participação de cada país do BRICS em uma das instâncias mais relevantes da OMC, o Órgão de Solução de Controvérsias (OSC), fórum de resolução de conflitos comerciais e de interpretação de importantes conceitos que, devido ao esforço de se concluir a Rodada Uruguai, foram deixados na ambiguidade. O capítulo XIV trata da participação de cada integrante do BRICS na Rodada Doha, examinando suas principais propostas e posições. Analisam-se detalhadamente as primeiras iniciativas de articulação política em diferentes temas de negociação, como o G20 Agrícola e o Grupo sobre Acesso ao Mercado de Produtos Não Agrícolas (Nama-11). Por fim, no capítulo de síntese e conclusões, destacam-se os pontos de convergência e os de divergência em cada tema de política comercial analisado nesta obra, com o objetivo de ilustrar as dificuldades enfrentadas para coordenar posições e identificar os temas em que a cooperação poderia ser realizada de forma mais ativa.
Palavras-chave: BRICS; OMC; política comercial; comércio internacional.

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO, 9
SINOPSE, 11
INTRODUÇÃO, 13
CAPÍTULO I
OS BRICS COMO ATORES NA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DO COMÉRCIO, 17
Vera Thorstensen
Daniel Ramos
Carolina Müller
Thiago Nogueira
CAPÍTULO II
O PERFIL DOS BRICS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL, 29
Vera Thorstensen
Daniel Ramos
Carolina Müller
José André Stucchi
Thiago Nogueira
Fernanda Bertolaccini
CAPÍTULO III
PERFIL TARIFÁRIO DOS BRICS, 37
Abrão Miguel Árabe Neto
Fabrízio Sardelli Panzini
Frederico Arana Meira
José Luiz Pimenta Júnior
CAPÍTULO IV
AGRICULTURA, 99
Vera Thorstensen
Ivan Tiago Machado Oliveira
Daniel Ramos
Carolina Müller
Fernanda Bertolaccini
CAPÍTULO V
BARREIRAS TÉCNICAS, SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS, 123
Vera Thorstensen
Daniel Ricardo Castelan
Daniel Ramos
Carolina Müller
CAPÍTULO VI
DEFESA COMERCIAL, 139
Vera Thorstensen
Daniel Ramos
Carolina Müller
CAPÍTULO VII
SERVIÇOS , 167
Vera Thorstensen
Ivan Tiago Machado Oliveira
Daniel Ricardo Castelan
Daniel Ramos
Carolina Müller
Thiago Nogueira
CAPÍTULO VIII
PROPRIEDADE INTELECTUAL, 193
Vera Thorstensen
Daniel Ricardo Castelan
Daniel Ramos
Carolina Müller
CAPÍTULO IX
INVESTIMENTOS , 215
Vera Thorstensen
Daniel Ricardo Castelan
Daniel Ramos
Carolina Müller
José André Stucchi
Thiago Nogueira
CAPÍTULO X
ACORDOS PLURILATERAIS, 253
Vera Thorstensen
Ivan Tiago Machado Oliveira
Daniel Ramos
Carolina Müller
Thiago Nogueira
CAPÍTULO XI
NOVOS TEMAS, 301
Vera Thorstensen
Daniel Ramos
Carolina Müller
Thiago Nogueira
CAPÍTULO XII
ACORDOS PREFERENCIAIS DE COMÉRCIO, 323
Vera Thorstensen
Belisa Eleotério
CAPÍTULO XIII
ATUAÇÃO DOS BICS NO ÓRGÃO DE SOLUÇÃO
DE CONTROVÉRSIAS DA OMC, 331
Abrão M. Árabe Neto
Jacqueline Spolador Lopes
CAPÍTULO XIV
PARTICIPAÇÃO DOS BICS NA RODADA DOHA, 399
Vera Thorstensen
Daniel Ricardo Castelan
Daniel Ramos
Carolina Müller
OS BRICS NA OMC: SÍNTESES E CONCLUSÕES, 449

NOTAS BIOGRÁFICAS, 469
LISTA DE SIGLAS, 471

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dez Anos de Regime Pos-Neoliberal no Brasil: Tudo deu chabu? Ou escapou do controle?

Pois é, essas massas ignaras são mesmo ignaras, e imprevisíveis.
Vai ver que a maravilha da democracia popular, do país de todos, do país sem miséria já não encanta mais ninguém...
Seria a Queda da Pastilha?
Paulo Roberto de Almeida

Augusto Nunes, 17/06/2013

Depois do que se viu nesta segunda-feira, é impossível prever os desdobramentos das manifestações que, precipitadas pelo aumento das tarifas de ônibus em São Paulo, assumiram dimensões nacionais e ampliaram notavelmente o estoque de palavras de ordem que resumem a pauta de reivindicações. Não há como antecipar os rumos ou calcular o fôlego de um movimento ainda sem líderes visíveis e sem contornos definidos. Os candidatos a vidente que enfileiram palpites na TV apenas confirmam a sabedoria da frase popularizada por Marco Maciel: “Pode acontecer tudo, inclusive não acontecer nada”.
Os espasmos de violência que pareciam inevitáveis em São Paulo irromperam no Rio de Janeiro ─ que, também surpreendentemente, abrigou a maior das manifestações que se espalharam por 11 capitais. Os espertalhões que saborearam de manhã o desgaste de Geraldo Alckmin passaram a noite consolando Sérgio Cabral. Os oportunistas que acordaram sonhando com o cerco do Palácio dos Bandeirantes tentarão dormir pensando nas correrias provocadas pela ocupação da cobertura do prédio do Congresso ─  e pela suspeita de que os manifestantes marchariam sobre o Planalto. O mapa dos protestos incluiu cidades e estados administrados tanto por governistas quanto por gente eleita pela oposição. Os caroneiros oportunistas do Psol, do PSTU e do PT foram rechaçados pela imensa maioria de manifestantes que não se sentem representados por quaisquer partidos ou líderes políticos.

É cedo para saber, insista-se, o que vai nascer (se é que algo nascerá) da insatisfação aguda mas ainda difusa das multidões sem rosto. O que está claro é que a farsa forjada para celebrar a Pasárgada lulopetista foi liquidada nesta segunda-feira. Afogado por uma enorme onda de descontentamento, o Brasil Maravilha morreu.

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Governador de Brasília, do PT, mostra fotos de seis líderes dos tumultos de domingo. São todos funcionários do Palácio do Planalto


São todos ocupantes de Cargos em Comissão dentro do Palácio do Planalto, trabalhando ao lado da presidente Dilma. A ação é típica de agentes infiltrados de provocação - provocadores. A idéia do governo e do PT parece estimular a violência de rua e com isto justificar o endurecimento do regime.

Gustavo Capella, Subprocuradoria Geral da República
Daniel da Silva, Secretaria Geral da PR
João Vitor, Subsecretaria de Assuntos Jurídicos
Gabriel Elias, Secretaria de Relações Institucionais
Mayra Souza, Secretaria Executiva da Casa Civil

O Jornal Nacional informou ainda há pouco que o governo do Distrito Federal identificou os cinco principais líderes das violentas manifestações de domingo diante do Estádio Mané Garrincha, constatando que todos eles são jovens servidores da secretaria Geral, subprocuradoria de Assuntos Jurídicos, secretaria de Relações Institucionais e Casa Civil. O próprio governador Agnello Queiroz, que é do PT, confirmou o que mandou investigar, informando além disso que o grupo inteiro trabalha no Palácio do Planalto e usou dinheiro para provocar os tumultos, inclusive ao contratar kombis para o transporte de pneus que mais tarde foram queimados para interromper as vias públicas.
Trata-se de um escândalo político sem precedentes no coração do governo Dilma Roussef. Ou ela demite Gilberto Carvalho, secretário Geral, a quem de fato todos estão subordinados, ou ela própria será responsabilizada pelos crimes.
Entrevistado pelo Jornal Nacional, o secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que duvidava das informações, não quis assumir investigações e avisou que não quer injustiças.
O Jornal Nacional também, ouviu os jovens, que negaram tudo.- Há poucos minutos, o editor falou com dois deputados que ainda encontravam-se com assessores no interior do Congresso, mas que começaram a ir embora por recomendação da segurança da Casa. Ambos disseram ao editor que um pequeno grupo de manifestantes permanece tentando ingressar à força no prédio do Congresso e que seus líderes são provocadores infiltrados pelo PT.

Brasil: erratico em sua politica comercial, diz OMC (Valor Economico)

Brasil lidera investigações antidumping no mundo, diz OMC

Por Assis Moreira | Valor, 17/06/2013
PARIS  -  O Brasil foi o país que mais abriu investigações antidumping nos últimos sete meses contra supostas importações com preços desleais, revela a Organização Mundial do Comércio (OMC) em relatório submetido ao G-20 nesta segunda-feira.
O país abriu 18 investigações, ou um quarto das 74 iniciadas globalmente. Normalmente, o uso desse instrumento de defesa comercial, que é previsto pelas regras da OMC, pode causar incertezas no fluxo de importações nos setores envolvidos.
No entanto, de 38 medidas comerciais do Brasil, listadas no relatório da OMC, boa parte diz respeito não à restrição e sim à eliminação ou suspensão temporária de alíquotas sobre dezenas de produtos. Também há o fim de investigações antidumping sem aplicação de sobretaxas.
A OMC considera que o desempenho comercial do país tem sido “de algum modo errático” desde o último relatório de monitoramento, no fim do ano passado, mas que em abril as exportações e importações subiram 5% e 16% comparado ao mesmo mês de 2012.
A entidade nota que em 2012 o Brasil sofreu um dos maiores declínios no comércio entre as economias do G-20. Exemplifica que em agosto e setembro as exportações e importações brasileiras caíram 14% comparadas a 2011.
As restrições ao comércio internacional continuaram a se acumular, enquanto o ritmo da remoção de barreiras diminuiu. 
No total, a OMC diz que mais de cem novas medidas de restrição ao comércio foram implementadas nos últimos sete meses pelos países do G-20, reunindo as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento, cobrindo 0,50% das importações globais de mercadorias nos últimos meses. As medidas envolvem principalmente ações antidumping e altas de tarifas.
De todas as barreiras levantadas ao comércio desde outubro de 2008, somente 19% foram eliminadas até agora. Somando todas as restrições às importações impostas desde outubro de 2008, e excluindo as que já terminaram em maio, o resultado é que 3,6% das importações globais são afetadas.
A OMC alerta que no mundo de cadeias globais e processos de produção fragmentados, exportações dependem mais do que nunca de importações. Assim, barreiras às importações se traduzem inevitavelmente em maiores custos para os exportadores.
Na sua mensagem aos líderes do G-20, a OMC prevê que o comércio internacional vai se expandir mais lentamente do que previsto em 2013, em torno de 3,3%, em todo caso melhor que os 2% do ano passado.
O relatório é complementado por medidas na área de investimentos coletadas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
O Brasil faz parte dos nove países que adotaram medidas especificas na área de investimentos nos últimos anos. Entre esses países, a ampla maioria das medidas mostra na verdade eliminação de restrições a investimentos estrangeiros e mais clareza para os investidores.
No caso do Brasil, menciona por exemplo a imposição de IOF sobre investimentos estrangeiros, mas que foram retiradas recentemente no rastro da queda do real em relação ao dólar americano.


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Carreira Diplomatica: dicas, leituras, sugestões... - Paulo Roberto de Almeida

Semana sim, a outra também, sou acometido por ações conspiratórias, que visam subtrair-me de meu natural reservoso, todo ele dedicado a leituras, livros, jornais, revistas, sites, redação e reflexão, para tentar atender curiosidades suspeitas, pelo que faço e em relação ao que outros pretendem fazer.
Muita gente me escreve pedindo conselhos, dicas, sugestões de leituras e várias informações sobre a carreira diplomática, sobre o concurso de entrada e até sobre quanto se ganha nessa vida nômade, como são as férias e os fins de semana, o que fazemos quando não temos nada para fazer e por aí vai. Alguns até pretendem que eu faça o romance de minha vida e renuncie a qualquer copyright sobre ele, ou ela...
Enfim, a curiosidade humana, como outras coisas humanas também, é infinita e insaciável.
Como diria o Einstein.... bem, deixa para lá...
Sinceramente não tenho tempo para toda essa distração, e não preciso me repetir, pois já escrevi muito sobre tudo isso. Mas, as pessoas não buscam, nem no Google, e querem tudo mastigado.
Assim, eu recomendo duas coisas:
1) Ir ao meu site (www.pralmeida.org), nestas seções:
  • Carreira diplomática: algumas dicas

  • Profissionalização em RI e mercados
  • Tem também a possibilidade de busca, por palavras-chave, no retangulozinho que fica embaixo à direita, etc...

    2) Usar o instrumento de busca neste blog e colocar todas as palavras chaves que possam ser imaginadas, testadas, usadas, para satisfazer essa insaciável curiosidade: carreira diplomática, concurso do Itamaraty, ou quaisquer outras.
    Acho que deve dar umas 2 mil páginas de leituras divertidas, como se vê abaixo.
    Divirtam-se...(ou não).
    Paulo Roberto de Almeida

    Busca neste blog, por "carreira diplomática" (tem mais oito páginas)

    21 Mar 2013
    Esta retiro do excelente blog de meu colega de carreira e amigo, ex-embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa. Acredito que, mutatis mutandis, deveriam se aplicar os mesmos critérios no Brasil.
    21 Mai 2009
    Carreira Diplomática: respondendo a um questionário. Paulo Roberto de Almeida (www.pralmeida.org) Respostas a questões colocadas por graduanda em administração na UFSC. 1. Como você se sente por ter escolhido ...
    11 Mar 2010
    Meu colega Renato Godinho, atualmente residindo em Roma, preparou essas "Perguntas mais frequentes" sobre a carreira diplomatica varios anos atras, mas elas ainda parecem uteis, com alguns ajustes inevitaveis.
    02 Abr 2010
    Dois estudantes de um curso de Relações Internacionais São Paulo, me contataram para um trabalho acadêmico. Abaixo minhas respostas a seu questionário. Carreira Diplomática: um questionário acadêmico
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    Venezuela 2013: crescimento Zero; inflacao: 40 por cento (e ainda vai piorar)

    Venezuela economía

    S&P baja calificación de Venezuela a “B”

    Reuters
    Nueva York, 17 junio 2013
    Las claves
    • S&P dijo que la ajustada victoria del presidente Nicolás Maduro, el consiguiente desafío de legisladores opositores y señales de desacuerdos en el Gobierno hacen más difícil contener las presiones inflacionarias.
    La agencia Standard & Poor’s bajó el lunes la calificación soberana de Venezuela en moneda extranjera a “B” desde “B+”, argumentando que las turbulencias políticas son un obstáculo para realizar reformas que permitan frenar una caída de la actividad económica.
    La decisión de S&P pone la calificación en línea con la nota B2 de Moody’s Investors Service y un escalón por debajo que el “B+” de Fitch Ratings. Tanto Moody’s como Fitch tienen perspectivas negativas para la calificación.
    “La creciente incertidumbre política está debilitando la implementación de las políticas económicas y posiblemente erosione la gobernabilidad”, dijo S&P en un comunicado. La perspectiva de la calificación es negativa, lo que significa que puede bajar nuevamente en seis meses a dos años.
    S&P dijo que la ajustada victoria del presidente Nicolás Maduro, el consiguiente desafío de legisladores opositores y señales de desacuerdos en el Gobierno hacen más difícil contener las presiones inflacionarias.
    “El crecimiento del PIB (producto interno bruto) se está desacelerando fuertemente en el 2013 y esperamos que se aproxime a cero. La inflación se acelera y puede acercarse a un 40 por ciento para fin de año”, dijo S&P.
    “Las crecientes restricciones a la liquidez externa, por la menor producción de petróleo de PDVSA y la perspectiva más incierta para los precios del crudo, seguirán limitando la capacidad de Venezuela para lidiar con los crecientes desafíos políticos y económicos”, añadió.
    El Consejo Nacional Electoral confirmó la semana pasada su auditoría de votos de la elección de abril, que declaró que Maduro ganó por 1,5 por ciento al líder opositor Henrique Capriles.
    Maduro sucedió al fallecido líder socialista Hugo Chávez, cuyo peculiar estilo de hacer política dio vida al “chavismo”, un movimiento que volcó el dinero del Estado hacia los pobres y encabezó una amplia expropiación de empresas y propiedad privada.

    Ah, essas massas que destroem tudo por causa de 20 centavos...

    A guerra do vintém

    Exploradas por militantes republicanos, manifestações contra taxa sobre transporte urbano tumultuam capital do Império e deixam mortos e feridos pelas ruas

    José Murilo de Carvalho
    Revista de História da Biblioteca Nacional, 9/9/2007

    No dia 28 de dezembro de 1879, a capital do Império viu algo inédito desde 1863, quando o Brasil rompeu relações com a Inglaterra por conta da Questão Christie: a multidão protestando na rua. A manifestação aconteceu no campo de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em frente ao palácio imperial. Cerca de cinco mil pessoas, lideradas por um militante republicano, o médico e jornalista Lopes Trovão, reuniram-se para entregar a d. Pedro II uma petição solicitando a revogação de uma taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte urbano, ou seja, bondes puxados a burro. O vintém era moeda de cobre, a de menor valor da época. A polícia não permitiu que a multidão se aproximasse do palácio. Enquanto os manifestantes se retiravam, o imperador mandou dizer que receberia uma comissão para negociar.
    Mas Lopes Trovão e outros militantes republicanos, buscando tirar o máximo proveito político da ação da polícia, recusaram o encontro. Divulgaram um manifesto dirigido ao soberano, convocando-o a ir ao encontro do povo. A Gazeta da Noite de Lopes Trovão e panfletos distribuídos pela cidade passaram a pregar o boicote da taxa e a incitar a população a reagir com violência, arrancando os trilhos dos bondes. Outra manifestação foi convocada para o dia 1º de janeiro, data da entrada em vigor da taxa, agora no centro da cidade, no Largo do Paço, hoje Praça 15 de Novembro.
    Nesse dia, a taxa estava sendo paga até que, ao meio dia, a multidão se reuniu no local previsto. Percebendo talvez a enrascada em que se metera, Lopes Trovão não incitou a multidão à ação. A massa moveu-se, então, pelas ruas do centro aplaudindo as redações dos jornais de oposição e se dirigiu ao Largo de São Francisco, ponto final de várias linhas de bonde. Em frente ao prédio da Gazeta da Noite, o próprio Trovão fez um apelo aos manifestantes para que se dispersassem. Mas àquela altura ele já perdera o controle dos acontecimentos. A massa popular concentrou-se nos arredores da Rua Uruguaiana e do Largo de São Francisco. O delegado que comandava as tropas da polícia pediu reforços ao Exército, mas, antes que a ajuda chegasse, ordenou à polícia que dispersasse a multidão a cacetadas.
    A um grito de “Fora o vintém!”, os manifestantes começaram a espancar condutores, esfaquear mulas, virar bondes e arrancar trilhos ao longo da rua Uruguaiana. Dois pelotões do Exército ocuparam o Largo de S. Francisco, postando-se parte da tropa em frente à Escola Politécnica, atual prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. O povo, que só detestava a polícia, aplaudiu a tropa. Mas alguns mais exaltados passaram a arrancar paralelepípedos e atirá-los contra os soldados. Por infelicidade, um deles atingiu justo o comandante da tropa, tenente-coronel Antônio Enéias Gustavo Galvão, primo de Deodoro da Fonseca, militar que uma década depois se tornaria o primeiro presidente do Brasil. O oficial descontrolou-se e ordenou fogo contra a multidão.

    Ops; deve ser outro pais: isolacionista, protecionista, etc; qual sera'?

    Quando leio, não entendo direito de que país se está falando: "condenou medidas que levam ao isolamento e ao protecionismo".
    Seriam os Estados Unidos, ou a União Europeia? Ou será a China, o Chile, a Nova Zelândia.
    Mistério...
    Deixa ver se eu entendi:
    "criticou a substituição de negociações bilaterais por multilaterais."
    O jornalista certamente queria dizer o contrário do que escreveu, a menos que não saiba escrever, não saiba o significado das palavras, não saiba bem do que está falando.
    Mas, invertendo os conceitos, vejamos o que isso quer dizer.
    Será que os países estão impedidos de fazer acordos de livre comércio, dos quais existem mais de 500 no mundo, devidamente registrados na OMC?
    Ou apenas os EUA e a UE, como as duas maiores potências econômicas mundiais, com a China e alguns pequeninos do G8, estariam impedidos de negociar acordos minilateralistas?
    Parece que existem países capazes de resolver todos os problemas do mundo na base do diálogo, do respeito mútuo,  do direito internacional, da não-intervenção. Isso é muito bom.
    A gente já estava pensando que podia haver brucutus dispostos a resolver esses problemas na base da pancadaria, do intervencionismo, do unilateralismo, do hegeminismo. Coisa feia...
    Ainda bem que existem países diferentes no mundo...
    Paulo Roberto de Almeida

    Dilma condena negociação que isola países e defende reformas no FMI e Banco Mundial
    Agência Brasil, 17/06/2013

    A presidenta Dilma Rousseff criticou nesta segunda-feira (17/6) a substituição de negociações bilaterais por multilaterais. A afirmação foi feita no momento em que a União Europeia (que reúne 27 países) e os Estados Unidos fecham um acordo de livre comércio, durante a Cúpula do G8 (que reúne os países mais industrializados e desenvolvidos no mundo).
    Dilma (em formatura de diplomatas do Instituto Rio Branco) condenou medidas que levam ao isolamento e ao protecionismo.
    Dilma disse que as dificuldades internas, tanto no Brasil quanto em outros países, devem ser enfrentadas com apoio dos seus parceiros e, não com a intervenção externa. Segundo ela, essa posição é válida, inclusive, para momentos de crise econômica, como a enfrentada no passado pelo Brasil.
    “Ao olhar a crise não propúnhamos, não propusemos e não propomos o isolamento, o protecionismo. Mas, sim, a consolidação da nossa cooperação, dos laços regionais, ampliando e fortalecendo”, disse.
    Paralelamente, Dilma criticou a adoção de ações intervencionistas no lugar do diálogo e das negociações de paz.
    “Isso nos leva a uma clara defesa do multilateralismo como condição de afirmação da personalidade própria de todos os povos e também do Brasil. O multilateralismo como único instrumento capaz de resolver graves contenciosos mundiais”, destacou Dilma.
    Em seguida, acrescentou: “[Todas essas ações devem ocorrer] em clima de respeito mútuo e sem imposições unilaterais, aliás essa é uma característica que faz o Brasil ser respeitado por muitos povos”.
    Dilma defendeu a urgente e profunda reforma dos organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
    Para ela, é fundamental que esses órgãos reflitam a nova configuração de forças do mundo.
    Dilma criticou a estrutura do Conselho de Segurança, que é da década de 40 do século 20, e leva à “carência de representatividade e legitimidade” em defesa da paz mundial.
    “Esses princípios nos mostram que a governança mundial necessita de urgente e profunda reforma, seja como o Fundo Monetário Internacional ou o Banco Mundial, o [conceito de] Bretton Woods [acordo firmado em 1944 com o objetivo de assegurar a estabilidade monetária einternacional], que se reflita  nesses organismos a nova configuração de forças e também nas próprias Nações Unidas, o Conselho de Segurança, hoje muitas vezes carente de representatividade e legitimidade para defender a paz mundial”, disse a presidenta.
    Dilma lembrou que o mundo vem passando por “grandes e aceleradas transformações”, que são acompanhadas pelo Brasil.
    “Soubemos acompanhar essas mudanças e responder aos desafios, mas ainda há muito o que fazer”, ressaltou a presidenta, destacando as principais características da política externa brasileira: respeito à soberania dos países e adoção do diálogo e da negociações como métodos.
    Ao se dirigir aos novos diplomatas, a presidenta ressaltou o que considera um momento histórico para o Brasil.
    “Vocês representam o país que se encontrou consigo mesmo, que recuperou sua autoestima e que está pronto a dar uma contribuição decisiva para um mundo de paz, de desenvolvimento, de justiça social, um mundo que tem de se afastar das guerras e escolher o diálogo como meta de política externa”, disse Dilma aos formandos.
    A oradora da turma de formandos do Rio Branco, Luana Alves de Melo, ressaltou que a política externa brasileira de respeito à diversidade, aos direitos humanos, à dignidade e à preservação do meio ambiente representa vitórias.
    “É a diplomacia do respeito da diversidade, da pluralidade, do respeito e da não discriminação”, destacou Luana.
    Homenageado pela turma de formandos, o ministro da Defesa, Celso Amorim, que foi chanceler, ressaltou a importância do esforço brasileiro na busca pela integração regional e o combate às propostas hegemônicas. 
    “Fortalecemos a integração regional e desconstruímos propostas hegemônicas”, disse.

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    Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

    Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...