domingo, 2 de junho de 2024

Três livros sobre a nova Guerra Fria, resenhados na Foreign Affairs

Cabe pelo menos conhecer... 

Itamaraty nega engajamento do país em conflito após ucraniano apontar alinhamento com Rússia - Eliane Oliveira (O Globo); O Antagonista

Sobre a afirmação do assessor presidencial dizendo que "respeita o sofrimento do povo ucraniano". Trata-se de uma zombaria e de uma ofensa

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2 de junho de 2024

A afirmação do assessor internacional é estranha, começando pelo fato dele dizer, em nome do Brasil, que "respeitamos o sofrimento do povo ucraniano."

Respeitar sofrimento é uma forma de diminuir a importância do verdadeiro morticínio a que vem sendo submetido aquele povo sob mísseis e bombardeios diários (e noturnos) sobre alvos civis, justamente para causar o maior número de mortos. São incontáveis, milhares os crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade perpetradas pelas forças russas na Ucrânia.

A afirmação seguinte é ainda mais desprovida de sentido e de qualquer conexão com a realidade, ao mencionar que é preciso "levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas". Uma frase velha, equivocada e deliberadamente enganosa, como se houvesse, antes e agora qualquer ameaça à segurança da Rússia vinda da Ucrânia ou mesmo da OTAN, que não tem a Ucrânia entre seus membros. A Rússia NUNCA pretendeu diálogo: invadiu sem sequer um ultimatum, que costuma ser uma prévia a uma declaração de guerra, segundo as leis da guerra, que a Rússia nunca respeitou e desrespeita continuamente. 

O Brasil está sim alinhado com a Rússia e não é apenas por razões comerciais ou econômicas, como afirmou Zelensky (o que não deveria ter feito), mas que não deixa de ser uma verdade, mas apenas meia verdade, e talvez 1/4 de verdade. Independentemente de qualquer comércio, antes e depois da guerra de agressão – e cabe ressaltar que Lula aumentou em mais de 200% a importação de combustíveis russos para o Brasil, o que não deixa de ser uma forma de alimentar a máquina de guerra de Putin –, vamos convir que Lula e o lulopetismo já estavam predispostos a apoiar Putin EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, dada a aproximação e a verdadeira aliança politica-ideológica com o regime russo, no seu empreendimento de se opor ao "hegemonismo americano" no mundo e de construir uma "nova ordem global", como Lula, o próprio Putin e Xi Jin Ping já proclamaram várias vezes.

Considero a postura de Lula, do PT, do governo brasileiro e do Itamaraty (por submisso) indigna das tradições diplomáticas brasileiras, de respeito (sim) e de defesa ativa do Direito Internacional, da solução pacífica das controvérsias (como reza a Constituição) e de real neutralidade nos conflitos interimperiais. Mas não é disso que se trata e sim de uma agressão ilegal e criminosa contra um país soberano, com o qual mantemos relações diplomáticas, mas que não mereceu até aqui qualquer sombra de apoio na sua luta dificílima contra uma superpotência agressora e criminosa.

Lula e a sua diplomacia petista envergonham o Brasil e os brasileiros, a mim particularmente.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2 de junho de 2024


Ministério nega engajamento do país em conflito após ucraniano apontar alinhamento com Rússia
ELIANE OLIVEIRA
BRASÍLIA
O Globo, 1/06/2024

Em resposta às declarações do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que acusou o Brasil de se aliar à Rússia por razões comerciais, o Itamaraty negou ontem que o governo brasileiro tenha tomado partido na guerra entre os dois países. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, não há e jamais houve engajamento brasileiro no conflito.

Por sua vez, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, disse que o Brasil "respeita o sofrimento dos ucranianos".

- Respeitamos o sofrimento do povo ucraniano. Queremos contribuir para uma paz alcançável. Isso só será possível se levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas, preferencialmente com apoio de países que gozem de confiança de ambos - declarou.

Em entrevista a um grupo de jornais latino-americanos na quinta-feira, da qual O GLOBO fez parte, Zelensky insinuou que o Brasil se aliou à Rússia por razões comerciais.

- A economia é importante até que chega uma guerra, e quando a guerra chega os valores mudam - disse.


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Zelensky critica Lula por "priorizar aliança" com Putin
Redação O Antagonista, 31/05/2024

Em entrevista a jornalistas latino-americanos, Zelensky ressaltou o clima de perplexidade que existe na Ucrânia em relação ao Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar Lula (PT) por "priorizar a aliança com um agressor", referindo-se à Rússia, do ditador Vladimir Putin.

Em entrevista a jornalistas latino-americanos em Kiev, publicada por O Globo, o chefe de Estado ucraniano expressou desejos de cooperação com países da região como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e El Salvador, mas ressaltou o clima de perplexidade que existe na Ucrânia em relação ao Brasil.

"O Brasil deve estar do nosso lado e dar um ultimato ao agressor [a Rússia] por que temos de voltar a repetir estas coisas? Pela memória histórica, por temas econômicos? A economia é importante até que chega uma guerra, e quando a guerra chega os valores mudam. Pesam mais as crianças, a família, a vida, só depois está o comércio com a Federação Russa", afirmou.

"Acho que uma aliança do Brasil com os países da América Latina é muito mais potente do que apenas com a Rússia. E seria justo que nos dessem esse apoio. Não tive uma declaração conjunta com o presidente Lula, ou entre Ucrânia e Brasil por que é assim, se nós somos os atacados?", questionou.

A visita de Amorim, do Itamaraty paralelo, a Pequim

Segundo o jornal, a recente declaração conjunta de Brasil e China, dada durante a visita de Celso Amorim a Pequim, na qual os dois países defenderam que Moscou participe da conferência que será realizada em junho, na Suíça, sobre a invasão russa à Ucrânia, apenas reforçou a convicção de Zelensky e dos diplomatas ucranianos de que Lula está do lado de Putin.

"Não entendo. Por que não confirmar [a participação dos presidentes no encontro]? A última sinalização é de que Brasil e China estariam dispostos a participar se a Rússia participar. Mas a Rússia nos atacou. Por acaso o Brasil está mais próximo da Rússia do que da Ucrânia? A Rússia é hoje um país terrorista", disse Zelensky.

"Estamos esperando os líderes de todos os países do mundo que querem terminar com esta guerra, mas não nas condições e com os ultimatos russos", acrescentou o presidente ucraniano, que acusa a Rússia de ter bloqueado todas as tentativas de negociações realizadas.

As consequências da queda da Ucrânia

Para Zelensky, falta ao governo Lula "prever as consequências de uma [eventual] queda da Ucrânia".

"Isso faria com que existisse uma alta probabilidade de que países pequenos possam ser suprimidos por países grandes", afirmou.

sábado, 1 de junho de 2024

REVISTA ANTÍTESES. Dossiê “Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial”

REVISTA ANTÍTESES. 

Dossiê “Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial” 

Vol. 17, n. 34, jul.-dez. 2024 - Submissões abertas até 31 de agosto de 2024


Neste dossiê são estimuladas contribuições que abordem o envolvimento do Brasil e da América Latina na Segunda Guerra Mundial, nas mais variadas dimensões: militares, relações exteriores, culturais, políticas, econômicas, cotidianas, gênero, memórias etc. Além do período da guerra em si (1939-1945), serão aceitos para avaliação artigos que façam referências à preparação para o conflito e ao pós-guerra imediato.

Artigos podem ser enviados em inglês, francês, espanhol e português

Maiores informações acesse: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses 

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Portal da Crônica reproduz antigas crônicas literárias de Paulo Mendes Campos: suas listas

As listas de Paulo Mendes Campos

Guilherme Tauil

Portal da Crônica Brasileira

Caderno de notas de Paulo Mendes Campos

Instituto Moreira Salles

Eis o que foi por ele selecionado:  

130 coisas que adiamos sempre
Diário Carioca, 1954

2Coisas que Vinicius de Moraes gostou e não gostou
O mais estranho dos países, 1952

3Nomes de lugares: histórias do Brasil
Manchete, 1974

4Lista de pequenas ternuras
Manchete, 1966

5Coisas deleitáveis
Manchete, 1962


Ler a íntegra neste link.

Dimitri Medvedev ataca outra vez, o fanfarrão habitual do militarismo russo

 “Dmitri Medvedev no Twitter:

“Os países ocidentais, que alegadamente “aprovaram o uso” das suas armas de longo alcance em território russo (independentemente de se tratar de partes antigas ou novas do nosso país), devem compreender o seguinte:

1. Todo o seu equipamento militar e pessoal que luta contra nós será destruído tanto no território da antiga Ucrânia como nos territórios de outros países se forem lançados ataques a partir daí contra o território russo.

2. A Rússia assume que todas as armas de ataque de longo alcance utilizadas pela antiga Ucrânia são actualmente controladas directamente por militares da NATO. Isto não é “assistência militar”, mas sim participação numa guerra contra nós. Tais ações poderiam muito bem tornar-se um casus belli.

3. A OTAN terá de decidir como classificar as consequências de possíveis ataques retaliatórios contra o equipamento/objectos/pessoal de cada país do bloco no contexto dos Artigos 4.º e 5.º do Tratado de Washington.

Muito provavelmente, a liderança da NATO quer fingir que se trata de decisões soberanas de países individuais da Aliança do Atlântico Norte para apoiar o regime de Kiev, e actualmente não há motivos para aplicar a regra do Tratado de Defesa Colectiva de 1949.

Esses são equívocos perigosos e prejudiciais. Esta “assistência individual” dos países da NATO contra a Rússia, seja controlando os seus mísseis de cruzeiro de longo alcance ou enviando tropas para a Ucrânia, é uma grave escalada do conflito. A antiga Ucrânia e os seus aliados entre os países da NATO enfrentarão uma resposta de tal força destrutiva que a própria Aliança não será capaz de se abster de se envolver no conflito.

E não importa o quanto os fanfarrões reformados da NATO digam que a Rússia nunca utilizará armas nucleares não estratégicas contra a ex-Ucrânia, muito menos contra países individuais da NATO, a vida é muito mais assustadora do que o seu raciocínio frívolo.

Há apenas alguns anos, insistiram que a Rússia não se envolveria num conflito militar aberto com o regime Bandera para evitar desentendimentos com o Ocidente. Eles estavam errados. A guerra está em andamento.

Eles também podem calcular mal com o uso de TNWs. Embora isso fosse um erro fatal. Afinal, como bem observou o Presidente da Rússia, os países europeus têm densidades populacionais muito elevadas. E para os países inimigos cujas terras estão fora da zona de cobertura dos TNW, existe finalmente um potencial estratégico.

E isso, infelizmente, não é intimidação nem blefe nuclear. O actual conflito militar com o Ocidente desenrola-se de acordo com o pior cenário possível. Há uma escalada constante no poder das armas da NATO que estão a ser utilizadas. Portanto, ninguém pode excluir que o conflito chegue hoje à sua fase final.”

PRA: Grato a Cesario alelantonio pela transcrição.

Fatores do crescimento e expansão da Direita em sociedades contemporâneas- Paulo Roberto de Almeida

Fatores do crescimento e expansão da Direita em sociedades contemporâneas

Paulo Roberto de Almeida 


O movimento para a direita concerne sobretudo as gerações mais velhas, embora possa tocar igualmente certas faixas mais jovens, afligidas por problemas sociais que concernem a todos: crises econômicas— desemprego, visto como ameaça externa ou concorrência imigratória, queda do padrão de vida por eventual defasagem cambial, rebaixamento de estruturas de apoios sociais, deterioração e envelhecimento de equipamentos coletivos, como escolas, transportes públicos e hospitais — além de uma percepção geral de malaise na governança tradicional, por corrupção do estamento político, distanciamento da administração dos núcleos habitacionais suburbanos, assim como percepção da indiferença das elites afluentes com respeito a setores da classe média inferior e estratos mais pobres, subproletarizados. 

Cabe acrescentar, nos países ricos, o afluxo crescente de imigrantes ilegais, fazendo pressão sobre equipamentos e estruturas de apoio social, sensação de maior insegurança coletiva e de desconforto com a alteridade racial ou religiosa, e sentimento difuso de perda de exclusividade e homogeneidade grupal nacional. Ameaça de terrorismo estrangeiro pode ser outro fator, aliás já manifestado desde longo tempo, sobretudo a partir do Oriente Médio.

Movimentos conspiratórios extremistas nativos, crescimento do nacionalismo simplório e ativismo acrescido de movimentos deliberadamente radicais nos extremos do leque político-ideológico também podem ser influentes nesses processos. O aumento do populismo político tem sido exercido sobretudo a partir de correntes de direita, mobilizando o espectro conservador, geralmente de idades mais avançadas.

No caso da Europa ocidental, a ação clandestina, especificamente administrada por Putin junto a movimentos políticos e sociais aproximados à Direita, teve certo papel no reforço de tendências existentes nas nações democráticas liberais, inclusive com interferência em processos eleitorais (até mesmo nos EUA). 

Existem, portanto, diferentes fatores em jogo no impulso à direitização das sociedades democráticas e de reforço do autoritarismo naquelas menos liberais. No caso do Brasil, a direitizaçâo incluiu até liberais presumidos e reacionários conhecidos não só pela ignorância manifesta como por vínculos com milicianos criminosos, como já foi amplamente revelado em investigações envolvendo a escória da sociedade, sem excluir negacionismo imbecil e indústria religiosa.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 31/05/2024


Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004); capítulo de livro - Paulo Roberto de Almeida

Versão completa do trabalho seguinte:  

1338. “Finanças internacionais do Brasil: uma perspectiva de meio século (1954-2004)”, Brasília, 10 out. 2004, 34 p. Ensaio preparado para livro comemorativo dos 50 anos do IBRI; versão reduzida, revista, do trabalho n. 1329, para livro comemorativo dos 50 anos do IBRI. Publicado in José Flavio Sombra Saraiva e Amado Luiz Cervo (orgs.), O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3; p. 231-270; link do livro: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/loc_pdf/1073/1/crescimento_das_relacoes_internacionais_no_brasil_o; link para o artigo: https://www.academia.edu/120301206/1338_Finanças_internacionais_do_Brasil_uma_perspectiva_de_meio_século_1954_2004_2005_). Relação de Publicados n. 574.


Finanças internacionais do Brasil:

uma perspectiva de meio século (1954-2004)

 

Paulo Roberto de Almeida

in: José Flavio Sombra Saraiva e Amado Luiz Cervo (orgs.), O crescimento das relações internacionais no Brasil (Brasília: Instituto Brasileiro de Relações Internacionais, 2005, 308 p.; ISBN: 85-88270-15-3; p. 231-270). Relação de Publicados n. 574. link: https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/loc_pdf/1073/1/crescimento_das_relacoes_internacionais_no_brasil_o

 

Sumário:

1. Introdução: meio século de história financeira do Brasil

2. Multiplicidade cambial e estrangulamento financeiro: 1954-1964

3. Estabilização econômica, indexação e abertura financeira: 1964-1973

4. A desordem monetária internacional e o desequilíbrio financeiro: 1973-1982

5. Crise e castigo numa era de transformações financeiras: 1982-1987

6. Ensaios de estabilização na era da globalização financeira: 1987-1994

7. De novo no turbilhão financeiro internacional: 1994-2004

8. A inserção financeira internacional do Brasil: uma perspectiva de meio século

 

 

1. Introdução: meio século de história financeira do Brasil

Este ensaio tem a intenção de examinar as grandes tendências e discutir os principais problemas da inserção financeira externa do Brasil no período que cobre o último meio século, isto é, entre o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, até meados da presidência Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo semestre de 2004, cujo governo comprometeu-se a reduzir a “fragilidade financeira externa” do Brasil. Ele segue a evolução das relações financeiras internacionais do país, destacando seus elementos estruturais, seus componentes institucionais – os de origem doméstica e os relativos ao contexto internacional, isto é, relações com o Fundo Monetário Internacional –, bem como os debates em torno da “fragilidade financeira internacional” do Brasil, isto é, sua dependência financeira externa.

(...)


Ler a íntegra do livro e do capítulo nestes links:

link do livro: 

https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/loc_pdf/1073/1/crescimento_das_relacoes_internacionais_no_brasil_o

link para o artigo:

https://www.academia.edu/120301206/1338_Finanças_internacionais_do_Brasil_uma_perspectiva_de_meio_século_1954_2004_2005_). 


Carta tocante de Arthur Virgilio Neto a seu filho, que se foi…

Transcrevo do Arthur Virgilio Neto, a quem abraço afetuosamente, com meu mais profundo sentimento de solidariedade na dor:

“Acordei, hoje, bem cedo e não podia telefonar para o meu filho, Arthur Virgílio Bisneto. Afinal, ele está morto. 

Ele não pode marcar uma conversa comigo, pela forte razão de estar morto. 

Não posso mais conversar com ele, porque, todos sabem, ele faleceu. 

Não podemos mais discutir política, porque ele não está mais entre nós.

Não podemos ver jogos do Flamengo e da Seleção, juntos, porque, ao fim e ao cabo, ele viajou, nas mãos de um destino áspero para um lugar bem distante.

Não podemos nem discordar um do outro, coisa que, volta e meia  ocorria, porque ele não tem como vir à minha casa e nem posso ir à dele, porque eu não posso chegar perto do Bisneto e nem ele pode se aproximar do Arthur, pai!

Eu queria beija-lo hoje, agora, muito, mil vezes, porém não tenho a menor possibilidade de fazer isso. É bem explicável: meu filho morreu, seu corpo imponente está embaixo da terra, ao lado de sua avó, Isabel Victória, do senador Arthur Virgílio Filho, de sua avó Luíza e do seu avô, desembargador Arthur Virgílio. 

Sua alma e seu espírito, estão voando, na direção do mundo espiritual. Longe, muito distante, do beijo que queria lhe dar, do seu belo sorriso, que eu queria acolher.

Queria fazê-lo nascer de novo, mas sei que isso é impossível de acontecer!

Perdi meu filhão, companheiro de luta, confidente, tão apaixonado por mim, quanto eu por ele.

Estou em pedaços e desfalcado de metade do meu coração, que encontrou um lugarzinho no caixão que enterrou meu Arthurzinho. 

Saudades insuportáveis, “Turuca”. Só penso em você!

Quase não durmo…e, logo que acordo, penso que sua morte é uma mentira de péssimo gosto. 

Logo a seguir, lembro que vocé morreu, faleceu, partiu, seja lá o nome que queiram dar a essa punição que o destino aplicou em nossa família…e em mim!

Paz para sua alma, filhão, porque a minha está em maremoto, tsunami, tumulto torturante. E você não pode me ajudar,como fez tantas vezes. 

Sinto-me impotente para fazer você retornar da viagem, que dizem ser a última e voltar para sua aflita mãe, para sua irmãos, para seus amigos e amigas…para mim. 

Não se preocupe, porque sou um guerreiro, gravemente ferido, que mergulhará em suas águas mais profundas e haverá de emergir, como você sempre gostou de me ver: de escudo e lança nas mãos.

Hoje, confesso, esqueço tudo, nada me interessa, o sorriso é raríssimo. Hoje, sinceramente, não sou nada. Nada mesmo!

Até breve, meu xará amado!”


Carta de um professor escocês aos universitários que condenaram Israel por Apartheid e genocidio - Denis MacEoin (via Roberto Freire)

Roberto Freire postou em sua ferramenta social esta carta, que considero primorosa, simplesmente por sua honestidade intelectual, uma qualidade que deveria ser a regra entre universitários:

PRA 

Uma carta incrível escrita por um professor escocês não judeu aos seus alunos que votaram pelo boicote a Israel.

É uma resposta do Dr. Denis MacEoin à moção apresentada pela Associação de Estudantes de Edimburgo -EUSA  para boicotar todas as coisas israelenses, na qual eles afirmam que Israel está sob um regime de apartheid.

Roberto Freire

Aqui está sua carta :

"Posso dizer algumas palavras aos membros da EUSA? 

Sou formado em Edimburgo (mestrado em 1975) e estudei história persa, árabe e islâmica em Buccleuch Place com William Montgomery Watt e Laurence Elwell Sutton, dois dos maiores especialistas britânicos em Oriente Médio na época. Mais tarde, fiz doutorado em Cambridge e lecionei Estudos Árabes e Islâmicos na Universidade de Newcastle. Naturalmente, sou autor de vários livros e centenas de artigos nesta área. Digo tudo isto para mostrar que estou bem informado sobre os assuntos do Médio Oriente e que, por essa razão, estou chocado e desanimado com a moção e votação da EUSA.  Estou chocado por uma razão simples: não existe e nunca existiu um sistema de apartheid em Israel.  Esta não é a minha opinião, é um facto que pode ser testado em comparação com a realidade por qualquer estudante de Edimburgo, caso decida visitar Israel para ver por si mesmo. Deixem-me explicar isto, pois tenho a impressão de que os membros da EUSA que votaram a favor desta moção são absolutamente ignorantes em assuntos relativos a Israel, e que são, com toda a probabilidade, vítimas de propaganda extremamente tendenciosa proveniente do grupo anti-Israel. salão.  Ser anti-Israel não é em si questionável. Mas não estou falando de críticas comuns a Israel. Estou falando de um ódio que não se permite limites nas mentiras e mitos que espalha. Assim, Israel é repetidamente referido como um estado “nazista”. Em que sentido é isso é verdade, mesmo como uma metáfora? Onde estão os campos de concentração israelenses? Os einzatsgruppen? A SS? As Leis de Nuremberg? A solução final? Nenhuma destas coisas nem qualquer coisa remotamente parecida com elas existe em Israel, precisamente porque os judeus, mais do que qualquer pessoa na terra, entendem o que o nazismo representava.  Alega-se que houve um Holocausto israelita em Gaza (ou noutro local). Onde? Quando? Nenhum historiador honesto trataria essa afirmação com outra coisa que não o desprezo que ela merece. Mas chamar os judeus de nazistas e dizer que eles cometeram um Holocausto é uma forma tão básica de subverter os fatos históricos quanto qualquer coisa que eu possa imaginar.  Da mesma forma, o apartheid. Para que o apartheid existisse, teria de haver uma situação que se assemelhasse muito à forma como as coisas eram na África do Sul sob o regime do apartheid. Infelizmente para aqueles que acreditam nisso, um fim de semana em qualquer parte de Israel seria suficiente para mostrar o quão ridícula é a afirmação.  O fato de um grupo de estudantes universitários ter realmente caído nessa e ter votado é um comentário triste sobre o estado da educação moderna. O foco mais óbvio para o apartheid seria a população árabe de 20% do país. Segundo a lei israelita, os árabes israelitas têm exactamente os mesmos direitos que os judeus ou qualquer outra pessoa; Os muçulmanos têm os mesmos direitos que os judeus ou cristãos; Os bahá'ís, severamente perseguidos no Irão, florescem em Israel, onde têm o seu centro mundial; Os muçulmanos Ahmadi, severamente perseguidos no Paquistão e noutros lugares, são mantidos em segurança por Israel; os locais sagrados de todas as religiões são protegidos por uma lei israelense específica. Os árabes constituem 20% da população universitária (um eco exacto da sua percentagem na população em geral).  No Irão, os Bahai (a maior minoria religiosa) estão proibidos de estudar em qualquer universidade ou de gerir as suas próprias universidades: porquê seus membros não estão boicotando o Irã? Os árabes em Israel podem ir aonde quiserem, ao contrário dos negros na África do Sul do apartheid. Utilizam transportes públicos, comem em restaurantes, vão a piscinas, usam bibliotecas, vão ao cinema ao lado de judeus - algo que nenhum negro foi capaz de fazer na África do Sul.  Os hospitais israelitas não tratam apenas de judeus e árabes, mas também de palestinianos de Gaza ou da Cisjordânia.  Nas mesmas enfermarias, nas mesmas salas de operações.  Em Israel, as mulheres têm os mesmos direitos que os homens: não existe apartheid de género.  Homens e mulheres gays não enfrentam restrições, e os gays palestinos muitas vezes fogem para Israel, sabendo que podem ser mortos em casa.  Parece-me bizarro que grupos LGBT apelem a um boicote a Israel e não digam nada sobre países como o Irão, onde homens gays são enforcados ou apedrejados até à morte. Isso ilustra uma mentalidade que é inacreditável.  Estudantes inteligentes pensando que é melhor calar sobre regimes que matam gays, mas é bom condenar o único país do Oriente Médio que resgata e protege os gays. Isso deveria ser uma piada de mau gosto?  A universidade deveria ser sobre aprender a usar o cérebro, a pensar racionalmente, a examinar evidências, a chegar a conclusões baseadas em evidências sólidas, a comparar fontes, a pesar um ponto de vista contra um ou mais outros. Se o melhor que Edimburgo pode produzir agora são estudantes que não têm ideia de como fazer nenhuma dessas coisas, então o futuro será sombrio.  Não me oponho a críticas bem documentadas a Israel. Oponho-me quando pessoas supostamente inteligentes destacam o Estado Judeu acima de Estados que são horríveis no tratamento que dispensam às suas populações. Estamos a atravessar a maior convulsão no Médio Oriente desde os séculos VII e VIII, e é claro que árabes e iranianos estão a rebelar-se contra regimes aterrorizantes que contra-atacam matando os seus próprios cidadãos.  Os cidadãos israelitas, tanto judeus como árabes, não se rebelam (embora sejam livres para protestar). Contudo, os estudantes de Edimburgo não organizam manifestações e não apelam a boicotes contra a Líbia, o Bahrein, a Arábia Saudita, o Iémen e o Irão. Preferem fazer acusações falsas contra um dos países mais livres do mundo, o único país do Médio Oriente que acolheu refugiados do Darfur, o único país do Médio Oriente que dá refúgio a homens e mulheres homossexuais, o único país do Médio Oriente Leste que protege os Bahá'ís... Preciso continuar?  O desequilíbrio é perceptível e não dá crédito a quem votou a favor deste boicote. Peço que você mostre algum bom senso. Obtenha informações da embaixada de Israel. Peça alguns palestrantes. Ouça mais de um lado.  Não se decida antes de ter dado uma audiência justa a ambas as partes. Você tem um dever para com seus alunos e isso é protegê-los de argumentos unilaterais.  Eles não estão na universidade para serem propagandeados. E certamente não estão lá para serem induzidos ao anti-semitismo, punindo um país entre todos os países do mundo, que é o único Estado judeu. Se tivesse existido um único Estado judeu na década de 1930 (o que, infelizmente, não existiu), não acha que Adolf Hitler teria decidido boicotá-lo?  A vossa geração tem o dever de garantir que o racismo perene do anti-semitismo nunca crie raízes entre vós. Hoje, porém, há sinais claros de que o fez e está a diminuir mais. Você tem a chance de evitar um mal muito grande, simplesmente usando a razão e o senso de justiça. Por favor, diga-me que isso faz sentido. Eu lhe dei algumas das evidências.  Cabe a você saber mais. 

Com os melhores cumprimentos, 

Denis MacEoin”

quinta-feira, 30 de maio de 2024

A New Yorker já colocou Trump na prisão; pena que não vai acontecer

 A revista preparou uma capa para o seu número de 10 de junho. Improvável que a prisão se realize, mas nada é impossível nos EUA atuais.



Número corrente da revista História Econômica & História de Empresas (2024)

 Novo número da revista História Econômica & História de Empresas


Nota informativa 
Declaramos que a partir de novembro de 2021, História Econômica & História de Empresas (ISSN 1519-3314) passará a adotar a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY) para os artigos publicados a partir de 2022

 

Edição Atual

v. 27 n. 1 (2024)
Publicado: 2024-05-30

Artigos

Resenhas


María Corina, una líder formidable - Andrés Hoyos (El Mal Pensante)

Artigo publicado sobre a principal líder de oposição à ditadura chavista na Venezuela 

María Corina, una líder formidable


Andrés Hoyos 

El Mal Pensante

 

Una característica típica de los líderes políticos, en su mayoría hombres todavía, es el narcisismo intransigente. La flexibilidad se suele interpretar como debilidad. La lógica parece ser: yo pienso lo que pienso y no voy a cambiarlo, a menos, supone uno, que sufra un gran varapalo en los resultados políticos. Para ver una actitud del todo distinta, basta con echar un vistazo a la vecina Venezuela. No hay en todo el vecindario una líder o un líder con el perrenque de María Corina Machado, quien arrastra multitudes a lo largo y ancho del país, además de que ha cambiado de opinión varias veces de forma muy acertada.

Pese a que está muy lejos de ser modesta, sí queda claro que lo primero que María Corina busca es entender con cuidado la situación y tomar en cuenta los detalles, para después lanzarse con todo. No por otra razón Edmundo González Urrutia encabeza hoy todas las encuestas, mientras que hasta hace un par de meses este candidato de la Mesa de Unidad Democrática (MUD) era un completo desconocido. Él es él, sí, aunque también encarna la continuidad del proyecto de su promotora.

María Corina entendió que el problema consiste antes que nada en salir de Maduro. Tiro por tiro, ella ha ido varios pasos adelante del confiado dictador, al punto de que en últimas lo cogió con los pantalones abajo. Debe quedar claro que el hombre de demócrata no tiene ni el barniz, hasta el punto de que todavía es posible que su régimen se saque un sapo de la manga y trate de descarrilar las elecciones del 28 de julio. Ok, pero vaya que se les ha hecho cada vez más tarde. Si por alguna razón las votaciones no se llevan a cabo, el camino ofrecerá varias salidas importantes para la oposición. No es lo mismo luchar contra una dictadura que “gana” unas elecciones más o menos funcionales, a hacerlo contra otra que intenta derrumbar el tinglado o que recurre de forma masiva al fraude.

Existen incertidumbres grandes porque la transmisión de mando será en enero de 2025, casi seis meses después de ir a las urnas. Igual, si el régimen pierde los recursos para quedarse en el poder se recortan de forma drástica. Y en caso de que el chavismo quiera usar las instituciones que controla para obstaculizar a González Urrutia una vez este asuma el poder, quedan los diversos recursos plebiscitarios, pues el nuevo régimen tendría unas mayorías muy amplias.

Quizá el antecedente más interesante de lo que hoy pasa en Venezuela sea lo que pasó en 1986 en Filipinas, donde justamente una mujer logró derrocar sin derramamiento de sangre a un dictador no muy distinto de Maduro, Ferdinand Marcos, casado con doña Imelda, la dueña de los mil pares de zapatos. Claro, las situaciones no son iguales y los países están a medio mundo de distancia, pero según se ve, la democracia puede incluso tener más fuerza en la actual Venezuela que en las Filipinas de entonces, donde al final triunfó Corazón Aquino, viuda de Benigno Aquino, el líder asesinado por el régimen.

Se trató de la llamada Revolución EDSA, que culminó en 1986. Entonces Marcos se proclamó vencedor de las elecciones, tras realizar un inmenso fraude, y la gente salió a la calle por millones a gritarle ¡No! El dictador pidió el aplastamiento de la resistencia y los militares no le obedecieron. ¿A algo similar se podría suceder en Venezuela? Al menos yo sospecho que allí los militares tampoco van a disparar contra la multitud.

¿Ya tiene Maduro listo su plan B? Porque cada vez luce más probable que lo necesite.


andreshoyos@elmalpensante.com



America’s First (Former) Felon-in-Chief - Foreign Policy

 America’s First (Former) Felon-in-Chief

Former U.S. President Donald Trump appears for his hush money trial in New York City.

Former U.S. President Donald Trump appears for his hush money trial at Manhattan Criminal Court in New York City on May 30.Seth Wenig/Getty Images

A New York City court found former U.S. President Donald Trump guilty on Thursday on all 34 counts of falsifying business recordsrelated to hush money payments made to adult film star Stormy Daniels. The payments, disguised as legal fees to lawyer Michael Cohen and totaling $130,000, were made to conceal actions that Trump believed could have hurt his chances in the 2016 presidential election. Trump is the first U.S. president—former or current—to be convicted on criminal charges.

“This was a disgrace,” Trump said upon leaving the courthouse. “This was a rigged trial by a conflicted judge who was corrupt.” Trump repeatedly violated a gag order barring him from speaking publicly about the trial during the case, with Justice Juan Merchan eventually finding him in contempt of court and fining Trump $10,000 for 10 such remarks.

Merchan announced that Trump can remain at liberty without bail. His sentencing is scheduled for July 11, in which the former president could face years in prison or another form of private incarceration, house arrest, or probation. July 11 is just four days before the Republican National Convention is set to begin, at which Trump will likely receive the party’s presidential nomination. Constitutional experts say a conviction does not disqualify Trump from running for reelection in November.

Trump’s legal team is expected to appeal the guilty verdicts, which could postpone Trump fulfilling his sentence, potentially even until after Election Day passes.

Trump is also facing three other criminal cases. In federal court, he stands accused of conspiracy to overturn the 2020 presidential election, including his support of Capitol rioters on Jan. 6, 2021, and the mishandling of classified documents at his Mar-a-Lago residence after he left office. He is also facing a state case accusing him of conspiracy to overturn the 2020 election results in Georgia, in which he lost by a slim margin.


Venezuela: Eleições de araque - Opinião da Folha de S. Paulo

Venezuela: Eleições de araque

Folha de S. Paulo | Opinião o Folha de S. Paulo
30 de maio de 2024

Ao desconvidar observadores da UE para o pleito, Maduro reitera que comanda uma ditadura

A Venezuela é uma ditadura que infringe direitos humanos e destruiu a economia do país a ponto de instalar uma crise humanitária que gerou cerca de 7,7 milhões de refugiados. Mas o déspota Nicolás Maduro finge que está numa democracia e ainda tem a petulância de pretender que a comunidade internacional acredite nessa farsa.

Na terça-feira (28), seu Conselho Nacional Eleitoral informou que o convite para que observadores da União Europeia (UE) monitorem a eleição presidencial, marcada para o dia 28 de julho, foi cancelado.

O órgão justificou-se com discurso rançoso sobre um fantasioso imperialismo: "Seria imoral permitir sua participação, conhecendo suas práticas neocolonialistas e intervencionistas contra a Venezuela".

De fato, a UE mantém sanções contra a nação sul-americana, do mesmo modo que os EUA, mas como mecanismo de pressão contra atrocidades notórias cometidas pelo regime, notadamente a partir da onda de protestos de 2017.

Investigação conduzida pelo Tribunal Penal Internacional em curso desde 2021 já levantou 1.746 denúncias de abusos contra os os direitos humanos. Em 2022, gabinete da ONU instalado na Venezuela divulgou um relatório com 122 casos de tortura e de violência sexual. Desde 2017, ao menos 125 pessoas foram mortas.

Em fevereiro deste ano, Maduro expulsou do país os funcionários da repartição das Nações Unidas.

A proibição de observadores da UE no pleito é mais uma infração ao Acordo de Barbados, pelo qual a Venezuela se comprometia a realizar eleições justas, livres e abertas ao escrutínio externo.

O Judiciário cooptado pela ditadura já havia interditado as candidaturas dos principais oponentes do caudilho. Esse movimento gerou a primeira crítica do Itamaraty ao regime ?não de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em suas falas ainda coloca panos quentes sobre a barbárie venezuelana.

Em 28 de julho, a população do país irá às urnas numa pantomima. Sem oposição política, liberdade de expressão e direitos humanos, não se pode considerar que tal evento seja a expressão de um regime democrático.

editoriais@grupofolha.com.br

Robert De Niro sobre Trump

 O ator Robert De Niro fez uma declaração sobre o estado das coisas politicas nos EUA:


“Eu amo essa cidade, eu amo essa cidade, eu não quero destruí-la. Donald Trump quer destruir não só a cidade, mas o país e eventualmente ele poderia destruir o mundo. Eu devo muito à cidade e é por isso que é tão estranho que Donald Trump esteja bem do outro lado da rua porque ele não pertence à minha cidade. Eu não sei a onde ele pertence, mas certamente ele não pertence a esta cidade. Nós, nova-iorquinos, costumávamos tolerá-lo quando ele era apenas mais um negociante imobiliário sujo fingindo ser importante, um playboy barato mentindo para entrar nos tabloides, fingindo ser um porta-voz, um porta-voz para ele mesmo. 

Ele estava se fazendo passar por outra pessoa para enganar a imprensa e inflando seu patrimônio líquido, um palhaço. Mas esta cidade é bem tolerante. Nós abrimos espaço para palhaços. Nós os temos por toda a cidade, pessoas que fazem coisas loucas na rua, nós toleramos isso. Faz parte da cidade, faz parte. 

Mas não alguém como Trump, que eventualmente poderá governar o país. Isso não funciona e todos nós sabemos disso. De alguma forma, ele conseguiu até que supostos patriotas o apoiassem, um homem que clamou por liquidar a Constituição e em 6 de janeiro liderou uma multidão enfurecida para ameaçar a democracia, deixando morte e destruição em seu rastro. 

É por isso que eu preciso estar envolvido e queria estar envolvido no novo comercial de campanha de Biden/Harris porque mostra a violência de Trump e nos lembra que ele usará violência contra qualquer um que fique em seu caminho em sua megalomania e ganância. 

Quando Trump concorreu em 2016, foi como uma piada, esse palhaço concorrendo à presidência, não, nunca poderia acontecer. Tínhamos esquecido as lições da história que nos mostraram outros palhaços que não foram levados a sério até tornarem-se ditadores vis. 

Com Trump, temos uma segunda chance e ninguém está rindo agora. Este é o momento de detê-lo votando para tirá-lo de uma vez por todas. Não queremos acordar após a eleição dizendo o que novamente, meu Deus, o que diabos nós fizemos. Não podemos deixar isso acontecer de novo. 

Ontem foi o Memorial Day, é um bom momento para refletir sobre como os americanos lutaram e morreram para que pudéssemos desfrutar das liberdades garantidas a nós por um governo democrático, um governo que como o presidente Lincoln disse do povo, pelo povo para o povo não perecerá da face da terra. 

Sob Trump, esse tipo de governo perecerá…”

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...