Leiam primeiro esta nota, no blog de um jornalista geralmente arguto e bem informado:
O tamanho do abismo entre EUA e China
por Marcos Guterman
Blog Estadão, 20.abril.2011
Muito se diz sobre o novo poder chinês e seu triunfante avanço para destruir a hegemonia dos EUA. O siteChina-US Focus procurou comparar os números dos dois países no que diz respeito a um dos elementos essenciais da equação que resulta numa superpotência efetiva: o investimento militar. O resultado mostra que há um abismo entre chineses e americanos que nenhuma retórica antiamericana é capaz de superar. A seguir, as principais conclusões.
1) O orçamento militar chinês é de US$ 91,5 bilhões. O dos EUA é de US$ 663,8 bilhões. O orçamento militar americano é maior do que o orçamento militar combinado de China, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, Rússia, Índia e Brasil.
2) Na defesa de seus habitantes, a China gasta US$ 70 per capita; os EUA gastam US$ 2.119 per capita.
3) A economia dos EUA é de US$ 14,6 trilhões, contra US$ 5,75 trilhões da China. Os EUA gastam 4,7% do PIB na área militar, enquanto a China gasta 1,4%.
4) A China tem 2.285.000 soldados, enquanto os EUA têm 1.580.255. Isso significa que a China tem o maior Exército do mundo, mas só em números absolutos. Em relação à população que deve ser protegida, a China tem 1 soldado para cada 585 cidadãos, enquanto os EUA têm 1 para 198.
5) A China gasta em média US$ 40,04 por soldado. Já os EUA gastam US$ 420,05.
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Meus comentários [PRA]:
Creio que esse tipo de comparacao é falho metodologicamente, e é falho historicamente.
Gastar mais não significa gastar bem, e sobretudo não garante supremacia no longo prazo.
Os EUA dispõem, hoje, e nas últimas seis ou sete décadas, da supremacia incontestável sobre o mundo, sendo o único país, repito, o único, capaz de projetar poder em dois ou três cenários de guerra simultaneamente, e de manter confrontos simultâneos com grandes poderes durante certo tempo. Isso não lhes assegura a primazia absoluta durante algum tempo, mas mesmo isso não seria uma garantia contra uma coalizão unida de outros grandes poderes atacando simultaneamente os EUA em diversas frentes.
O gênio da política americana, o seu sentido aroniano profundo, é o de manter divididos seus eventuais oponentes, e esforçar-se para que uma tal coalizão não se forme, o que era, aliás, o que fazia a Grã-Bretanha em relação à Europa durante a maior parte do seu predomínio econômico e militar "indisputável" (durou cem anos talvez, do final das guerras napoleônicas até a Primeira Guerra Mundial).
Mas se enganam aqueles que acreditam que a primazia americana se deve ao poderio militar, e ao gasto militar por soldado ou por habitante.
Os EUA são ricos e poderosos A DESPEITO do Pentágono, não por causa dele. Sua primazia tem muito mais a ver com a "professorinha de aldeia" do que com os supostos "gênios militares" do Pentágono, que, como os políticos em geral, são pagos para gastar o dinheiro do cidadão (geralmente mal).
Os que querem descobrir as raízes do predomínio americano tem de buscar outras origens, não o gasto militar, que é apenas o reflexo (enganoso) dessa primazia.
-------------------
Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Rodada Doha: apostas brasileiras caem no vazio...
Mas atenção, o Brasil não pode ser considerado uma vítima inocente, pois tendo sido também muito influente no processo, carrega uma parte da culpa pelo impasse e bloqueio completo das negociações, junto com todos os demais protagonistas (EUA, UE, India, China, Argentina, etc...).
O G20 referido aqui é o financeiro, não tem nada a ver com o G20 comercial que o Lula e o Amorim achavam que iria revolucionar o mundo: seria preciso primeiro começar por resolver suas contradições internas, com membros exportadores agrícolas competitivos (Brasil e Argentina, por exemplo) e subvencionistas-protecionistas esquizofrênicos (China e India, justamente).
Acabou-se a grande ilusão brasileira de liderar os oprimidos periféricos contra os imperialistas arrogantes.
Paulo Roberto de Almeida
Para OMC, diferenças entre países na Rodada Doha são insuperáveis
JAMIL CHADE, DE GENEBRA
O Estado de S.Paulo, 21/04.2011
Documento de mais de 600 páginas escancara crise e mostra ruptura entre os EUA e emergentes
Dez anos de negociações, milhares de horas de reuniões, milhões de dólares gastos para promover reuniões e viagens de diplomatas, discursos e, finalmente, uma constatação alarmante: hoje, as diferenças em muitas das posição entre os países na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) são "insuperáveis" e o processo está "seriamente ameaçado". Pior: ninguém sabe o que fazer diante da situação que escancara a crise no sistema multilateral.
Nesta quinta-feira, 21, o diretor da entidade, Pascal Lamy, publicou o que seria um rascunho do acordo comercial mais ambicioso da história, com mais de 600 páginas. Mas no lugar de apontar um potencial entendimento, o documento revelou a profunda fratura existente entre Estados Unidos, de um lado, e Brasil, China e Índia de outro. Isso mesmo diante das repetidas declarações do G-20 pedindo a conclusão da rodada em 2011.
Para experiente diplomatas em Genebra, a crise é um reflexo da transição a um novo equilíbrio de poder que se estabelece no mundo, com os países emergentes passando a assumir um novo papel. Em Doha, há dez anos, essa realidade ainda não estava clara. Hoje, a China é o maior exportador do planeta, a Índia potencialmente o maior mercado e o Brasil o terceiro maior exportador agrícola do mundo.
Americanos e europeus querem que os três emergentes deixem de ser tratados como países pobres e façam concessões comerciais, abrindo seus mercados. Lamy, em seu texto, indica que Washington e Bruxelas consideram a atual negociação como "a última chance de equiparar" as tarifas de importação cobradas pelos emergentes e os ricos. Só no caso do Brasil, isso significaria levar a zero mais de 3 mil tarifas.
De outro, China, Brasil e Índia se recusam a aceitar as exigências impostas principalmente pelos Estados Unidos, alegando que ainda tem desafios de desenvolvimento importantes e não podem ser tratados da mesma forma. "Acredito que estamos sendo confrontados com uma clara fratura política ", disse Lamy. " A partir do que eu escutei nas minhas consultas, essa fratura não é superável hoje ", completou.
A Rodada foi lançada em 2001 e deveria ter sido concluída em 2005. Agora, a tentativa era de que um pré-acordo baseado nos textos apresentados nesta quinta fosse fechado para que a Rodada pudesse ser concluída até o final do ano. Mas Lamy indicou a diversos países que não sabe mais o que fazer e pede para que todos, até o final de abril, reflitam com seus chefes de governo o que fazer de agora em diante.
Para muitos em Genebra, essa é a crise mais profunda já vivida pela OMC. Não porque a diferença de posição foi explicitada. Mas porque ninguém sabe qual o caminho a ser tomado a partir de agora. Lamy insistiu aos governos que não tratem a atual crise apenas como mais um impasse na história da OMC. Mas alerta que recomeçar do zero as negociações também não seria a solução.
Entre os governos, já há quem fale sobre a ideia de um enterro digno para a OMC. Um dos cenários desenhados pelo Canadá seria a de começar a programar um " desfecho organizado " para a Rodada, congelando o pacote e esperando por melhores momentos nos próximos anos. Algumas delegações, porém, temem que nem isso consiga ser alvo de um acordo e o temor é de que haja uma "aterrissagem descontrolada ".
Outros insistem que não se pode desistir de tudo, depois de dez anos de reuniões. Politicamente, nenhum país quer pagar o ônus de declarar a morte da Rodada. Mas, por enquanto, a ordem é de que todos voltem a suas capitais e pensem sobre o que fazer com a rodada comercial mais ambiciosa já lançada pela comunidade internacional. "Usem os próximos dias para refletir sobre nossa situação. Pensem sobre as consequências de jogar fora dez anos de trabalho ", afirmou Lamy aos governos.
"Essa é uma situação grave para a Rodada. Mas é nossa realidade e precisamos encará-la", completou. Hoje, o pacote teria um impacto modesto na economia mundial. Mas abandonar o processo poderia, segundo muitos na OMC, ter um alto custo político para o sistema multilateral. Para Lamy, há ganhos econômicos e jogo. "Mas, acima de tudo, significaria que o espírito da cooperação global comercial ainda está vivo ", completou.
O G20 referido aqui é o financeiro, não tem nada a ver com o G20 comercial que o Lula e o Amorim achavam que iria revolucionar o mundo: seria preciso primeiro começar por resolver suas contradições internas, com membros exportadores agrícolas competitivos (Brasil e Argentina, por exemplo) e subvencionistas-protecionistas esquizofrênicos (China e India, justamente).
Acabou-se a grande ilusão brasileira de liderar os oprimidos periféricos contra os imperialistas arrogantes.
Paulo Roberto de Almeida
Para OMC, diferenças entre países na Rodada Doha são insuperáveis
JAMIL CHADE, DE GENEBRA
O Estado de S.Paulo, 21/04.2011
Documento de mais de 600 páginas escancara crise e mostra ruptura entre os EUA e emergentes
Dez anos de negociações, milhares de horas de reuniões, milhões de dólares gastos para promover reuniões e viagens de diplomatas, discursos e, finalmente, uma constatação alarmante: hoje, as diferenças em muitas das posição entre os países na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) são "insuperáveis" e o processo está "seriamente ameaçado". Pior: ninguém sabe o que fazer diante da situação que escancara a crise no sistema multilateral.
Nesta quinta-feira, 21, o diretor da entidade, Pascal Lamy, publicou o que seria um rascunho do acordo comercial mais ambicioso da história, com mais de 600 páginas. Mas no lugar de apontar um potencial entendimento, o documento revelou a profunda fratura existente entre Estados Unidos, de um lado, e Brasil, China e Índia de outro. Isso mesmo diante das repetidas declarações do G-20 pedindo a conclusão da rodada em 2011.
Para experiente diplomatas em Genebra, a crise é um reflexo da transição a um novo equilíbrio de poder que se estabelece no mundo, com os países emergentes passando a assumir um novo papel. Em Doha, há dez anos, essa realidade ainda não estava clara. Hoje, a China é o maior exportador do planeta, a Índia potencialmente o maior mercado e o Brasil o terceiro maior exportador agrícola do mundo.
Americanos e europeus querem que os três emergentes deixem de ser tratados como países pobres e façam concessões comerciais, abrindo seus mercados. Lamy, em seu texto, indica que Washington e Bruxelas consideram a atual negociação como "a última chance de equiparar" as tarifas de importação cobradas pelos emergentes e os ricos. Só no caso do Brasil, isso significaria levar a zero mais de 3 mil tarifas.
De outro, China, Brasil e Índia se recusam a aceitar as exigências impostas principalmente pelos Estados Unidos, alegando que ainda tem desafios de desenvolvimento importantes e não podem ser tratados da mesma forma. "Acredito que estamos sendo confrontados com uma clara fratura política ", disse Lamy. " A partir do que eu escutei nas minhas consultas, essa fratura não é superável hoje ", completou.
A Rodada foi lançada em 2001 e deveria ter sido concluída em 2005. Agora, a tentativa era de que um pré-acordo baseado nos textos apresentados nesta quinta fosse fechado para que a Rodada pudesse ser concluída até o final do ano. Mas Lamy indicou a diversos países que não sabe mais o que fazer e pede para que todos, até o final de abril, reflitam com seus chefes de governo o que fazer de agora em diante.
Para muitos em Genebra, essa é a crise mais profunda já vivida pela OMC. Não porque a diferença de posição foi explicitada. Mas porque ninguém sabe qual o caminho a ser tomado a partir de agora. Lamy insistiu aos governos que não tratem a atual crise apenas como mais um impasse na história da OMC. Mas alerta que recomeçar do zero as negociações também não seria a solução.
Entre os governos, já há quem fale sobre a ideia de um enterro digno para a OMC. Um dos cenários desenhados pelo Canadá seria a de começar a programar um " desfecho organizado " para a Rodada, congelando o pacote e esperando por melhores momentos nos próximos anos. Algumas delegações, porém, temem que nem isso consiga ser alvo de um acordo e o temor é de que haja uma "aterrissagem descontrolada ".
Outros insistem que não se pode desistir de tudo, depois de dez anos de reuniões. Politicamente, nenhum país quer pagar o ônus de declarar a morte da Rodada. Mas, por enquanto, a ordem é de que todos voltem a suas capitais e pensem sobre o que fazer com a rodada comercial mais ambiciosa já lançada pela comunidade internacional. "Usem os próximos dias para refletir sobre nossa situação. Pensem sobre as consequências de jogar fora dez anos de trabalho ", afirmou Lamy aos governos.
"Essa é uma situação grave para a Rodada. Mas é nossa realidade e precisamos encará-la", completou. Hoje, o pacote teria um impacto modesto na economia mundial. Mas abandonar o processo poderia, segundo muitos na OMC, ter um alto custo político para o sistema multilateral. Para Lamy, há ganhos econômicos e jogo. "Mas, acima de tudo, significaria que o espírito da cooperação global comercial ainda está vivo ", completou.
Brasilianistas: uma homenagem simples, mas sincera...
Tenho alguns nomes na cabeça, como merecedores desse tipo de homenagem, mas ainda vou refletir mais um pouco antes de fazer a minha sugestão...
LIFETIME CONTRIBUTION AWARD CALL FOR NOMINATIONS
Dear Colleague:
I am pleased to announce the call for nominations for the BRASA Lifetime Contribution Award. This letter is an invitation to the members of the Brazilian studies community to submit their nominations for the fourth recipient of this prestigious award, which will be presented at the BRASA XI International Congress, to be held at University of Illinois at Urbana-Champagne, September 8 and 9, 2012.
Reflecting the primary mission of BRASA, the goal of this award is to recognize an individual with both a record of outstanding scholarly achievement and significant contributions to the promotion of Brazilian studies in the United States. The BRASA Executive Committee especially wishes to emphasize the criterion of lifetime contributions.
Nominees can be from any discipline or nationality but must have spent the greater part of their career involved in U.S.-based Brazilian studies activities. Nominees need not be members of BRASA.
Nominations will be reviewed by a four-member BRASA award committee and voted on by the BRASA Executive Committee. The recipient will be announced before BRASA XI in 2012.
During a ceremony at the BRASA XI Congress, two individuals of the award recipient’s choosing – preferably one U.S.-based and the other Brazil-based – will give personal testimony to the recipient’s achievements. The recipient will also be invited to address the Congress. The BRASA vice president will then present the recipient with a plaque of appreciation.
Nominations should consist of one substantial letter of recommendation outlining the accomplishments and contributions of the individual; a CV; and a list of five references prepared to provide additional letters, if necessary. Materials can be either in English or Portuguese. One nomination per individual is sufficient. No self-nominations or posthumous nominees will be accepted.
The deadline for nominations is July 15, 2011. Nominations and questions should be e-mailed to me at jfrench@richmond.edu.
Sincerely,
Jan Hoffman French
Vice President, BRASA
Chair, BRASA Lifetime Contribution Award Committ
LIFETIME CONTRIBUTION AWARD CALL FOR NOMINATIONS
Dear Colleague:
I am pleased to announce the call for nominations for the BRASA Lifetime Contribution Award. This letter is an invitation to the members of the Brazilian studies community to submit their nominations for the fourth recipient of this prestigious award, which will be presented at the BRASA XI International Congress, to be held at University of Illinois at Urbana-Champagne, September 8 and 9, 2012.
Reflecting the primary mission of BRASA, the goal of this award is to recognize an individual with both a record of outstanding scholarly achievement and significant contributions to the promotion of Brazilian studies in the United States. The BRASA Executive Committee especially wishes to emphasize the criterion of lifetime contributions.
Nominees can be from any discipline or nationality but must have spent the greater part of their career involved in U.S.-based Brazilian studies activities. Nominees need not be members of BRASA.
Nominations will be reviewed by a four-member BRASA award committee and voted on by the BRASA Executive Committee. The recipient will be announced before BRASA XI in 2012.
During a ceremony at the BRASA XI Congress, two individuals of the award recipient’s choosing – preferably one U.S.-based and the other Brazil-based – will give personal testimony to the recipient’s achievements. The recipient will also be invited to address the Congress. The BRASA vice president will then present the recipient with a plaque of appreciation.
Nominations should consist of one substantial letter of recommendation outlining the accomplishments and contributions of the individual; a CV; and a list of five references prepared to provide additional letters, if necessary. Materials can be either in English or Portuguese. One nomination per individual is sufficient. No self-nominations or posthumous nominees will be accepted.
The deadline for nominations is July 15, 2011. Nominations and questions should be e-mailed to me at jfrench@richmond.edu.
Sincerely,
Jan Hoffman French
Vice President, BRASA
Chair, BRASA Lifetime Contribution Award Committ
Integracao na AL: instrumentos fundamentais (Wagner Menezes)
Um livro importante para os que se interessam pela integração regional, e aqui têm os instrumentos fundamentais. Ainda bem que não entrou o tratado constitutivo da Alba -- a Aliança Bolivariana dos Povos da América, protagonizada por certo coronel bizarro -- pois se trata do mais bizarro, justamente, instrumento que jamais registrei em 2.500 anos nos anais da diplomacia mundial. Todos os textos são sérios...
Paulo Roberto de Almeida
Direito Internacional na América Latina - Consolidação Normativa
Organizador: Wagner Menezes
(Curitiba: Editoria Ithala, 2008, ISBN: 978-85-61868-00-0, 320 p.).
CAPÍTULO I – DOCUMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1 - Carta da Jamaica – 1815
2 - Carta Circular Convocatória do Congresso do Panamá – 1824
3 - Tratado de União, Liga e Confederação Perpétua – 1826
4 - Resolução da ONU 31/142. Sesquicentenário do Congresso Anfictiônico do Panamá – 1976
CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E ACORDOS MULTILATERAIS NA AMÉRICA LATINA
1 - Carta de Bogotá – Carta da OEA – Organização dos Estados Americanos
2 - TIAR – Tratado Interamericano de Assistência Recíproca
3 - Tratados de Solidariedade Continental
4 - Tratado Constitutivo do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
5 - Pacto de São José da Costa Rica – Convenção Americana sobre os Direitos Humanos
6 - Carta da Organização dos Estados Centro-Americanos (ODECA)
7 - Emenda ao Tratado Fundacional da ODECA
8 - Tratado Constitutivo da AEC – Associação dos Estados do Caribe
9 - OECO – Associação dos Estados do Caribe Oriental
10 - Tratado de Institucionalização do PARLATINO – Parlamento Latino-Americano
11 - Tratado de Cooperação Amazônica
12 - Protocolo de Emenda ao Tratado de Cooperação Amazônica – cria a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
13 - Convenção do Panamá, que cria o SELA – Sistema Econômico Latino-Americano
14 - Secretaría Permanente del SELA
CAPÍTULO III – BLOCOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA LATINA
1 - Tratado de Montevidéu – 1960, que cria a ALALC – Associação Latino-Americana de Livre Comércio
2 - Tratado de Montevidéu – 1980, que cria a ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
3 - Tratado Constitutivo do CARICOM
4 - Tratado Constitutivo do MCCA – Mercado Comum Centro-Americano
5 - Tratado Constitutivo da CAN – Comunidade Andina de Nações – Acordo de Cartagena
6 - Declaração de Cusco, que fixa as bases para a criação da CASA – Comunidade Sul-Americana de Nações
CAPÍTULO IV – MERCOSUL: TEXTOS FUNDAMENTAIS
1 - Tratado de Assunção
2 - Protocolo de Brasília
3 - Protocolo de Ouro Preto
4 - Protocolo de Olivos
5 - Protocolo de Ushuaia
6 - Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul
7 - Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul
Paulo Roberto de Almeida
Direito Internacional na América Latina - Consolidação Normativa
Organizador: Wagner Menezes
(Curitiba: Editoria Ithala, 2008, ISBN: 978-85-61868-00-0, 320 p.).
CAPÍTULO I – DOCUMENTOS HISTÓRICOS FUNDAMENTAIS
1 - Carta da Jamaica – 1815
2 - Carta Circular Convocatória do Congresso do Panamá – 1824
3 - Tratado de União, Liga e Confederação Perpétua – 1826
4 - Resolução da ONU 31/142. Sesquicentenário do Congresso Anfictiônico do Panamá – 1976
CAPÍTULO II – ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS E ACORDOS MULTILATERAIS NA AMÉRICA LATINA
1 - Carta de Bogotá – Carta da OEA – Organização dos Estados Americanos
2 - TIAR – Tratado Interamericano de Assistência Recíproca
3 - Tratados de Solidariedade Continental
4 - Tratado Constitutivo do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
5 - Pacto de São José da Costa Rica – Convenção Americana sobre os Direitos Humanos
6 - Carta da Organização dos Estados Centro-Americanos (ODECA)
7 - Emenda ao Tratado Fundacional da ODECA
8 - Tratado Constitutivo da AEC – Associação dos Estados do Caribe
9 - OECO – Associação dos Estados do Caribe Oriental
10 - Tratado de Institucionalização do PARLATINO – Parlamento Latino-Americano
11 - Tratado de Cooperação Amazônica
12 - Protocolo de Emenda ao Tratado de Cooperação Amazônica – cria a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
13 - Convenção do Panamá, que cria o SELA – Sistema Econômico Latino-Americano
14 - Secretaría Permanente del SELA
CAPÍTULO III – BLOCOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA LATINA
1 - Tratado de Montevidéu – 1960, que cria a ALALC – Associação Latino-Americana de Livre Comércio
2 - Tratado de Montevidéu – 1980, que cria a ALADI – Associação Latino-Americana de Integração
3 - Tratado Constitutivo do CARICOM
4 - Tratado Constitutivo do MCCA – Mercado Comum Centro-Americano
5 - Tratado Constitutivo da CAN – Comunidade Andina de Nações – Acordo de Cartagena
6 - Declaração de Cusco, que fixa as bases para a criação da CASA – Comunidade Sul-Americana de Nações
CAPÍTULO IV – MERCOSUL: TEXTOS FUNDAMENTAIS
1 - Tratado de Assunção
2 - Protocolo de Brasília
3 - Protocolo de Ouro Preto
4 - Protocolo de Olivos
5 - Protocolo de Ushuaia
6 - Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul
7 - Protocolo de Adesão da República Bolivariana da Venezuela ao Mercosul
Instrumentos de busca: seguindo os seguidores...(PRA on Google)
Como todo acadêmico, procuro ler tudo e de tudo (ou pelo menos tento, embora não tenha certeza de que todos os acadêmicos sejam assim...).
Além dos "x" boletins diários que recebo, tenho vários conceitos para busca organizada. (Desculpem o "x", mas realmente não sei quantos são; precisaria contar: NYTimes, WPost, Le Monde, WSJ, Foreign Policy, Economist, Der Spiegel, e muitos outros mais, sem contar os think tanks, os bancos multilaterais, os centros de pesquisa, etc. etc. etc.; um dia vou tentar contar, mas tenho certeza de que vou esquecer os mensais, os que entram irregularmente...).
Minha busca organizada, obviamente, é ampla, em Português e Inglês, e aí chovem os links para identificar o que houve de relevante em diversos campos do conhecimento humano -- economia, política externa brasileira, China, etc. --, com seus links preparados.
Ainda tenho de fazer um artigo em homenagem ao Google, mas não só ele, pois tenho os newsfeeder também, os assembladores de notícias, vários deles.
Enfim, cedendo ao narcisismo, também tenho um identificador para o meu nome, que na verdade foi feito mais para detectar algum plágio eventual do que self-contemplation, ou busca de notoriedade. Sei que sou copiado por aí, mas os aluninhos querem só aprender, suponho...
De vez em quando a gente se surpreende ao ser citado em coluna de jornal, que foi o que ocorreu recentemente com este jornalista do jornal O Povo, do Ceará.
O meu artigo a que ele se refere em seu artigo é este aqui:
Miséria da ‘oposição’ no Brasil: da falta de um projeto de poder à irrelevância política?,
revista Interesse Nacional (n. 13, abril-junho 2011, p. 28-36
link: http://interessenacional.uol.com.br/artigos-integra.asp?cd_artigo=103).
Relação de Originais n. 2242; Publicados n. 1028.
Divirtam-se com a oposição no Ceará.
Paulo Roberto de Almeida
Dilma com compostura
Fábio Campos
O Povo online (Fortaleza, CE), 20.04.2011
O drama da oposição brasileira tem um nome: Dilma Rousseff. Apesar da popularidade nunca antes vista nesse País, era menos difícil fazer oposição a Lula. Um presidente que falava pelos cotovelos, abria constantemente o flanco para os ataques dos opositores de plantão. A julgar pelos cem dias de Dilma no poder, essa tarefa se tornou mais complicada. A presidente Dilma é circunspecta. Adota compostura adequada a um chefe de Governo. Fala somente o necessário. Tem gosto pelo trabalho e não usa membros da equipe como muletas, atitude que reforça a sua liderança. Melhor: Dilma tem demonstrado apego ao que nos acostumamos a chamar de Estado de Direito. Em cem dias, vimos a presidente defendendo a democracia além fronteiras, mantendo distância de ditadores e assumindo a defesa dos valores democráticos. É evidente que, aqui e alhures, a economia continua dando os rumos da política. Enquanto a economia estiver aquecida, a oposição permanecerá perdida.
DESERTO DE OPOSITORES
A oposição à Dilma é diminuta do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Mas, não é uma circunstância que ocorre apenas no âmbito nacional. Em boa parte dos estados e capitais, o fato se reproduz com a mesma força. Atentem para o que acontece no Ceará. Aqui, nem sequer há oposição. E o que há não é capaz de assumir com ênfase e clareza as grandes responsabilidades de sua condição. Recentemente, o PSDB do Ceará ocupou espaços partidários na televisão. Frases soltas e sem rumo. Tasso Jereissati balbuciou algo, mas não se mostra com energia política para seguir. Do ponto de vista político-partidário, um deserto. Todos os maiores partidos estão no Governo. A linguagem é única. É só consenso. Por cá, uma ou outra manifestação, geralmente escrita nas páginas de jornal, de descontentamento com o rumo das coisas. Tais manifestações não partem da política. Representam somente a opinião individual de articulistas. A academia? Ora, a academia não consegue escalar seus muros e raramente produz pensamento crítico acerca do Ceará.
A OPOSIÇÃO QUE SE PREZA
Em Fortaleza, a oposição é um arremedo. Despreparada, nutre-se de ódio e acha que fazer oposição é visitar o PV e mostrar que uma mureta vai atrapalhar a visão de alguns torcedores. Outro se entrega à tarefa de fotografar ruas encharcadas pela chuva e distribuir panfletos e adesivos. Um terceiro faz pregações virulentas na TV. Não há projetos de poder confiáveis na oposição. Não há uma ideia sólida de cidade. Apenas mercadores de plantão. Tanto no Estado quanto na Capital há imensos flancos abertos para a atuação de uma oposição digna no nome. Oposição que se preza precisa se constituir como alternativa de poder que vá além do que está posto. Adaptando um trecho de um artigo assinado pelo diplomata e cientista social Paulo Roberto de Almeida, oposição de respeito é a que trabalha com vigor no diagnóstico dos problemas, no oferecimento de respostas sólidas aos mesmos problemas, e na sua própria organização interna, colocando-se numa posição de governo “virtual”, ou potencial, com base em propostas aceitáveis, sem ceder a populismos ou à demagogia habitual nesses meios.
OS 96 DE BRASÍLIA
A propósito, vejam texto assinado pelos repórteres Eduardo Bresciani e Denise Madueño, no O Estado de S.Paulo de ontem: “A criação do PSD fará com que a oposição à presidente Dilma Rousseff seja reduzida a menos de cem deputados, um cenário inédito nos últimos 16 anos. Com a debandada de deputados para o partido que abrirá as portas para a adesão ao governo Dilma, a oposição representada por PSDB, DEM e PPS terá somente 96 deputados. Proporcionalmente, a oposição brasileira é menor do que em países vizinhos, como a Venezuela e a Bolívia. Desde a retomada das eleições diretas, em 1989, somente o presidente Itamar Franco, atual senador pelo PPS de Minas Gerais, teve uma Câmara tão dócil”.
Fábio Campos
fabiocampos@opovo.com.br
Além dos "x" boletins diários que recebo, tenho vários conceitos para busca organizada. (Desculpem o "x", mas realmente não sei quantos são; precisaria contar: NYTimes, WPost, Le Monde, WSJ, Foreign Policy, Economist, Der Spiegel, e muitos outros mais, sem contar os think tanks, os bancos multilaterais, os centros de pesquisa, etc. etc. etc.; um dia vou tentar contar, mas tenho certeza de que vou esquecer os mensais, os que entram irregularmente...).
Minha busca organizada, obviamente, é ampla, em Português e Inglês, e aí chovem os links para identificar o que houve de relevante em diversos campos do conhecimento humano -- economia, política externa brasileira, China, etc. --, com seus links preparados.
Ainda tenho de fazer um artigo em homenagem ao Google, mas não só ele, pois tenho os newsfeeder também, os assembladores de notícias, vários deles.
Enfim, cedendo ao narcisismo, também tenho um identificador para o meu nome, que na verdade foi feito mais para detectar algum plágio eventual do que self-contemplation, ou busca de notoriedade. Sei que sou copiado por aí, mas os aluninhos querem só aprender, suponho...
De vez em quando a gente se surpreende ao ser citado em coluna de jornal, que foi o que ocorreu recentemente com este jornalista do jornal O Povo, do Ceará.
O meu artigo a que ele se refere em seu artigo é este aqui:
Miséria da ‘oposição’ no Brasil: da falta de um projeto de poder à irrelevância política?,
revista Interesse Nacional (n. 13, abril-junho 2011, p. 28-36
link: http://interessenacional.uol.com.br/artigos-integra.asp?cd_artigo=103).
Relação de Originais n. 2242; Publicados n. 1028.
Divirtam-se com a oposição no Ceará.
Paulo Roberto de Almeida
Dilma com compostura
Fábio Campos
O Povo online (Fortaleza, CE), 20.04.2011
O drama da oposição brasileira tem um nome: Dilma Rousseff. Apesar da popularidade nunca antes vista nesse País, era menos difícil fazer oposição a Lula. Um presidente que falava pelos cotovelos, abria constantemente o flanco para os ataques dos opositores de plantão. A julgar pelos cem dias de Dilma no poder, essa tarefa se tornou mais complicada. A presidente Dilma é circunspecta. Adota compostura adequada a um chefe de Governo. Fala somente o necessário. Tem gosto pelo trabalho e não usa membros da equipe como muletas, atitude que reforça a sua liderança. Melhor: Dilma tem demonstrado apego ao que nos acostumamos a chamar de Estado de Direito. Em cem dias, vimos a presidente defendendo a democracia além fronteiras, mantendo distância de ditadores e assumindo a defesa dos valores democráticos. É evidente que, aqui e alhures, a economia continua dando os rumos da política. Enquanto a economia estiver aquecida, a oposição permanecerá perdida.
DESERTO DE OPOSITORES
A oposição à Dilma é diminuta do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Mas, não é uma circunstância que ocorre apenas no âmbito nacional. Em boa parte dos estados e capitais, o fato se reproduz com a mesma força. Atentem para o que acontece no Ceará. Aqui, nem sequer há oposição. E o que há não é capaz de assumir com ênfase e clareza as grandes responsabilidades de sua condição. Recentemente, o PSDB do Ceará ocupou espaços partidários na televisão. Frases soltas e sem rumo. Tasso Jereissati balbuciou algo, mas não se mostra com energia política para seguir. Do ponto de vista político-partidário, um deserto. Todos os maiores partidos estão no Governo. A linguagem é única. É só consenso. Por cá, uma ou outra manifestação, geralmente escrita nas páginas de jornal, de descontentamento com o rumo das coisas. Tais manifestações não partem da política. Representam somente a opinião individual de articulistas. A academia? Ora, a academia não consegue escalar seus muros e raramente produz pensamento crítico acerca do Ceará.
A OPOSIÇÃO QUE SE PREZA
Em Fortaleza, a oposição é um arremedo. Despreparada, nutre-se de ódio e acha que fazer oposição é visitar o PV e mostrar que uma mureta vai atrapalhar a visão de alguns torcedores. Outro se entrega à tarefa de fotografar ruas encharcadas pela chuva e distribuir panfletos e adesivos. Um terceiro faz pregações virulentas na TV. Não há projetos de poder confiáveis na oposição. Não há uma ideia sólida de cidade. Apenas mercadores de plantão. Tanto no Estado quanto na Capital há imensos flancos abertos para a atuação de uma oposição digna no nome. Oposição que se preza precisa se constituir como alternativa de poder que vá além do que está posto. Adaptando um trecho de um artigo assinado pelo diplomata e cientista social Paulo Roberto de Almeida, oposição de respeito é a que trabalha com vigor no diagnóstico dos problemas, no oferecimento de respostas sólidas aos mesmos problemas, e na sua própria organização interna, colocando-se numa posição de governo “virtual”, ou potencial, com base em propostas aceitáveis, sem ceder a populismos ou à demagogia habitual nesses meios.
OS 96 DE BRASÍLIA
A propósito, vejam texto assinado pelos repórteres Eduardo Bresciani e Denise Madueño, no O Estado de S.Paulo de ontem: “A criação do PSD fará com que a oposição à presidente Dilma Rousseff seja reduzida a menos de cem deputados, um cenário inédito nos últimos 16 anos. Com a debandada de deputados para o partido que abrirá as portas para a adesão ao governo Dilma, a oposição representada por PSDB, DEM e PPS terá somente 96 deputados. Proporcionalmente, a oposição brasileira é menor do que em países vizinhos, como a Venezuela e a Bolívia. Desde a retomada das eleições diretas, em 1989, somente o presidente Itamar Franco, atual senador pelo PPS de Minas Gerais, teve uma Câmara tão dócil”.
Fábio Campos
fabiocampos@opovo.com.br
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Chose de loques: deputados gauchos sao chauvinistas
Deveríamos deletar a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul?
Esse pessoal do PCdoB, que já foi vendido a estrangeiros -- no caso, ao PC da China, depois, quando a China virou capitalista, aos albaneses, e depois nem sei o que sobrou --, agora pretende se exibir na condição de chauvinistas culturais, pretendendo censurar nossas manifestações criativas e de importação cultural
Eles estão querendo controlar a maneira que falamos, como nos expressamos.
Fascistas...
Paulo Roberto de Almeida
Assembleia do RS determina tradução de termos estrangeiros
Igor Natusch
ZH, 20/04/2011
Foi aprovada nesta terça-feira (19) pela Assembleia Legislativa do RS, projeto de lei que pretende disciplinar de forma radical o uso de estrangeirismos em nosso país. Segundo o texto, de autoria do deputado Raul Carrion (PCdoB), torna-se obrigatória “a tradução de expressões ou palavras estrangeiras para a língua portuguesa, em todo documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, sempre que houver em nosso idioma palavra ou expressão equivalente”. A votação foi apertada: 26 parlamentares gaúchos foram favoráveis, enquanto 24 se posicionaram contrários à lei.
Duas emendas foram aprovadas para o PL 156/2009. Uma delas, de autoria do próprio Raul Carrion, dispensa a necessidade de tradução em nomes próprios. A outra, do deputado Carlos Gomes (PRB), determina que os órgãos públicos e todos os meios de comunicação ligados ao Executivo e ao Legislativo priorizem o uso da língua portuguesa em todos os materiais que produzirem.
“Por que temos que usar ‘sale’ para falar de uma liquidação? Por que temos que ‘printar’ se podemos imprimir?”, questionou Raul Carrion durante a defesa de seu projeto. “Parece que falar em português é feio, vergonhoso, que bonito é falar estrangeiro. É uma imposição por macaquice”, atacou. O deputado comunista ressaltou, porém, que não há proibição no uso de palavras estrangeiras, e sim uma exigência no sentido de que sejam traduzidas.
Frederico Antunes: “Estamos discutindo uma questão de importância menor" -
Posição bem distinta da defendida por Frederico Antunes (PP). Para o progressista, a maior parte das expressões atingidas pela proposta de Carrion já estão incluídas até mesmo nos dicionários. “Estamos discutindo uma questão de importância menor. Faríamos melhor se nem tentássemos legislar a respeito dela”, criticou Antunes.
“Estamos pedindo que sejam traduzidos termos que usamos diariamente, que somos capazes de ler e compreender imediatamente o significado”. Jorge Pozzobom (PP) reforçou essa posição, dizendo que, em tempos de globalização, uma proposta dessas não faz sentido e que por isso o seu partido votaria contra o projeto.
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Lei que proíbe estrangeirismos não "deve pegar", alertam professores
Deputados aprovaram ontem legislação que obriga tradução de palavras em outros idiomas
A lei que obriga a tradução de termos estrangeiros para o português, aprovada nessa terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, está causando polêmica. A maior crítica ao projeto é quanto à viabilidade da medida. Os professores de português consultados pelo Correio do Povo, nesta quarta-feira, alertam que a legislação não deve funcionar na prática.
“A lei não vai resultar em nada”, na opinião do professor Paulo Ledur.
Ele explica que a língua se faz pelo uso e por um processo cultural demorado. “A legislação não vai funcionar pela falta de fiscalização." O advogado e consultor de português do Correio do Povo Landro Oviedo concorda. “Essa lei é totalmente desnecessária e inviável, porque a comunicação se faz espontaneamente. As pessoas assumem ou descartam as expressões que não fazem sentido, naturalmente”, explicou. “Será muito difícil aplicar qualquer tipo de pena. A lei é inviável.” Oviedo acrescentou que uma determinação como essa não tem razão de existir, já que o português é uma confluência de outras línguas, como o espanhol, o francês e o inglês.
Oviedo disse que, caso seja empregada a tradução dos termos, a linguagem ficará truncada. “Vai acontecer o que chamamos de metalinguismo. Que é quando se usa palavras para explicar palavras. A linguagem em si terá um adicional, com o significado entre parênteses.”
O consultor disse ainda que não há risco da língua portuguesa se perder pelo uso de estrangeirismos. “Não é que não tenha problemas o uso de algumas expressões, mas isso é uma questão de bom senso.”
Além disso, na opinião de Oviedo, a medida poderia, até mesmo, interferir na música e na literatura. “Os nossos músicos e nossos poetas não poderiam utilizar espanhol, por exemplo, e nem mencionar ritmos como a milonga.”
O caminho para valorizar o uso da língua é inverso, conforme Ledur. “O que o poder público precisa fazer é incentivar o uso correto do idioma. Não há lei que transforme isso”, explicou. “Nem o Império Romando conseguiu impedir que o latim se transformasse.”
Contudo, o professor considera que há abusos do uso do inglês, por exemplo. “Isso porque o povo brasileiro é simpatizante. Falta um espírito de patriotismo”, afirmou. “A língua é talvez é o nosso maior patrimônio. O ensino adequado é que pode despertar o gosto por ela.”
Ledur contou que está torcendo para que o governador Tarso Genro não sancione essa lei. A assessoria de imprensa do Palácio Piratini informou que ainda não tem uma posição sobre a decisão do governador, mas adiantou que Tarso não descartou a possibilidade de vetar o projeto por dificuldades na aplicação. Ele tem um prazo de 30 dias para assinar o documento e deve ouvir especialistas.
O governador criticou a ridicularização à proposta do deputado Raul Carrion (PCdoB), e lembrou que a França e o território de Quebec tomaram medidas semelhantes de proteção ao idioma.
Esse pessoal do PCdoB, que já foi vendido a estrangeiros -- no caso, ao PC da China, depois, quando a China virou capitalista, aos albaneses, e depois nem sei o que sobrou --, agora pretende se exibir na condição de chauvinistas culturais, pretendendo censurar nossas manifestações criativas e de importação cultural
Eles estão querendo controlar a maneira que falamos, como nos expressamos.
Fascistas...
Paulo Roberto de Almeida
Assembleia do RS determina tradução de termos estrangeiros
Igor Natusch
ZH, 20/04/2011
Foi aprovada nesta terça-feira (19) pela Assembleia Legislativa do RS, projeto de lei que pretende disciplinar de forma radical o uso de estrangeirismos em nosso país. Segundo o texto, de autoria do deputado Raul Carrion (PCdoB), torna-se obrigatória “a tradução de expressões ou palavras estrangeiras para a língua portuguesa, em todo documento, material informativo, propaganda, publicidade ou meio de comunicação através da palavra escrita no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul, sempre que houver em nosso idioma palavra ou expressão equivalente”. A votação foi apertada: 26 parlamentares gaúchos foram favoráveis, enquanto 24 se posicionaram contrários à lei.
Duas emendas foram aprovadas para o PL 156/2009. Uma delas, de autoria do próprio Raul Carrion, dispensa a necessidade de tradução em nomes próprios. A outra, do deputado Carlos Gomes (PRB), determina que os órgãos públicos e todos os meios de comunicação ligados ao Executivo e ao Legislativo priorizem o uso da língua portuguesa em todos os materiais que produzirem.
“Por que temos que usar ‘sale’ para falar de uma liquidação? Por que temos que ‘printar’ se podemos imprimir?”, questionou Raul Carrion durante a defesa de seu projeto. “Parece que falar em português é feio, vergonhoso, que bonito é falar estrangeiro. É uma imposição por macaquice”, atacou. O deputado comunista ressaltou, porém, que não há proibição no uso de palavras estrangeiras, e sim uma exigência no sentido de que sejam traduzidas.
Frederico Antunes: “Estamos discutindo uma questão de importância menor" -
Posição bem distinta da defendida por Frederico Antunes (PP). Para o progressista, a maior parte das expressões atingidas pela proposta de Carrion já estão incluídas até mesmo nos dicionários. “Estamos discutindo uma questão de importância menor. Faríamos melhor se nem tentássemos legislar a respeito dela”, criticou Antunes.
“Estamos pedindo que sejam traduzidos termos que usamos diariamente, que somos capazes de ler e compreender imediatamente o significado”. Jorge Pozzobom (PP) reforçou essa posição, dizendo que, em tempos de globalização, uma proposta dessas não faz sentido e que por isso o seu partido votaria contra o projeto.
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Lei que proíbe estrangeirismos não "deve pegar", alertam professores
Deputados aprovaram ontem legislação que obriga tradução de palavras em outros idiomas
A lei que obriga a tradução de termos estrangeiros para o português, aprovada nessa terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, está causando polêmica. A maior crítica ao projeto é quanto à viabilidade da medida. Os professores de português consultados pelo Correio do Povo, nesta quarta-feira, alertam que a legislação não deve funcionar na prática.
“A lei não vai resultar em nada”, na opinião do professor Paulo Ledur.
Ele explica que a língua se faz pelo uso e por um processo cultural demorado. “A legislação não vai funcionar pela falta de fiscalização." O advogado e consultor de português do Correio do Povo Landro Oviedo concorda. “Essa lei é totalmente desnecessária e inviável, porque a comunicação se faz espontaneamente. As pessoas assumem ou descartam as expressões que não fazem sentido, naturalmente”, explicou. “Será muito difícil aplicar qualquer tipo de pena. A lei é inviável.” Oviedo acrescentou que uma determinação como essa não tem razão de existir, já que o português é uma confluência de outras línguas, como o espanhol, o francês e o inglês.
Oviedo disse que, caso seja empregada a tradução dos termos, a linguagem ficará truncada. “Vai acontecer o que chamamos de metalinguismo. Que é quando se usa palavras para explicar palavras. A linguagem em si terá um adicional, com o significado entre parênteses.”
O consultor disse ainda que não há risco da língua portuguesa se perder pelo uso de estrangeirismos. “Não é que não tenha problemas o uso de algumas expressões, mas isso é uma questão de bom senso.”
Além disso, na opinião de Oviedo, a medida poderia, até mesmo, interferir na música e na literatura. “Os nossos músicos e nossos poetas não poderiam utilizar espanhol, por exemplo, e nem mencionar ritmos como a milonga.”
O caminho para valorizar o uso da língua é inverso, conforme Ledur. “O que o poder público precisa fazer é incentivar o uso correto do idioma. Não há lei que transforme isso”, explicou. “Nem o Império Romando conseguiu impedir que o latim se transformasse.”
Contudo, o professor considera que há abusos do uso do inglês, por exemplo. “Isso porque o povo brasileiro é simpatizante. Falta um espírito de patriotismo”, afirmou. “A língua é talvez é o nosso maior patrimônio. O ensino adequado é que pode despertar o gosto por ela.”
Ledur contou que está torcendo para que o governador Tarso Genro não sancione essa lei. A assessoria de imprensa do Palácio Piratini informou que ainda não tem uma posição sobre a decisão do governador, mas adiantou que Tarso não descartou a possibilidade de vetar o projeto por dificuldades na aplicação. Ele tem um prazo de 30 dias para assinar o documento e deve ouvir especialistas.
O governador criticou a ridicularização à proposta do deputado Raul Carrion (PCdoB), e lembrou que a França e o território de Quebec tomaram medidas semelhantes de proteção ao idioma.
Compulsao da mentira, e da apropriacao de obras alheias...
O que mais me incomoda, neste nosso mundo desigual, injusto, cruel e desumano -- desculpem o dramalhão mexicano, mas é para dar tons de tragédia à questão -- não é tanto o equívoco, os erros de julgamento (que se supõe tenham sido causados por insuficiência de informação) ou a mentira involuntária (derivada de uma propensão a enaltecer posições com as quais se concorda, e negar outros aspectos da realidade), mas sobretudo a desonestidade intelectual, embora o termo "intelectual" não se aplica em 99% dos casos, ficando só a desonestidade.
Quem mente por compulsão o faz, não por insuficiência de informação, mas por desvio de educação, um defeito de caráter que fica muito feio em homens públicos, já que eles podem ser desmentidos publicamente.
O único senão é que, sendo a população, em sua vasta maioria, pouco educada politicamente, ou pouco educada simplesmente, determinadas mentiras passam por verdades.
Um ex-presidente era useiro e vezeiro em mentiras deslavadas, em deformações deliberadas, que acabavam até passando por verdades pela repetição à la Goebbels. Por exemplo, a corrupção e o roubo de recursos públicos que se convencionou chamar de "caixa 2" de partidos, de "recursos não contabilizados", de que "todo mundo faz isso"...
Agora tem essa coisa de que eles são os donos da estabilidade, dos programas sociais, da defesa dos direitos humanos (das ditaduras, talvez), e outras coisas do gênero.
Certas coisas me dão alergia: burrice é uma delas, mas desonestidade me dá ojeriza e asco.
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS/DEBATES
Gente que mente
EDUARDO GRAEFF
Folha de S.Paulo, 20/04/2011, pág. A3
O grande problema do PT é a desonestidade, e não falo só da corrupção desenfreada: pior é o uso sistemático da mentira como arma política
Vou andar com uma cópia do artigo que o senador Walter Pinheiro publicou aqui contra Fernando Henrique Cardoso ("O príncipe e o povo", 17/4/2011). Vai ser útil quando me perguntarem qual é, afinal, o problema do PT.
O grande problema é a desonestidade. Não falo só da corrupção desenfreada. Pior que isso, para mim, é a desonestidade intelectual: o uso sistemático da mentira como arma política. Este é o pecado original que inspira outros pecados do PT, idiotiza seus quadros, polui sua relação com os aliados, azeda o diálogo com adversários e o indispõe com a liberdade de imprensa.
O ataque do senador petista escancara esse problema. A leitura deturpada de um artigo de FHC ("O papel da oposição", reproduzido pela Folha.com em 13/4/2011) foi o pretexto do senador para martelar numa velha tecla: FHC não tem "sentimento de povo"!
O PT repete baboseiras como essa desde que escolheu FHC como inimigo. A escolha, como se sabe, deu-se em 1993. FHC pediu apoio ao PT para o Plano Real.
Em troca, o PSDB poderia apoiar Lula para presidente em 1994, como apoiara em 1989. O PT preferiu apostar contra o real. O plano deu certo, o PSDB lançou FHC para presidente e ele derrotou Lula no primeiro turno. Imperdoável!
Um erro leva a outros. Do Fundo Social de Emergência à Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT se opôs a tudo que representou consolidação da estabilidade e modernização da economia no governo FHC.
Como se opôs a tudo que representou inovação das políticas sociais, do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) à Bolsa Escola, que Lula chamou de "Bolsa Esmola".
A inconsistência das "bravatas" ficou clara quando Lula chegou ao governo e abraçou as políticas de FHC. Isso não impediu Lula de inventar a "herança maldita". Nem impede o PT de atacar a sua caricatura de Fernando Henrique com tanto mais fúria quanto menos evidentes ficam as diferenças de suas políticas com as do FHC real.
Walter Pinheiro levou esse expediente ao nível do grotesco. Segundo ele, no governo FHC o povo "comia uma vez a cada três dias". Só foi comer três vezes por dia no governo Lula. Supõe-se que o povo foi votar em 1998 de barriga vazia.
Na verdade, reelegeu FHC porque queria manter as conquistas do real. Nos oito anos antes de FHC, o valor real do salário mínimo, roído pela inflação, diminuiu 36%; o valor das aposentadorias do INSS maiores que o mínimo diminuiu 56%. Nos oito anos de FHC, o salário mínimo teve aumento real de 44% e as aposentadorias tiveram aumento real de 21%.
Como se o repertório de mentiras do PT não bastasse, o senador desenterrou uma lorota de Jânio Quadros. Com um toque pessoal: a "arguição" a que o senador se refere, sobre onde fica Sapopemba, nunca ocorreu, porque Jânio fugiu dos debates com FHC. A frase colou pelo jeito histriônico como Jânio pronunciou "Sa-po-pem-ba".
Se ele sabia chegar lá, esqueceu como prefeito. O PT também. As grandes obras da prefeitura petista de São Paulo foram dois túneis malfeitos ligando os bairros ricos das margens do rio Pinheiros. E as palmeiras imperiais na frente do Shopping Iguatemi. Fino "sentimento de povo", com efeito.
EDUARDO GRAEFF, 61, é cientista político. Foi secretário-geral da Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso. Blog: www.eagora.org.br
Quem mente por compulsão o faz, não por insuficiência de informação, mas por desvio de educação, um defeito de caráter que fica muito feio em homens públicos, já que eles podem ser desmentidos publicamente.
O único senão é que, sendo a população, em sua vasta maioria, pouco educada politicamente, ou pouco educada simplesmente, determinadas mentiras passam por verdades.
Um ex-presidente era useiro e vezeiro em mentiras deslavadas, em deformações deliberadas, que acabavam até passando por verdades pela repetição à la Goebbels. Por exemplo, a corrupção e o roubo de recursos públicos que se convencionou chamar de "caixa 2" de partidos, de "recursos não contabilizados", de que "todo mundo faz isso"...
Agora tem essa coisa de que eles são os donos da estabilidade, dos programas sociais, da defesa dos direitos humanos (das ditaduras, talvez), e outras coisas do gênero.
Certas coisas me dão alergia: burrice é uma delas, mas desonestidade me dá ojeriza e asco.
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS/DEBATES
Gente que mente
EDUARDO GRAEFF
Folha de S.Paulo, 20/04/2011, pág. A3
O grande problema do PT é a desonestidade, e não falo só da corrupção desenfreada: pior é o uso sistemático da mentira como arma política
Vou andar com uma cópia do artigo que o senador Walter Pinheiro publicou aqui contra Fernando Henrique Cardoso ("O príncipe e o povo", 17/4/2011). Vai ser útil quando me perguntarem qual é, afinal, o problema do PT.
O grande problema é a desonestidade. Não falo só da corrupção desenfreada. Pior que isso, para mim, é a desonestidade intelectual: o uso sistemático da mentira como arma política. Este é o pecado original que inspira outros pecados do PT, idiotiza seus quadros, polui sua relação com os aliados, azeda o diálogo com adversários e o indispõe com a liberdade de imprensa.
O ataque do senador petista escancara esse problema. A leitura deturpada de um artigo de FHC ("O papel da oposição", reproduzido pela Folha.com em 13/4/2011) foi o pretexto do senador para martelar numa velha tecla: FHC não tem "sentimento de povo"!
O PT repete baboseiras como essa desde que escolheu FHC como inimigo. A escolha, como se sabe, deu-se em 1993. FHC pediu apoio ao PT para o Plano Real.
Em troca, o PSDB poderia apoiar Lula para presidente em 1994, como apoiara em 1989. O PT preferiu apostar contra o real. O plano deu certo, o PSDB lançou FHC para presidente e ele derrotou Lula no primeiro turno. Imperdoável!
Um erro leva a outros. Do Fundo Social de Emergência à Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT se opôs a tudo que representou consolidação da estabilidade e modernização da economia no governo FHC.
Como se opôs a tudo que representou inovação das políticas sociais, do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) à Bolsa Escola, que Lula chamou de "Bolsa Esmola".
A inconsistência das "bravatas" ficou clara quando Lula chegou ao governo e abraçou as políticas de FHC. Isso não impediu Lula de inventar a "herança maldita". Nem impede o PT de atacar a sua caricatura de Fernando Henrique com tanto mais fúria quanto menos evidentes ficam as diferenças de suas políticas com as do FHC real.
Walter Pinheiro levou esse expediente ao nível do grotesco. Segundo ele, no governo FHC o povo "comia uma vez a cada três dias". Só foi comer três vezes por dia no governo Lula. Supõe-se que o povo foi votar em 1998 de barriga vazia.
Na verdade, reelegeu FHC porque queria manter as conquistas do real. Nos oito anos antes de FHC, o valor real do salário mínimo, roído pela inflação, diminuiu 36%; o valor das aposentadorias do INSS maiores que o mínimo diminuiu 56%. Nos oito anos de FHC, o salário mínimo teve aumento real de 44% e as aposentadorias tiveram aumento real de 21%.
Como se o repertório de mentiras do PT não bastasse, o senador desenterrou uma lorota de Jânio Quadros. Com um toque pessoal: a "arguição" a que o senador se refere, sobre onde fica Sapopemba, nunca ocorreu, porque Jânio fugiu dos debates com FHC. A frase colou pelo jeito histriônico como Jânio pronunciou "Sa-po-pem-ba".
Se ele sabia chegar lá, esqueceu como prefeito. O PT também. As grandes obras da prefeitura petista de São Paulo foram dois túneis malfeitos ligando os bairros ricos das margens do rio Pinheiros. E as palmeiras imperiais na frente do Shopping Iguatemi. Fino "sentimento de povo", com efeito.
EDUARDO GRAEFF, 61, é cientista político. Foi secretário-geral da Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso. Blog: www.eagora.org.br
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