terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Carga tributaria: RECORDE ABSOLUTO em tempos de Pibinho...

Pois é: durma-se com um barulho desses. Recessão mundial, crescimento pífio no Brasil e recorde de arrecadação.
O que sempre digo: a Receita é um órgão fascista, de um Estado predatório...
Paulo Roberto de Almeida

Portal de Economia de José Robert Afonso
    #628 - 03/12/2012
CARGA TRIBUTÁRIA
Termômetro Tributário Set./2012 (Afonso et al.)

Edição atualizada até setembro de 2012 do levantamento denominado Termômetro Tributário Brasileiro, realizado por José R. Afonso, Kleber Castro e Márcia M. Matos, conclui que carga tributária do País bateu em 2011 o recorde que antes era de 2008. O termômetro da receita anualizada apresentou uma trajetória gradual de crescimento da arrecadação, que chegou a casa de 29,3% do PIB ao final de 2007 e 2008 e fechou 2011 com o nível mais alto de 29,9% do PIB. Em 2012, até setembro, a arrecadação acumulada dos principais tributos nos doze meses anteriores representava 29,9% do PIB, mesmo nível de fechamento de 2011 - mas, em trajetória algo decrescente pois já tinha chegado a 30,3% do PIB em maio. PDF Anexado.

Carga Tributária 2011 (RFB)

Receita Federal (RFB) divulgou documento "Carga Tributária no Brasil 2011: Análise por Tributos e Bases de Incidência", nov./2012. Aplicando metodologia própria, que exclui a dívida ativa, multas e juros de mora, dentre outras receitas, calculou que a arrecadação tributária bruta em 2011 chegou a R$ 1,46 trilhões ou 35,31% do PIB, acima dos 33,53% em 2010 e 33,29% em 2009, ainda impactados pela crise. Arrecadação ainda é classificada por base de incidência e comparada com a de outros países. http://bit.ly/YIQphX
Carga Tributária Global 2011 (Afonso & Kleber)

Carga tributária global no Brasil em 2011 estudo elaborado por José R. Afonso e Kleber Castro. "O volume de recursos extraídos da economia compulsoriamente pelo setor público brasileiro em 2011 chegou a marca de aproximadamente R$ 1,5 trilhão, que, comparativamente ao PIB de R$ 4,134 trilhões, acabou proporcionando uma carga tributária global de 35,83% do PIB no ano passado. Registrando assim um novo patamar, uma vez que a carga de 2011 é a maior da história do país, superando a de 2008 (35,6% do PIB)." PDF Anexado

Reflexos e Paradigmas da Guerra Fiscal (Amaral et al.)

Reflexos e paradigmas da guerra fiscal do ICMS por Gilberto L. do Amaral, João E. Olenike, Leticia M. F. do Amaral, Fernando Steinbruch e Cristiano L. Yazbek do IBPT. "Na comparação do crescimento da arrecadação de ICMS com a variação do PIB (1997/2010), verificou-se que o ICMS cresceu 354,52%, enquanto o crescimento nominal do PIB foi de 291,31%. Sob essa ótica, todos os estados brasileiros tiveram crescimento da arrecadaçao do ICMS superior a do PIB brasileiro." http://bit.ly/UbwwIU


Ilusão e Custos (Nóbrega)

Impostos na nota fiscal - ilusão e custos por Maílson da Nóbrega publicado no Estado de S. Paulo (11/2012). "O projeto teria por objetivo conscientizar os cidadãos. A percepção do peso dos impostos geraria demanda de redução da enorme carga tributária e de serviços públicos compatíveis com o que se paga. Uma experiência recente não prova a premissa. O ICMS está nas contas de energia e de telefone, mas não estimulou qualquer movimento para diminuir esse imposto." http://bit.ly/TRzjqh

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Seminário “Global climate governance and transition to a low-carbon economy” – IBRI/iREL-UnB - 11/12/2012

Posted: 03 Dec 2012 04:55 AM PST
O Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI e o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – iREL-UnB convidam para o Seminário “Global climate governance and transition to a low-carbon economy”, a propósito do lançamento da edição temática especial da Revista Brasileira de Política Internacional – RBPI.
O Seminário terá lugar no Auditório do Prédio do iREL (Campus Univristário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Brasília), situado abaixo do Pavilhão João Calmon, a partir das 14h30min do dia 11 de dezembro, conforme a programação abaixo.
Programa
14:30h – 14:45h – Abertura
  • Pio Penna Filho, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI;
  • Eiiti Sato, diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – iREL-UnB.
14:45h – 15:45h – Global climate governance and transition to a low-carbon economy
  • Moderador – Thiago Gehre Galvão, professor da Universidade Federal de Roraima – UFRR e segundo tesoureiro do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais – IBRI
  • Debatedor – Ana Flávia Platiau, professora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – iREL-UnB
  • A governança climática em um sistema internacional sob a hegemonia conservadora: o papel das grandes potências – Eduardo Viola, Professor Titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília
  • Governança da mudança climática global na Amazônia brasileira: o caso dos municípios amazonenses no Brasil – Cristina Inoue, professora do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – iREL-UnB
  • A posição brasileira sobre florestas e mudança do clima (1997 a 2012) – Fernanda Viana de Carvalho, Coordenadora do Programa Brasileiro de Florestas e Mudança Climatica, The Nature Conservancy.
15:45h – 16h – Intervalo
16:00h – 17:00h - Conferência Especial
  • Conferência “Economia Verde, Descarbonizaçao e Governança Global Climática” – Eduardo Viola, professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília;
  • Moderador – Antônio Carlos Lessa, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília – iREL-UnB e editor da Revista Brasileira de Política Internacional – RBPI
Na oportunidade, serão vendidas com descontos várias edições da Revista Brasileira de Política Internacional – RBPI, inclusive a que vem de ser lançada.

Filed under: 1. Boletim Mundorama, Eventos

Mercado Comum do Lagostin? - Argentina e Brasil solidarios na pesca (do que mesmo?)


Os lagostins do Mercosul
03 de dezembro de 2012 | 2h 05
Editorial O Estado de S.Paulo

Os lagostins argentinos são muito competitivos, muito maiores que os brasileiros, garantiu em tom irado a presidente Cristina Kirchner, diante da colega Dilma Rousseff, no encerramento da reunião da União Industrial Argentina (UIA) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no hotel-spa de Los Cardales, a 77 quilômetros de Buenos Aires, na quarta-feira. Foi a referência mais importante da presidente argentina ao comércio de seu país com o Brasil, numa conferência programada oficialmente para cuidar de assuntos de integração produtiva e de comércio. A importância atribuída aos lagostins pode parecer um tanto exagerada, quando se pensa no tamanho, nas possibilidades e nos problemas de relacionamento das duas economias. Mas o desabafo presidencial tocou em pelo menos um ponto relevante: competitividade. Nesse quesito os dois países vão mal, e a condição da indústria argentina é visivelmente muito pior que a da brasileira. O protecionismo cada vez mais amplo tem sido a resposta política da Casa Rosada, com prejuízos crescentes para os produtores brasileiros, nenhum ganho de produtividade para os argentinos, dispensados de se mexer, e danos cada vez maiores para o Mercosul, condenado a ser um clube da mediocridade.
Em Brasília, as autoridades têm tolerado esse tipo de política. Já chegaram a aconselhar os empresários brasileiros a aceitar o jogo e negociar cotas e acordos de restrição. Alguém de vez em quando encena um protesto, como fez a presidente Dilma Rousseff em seu discurso em Los Cardales. Mas as palavras são raramente acompanhadas de ações. Retaliações ocasionais duram pouco e são normalmente suspensas em troca de quase nada.
Ao agir dessa forma, o governo brasileiro descuida tanto dos interesses correntes dos produtores nacionais quanto do futuro do Mercosul. Criado para servir como plataforma de integração, modernização e inserção global, esse bloco foi amesquinhado nos últimos dez anos pela devastadora aliança do kirchnerismo com o petismo. Nesse acasalamento, cada um dos parceiros contribuiu com uma mistura de terceiro-mundismo anacrônico, populismo enfeitado com adereços de esquerdismo e uma indisfarçável atração pelos arranjos autoritários. Essa atração explica o empenho dos dois governos em abrir espaço para a Venezuela do caudilho Hugo Chávez, num golpe realizado logo depois da suspensão, muito contestável, de um dos sócios fundadores do bloco, o Paraguai.
Na inútil conferência da UIA e da CNI, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, tentou deixar em segundo plano as desavenças comerciais e convocar os parceiros para um empreendimento mais de acordo com a agenda original do Mercosul. Brasil e Argentina, disse ele, podem fomentar a criação do terceiro maior mercado do mundo, depois do chinês e do americano. De fato, os dois países talvez pudessem provocar esse efeito a partir do Mercosul, se fossem administrados com mais seriedade e alguma competência.
A integração seria o caminho, com a formação de cadeias produtivas e a exploração das possibilidades de complementação. Mas até a referência prática citada pelo ministro prova exatamente o contrário de sua tese. "O que já fazemos no setor automotivo é o exemplo da integração que devemos estender a outros setores", disse Pimentel.
O acordo automotivo bilateral é um resumo das mazelas do Mercosul. Foi refeito várias vezes, com mudanças ditadas sempre pelos interesses do lado argentino, despreparado para competir. A passagem do regime especial de trocas para a liberação total do comércio automotivo deveria ter ocorrido há muitos anos, mas continuará adiada ainda por um bom tempo.
O ministro dificilmente encontraria exemplos menos deprimentes. Sem estratégias sérias e políticas de longo prazo, o isolamento atrás de barreiras protecionistas será a tentação constante dos governos do Brasil e da Argentina. Os dois países poderão até formar um grande mercado, mas para produtos de uma economia de terceira classe. A de segunda classe é a dos países empenhados em alcançar os melhores padrões internacionais.

Garotinho e suas denuncias nao substanciadas: 25 milhoes de euros, para quem mesmo?

Todas as indicações quanto a este caso, denunciado por um político no mínimo controverso, e provavelmente interessado na confusão, levam a concluir que se trata de uma denúncia vazia.
Se for assim, os principais interessados -- no caso a personagem que acaba de ser indiciada pela Polícia Federal, e o próprio Itamaraty, que tem o encargo de autorizar o envio de malas diplomáticas ao exterior -- deverão ter todo interesse em desmenti-lo o mais rapidamente possível, para que não pairem dúvidas sobre mais um nebuloso caso de falcatruas e malversações -- "mal feitos", diria alguém entendido no assunto -- que ameaça corromper ainda mais os fundamentos de nossa república tão conspurcada por anos e anos de transações obscuras e de denúncias confirmadas.
Parece uma denúncia vazia, pois poucos seriam os ingênuos que seriam capazes de transportar várias dezenas de quilos de moeda sonante, no caso papel impresso, quando se pode -- facilmente, ao que parece -- utilizar-se dos serviços de cambistas experientes, doleiros confirmados, para esse tipo de transação. A ver, a ver...
Paulo Roberto de Almeida

Blog de Anthony Garotinho: http://www.blogdogarotinho.com.br/
Matérias
1) http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=12567
2) http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=12566
3) http://www.blogdogarotinho.com.br/lartigo.aspx?id=12565

03/12/2012 18:17
Reprodução do site Brasil 247
Reprodução do site Brasil 247
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03/12/2012 16:44
Agência do Banco Espírito Santo
Agência do Banco Espírito Santo
Têm causado um grande impacto as revelações feitas pelo nosso blog no dia de ontem, a respeito dos 25 milhões de euros depositados na agência central do Banco Espírito Santo, na cidade do Porto (Portugal). Minha fonte é muito boa, mas conforme vocês poderão ver abaixo, estarei entrando amanhã com requerimento com base na Lei da Transparência pedindo informação ao ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota sobre as incursões lusitanas do ex-presidente Lula e seus acompanhantes.

Mas alguns de vocês devem estar se perguntando: Por que teria sido escolhido o Banco Espírito Santo para depositar os € 25 milhões?

Ora parece elementar que a opção tem a ver com o elo que já havia entre a diretoria do banco português e José Dirceu, que foi chefe de Rosemary por 12 anos, antes de virar assessora, e íntima de Lula. Para quem não lembra no julgamento do Mensalão, o relator Joaquim Barbosa destacou a reunião entre diretores do Banco Espírito Santo com José Dirceu no seu gabinete na Casa Civil. No seu relatório Barbosa afirmou que o empresário do ramo de publicidade Marcos Valério "falava em nome de José Dirceu". Barbosa afirmou ainda que Marcos Valério foi enviado por Dirceu a Portugal para reuniões com dirigentes do Banco Espírito Santo e da Portugal Telecom, que seriam para obter doações para a campanha à reeleição de Lula.

Como podem ver Lula, José Dirceu, o Mensalão e o escândalo de Rosemary estão todos intimamente ligados, e como se diz na linguagem popular: “juntos e misturados”. E muito mais ainda está para vir à tona.





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03/12/2012 09:43
Reprodução do site Brasil 247
Reprodução do site Brasil 247

Para quem não leu o blog no domingo à noite, revelei aqui o esquema usado por Rosemary Noronha para levar 25 milhões de euros para Portugal, durante uma viagem em que acompanhou Lula. É uma bomba. O site Brasil 247 reproduziu o nosso artigo, que está logo abaixo. Ao longo do dia aguardem que falaremos mais desse escândalo trazendo mais detalhes.
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02/12/2012 21:42
Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha
Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha


Na nota anterior dei a pista sobre a existência de uma conta na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto. Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.

Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.

Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.

Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.

A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.

A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.

Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: "Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.

Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.

Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.

Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros correspondem a R$ 68 milhões.
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02/12/2012 18:51
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula


As declarações contraditórias sobre a existência ou não de gravações telefônicas entre o ex-presidente Lula e sua ex-secretária na Presidência da República, Rosemary são absolutamente infundadas. As gravações existem e são explosivas. É até compreensível o esforço para tentar blindar Lula de situações constrangedoras, mas não desafiem a inteligência das pessoas. Vamos ao óbvio.

Por que a Polícia Federal pediria autorização judicial para interceptar os e-mails de Rosemary para os irmãos Vieira e não faria o mesmo em relação a telefones?

A Operação Porto Seguro está longe de apresentar seus principais desdobramentos e personagens envolvidos. Ao buscar informações sobre corrupção em pareceres técnicos, a Polícia Federal encontrou muito mais do que esperava. O problema agora é como lidar com essa situação.

O MP Federal não recebeu todo o material da investigação feita pela Polícia Federal. Não me refiro aos documentos apreendidos no dia da operação, mas às gravações telefônicas, os e-mails, as filmagens que antecederam a preparação do dia da operação.

O caso Rosemary é um problemaço para presidente Dilma Rousseff. Quem acha que Lula e Zé Dirceu vão sair apanhando sozinhos nesse episódio está profundamente enganado. São pelo menos 8 deputados federais do PT que têm seus nomes envolvidos em situações complicadíssimas nas armações ilimitadas de Rosemary. Até agora os nomes que vieram à tona são de Cândido Vaccarezza e Paulo Teixeira, mas nos próximos dias, a República vai sofrer grandes solavancos, principalmente a "República de São Bernardo do Campo".

Há ainda uma investigação dentro da própria investigação que está sendo aprofundada e descobriu que os tentáculos de Rose influenciaram até a PREVI, maior fundo de previdência do país (Banco do Brasil), com forte influência no mercado brasileiro.

Tudo o que disse acima são informações, mas vamos tratar de um fato que ainda está no campo das hipóteses.

Todas as operações da Polícia Federal têm nomes que procuram definir seus alvos, mesmo que de forma indireta os nomes sinalizam os objetivos da ação policial. Por que Operação Porto Seguro? Os mais afoitos e apressados em interpretar o nome dado à operação pela Polícia Federal poderiam imaginar que o nome foi dado em função da presença na operação do ex-senador Gilberto Miranda envolvido em licenças para instalar portos em ilha de propriedade da União.

Mas ele não era o alvo, quem estava na mira era Rosemary, e os seus tentáculos - como a operação mostrou - iam além da atuação dos irmãos Vieira nas agências reguladoras. Se estenderam pelo Banco do Brasil, pela Advocacia Geral da União, envolvem deputados e ministros, além de muita gente importante cujos nomes ainda estão sendo preservados.

Então por que Porto Seguro? A resposta pode ser encontrada na cidade do Porto, em Portugal, na agência central do Banco Espírito Santo. É só uma pista. Quem descobrir pode achar 25 milhões de euros na conta de uma grande figura da República.  

Argentina: o tango das agencias de rating...

A classificação de risco da Argentina, já normalmente baixa, cai mais um pouco, em virtude, não de uma deterioração súbita de suas condições econômicas objetivas, mas exclusivamente em função do intervencionismo exagerado do governo na economia em geral, e na atidades das empresas em particular, tanto públicas quanto privadas.
Esse é o preço a pagar pela volatilidade induzida pelo ativismo governamental, no caso da Argentina totalmente equivocado em relação ao que se espera normalmente de um governo.
Diga-se de passagem que controle de capitais, manipulações cambiais, protecionismo comercial, indução estatal de setores favorecidos pelo governo, subsídios explícitos e implícitos a amigos da corte e distorção geral do ambiente de negócios são males, vícios, equívocos praticados igualmente, e em alto grau, pelo governo brasileiro. E tudo em nome do crescimento econômico.
O que tivemos como resposta, nos dois países: crescimento pífio, mais inflação, mais distorções nas regras do jogo, promiscuidade em geral nos negócios públicos, corrupção e incompetência. Esse é o resultado de alucinados pretenderem fazer política econômica.
Paulo Roberto de Almeida

Argentina sistema bancário

Argentina: Fitch rebaixa a qualificação das instituições financeiras

Infolatam/Efe
Buenos Aires, 2 de dezembro de 2012
Las claves
  • Fitch justificou sua decisão pela "preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
  • A Fitch decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
A agência qualificadora de risco Fitch baixou a nota de vinte instituições financeiras argentinas, três dias após reavaliar para baixo a dívida soberana do país sul-americano, que passou de “B” para “CC”.
Em um comunicado, a Fitch justificou sua decisão pela “preocupação com a contínua e crescente intervenção governamental no setor financeiro e as possíveis novas restrições no acesso à moeda estrangeira por parte das entidades privadas”.
Por esse motivo, decidiu rebaixar a qualificação da emissão em moeda local (LC IDR, por sua sigla em inglês) do BBVA Banco Francês e do Banco Santander Rio, filiais argentinas dos bancos espanhóis BBVA e Santander, assim como do Banco Macro de B+/b+” a “B-/b-”.
A agência de qualificação também diminuiu a nota para “AA(arg)” das filiais argentinas do estrangeiros Banco Itaú, HSBC Bank Argentina, Mercedes-Benz Companhia Financeira Argentina e Standard Bank ao considerar que “apesar da sua fortaleza financeira, sua vontade de apoiar suas filiais argentinas pode ser vista reduzida pelo aumento da intervenção governamental”.
Por último, a Fitch explicou que mantém a boa qualificação “AA(arg)/A1+(arg)” ao Banco da Nação Argentina e ao Banco de Investimento e Comércio Exterior pelo convencimento de que “devido a sua natureza estatal, receberão apoio do Estado se for necessário”.
A seguradora rebaixou na terça-feira a nota da dívida argentina em moeda estrangeira em longo prazo até a qualificação “CC”, enquanto a dívida em curto prazo ficou em “C”; partindo ambas de uma qualificação “B”, como uma suspensão de pagamentos é “provável”, segundo Fitch.
A agência também apontou a uma “brusca desaceleração” da economia argentina devido a um “aumento da intervenção estatal”, com o “estreitamento dos controles aos capitais”, a nacionalização de 51% da petroleira YPF propriedade da espanhola Repsol ou a dificuldade de suas províncias para pagar sua dívida.
O ministro de Economia argentino, Hernán Lorenzino, assegurou depois da queda da nota que a “Fitch castiga a Argentina por ter autonomia para fazer política econômica”.

Prospective mothers: pick one country in the list, and go to travails...

Pois é, as futuras mães, se quiserem garantir um futuro feliz aos seus rebentos, deveriam escolher um desses primeiros 20 países, e tratar de conseguir um visto para os trabalhos de parto...
Quem sabe, com sorte, o filho estará melhor do que se ele nascer nos últimos 30 ou 40 países?
Nem sempre o visto é possível, e as imigrações ilegais tampouco garantem a nacionalidade, mas caberia tentar...
Paulo Roberto de Almeida 

International

The lottery of life

Where to be born in 2013


Warren Buffett, probably the world’s most successful investor, has said that anything good that happened to him could be traced back to the fact that he was born in the right country, the United States, at the right time (1930). A quarter of a century ago, when The World in 1988 light-heartedly ranked 50 countries according to where would be the best place to be born in 1988, America indeed came top. But which country will be the best for a baby born in 2013?

To answer this, the Economist Intelligence Unit (EIU), a sister company of The Economist, has this time turned deadly serious. It earnestly attempts to measure which country will provide the best opportunities for a healthy, safe and prosperous life in the years ahead.

Its quality-of-life index links the results of subjective life-satisfaction surveys—how happy people say they are—to objective determinants of the quality of life across countries. Being rich helps more than anything else, but it is not all that counts; things like crime, trust in public institutions and the health of family life matter too. In all, the index takes 11 statistically significant indicators into account. They are a mixed bunch: some are fixed factors, such as geography; others change only very slowly over time (demography, many social and cultural characteristics); and some factors depend on policies and the state of the world economy.

A forward-looking element comes into play, too. Although many of the drivers of the quality of life are slow-changing, for this ranking some variables, such as income per head, need to be forecast. We use the EIU’s economic forecasts to 2030, which is roughly when children born in 2013 will reach adulthood.
Despite the global economic crisis, times have in certain respects never been so good. Output growth rates have been declining across the world, but income levels are at or near historic highs. Life expectancy continues to increase steadily and political freedoms have spread across the globe, most recently in north Africa and the Middle East. In other ways, however, the crisis has left a deep imprint—in the euro zone, but also elsewhere—particularly on unemployment and personal security. In doing so, it has eroded both family and community life.

What does all this, and likely developments in the years to come, mean for where a baby might be luckiest to be born in 2013? After crunching its numbers, the EIU has Switzerland comfortably in the top spot, with Australia second.

Small economies dominate the top ten. Half of these are European, but only one, the Netherlands, is from the euro zone. The Nordic countries shine, whereas the crisis-ridden south of Europe (Greece, Portugal and Spain) lags behind despite the advantage of a favourable climate. The largest European economies (Germany, France and Britain) do not do particularly well.

America, where babies will inherit the large debts of the boomer generation, languishes back in 16th place. Despite their economic dynamism, none of the BRIC countries (Brazil, Russia, India and China) scores impressively. Among the 80 countries covered, Nigeria comes last: it is the worst place for a baby to enter the world in 2013.

Boring is best
Quibblers will, of course, find more holes in all this than there are in a chunk of Swiss cheese. America was helped to the top spot back in 1988 by the inclusion in the ranking of a “philistine factor” (for cultural poverty) and a “yawn index” (the degree to which a country might, despite all its virtues, be irredeemably boring). Switzerland scored terribly on both counts. In the film “The Third Man”, Orson Welles’s character, the rogue Harry Lime, famously says that Italy for 30 years had war, terror and murder under the Borgias but in that time produced Michelangelo, Leonardo da Vinci and the Renaissance; Switzerland had 500 years of peace and democracy—and produced the cuckoo clock.

However, there is surely a lot to be said for boring stability in today’s (and no doubt tomorrow’s) uncertain times. A description of the methodology is available here: food for debate all the way from Lucerne to Lagos.
Laza Kekic: director, country forecasting services, Economist Intelligence Unit

domingo, 2 de dezembro de 2012

Capitalismo em Cuba:dois pra la', um pra ca' - NYTimes


NEWS ANALYSIS

How Capitalist Are the Cubans?

Greg Kahn/Getty Images
A market sells dresses and other items in Havana
By Damien Cave
The New York Times, December 2nd, 2012

IT was just a small sign, red, round and electrified, advertising homemade pizza — the kind of thing no one would notice in New York or Rome. But in Havana? It was mildly amazing.
Cuba, after all, has been dominated for decades by an all-consuming anticapitalist ideology, in which there were only three things promoted on billboards, radio or TV: socialism, nationalism, and Fidel and Raúl Castro. The pizza sign hanging from a decaying colonial building here represented the exact opposite — marketing, the public search for private profit.
And it wasn’t just tossed out there. Unlike the cardboard efforts I’d seen in the same poor neighborhood on a visit to Cuba last year, the sign cost money. It was an investment. It was a clear signal that some of Cuba’s new entrepreneurs — legalized by the government two years ago in a desperate attempt to save the island’s economy — were adapting to the logic of competition and capitalism.
But just how capitalist are Cubans these days? Are they embracing what Friedrich Hayek described as the “self-organizing system of voluntary cooperation,” or resisting?
“It’s a combination,” says Arturo López Levy, a former analyst with the Cuban government now a lecturer at the University of Denver. “When more people get more proactive and more assertive, then other people — whether they like it or not — have to do the same. They have to compete. I think that’s the dynamic.”
Indeed, like Iraq, Russia, Mexico or other countries that experienced decades of dictatorial rule that eventually ended, Cuba today is a society marked by years of abuse, divided and uncertain about its future. The changes of the past few years — allowing for self-employment, freer travel, and the buying and selling of homes and cars — have been both remarkable and extremely limited. The reasons small things like signs matter so much here is because everyone is concerned with momentum, and no one seems to know whether Cuba is really on the road to capitalism, as The Economist asserted in March, or if the island is destined to simply sputter along, with restrained capitalism for a few and socialist subsistence for the rest.
The debate is all the more complicated because the same leaders who rejected capitalism for so long are now the ones trying to encourage people to try it out. Raúl Castro was notoriously the revolution’s most loyal Communist; now, as the country’s president, he is the main booster for free market reforms. On one hand, a recent gathering of Cuba’s Communist Party earlier this year included a session on overcoming prejudices against entrepreneurs; on the other, Raúl Castro has said he would “never permit the return of the capitalist system.”
“They are kind of schizophrenic,” says Ted Henken, a Cuba expert at Baruch College. “They are saying they are changing, but they treat these things as gifts and not as rights.”
And yet, there is no longer any denying that pockets of controlled capitalism are emerging in Cuba. In Havana, in particular, small businesses are everywhere. Entire urban industries, including taxis and restaurants, are being transformed through a rush of new entrants, who are increasing competition for customers, labor and materials. Even the most elemental tasks that used to be managed by the state — such as buying food — are increasingly in the hands of a private system that sets its own prices based on supply and demand.
Though the initial burst of activity has slowed, some experts say the explosion in commerce showed just how capitalist Cubans were all along. Of the roughly 350,000 people licensed to be self-employed under the new laws by the end of 2011, 67 percent had no prior job affiliation listed — which most likely means they were running underground businesses that then became legitimate.
Some of the most successful entrepreneurs are optimistic about Cuba’s becoming more open to free market ideas. Héctor Higuera Martínez, 39, the owner of Le Chansonnier, one of Havana’s finest restaurants (the duck is practically Parisian), says that officials are “starting to realize there is a reason to support private businesses.” He has given people work, for example, and he brings in hard currency from foreigners, including Americans.
“Before, we had nothing,” he said. “Now we have an opportunity.”
He is doing everything he can to make the most of it. When we met one night at the restaurant, he had already written up several pages of notes and charts explaining what his industry needed to grow — from wholesale markets to improved transportation for farmers to an end to the American trade embargo to changes in the Cuban tax code. In an ingeniously cobbled-together kitchen, in which only one of three ovens worked, he mostly seemed to salivate at the thought of vacuum packing so his meals could be delivered more efficiently.
HE was about as capitalist as it gets. But will his ideas ever be adopted? Like everyone else, he faces severe limits. He can hire no more than 20 employees, for example. He does not have access to private bank loans, and the government has shown little inclination to let people like Mr. Higuera succeed on a grand scale.
Instead, when success arrives, the government seems to get nervous. This past summer, officials shut down a thriving restaurant and cabaret featuring opera and dance in what had been a vacant lot, charging the owner with “personal enrichment” because he charged a $2 cover at the door. A news article from Reuters had described it as Cuba’s largest private business. A few days later, it was gone, along with 130 jobs.
The Castro government has tried to keep a lid on innovation in other ways, too. It has not allowed professionals like lawyers and architects to work for themselves. And its efforts at political repression have focused over the past few years on innovative young people seeking space for civil discourse in public and online — the blogger Yoani Sánchez, orAntonio Rodiles, director of an independent project called Estado de Sats, who was arrested in early November and released last week after 18 days in jail.
So for now, what Cuba has ended up with is handcuffed capitalism: highly regulated competitive markets for low-skilled, small family businesses. What economic freedom there is has mostly accrued to those whose main ambition is making and selling pizza.
Which again raises the question: is Cuba really heading toward capitalism or not? Skeptics are easy to find. “Every place in the world that has had real change, it has changed because the regime itself has allowed some significant openings and the door has been pushed wide open,” says Senator Robert Menendez, Democrat of New Jersey. “That’s not what’s happening here.”
Many Cubans say they are hesitant to let go of a reliable system summed up by a common joke: “We pretend to work, they pretend to pay us.” Taxi drivers told Mr. López Levy that they were working harder for less money because of increased competition. A farmer I met at the wholesale market outside Havana equated capitalism with higher prices, and said that the government needed to intervene.
But mostly, this is an aging crowd and Mr. López Levy — who still has friends and relatives in government — says that even among Cuban bureaucrats, the mentality is changing. If so, more capitalism may be inevitable. Because with every new entrepreneur it licenses, Cuba becomes less socialist, less exceptional, less of a bearded rebel raising its fist against the horrors of Yankee capitalism. In the eyes of some Cubans, the jig is already up.
“The government has lost the ideological battle,” said Óscar Espinosa Chepe, a state-trained economist who was sent to jail in 2003 for criticizing the government. “The battle for ideas was the most important battle, and they’ve lost.”
Damien Cave is a New York Times correspondent based in Mexico City. 

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