sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O assedio da casta dos bramanes - sintomatico

Se não fosse pelo 'grupo... realizaram", a notícia estaria melhor...

Servidores do Itamaraty protestam contra casos de assédio moral no órgão
 Terra, 21/02/2013

Um grupo de servidores do Ministério das Relações Exteriores realizaram um protesto na tarde desta quinta-feira em frente à sede da pasta, em Brasília, pedindo o fim da impunidade de supostos casos de assédio moral dentro do órgão. De acordo com o Sinditamaraty, sindicato que representa a categoria, o estopim para o ato foram as denúncias recentes registradas contra o cônsul do Brasil em Sydney, na Austrália, em que pelo menos dois funcionários alegam terem sofrido agressões morais.

Com palavras de ordem e cartazes de "pizzas" simbolizando a impunidade dos agressores, os manifestantes exigem o afastamento dos servidores envolvidos em agressões. "Trata-se de contradição e desrespeito às políticas de direitos plenos quando é permitido e tolerado assédio nos órgãos públicos, como vem acontecendo reiteradamente no Ministério das Relações Exteriores", diz o manifesto divulgado pelo Sinditamaraty.

"Os vários relatos verbais e escritos de servidores e auxiliares locais evidenciam atos de assédio no Itamaraty como prática corriqueira e recorrente. É vergonhoso ver servidores públicos concursados perpetrarem atos de perseguição sistemática contra outros colegas", denuncia o sindicato.

Segundo a categoria, o procedimento administrativo a que são submetidos os agressores "é inadequado", "porque não é isento nem independente e não gera historicamente punição a ninguém". "O tratamento administrativo do tema não é o bastante para lidar com uma situação como esta. O assediador deve ser responsabilizado administrativa, cível e criminalmente pelos atos que pratica", propõe o manifesto.

Transparencia demais e' burrice - Lei de Acesso 'a Informacao...

O companheiro que disse a frase se referia, de fato, ao caixa do partido, o tal de caixa 2 que serviu de pretexto para todas as patifarias, falcatruas, e mesmo crimes, cometidos pelos mesmos companheiros.
Mas deve-se reconhecer que nas negociações entre países, nos embates diplomáticos,  nas tratativas comerciais, não se pode ser transparente demais, pois a regra é o mercantilismo, o oportunismo, o protecionismo disfaçado, a barganha interessada, as vantagens unilaterais. Assim são os homens (e as mulheres), assim são os países...
Paulo Roberto de Almeida

Lei de Acesso faz governo rever acordos
O Estado de S. Paulo, 19/02/2013

Planalto avalia restringir divulgação de dados de negociações comerciais com outros países

Alana Rizzo/ Brasília - Após pressão internacional, o governo brasileiro estuda co­mo restringir o acesso a docu­mentos de acordos comer­ciais com outros países. A pedido do Palácio do Planalto, o Itamaraty começou a mapear todos os acordos internacio­nais e avaliar áreas sensíveis, que podem ser afetadas pela Lei de Acesso à Informação.
O Estado teve acesso a docu­mentos do gabinete do ministro das Relações Exteriores, Antô­nio Patriota, que revelam o te­mor de países como França e Ucrânia com a implantação da lei de transparência, em vigor desde maio de 2012. Os dois paí­ses mantém relações comerciais com o Brasil em áreas considera­das estratégicas pelos militares. O primeiro negocia desde 2009 a compra dos caças Rafale e a pro­dução de submarino. O segun­do, um programa espacial.
Em ofício datado de 08 de no­vembro de 2012 o assessor espe­cial para assuntos internacionais do Itamaraty, Rodrigo Baena Soa­res, relatou ao contra-almirante Renato de Aguiar Freire uma reu­nião entre membros do governo brasileiro e a secretaria de defesa França. Na pauta do encontro, a assinatura de um acordo sobre informações classificadas (sigilo­sas) entre Brasil e França.
Outro ofício de 2012 revela a co­brança do governo da Ucrânia pa­ra a assinatura de um Acordo de Proteção Mútua de Informação Classificada, que alcance princi­palmente documentos relativos à cooperação espacial entre os dois países. Nos documentos, o Itamaraty afirma que está estudando "medidas legais para avançar nas negociações de instrumentos re­lacionados aos acordos interna­cionais classificados".
Antes da viagem da presidente Dilma Rousseff à Rússia - em de­zembro de 2012 -, o Itamaraty também discutiu a possibilidade de renegociação de quatro acor­dos em matéria de defesa com aquele país que descumpriam trechos da Lei de Acesso. O pen­te fino nos acordos internacio­nais foi um pedido da Casa Civil que identificou, além do caso rus­so, outros três acordos comer­ciais contrários à nova legisla­ção: com a Bolívia, os Estados Unidos e a França.
Em ofício encaminhado ao Itamaraty, a Casa Civil afirma que esses instrumentos internacio­nais conflitam com a lei. "Trata- se, particularmente, da categoria "informação confidencial", não mais existente na nova regula­mentação. Por esse motivo, os textos de Acordo nem poderiam ser enviados ao Congresso Nacional (...) nem promulgados pela Presidenta da República, sob pe­na de representar uma violação do ordenamento jurídico vigente", diz o texto da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.
O Itamaraty confirmou que es­tá estudando mecanismos para adequar acordos internacionais à Lei de Acesso à Informação. A Casa Civil informou que pediu ao Ministério das Relações Exte­riores uma posição sobre os acor­dos que tratavam de informa­ções "confidenciais".
A Embaixada da França no Bra­sil disse "as trocas de informações classificadas são objeto de acordos entre governos e regularmente atualizadas" e as informações classificadas tratam da segurança do Estado. As representações da Ucrânia e da Rússia não responderam aos questionamentos do Estado.

Venezuela: oleo companheiro nao aparece, ou nao serve...

Mais um exemplo de decisões absolutamente erradas, completamente equivocadas, tomadas mais por simpatia ideológica do que por avaliação econômica racional.

PDVSA oferece petróleo por sociedade com Petrobras
 Folha de S. Paulo, 19/02/2013

Participação da venezuelana em refinaria em PE, acertada há 7 anos, ainda não foi fechada
A estatal venezuelana PDVSA propôs à Petrobras entregar petróleo cru, em vez de dinheiro, como pagamento por sua participação na refinaria Abreu e Lima (PE).
A Petrobras aguarda há sete anos uma definição da PDVSA sobre sua entrada na sociedade. Para não prejudicar as obras (que sofreram atraso de quatro anos e devem terminar no fim de 2014), a estatal brasileira tocou sozinha o projeto até agora.
Inicialmente orçada em US$ 2,3 bilhões, a refinaria vai custar, ao menos, US$ 17,1 bilhões. Mais da metade já foi injetada pela Petrobras.
A ideia da PDVSA, que deveria ficar com 40% da unidade, é fornecer ao Brasil 70 mil barris/dia em troca do aporte que deveria fazer.
A proposta sofre rejeição dentro da Petrobras, que prefere receber em dinheiro. A decisão final, porém, também passará pelo Planalto.
Fechada pelos governos de Hugo Chávez e Lula, a sociedade com a PDVSA nunca agradou a Petrobras. Entre os motivos do estouro do orçamento da refinaria, estão a entrada da venezuelana no projeto e a posterior indefinição sobre a sua participação.
A Petrobras teve de planejar "duas refinarias" em paralelo em um mesmo empreendimento, pois era incompatível processar, em uma mesma unidade industrial, o óleo venezuelano, ultrapesado, e o brasileiro, mais leve.
Com a demora da PDVSA em acertar a sociedade, a Petrobras decidiu alterar o projeto e prever apenas o refino do óleo brasileiro.

Os donos do dinheiro: como quebrar o mundo, sem ter a intencao de faze-lo...

Eu li o livro em questão, Lords of Finance, que no Brasil se chamou, creio, Os Donos do Dinheiro...
Instrutivo, saber como poucos homens, podem decidir a sorte de milhões de outros, com suas decisões baseadas, por vezes, em sólida economia, muitas vezes em preconceitos e equívocos...
Paulo Roberto de Almeida

Lords of Finance: The Backroom World of Central Banking
by Dan O'Connor
Mises Daily, February 19, 2013

Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World
Liaquat Ahamed
 Penguin Books, 2009

The Pulitzer Prize-winning book Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World reveals the destructive, surreptitious, incestuous, and highly corrupt nature of central banking. Although the author, Liaquat Ahamed, exposes the current financial system for all of its evils, this book is by no means a critique of central banking. Ahamed’s views are very much representative of status-quo economists of the past 100 years. He references John Maynard Keynes frequently without mentioning Nobel Prize-winner F.A. Hayek once, even though Hayek was Keynes’s greatest intellectual opponent during this period. Despite its mainstream focus the book is interesting and well-written. One of the jewels here is the rare look into the lives of the powerful men, the “lords of finance,” who were behind the solidification of modern central banking in the US and Europe during the years 1910 to 1935.

Ahamed writes,
Central banks are mysterious institutions, the full details of their inner workings so arcane that very few outsiders, even economists, fully understand them. Boiled down to its essentials, a central bank is a bank that has been granted monopoly over the issuance of currency.… Despite their role as national institutions determining credit policy for their entire countries, in 1914 most central banks were still privately owned. They therefore occupied a strange hybrid zone, accountable primarily to their directors, who were mainly bankers paying dividends to their shareholders, but given extraordinary powers for entirely nonprofit purposes. (p. 11)

Since these banks exert such a tremendous amount of influence over the economy and the government, they require a greater level of exposure.

Hidden Influence

Central banks have existed for hundreds of years and still very few people understand their inner-workings. Americans resisted central banking until 1913, when, with the creation of the Federal Reserve, the responsibility of the nation’s finances (budget, taxes, and debt) shifted away from Congress—with its 535 elected representatives—into the hands of the central bankers.

With the central-banking lords firmly in control in the US and England, they helped to finance World War II via central bank inflation. Then at the end of the war, these same bankers advised the politicians on who to send to the Paris Peace Conference as negotiators. Out of this conference came the harsh penalties against Germany that would bring enormous hardship to the German people for the next generation.

In the interwar period, Congress set up commissions to deal with the aftermath of the war, debt negotiations, and to oversee the banking system. However, the central bankers such as Benjamin Strong, George Harrison, Eugene Meyer, and Andrew Mellon, were successful at blocking attempts at congressional oversight.

Central banks across Europe shared a very similar aversion to public oversight. Montagu Norman, Governor of the Bank of England, was considered “the most eminent banker in the world” and at the same time he
... was generally wary of the press and was infamous for the lengths which he would go to escape prying reporters—traveling under false identity; skipping off trains; even once, slipping over the side of an ocean vessel by way of a rope ladder in rough seas. (p. 1)
Norman had a reputation for remaining cool and collected. Then late in 1929 the British government created a committee to investigate the workings of the Bank of England. “That he and the Bank were now to be subject to the spotlight of public scrutiny filled him with dread.… [T]wo days before he was due to testify, he predictably collapsed.” The secret motto of the Bank of England was “Never explain, never apologize”
(p. 371).

This elusiveness is characteristic not only of Norman and the high-ranking governors, but is shared by those private bankers who have always been closely associated with central banks. Even prior to the formation of the US Federal Reserve, operations of the bank’s key creators were deliberately kept hidden from the public, and all meetings were held behind closed doors.

The most significant of these closed-door meetings took place over a ten-day period in November 1910, at Jeykll Island, Georgia. The agenda for this meeting was the planning of the Federal Reserve System.
Henry Davidson (J.P. Morgan’s partner) was worried, and for good reason, that any plan put together by a group from Wall St. would immediately be suspect as the misbegotten product of a bankers’ cabal. He therefore chose to hold the meeting in secret on a small private island off the coast of Georgia—in effect creating the very bankers’ cabal that would have aroused so much public suspicion. The preparations were elaborate. Each guest was told to go to Hoboken Station in New Jersey on November 22 and board Senator Aldridge’s private railroad car, which they would find hitched with its blinds drawn to the Florida train. They were not to dine together, nor meet up beforehand, but to come aboard singly and as unobtrusively as possible, all under cover of going duck hunting. As an added precaution, they were to use only their first names. Strong was to be Mr. Benjamin, Warburg Mr. Paul. Davison and Vanderlip went a step further and adopted the ringingly obvious pseudonyms Wilbur and Orville. Later in life, the group used to refer to themselves as the “First Name Club.” (pp. 54–55)

Not one attendee of the Jekyll Island meeting spoke publicly about it for 20 years.

The legislation for creating the Federal Reserve passed Congress shortly before Christmas 1913, when many representatives had already left to go home for the holidays.

There are examples throughout the book of the heads of the world's largest banks conducting clandestine meetings with their respective national treasury and central bank chiefs, immediately prior to, or following, a financial crisis. In these instances, the banking heads maneuvered to not only save their banks, but to obtain more special favors, often in the form of “bailouts.” The bailouts associated with America’s 2007–2008 financial crisis should come readily to mind.

For example, in late 1929, a large group of bankers and George Harrison of the New York Fed,

...gathered at the library of Jack Morgan's house at Madison Avenue and Thirty-fifth Street, the scene of his father's legendary rescue of the New York banking system in 1907.

In an operation made possible by Harrison's promise to "provide all the reserve funds that may be needed"...
Over the next few days…New York City banks took over $1 billion in brokers’ loan portfolios. It was an operation that did not receive the publicity of the Morgan consortium, but there is little doubt that by acting quickly and without hesitation, Harrison prevented not only an even worse stock collapse but most certainly forestalled a banking crisis. Though the crash of October 1929 was by one count the eleventh panic to grip the stock market since the Black Friday of 1869…it was the first to occur without a major bank or business failure. (p 360)

Prior to the Fed’s establishment, businesses big and small went bankrupt during panics. Under the Fed, well-connected businesses were propped up at the expense of small businesses and taxpayers.
Secret meetings between elite private bankers and the heads of the central banks had become a common phenomenon by the 1930s.

On Friday, May 8 [1931], the Credit Anstalt, based in Vienna and founded in 1855 by the Rothschilds, with total assets of $250 million and 50 percent of the Austrian bank deposits, informed the government that it had been forced to book a loss of $20 million in its 1930 accounts, wiping out most of its equity. Not only was it Austria’s biggest bank, it was the most reputable—its board, presided over by Baron Louis de Rothschild of the Vienna branch of the family, included representatives of the Bank of England, the Guaranty Trust Company of New York (J.P. Morgan), and M.M. Warburg and Co. of Hamburg. After a frantic weekend of secret meetings, the government made public on Monday, May 11, at the same time announcing a rescue package of $15 million, which it would borrow through the BIS [the Bank of International Settlements]. (p. 404)

Credit Anstalt later went on to absorb other failing financial institutions across Austria. In America, J.P. Morgan Chase, America’s largest bank, did the same thing during the 2007 financial crisis when it acquired Bear Stearns, Washington Mutual, and others.

Another theme of the book is the highly incestuous nature of central banking. If central bankers were not consorting with political leaders, they were most often found in the company of top private bankers, especially those of the Warburg, Morgan, and Rothschild families. These private bankers benefited from the business cycles caused by their political and banker friends, profiting both during the booms and the busts (thanks to bailouts), while most businesses profited during the booms and suffered during the busts.

Late in 1930, fear arose on Wall Street that one of New York’s largest banks, the Bank of the United States (or BUS, which, despite its name was a private bank with no official status), was going to collapse, because it was insolvent and runs had already begun in the city.

On the evening after the run began on December 10, all of the familiar Wall Street barons—George Harrison of the New York Fed, Thomas Lamont of J.P. Morgan, Albert Wiggin of Chase, Charles Mitchell of National City ( modern-day Citibank) and half dozen of the city’s top bankers—gathered on the 12th floor of the New York Fed to try to put together a rescue package. (p. 387)

Bankers who are not part of the elite lords of finance ambit, traditionally go bankrupt or get acquired during, or immediately prior to, panics (i.e., Lehman Brothers, Wachovia, and Merrill Lynch). BUS did not have close enough ties and was allowed to collapse shortly after the private meeting at the Fed, sparking runs on banks across the country.

Cronyism, on a large-scale, continued as Franklin D. Roosevelt took office. On the first day of his presidency, FDR stepped in to help the banks by closing them in order to stem the tide of bank runs. Roosevelt’s closest advisers were from the elite banker’s ambit, people who encouraged him to ban the export of gold and to confiscate gold from the American people. This was done so that gold would remain in the vaults of the large banks, while the Fed pumped paper money into the marketplace. George Harrison, Bernard Baruch, and Paul Warburg essentially determined Roosevelt’s early banking policies as “Roosevelt did not even pretend to fully grasp the subtleties of international finance” (p. 458). Even though FDR himself did not understand banking practices, policies were implemented in his name that targeted saving banks and providing deposit insurance for the banking industry, while most other industries across the country were rapidly collapsing.

Public Criticism
By the 1930s, political criticism was emerging, in the US and Europe, over the secretive machinations of these powerful “lords of finance.” This surge of criticism primarily came from politicians looking for a scapegoat upon which to blame the deteriorating economic conditions.

Bankers and financiers, the heroes of the previous decade, now became the whipping boys. No one provided a better target than Andrew Mellon.… Mellon found himself accused of corruption, of granting illegal tax refunds to companies in which he had an interest, of favoring his own banks and aluminum conglomerate in Treasury decisions.… During the ensuing investigations, it turned out that he had used Treasury tax experts to help him find ways to reduce his personal tax bill and that he had made liberal use of fictitious gifts as a tax-dodging device. Being a member of the Federal Reserve Board, he had been required to divest his holdings of bank stock, with which he had duly complied—except that he had transferred the stock to his brother (pp. 439–440)

The Senate Banking committee also learned,
... that Albert Wiggins, president of Chase, had sold the stock of his bank short at the height of the bubble and collected $4 million in profits when it collapsed during the crash; that Charles Mitchell, old “Sunshine Charlie,” of the National City Bank had lent $2.4 million to bank officers without any collateral to help them carry their stock after the crash, only 5 percent of which was repaid; that Mitchell himself, despite earning $1 million a year, had avoided all federal income tax by selling his bank stock to members of his family at a loss and then paying it back; that J.P. Morgan had not paid a cent of income taxes in the three years from 1929 to 1931. (pp. 440–441)

Modern Relevance

The names have changed but the modern-day lords of finance do their forebearers proud. Presidents continue to surround themselves with top Wall Street insiders. Some could argue that Goldman Sachs executives best understand our financial system and are a logical choice to advise these presidents and influence Federal Reserve policy. What is also clear is that these same bankers have deliberately maneuvered themselves into close proximity of the Fed and the Federal government in order to influence and benefit from its policies. Since the Fed’s creation in 1913, the top bankers have consistently maintained close relationships with the Fed.

Mainstream academic economics has long been dominated by economists close to the lords of finance. In the book Lords of Finance, Lord Keynes, himself an academic economist, is surrounded by and consorted with the most influential bankers and politicians of his era. He was even granted a position on the board of the Bank of England. In late 1929, the British government created a committee to investigate the highly criticized banking system, half of the 14 members were bankers and the other half were businessmen and inflationist economists such as Lord Keynes. In the 21st century, the lords continue to promote inflationist economists such as Paul Krugman and Larry Summers, who in turn promote their agenda of greater power for central banks, more bailouts, and continued interventionist policies that benefit the banks.

Mainstream economists today continuously place blame everywhere except on the inflationist policies of the central banks for the economic devastation wrought over the past 100 years. The megalomaniacs (p. 149) within and surrounding the central banks seldom admit to their mistakes, often because their decisions are politically driven, leaving them no choice but to inflate the currency. In the early 1920s, Von Havenstein (head of the Reichsbank), like Bernanke today, did not admit that his policies were inflationary. He blamed everyone but himself, and just before the hyperinflation set in ...
He began arguing that the inflation had nothing to do with him, that he was a passive bystander to the whole process, that his task was simply to make enough money available to grease the wheels of commerce, and if business was required a trillion more marks, then it was his job to make sure they were run off the presses and efficiently distributed around the country. (p 126)

Conclusion
Liaquat Ahamed is an excellent writer and deserves praise for giving this story light. The names were known but little else about the lives of these lords of finance, these men that have so affected our lives through their furtive manipulations. The story is all the more impressive because of the author’s high regard for the banking establishment and those who control it. Ahamed asserts that during our recent financial crisis (which was caused by the Federal Reserve’s artificially low interest rates), a catastrophe was averted. Perhaps he believes that ‘bank failures’ are a catastrophe. However, Austrian economists can demonstrate that bank failures are beneficial to an economy overall, as this helps to quickly facilitate the process of liquidating malinvestments.

Although Ahamed acknowledges that artificially low interest rates encouraged the bubble of the 1920s, he fails to recognize its central role. Although he acknowledges the secretive nature of our banking system and the way in which powerful bankers benefit from the system, he glosses over these facts as though they are indelible components of “capitalism,” not realizing that central banking is in fact antithetical to a free market system.

Ahamed notes that in 1923,
few people could be convinced to entrust the management of national moneys and currency values to the discretion of treasury mandarins, politicians, or central bankers. (p. 168)

Why is it then that so many people are willing to do just that today? I submit that if more citizens were aware of the power of central bankers and the destructive and corrupt nature of the system, the public would demand a change. The first step toward a real change is more widespread exposure of the system and its scandalous history. We therefore need more books like Lords of Finance.
Dan O'Connor spent almost 6 years in Asia, living in major cities. He speaks fluent Mandarin and a professional level of Cantonese. Before returning to the US, he worked for a free-market think tank in the world's freest economy, Hong Kong. He recently ended a campaign for U.S. Congress in representing NYC and his neighborhood of Chinatown. Visit his campaign website. Send him mail. See Dan O'Connor's article archives.

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CQD: a pobreza do combate 'a pobreza - Carlos Alberto Sardenberg

Como queríamos demonstrar (CQD): confirma tudo o que escrevi no post anterior...
Paulo Roberto de Almeida

‘A bolsa é para a escola’
Carlos Alberto Sardenberg
O Globo, 21/02/2013

Os programas tipo Bolsa Família nasceram no âmbito do Banco Mundial ─ e aqui no Brasil com o trabalho de Cristovam Buarque ─ com base numa teoria precisa.

O primeiro ponto foi a análise, em diversos países, dos programas que entregavam bens e serviços diretamente às famílias pobres (alimentos, roupas, remédios, material escolar, instrumentos de trabalho etc). O governo comprava e distribuía.

Já viu. Havia problemas de eficiência e de corrupção. Estudos mostraram que, do dinheiro aplicado na América Latina, a metade se perdia na burocracia e na roubalheira.

Melhor mandar o dinheiro direto para as famílias. Mas isso bastaria? A resposta foi não, com base na seguinte avaliação: as famílias não conseguem escapar da pobreza porque suas crianças não frequentam a escolas. E não frequentam porque precisam trabalhar (na lavoura ou nas cidades, caso dos meninos) e cuidar dos outros irmãos, caso das meninas. Apostando que crianças com educação básica têm mais oportunidade de conseguir empregos bons, a ideia é clara: é preciso pagar para as famílias manterem as crianças na escola. Daí o nome oficial do programa no Banco Mundial: Transferência de Renda com Condicionalidade. O cartão de saque do dinheiro contra o boletim escolar.

Parece óbvio, mas houve forte debate. Muita gente dizia que pais e mães gastariam o dinheiro em cachaça, cigarros, jogos e coisas para eles mesmos, usando os filhos apenas como fonte de renda. O bom-senso sugeria o contrário. As pessoas não são idiotas nem perversas, sabem do que precisam.

Havia também uma crítica política, curiosamente partindo da esquerda. Dizia que distribuir dinheiro era puro assistencialismo, esmola e, pior, prática eleitoreira dos coronéis para manter o povo pobre e ignorante. Mas essa é outra das teses que a esquerda no poder jogou no lixo.

O fato é que se começou com programas experimentais na América Central, com patrocínio do Banco Mundial, e funcionou muito bem. Nos anos 90, a ideia se espalhava pela América Latina. No Brasil, com o nome de Bolsa Escola (designação introduzida por Cristovam Buarque) apareceu em 1994, em Campinas, e logo depois em Brasília (com Buarque governador). Foi ampliado para nível nacional no governo FHC, em projeto liderado por Ruth Cardoso. Surgiram ainda por aqui programas paralelos, como vale-transporte e bolsa gás. Lula juntou tudo no Bolsa Família, que passou a ampliar.

Não se trata, pois, de dar dinheiro aos pobres. Se fosse apenas isso, seria mesmo caridade pública sem efeitos no combate duradouro à pobreza. Trata-se de colocar e manter as crianças na escola, ou seja, abrir a oportunidade para esses meninos e meninas escaparem da pobreza.

No México, aliás, o programa chama-se Oportunidades e o dinheiro entregue à família aumenta na medida em que a criança progride na escola. Vai até a universidade. Há também uma poupança depositada na conta de crianças, que podem sacar o dinheiro quando se formam no ensino médio.

Em muitos lugares, há limitação no número de bolsas por família, com dois objetivos: estimular o controle da natalidade (ou reduzir o número de filhos) e desestimular a acomodação dos pais. Também se introduziram outras condicionalidades, como a frequência das mães nos postos de saúde, especialmente para o acompanhamento pré-natal e parto, e das crianças, para as vacinas. Ao boletim escolar acrescenta-se a carteirinha do ambulatório.

Resumindo, o programa funciona no curto prazo ─ ao dar um alívio imediato às famílias mais pobres ─ e no médio e longo prazos, com a escola.

Mas há uma tentação perversa. Como o programa funciona imediatamente, assim que a família recebe o primeiro cartão eletrônico, há um estimulo para que os políticos se empenhem em distribuir cada vez mais bolsas. É voto na veia. Ao mesmo tempo, esse viés populista desestimula a cobrança da condicionalidade. Pela regra, se as crianças desaparecem da escola ou não progridem, a bolsa deve ser cancelada. Mas isso pode tirar votos, logo, é melhor afrouxar os controles.

Resumindo: há o risco, sim, de um belo programa social se transformar numa prática populista. Quando os governantes começam a se orgulhar do crescente número de bolsas distribuídas e nem se lembram de mostrar os resultados escolares e índices de saúde, a proposta já virou eleitoral.

E quer saber? Ter todos os pobres recebendo dinheiro do governo não significa que acabou a pobreza. É o contrário, é sinal de que a economia não consegue gerar educação, emprego e renda para essa gente. O fim da pobreza depende de dois outros indicadores: crianças e jovens nas escolas e qualidade do ensino.

A pobreza do combate 'a pobreza - editorial do Estadao

O governo, a república dos companheiros, os keynesianos de botequim privilegiam, indisfarçavelmente, a distribuição, mesmo ao custo da eficiência.
O que temos tido, desde o início da era gloriosa do nunca antes, foi o aumento da redistribuição via Estado (e não via mercado), com sua contrapartida de aumento da carga tributária para todos, inclusive para os mais pobres, mas sobretudo para os empresários e a classe média, que se beneficiaram menos do que os mais pobres. Tudo isso é muito bonito, mas o sistema perde eficiência, dai o debate sobre a desindustrialização e a perda de competitividade da economia brasileira como um todo.
Pois é, se quiserem mais distributivismo estatal, o resultado vai ser a mediocridade de crescimento e a baixa prosperidade relativa no médio e longo prazo.
Seria isto que todos os brasileiros desejam?
Pode até ser, mas eu acho que estadistas responsáveis precisariam ter consciência de que estão levando o país para um impasse, no médo e no longo prazo.
Ou seja, vamos ficar mais pobres do que a média do mundo dinâmico...
Aliás, o segundo editorial do Estadão, transcrito in fine, confirma isso.
Tem gente que acha que isso não tem importância, que o mais importante é a diminuição da desigualdade. Eu não acho, e até acho que as pessoas estão equivocadas.
A desigualdade não está sendo diminuida pelas "bolsas" do governo. O que estão fazendo, simplesmente, é subsidiar o consumo dos pobres, o que pode até ser considerado justo, meritório, positivo, etc. Não conseguem perceber que ao se retirar esse subsídio, as pessoas voltam para o mesmo patamar de pobreza e de desigualdade estrutural.
Ou o Brasil pretende manter indefinidamente um terço da população na assistência pública?
Paulo Roberto de Almeida

A miséria que não acaba

21 de fevereiro de 2013 | 2h 03

Editorial O Estado de S.Paulo
Em 2010, o então presidente Lula tinha a levar aos palanques da sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, um alentado embornal de realizações na área social, combinadas com a elevação das taxas de crescimento - graças, sobretudo, ao ciclo de prosperidade global que antecedeu o colapso financeiro de 2008. No seu governo, o Brasil ficou mais rico e os brasileiros, em geral, também, apesar da persistência de índices humilhantes de desigualdade. Milhões puderam emergir dos estratos inferiores de renda a que pareciam confinados. Mais importante do que isso, quem sabe, os seus lugares foram ocupados por outros tantos que até então mal conseguiam manter a cabeça acima da linha que separa a pobreza da indigência.
Sob o governo Dilma, os níveis de emprego e renda ainda se sustêm, garantindo à sua titular índices lulistas de popularidade. Mas, na campanha reeleitoral do próximo ano, ela não terá a ostentar o "pibão" de seus sonhos. A expansão da economia nacional no atual período não só ficará aquém da registrada na quadra precedente, como ainda será inferior à da média dos países com os quais o Brasil é comparável.
Em consequência, a propaganda dilmista deverá se amparar nas proezas do seu criador, tratando de amalgamar o seu mandato aos oito anos de Lula. O estratagema é necessário, porém insuficiente para rebater as críticas dos opositores - não ao desempenho do criador, mas ao da criatura. Ciente disso, ela procurou um feito para chamar de seu - e acaba de apresentá-lo numa operação de marketing que, demagogicamente, exacerba o que é bom e esconde tudo o mais.
Trata-se do espetáculo com que a presidente celebrou em palácio, na terça-feira, a conclusão do resgate de 22 milhões de brasileiros da pobreza extrema, mediante a elevação do mínimo mensal per capita pago às famílias inscritas no Bolsa-Família. A partir de março, esse valor terá de superar R$ 70, instituído em 2009 como indicador oficial da miséria no País. O reajuste beneficiará 2,5 milhões de assistidos - segundo Dilma, "os últimos dos brasileiros extremamente pobres, inscritos no cadastro do Bolsa-Família, a transpor a linha da miséria". Outros já haviam sido alcançados pelo plano Brasil sem Miséria, lançado em junho de 2011, que aumentou em 45% o dispêndio com os 36 milhões cadastrados no programa federal de transferência de renda e estendeu de três para cinco o número de filhos passíveis de ser incluídos. Em maio do ano passado, o Brasil Carinhoso estipulou um complemento para as famílias com crianças de até 6 anos - teto depois ampliado para 15 anos.
A nova medida proclamada anteontem, sob o slogan "O fim da miséria é só um começo", criado pelo marqueteiro do Planalto, João Santana, custará ao erário cerca de R$ 773 milhões por ano, aumentando para perto de R$ 8,7 bilhões o orçamento do Bolsa-Família. "Fim da miséria", em termos, porém. Conquanto o programa seja um êxito reconhecido em todo o mundo, por sua abrangência, sistema de recebimento do benefício e baixos índices de desvio, o fato é que continuam fora de seu alcance 700 mil famílias miseráveis dispersas pelo País. Decerto esse contingente diminuirá com o tempo. Mas o que se mantém inatacado em ampla escala - e sem sinal de mudança no horizonte - é a miserável qualidade de vida das populações "bolsistas". Elas comem melhor, vestem-se melhor e têm mais bens domésticos do que antes. O dinheiro dos auxílios anima a economia dos respectivos municípios.
Mas nada disso supre as carências de que padecem, omitidas nos festejos reeleitorais da presidente. Um dado resume a esqualidez do ambiente típico onde vivem os assistidos: segundo números recentes do IBGE, 21,9 milhões de crianças de até 14 anos - 48,5% da população nessa faixa de idade - não têm acesso a serviços básicos de saneamento. Delas, 4,8 milhões correm sério risco de contrair doenças. Mesmo onde não falta água, o esgoto é inadequado ou nenhum, a coleta de lixo é precária ou inexistente, a escola é ruim. E, como sempre, a infraestrutura melhora menos onde mais precisaria melhorar. "A transferência de renda", comenta o economista Cláudio Dedecca, da Unicamp, "é a parte mais fácil do combate à pobreza."
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Cenário de estagnação

21 de fevereiro de 2013 | 2h 03
Editorial O Estado de S.Paulo
 
A economia brasileira continuará travada em 2013, crescerá pouco mais que 3% no ano e menos que 7% no primeiro triênio da presidente Dilma Rousseff, segundo projeções captadas na semana passada pela pesquisa Focus, do Banco Central (BC). Se as estimativas estiverem certas, o Brasil se manterá como o menos dinâmico dos Brics e um dos menos ágeis entre os países em desenvolvimento. As previsões talvez melhorem nos próximos meses, mas os dados conhecidos até agora confirmam o desempenho muito fraco em 2012 e são pouco animadores em relação às perspectivas de curto prazo.
A informação mais recente é o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-BR), publicado mensalmente. Para os analistas, esse dado serve como antecipação, embora imperfeita, do PIB calculado a cada trimestre pelo IBGE. Aquele indicador cresceu 0,26% de novembro para dezembro, descontados os fatores sazonais, e acumulou no ano uma expansão de 1,35%.
Este número é maior que as estimativas de aumento do PIB, quase todas em torno de 1%, mas, apesar disso, também é muito ruim. Informações mais detalhadas e mais completas sobre a economia brasileira só serão publicadas dentro de algum tempo pelo IBGE, mas dificilmente surgirá um quadro muito diferente daquele conhecido até agora e confirmado, de modo geral, pelo índice mais recente do BC. O IBGE divulga todo mês levantamentos nacionais da produção industrial e das vendas do comércio varejista, além de informações sobre o emprego.
Os últimos dados, referentes a dezembro, confirmaram, de modo geral, o cenário observado ao longo do ano. O emprego se manteve elevado e a massa de rendimentos à disposição das famílias continuou maior que a de um ano antes. Essa condição, somada à expansão do crédito e aos estímulos fiscais ao consumo, permitiu a expansão do comércio. O volume das vendas do varejo restrito (sem veículos, peças e materiais de construção) diminuiu 0,5% de novembro para dezembro, mas acumulou no ano um crescimento de 8,4%. No caso do varejo ampliado, as vendas de 2012 foram 8% maiores que as do ano anterior. Os resultados do emprego e do consumo privado contrastaram fortemente, no entanto, com os da produção industrial.
Segundo o IBGE, a indústria ficou estável de novembro para dezembro e acumulou em 12 meses uma redução de 2,7% em relação ao período anterior. No resultado global de 2012 houve queda em todas as grandes categorias de bens industriais, até porque uma parte relevante do consumo foi suprida por mercadorias importadas. Mas o dado mais preocupante quando se tenta avaliar a perspectiva de expansão econômica é o recuo da fabricação de bens de capital, isto é, de máquinas e equipamentos destinados à reposição e à ampliação da capacidade produtiva e, em geral, à modernização tecnológica. Em dezembro, a produção desses bens foi 0,8% menor que no mês anterior e 14,7% inferior à de igual mês de 2011. A redução acumulada no ano chegou a 11,8%. A importação de máquinas e equipamentos foi obviamente insuficiente para compensar a retração das compras de bens de capital nacionais.
A queda do investimento limita fortemente a capacidade de crescimento do País. A expansão do PIB poderá ser um pouco maior a curto prazo, mas o impulso logo se esgotará, por falta de capacidade produtiva. Se o consumo privado e o custeio do governo continuarem aumentando, haverá um aumento das pressões inflacionárias, combinado, provavelmente, com uma piora das contas externas.
Uma sondagem do clima econômico da América Latina, realizada em janeiro, mostrou melhora na avaliação das condições imediatas em 5 dos 11 países cobertos. Em relação às perspectivas, a avaliação melhorou em 7. Nas duas listas, o Brasil aparece do lado da piora. Apesar disso, o índice de expectativas dos especialistas brasileiros entrevistados ficou em 7,2, acima da média de 10 anos (6). Esse otimismo pode ajudar. Difícil mesmo é explicá-lo, diante dos dados - especialmente dos investimentos - conhecidos até agora.

Bobagens energeticas do governo - Adriano Pires

Bobagem é um conceito fraco, para o conjunto de c.......s que o governo vem promovendo, desde o início, na área energética, desde o início, isso eu posso garantir, pois acompanho o setor (sem ser especialista) com muito interesse desde o início
O caso do biodiesel é ainda mais escandaloso, mas me eximo agora de descrever o festival de c......s que o governo promoveu nessa área, por falta de tempo. Voltarei para comentar um dia.
Por enquanto, fiquem com a palavra de um especialista. 
Paulo Roberto de Almeida 

Strike do governo no setor de energia brasileiro

Adriano Pires

 BRASIL ECONÔMICO - 21/02/2013
 O governo federal promoveu nos últimos dez anos um verdadeiro strike no setor de energia no Brasil.
 Para aqueles que não costumam jogar boliche o strike e aquela jogada na qual com um único arremesso você derruba todas as peças. E o governo com uma única política baseada no populismo dos preços e na utilização política do setor conseguiu derrubar a segurança jurídica e a estabilidade regulatória do setor e consequentemente deixar o país vivendo o cenário do desabastecimento.
O primeiro a ser derrubado e hoje o mais visível para todos foi o do petróleo, tendo como a principal vítima a Petrobras. A derrubada teve inicio quando foi anunciada a descoberta do pré-sal, fato que levou ao fechamento do mercado de petróleo no país.
De lá para cá não ocorreram mais leilões, o governo aprovou um novo marco regulatório intervencionista, os investimentos privados tomaram a direção de outros países, deixaram de ser gerados aqui uma enorme quantidade de empregos e a produção de petróleo estagnou, e a velocidade do pré-sal tem sido a de um carro mil. Nos combustíveis a derrubada também foi geral. 

 O governo congelou os preços da gasolina e do diesel, estimulou o consumo e com isso o Brasil passou a importar cada vez mais todos os derivados de petróleo.
 O pior é que com esse aumento do consumo e das importações os prejuízos da Petrobras têm crescido de forma espetacular, da mesma forma que a dívida da empresa.
Nunca na história deste país a Petrobras esteve numa situação tão ruim. Não satisfeito em derrubar a peça Petrobras, o governo também fez o mesmo com o etanol e o biodiesel.

 Com os preços congelados da gasolina, o etanol perdeu competitividade, a produção cresceu pouco e o país passou a importar o produto dos Estados Unidos. E, o que é pior, passamos a exportar etanol de cana, ambientalmente melhor, e a importar o de milho.
Ou seja, passamos a limpar o ar que os americanos respiram. No caso do biodiesel, o setor está sem marcoregulatório, sem previsibilidade de aumento da mistura no diesel e com isso as empresas, a cada dia que passa, encontram mais dificuldades para sobreviver.
No setor elétrico, o governo também promoveu a derrubada total. Ao só se preocupar com a modicidade tarifaria e ao abandonar a segurança de abastecimento, bem como a preocupação com o uso eficiente da energia, o governo quebrou o caixa da Eletrobras, gerou insegurança jurídica e regulatória e incentivou o consumo de energia elétrica num contexto de escassez.
Não entendeu que o aumento da oferta de forma estruturada só ocorre num contexto de concorrência e que não e através de decretos presidenciais que se abaixa os preços.
Na realidade, o governo sempre confunde ou quer nos confundir entre o conceito de preços baratos e preços competitivos. A energia, tanto no Brasil como no mundo, tende a ser cada vez mais cara, portanto, o que precisamos e estabelecer uma política tributária que ajude a energia a ser competitiva.
Ao vender a ideia de energia barata o governo engana o consumidor e penaliza o contribuinte e o pior, no médio prazo promove o desabastecimento.

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...