domingo, 18 de agosto de 2013

Paraguai-Argentina: usina de Yacireta inviavel segundo novo presidente paraguaio

Paraguay energía

Cartes dice que la represa de Yacyretá es “inviable”

Yacyretá represa hidroelectrica
Infolatam/Efe
Asunción, 18 de agosto de 2013

Las claves
  • La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
  • Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
El presidente paraguayo, Horacio Cartes, calificó de “inviable” la represa de Yacyretá, que Paraguay comparte con Argentina, país con el que, dijo, hay “intereses comunes” y proyectos y obras “importantes” por desarrollar.
“Hemos hecho inviable un negocio como una gran represa, los intereses (de la deuda por su construcción) son mayores a toda la generación de riqueza de Yacyretá”, dijo Cartes en su primera aparición pública tras su investidura del jueves.
El presidente repitió la queja del nuevo director paraguayo de la hidroeléctrica, Juan Schmalko, quien hace unos días dijo que Yacyretá genera energía por valor de 900 millones de dólares cuando su deuda y cargas financieras alcanzan los 1.000 millones de dólares.
Fruto de un tratado suscrito en 1973, la represa de Yacyretá, sobre el río Paraná, tardó 38 años en completarse, 12 de los cuales estuvo parada por el Gobierno del expresidente argentino Carlos Menem (1989-1999), y costó al menos 12.500 millones de dólares.
Paraguay cuestiona el importe de su deuda, que a fines de 2011 se situaba en 15.652 millones de dólares, de los cuales 14.459 millones son con el Tesoro argentino: 5.773 millones de principal y el resto de intereses y actualizaciones.
La hidroeléctrica, en la que Paraguay puso un 80 por ciento del territorio y Argentina los fondos, cubre en torno al 20 por ciento de las necesidades energéticas argentinas.
Paraguay cede a Argentina su excedente energético a cambio de compensaciones económicas que, en 2012, alcanzaron los 120 millones de dólares.
Cartes dijo que está a la espera de un informe para conocer la dimensión de la deuda y abogó, como Schmalko, por llevar adelante las obras previstas de ampliación de Yacyretá (cinco nuevas turbinas sobre un brazo lateral de la represa) para hacerla sustentable financieramente.
Tras compartir con los periodistas el “dolor” que le causa el “destrozo” ocasionado por la construcción de Yacyretá en el lado paraguayo, dijo que no quiere “condenar a futuras generaciones” manteniendo la mala gestión de la hidroeléctrica.
El mandatario aludió a la breve reunión que tuvo con la presidenta argentina, Cristina Fernández, poco después de su investidura, y en la que constató “una gran atmósfera de recomponer todas las relaciones”.

Oposicao quantica - Milton Simon Pires

OPOSIÇÃO  DA  INCERTEZA -  OS MUDOS E OS CALADOS.

Milton Simon Pires

Uma das coisas mais incríveis, e também divertidas, de se observar cada vez que um de nós (monstros “fascistas”) ousa se insurgir contra o discurso petralha que infecta todo meio intelectual brasileiro é a capacidade desse mesmo meio de fazer algo para nós impossível – a unificação e organização da oposição. Isso mesmo! Chega a ser cômico escrever isso, mas não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que a oposição brasileira (que deveria chamar-se oposição.com.br.) só existe quando identificada pelo PT. Ela – a oposição – lembra aquelas aulas de Química do segundo grau em que o professor, explicando Heisenberg e o seu “Princípio da Incerteza”, afirma que determinadas partículas comportam-se de uma maneira que depende de como olhamos para ela. A oposição “existe se o PT olha pra ela. Se ele não olha; ela não existe”...Nasceu no Brasil a “Oposição da Incerteza”...
Começo esse artigo dessa maneira para, mais uma vez, repetir aquilo que venho escrevendo “há séculos” - NÃO EXISTE OPOSIÇÃO AO PT NO BRASIL! A oposição ao PT é aquilo que o próprio PT identifica como oposição, ou seja: qualquer pessoa ou partido político que discorde dele. Existe problema nisso?? É claro que existe! Nada mais perigoso do que deixar o inimigo definir nossas características, estabelecer quais são nossos próprios valores, e situar-nos na própria História – Mao Tse Tung escreveu sobre isso!
Desde Carlos Lacerda até Fernando Henrique Cardoso, o PT usa e abusa de comparações para rotular como oposição tudo que não lhe serve. Ao fazê-lo, toma um cuidado todo especial: não definir em absoluto um conjunto de valores culturais e de comportamento que poderia fornecer à oposição as condições para ela ser exatamente isso: oposição! Não há, vou insistir mais uma vez, política dissociada de cultura. Se aceitarem isso que escrevi como verdade, busquem na sociedade brasileira um conjunto de valores culturais coesos e com representação política organizada e verão que ele não existe. Ninguém, mas absolutamente ninguém mesmo, se opõem organizadamente a ideia de que a Terra está “aquecendo”, que o “SUS é o sistema de saúde ideal”, e de que a “família com pais homossexuais” pode ser uma alternativa viável. Não estou dizendo, vejam bem, que não existem pessoas que não se oponham a isso que escrevi. Tenho certeza de que elas existem! O que não existe é representação política delas. É uma “vergonha” dizer isso que escrevi acima em qualquer roda de “amigos civilizados” (segundo o conceito de “civilização” petista). Há um constrangimento incrível..um medo de passar-se por “fanático radical”...uma sensação de que vamos ficar “sozinhos” que não permite à absolutamente ninguém expressar divergência do politicamente correto.
Enquanto esse clima de medo..essa sensação de abandono persistir, insisto que não vai haver oposição nem muito menos “direita” alguma no Brasil a não ser quando o próprio PT faz questão de identificar sua existência. Há que se construir, portanto, imediatamente a chamada “cultura de oposição”. Um conjunto de valores e um grupo de pessoas que oponha-se ao PT por princípio; não por conveniência no momento de disputa do governo. Eu já expliquei a diferença entre poder e governo. Não vou voltar ao tema. Recomendo que aqueles que, como eu, querem o fim do PT construam em primeiro lugar uma teoria do poder; só depois pensem em alcançar o governo. Não há, atualmente no Brasil, poder capaz de opor-se ao PT. Isso é verdade desde a década de 1980. Ou entendemos isso; ou estamos perdidos.
Observem que a luta contra os petralhas é de uma desigualdade incrível..A cultura inteira e toda a visão ...toda maneira de entender a realidade está nas mãos deles. A oposição não acaba quando todas as pessoas perdem o direito de resposta. Ela desaparece quando restringe-se a muito poucos a mera capacidade de fazer perguntas! Essa é a diferença fundamental entre a ralé petista e o Regime Militar..Nesse sentido há que se entender a distância gigantesca entre as duas ditaduras....
Os militares calaram uma certa parte do Brasil...O PT deixou o país inteiro mudo...

Porto Alegre, 15 de agosto de 2013.

À espera de Doha, OMC mantém relevância - Celso Lafer

À espera de Doha, OMC mantém relevância
Celso Lafer
O Estado de S.Paulo, 18/08/2013

Participei em 23 de julho, em Genebra, a convite de Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, de mesa-redonda com ex-presidentes do Conselho Geral da Organização. O objetivo foi duplo: discutir o recém-publicado livro de Craig VanGrasstek, The History and Future of the World Trade Organization, que trata da OMC desde seu início, em 1995; e refletir sobre suas perspectivas.
Para Lamy foi uma oportunidade de ver tratado o legado e o papel da OMC ao fim do seu segundo mandato, que exerceu com determinação e competência numa conjuntura internacional difícil. Esta conjuntura contrasta com o clima mais favorável à cooperação econômica da fase inicial da OMC, que vivi como embaixador do Brasil em Genebra de 1995 a 1998, quando presidi, em 1997, o Conselho Geral. É esta conjuntura difícil de um mundo simultaneamente fragmentado e globalizado que ajuda a explicar as dificuldades que vêm emperrando as negociações da Rodada Doha.
O diretor-geral exerce as atribuições de gestão que lhe são conferidas e cumpre a função internacional de um terceiro imparcial entre os membros que integram o sistema multilateral de comércio. Ele pode aproximar as partes, mediar, buscar caminhos de convergência, mas não pode, por si só, equacionar, nas negociações, o desafio diplomático de encontrar interesses comuns e compartilháveis, administrar as desigualdades de poder e lidar com a diversidade dos valores.
Deste desafio tem consciência quem passou pela presidência do Conselho Geral, a instância de cúpula da estrutura da OMC. Nas atividades da Organização, seja no dia a dia da gestão de seus acordos ou na negociação de seus aprofundamentos, os países atuam no âmbito de seus conselhos e comitês de maneira muito ativa, porque as matérias neles tratadas têm impacto em suas economias. É por essa razão que a cultura diplomática da OMC realça sempre que ela é conduzida por seus membros - é member driven. São presidentes dos conselhos e comitês os diplomatas que lidam com essa cultura diplomática da OMC. Eleitos entre seus membros por consenso para um mandato de um ano, levando em conta os princípios de rotação e equilíbrio, devem ter a capacidade de transcender os interesses específicos do seu país e buscar uma imparcialidade que esteja a serviço dos objetivos comuns da Organização.
Os ex-presidentes do Conselho Geral, porque lidaram na prática com os desafios da OMC, puderam trazer sua contribuição para a reflexão sobre o legado e o futuro do sistema multilateral de comércio, que tem vocação para a universalidade, é hoje integrado por 158 membros e delibera pela prática do consenso.
Um dos méritos do livro de Craig é o de ter não apenas realçado o visível sucesso do seu sistema jurídico de solução de contenciosos comerciais, mas também apontado o significado político e econômico da expansão do número de seus membros. De 1995 a 2012, mais 30 países se incorporaram à OMC - entre eles China, Rússia, Arábia Saudita - e 25 negociam seu processo de acessão. A acessão não é simples, envolve a negociação do candidato com todos os membros para harmonizar seu regime de comércio exterior com as normas da OMC e compatibilizar seus compromissos tarifários e em matéria de serviços com os assumidos pelos membros da Organização.
Os processos de acessão têm sido uma das mais ativas e constantes áreas de negociação da OMC e Craig expõe de maneira pertinente que os ganhos para o sistema multilateral de comércio deles resultantes têm uma dimensão comparável à que resultaria da conclusão da Rodada Doha. Assim a OMC, apesar dos impasses de Doha, não está parada: graças à dinâmica das acessões, mantém de pé a relevância do sistema multilateral de comércio, apesar das forças centrífugas inerentes à proliferação de acordos regionais.
Cabe também destacar a singularidade da OMC como órgão de governança, para a qual o livro de Craig oferece pertinente chave de entendimento. Em contraste com outras entidades internacionais, a OMC é fruto da multidisciplinar presença de ideias e ações de economistas, juristas e politólogos.
Os economistas têm e tiveram a função de destacar o papel do comércio internacional como caminho do desenvolvimento e apontar o potencial de ganhos recíprocos, para os países, dos processos de maior liberação dos fluxos econômicos.
Os politólogos e os diplomatas, que, na prática, lidam com o problema do poder na vida internacional, sabem do acerto da tradicional denominação da economia como economia política. Entendem, como observou o sociólogo Simmel, que o mercado é tanto a luta de todos a favor de todos quanto a luta de todos contra todos. É por isso que o problema do poder permeia a vida econômica e as negociações comerciais envolvem uma dupla negociação: para dentro dos países, porque os processos de liberação comercial têm, no plano interno, efeitos redistributivos; e para fora, pois os interesses de acesso aos mercados são tanto ofensivos quanto defensivos e passam, na sua variedade, pelos distintos perfis das economias nacionais.
Os juristas, por sua vez, têm ciência de que a sociedade e o mercado não operam no vazio. Requerem normas para o seu bom funcionamento. Foi por isso que a OMC, graças à reflexão jurídica, criou um sistema multilateral de comércio regido por normas - rules based.
É esta convergência multidisciplinar de perspectivas, que leva em conta a complexidade, que faz da OMC uma organização sui generis no plano internacional, com os méritos próprios de uma instituição de governança na esfera econômica de um mundo interdependente. É por isso que a OMC é um bem público internacional a ser preservado e consolidado. Para isso certamente contribuirá, por sua experiência, seu domínio dos assuntos e conhecimento da cultura diplomática da Organização, o novo diretor-geral, embaixador Roberto Azevêdo.
* Professor emérito do Instituto de Relações Internacionais da USP

A imprensa ocidental se engana a respeito do Egito - Abdallah Schleifer (Al-Arabia.net)

Western Media Misunderstands Egypt

August 16, 2013
This article, by FPRI Senior Fellow Abdallah Schleifer, originally appeared on AlArabia.net on August 13, 2013. Writing from Cairo, Schleifer is Professor Emeritus of Journalism at the American University in Cairo.
I have been shocked by the shallow way the Western media has covered the political situation in Cairo since the coup against former President Mursi.
One would never know from reading The New York Times editorials and a good deal of its coverage – along with that of other leading news organizations – that the Egyptian armed forces had moved against a political movement attempting to impose an authoritarian regime on the country.
One would never know that, aside from coached demonstrators, the exultation stirring the crowd at Cairo’s Rabaa al-Adawiya protest camp was for martyrdom and not really for democracy.
One would never know, until pollsters finally released data on the subject, that the overwhelming majority of Egyptians were opposed to Muslim Brotherhood (MB) sit-ins and marches. These disrupted both the traffic and a more general recovery in tourism, investment, job creation, law and order – leading to calls for the sit-ins to end, one way or another.
One would never know, given the absence of any real political parties with grassroots support aside from the Muslim Brotherhood, that the Egyptian army – with its massive number of conscripts and status as a symbol of Egyptian independence – is the most significant popular institution in this country, along with al-Azhar, Egypt’s top Islamic institution.
One would never know any of this, because it was a military intervention which deposed Mursi – and not a bloody civil war between a couple of million MB and allied Salafi supporters, and the many, many more opposed to the drift to an Islamist dictatorship. And that – a civil war – is something media can focus on.
From much of the Western coverage, few would recall how press freedom was undermined during Mursi’s one-year rule. This was overshadowed in reports of how the army closed down MB media outlets after Mursi’s ouster. However, tomorrow that period will be surveyed, along with the present situation, in a Committee to Protect Journalists (CPJ) report called “On the divide: Press Freedom at Risk in Egypt”.

Uncomfortable with the Military

The skewed media coverage of Egypt is partly due to something intrinsic in journalism, which makes so many of its practitioners uncomfortable or hostile to a professional army. Some Western journalists –Americans in particular – make psychological associations between military forces and the U.S. Army’s role in Vietnam, Afghanistan and Iraq.
Many aspects of the media and military are at polar opposites. Skepticism is a necessary journalistic virtue, versus honor and respect for one’s superior officers in the military. ‘Nothing is sacred’ is a plausible perspective for journalists, in the impromptu atmosphere of the newsroom. Compare this with the sacred duty, or ritual-like ceremonies of the military: the raising and lowering of the flag, and the solemn honor guards escorting army parades.
Journalists react with great speed to an event: the need to scoop the competition is a journalistic virtue. But armies need cautious deliberation in actions that can mean death and destruction.
Military principles seem distant to the media in America and Europe, where conscription ended years ago and nearly all journalists are too young to identify with the critical role played by U.S. armed forces in defeating the Nazis during World War II.
So in coverage of Egypt, the journalists face something unknowable and incongruous to them – the military.

Orwell: ainda e sempre...

All animals are equal, but some animals are more equal than others.

Esta é a frase definidora da política contemporânea, e sobretudo apropriada aos companheiros que pretendem instaurar a igualdade um pouco em todas as partes, entre elas no Brasil. 

George Orwell era um socialista democrático, mas sempre dizia a verdade, coisa que políticos, sobretudo os de tendências totalitárias como os companheiros, preferem esconder ou distorcer. 
Por mais que eles pareçam invencíveis atualmente, nunca devemos esquecer que mesmo os poderosos podem ser estúpidos e incompetentes, como aliás parece que já está sendo demonstrado amplamente na gestão econômica do Brasil. 
Paulo Roberto de Almeida

Quem quer ser ex-bilionario? Mister X e o futuro do dinheiro do BNDES

Acho que a publicação dessas listas de bilionários só interessa ao ego dos próprios e ao Comando Vermelho.
No que me concerne, e a nível de dinheiro público, como diria alguém, só quero saber o que vai acontecer com os 10.000.000.000,00 ( Dez bilhões) que o BNDES enterrou nas empresas do malfadado capitalista promíscuo.
Paulo Roberto de Almeida

Eike Batista é cortado da lista dos mais ricos da ‘Forbes’

Veja.com, 17 de agosto de 2013 | 23h32
Cley Scholz
SÃO PAULO – O empresário Eike Batista, que já foi chamado pela revista Forbes de “Brazil’s Biggest Loser”, ou o maior fracassado do Brasil, não está mais na tradicional lista dos mais ricos da publicação.
A revista divulgou uma prévia com quinze nomes da lista dos brasileiros mais ricos. E deu destaque para a derrocada de Eike Batista, que já esteve no topo do ranking no ano passado com US$ 30,26 bilhões. Depois de aparecer como o quinto mais rico do Brasil e o centésimo mais rico do mundo no ano passado, o empresário ficou fora da lista este ano.
Citando as empresas do Grupo EBX como as que mais perderam dinheiro na bolsa de valores brasileira, a revista excluiu da lista de milionários o homem que ela chamou de ‘o maior perdedor brasileiro’.
loser
 Os altos e baixos de Eike Batista Foto: Fábio Motta/ Estadão
Ranking. A revista diz que as empresas de Eike Batista perderam 60% do seu valor.
Jorge Paulo Lemann,  sócio da AB Inbev, aparece como o mais rico do Brasil na nova lista, com fortuna de R$ 38,24 bilhões.
O ranking com os 124 bilionários brasileiros será divulgado na próxima edição da Forbes Brasil.
Os brasileiros que aparecem no topo da lista são:
1ºJorge Paulo Lemann (R$ 38,2 bilhões)
2º Joseph Safra (R$ 33,9 bilhões)
3º Antônio Ermírio de Moraes e família (R$ 25,6 bilhões)
4º Marcel Herrmann Telles (R$ 19,5 bilhões)
5º Roberto Irineu Marinho (R$ 17,3 bilhões)
6º João Roberto Marinho (R$ 17,3 bilhões)
7º José Roberto Marinho (R$ 17,1 bilhões)
8º Carlos Alberto Sicupira (R$ 16,8 bilhões)
9º Norberto Odebrecht e família (R$ 10,1 bilhões)
10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco (R$ 9,6 bilhões)
11º Walter Faria (R$ 9,1 bilhões)
12º Aloysio de Andrade Faria (R$ 8,2 bilhões)
13º Abílio dos Santos Diniz (R$ 7,9 bilhões)
14º Giancarlo Civita e família (R$ 7,7 bilhões)
15º Renata de Camargo Nascimento, Regina de Camargo Oliveira Pires e Rosana Camargo de Arruda Botelho (Cada uma com R$ 7,5 bilhões)

Promiscuidade Tesouro-BNDES leva o Brasil 30 anos atras - EditorialEstadao

BNDES-Tesouro, uma aliança ruim

Editorial O Estado de S.Paulo, 17/08/2013

Com previsão de desembolsos na faixa de R$ 185 bilhões a R$ 190 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá precisar de mais ajuda do Tesouro no último trimestre do ano, segundo o presidente da instituição, Luciano Coutinho. O Tesouro já emprestou R$ 280 bilhões ao banco entre 2009 e 2012 e contribuiu neste ano com R$ 15 bilhões para aumentar seu capital. O novo auxílio, segundo fontes de Brasília, poderá ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. O governo tem aumentado sua dívida bruta para conceder esses empréstimos, sempre subsidiados, e o resultado dessa cooperação tem sido, para dizer o mínimo, preocupante.
Ao converter o Tesouro em fonte de caixa para o crédito oficial, o governo recria, com pequena variação, a famigerada conta movimento, extinta no fim dos anos 80 depois de muitos estragos nas áreas fiscal e monetária. A relação promíscua entre o Tesouro e os bancos federais é apenas parte, mas muito importante, da crescente desordem na gestão das contas públicas.
Uma prova dessa desordem é o recurso cada vez mais óbvio do governo à contabilidade criativa para ajeitar seu balanço. A acomodação promíscua é recíproca. Do cofre do governo sai dinheiro para reforçar o caixa dos bancos. Esses bancos, em contrapartida, fornecem dividendos crescentes, e, até antecipados, para maquiar o resultado final das contas.
Autoridades econômicas falam de política anticíclica para justificar a transformação do Tesouro em fonte de financiamento repassado a empresas pelo BNDES. Essa tem sido a conversa desde 2009, quando foi instituído como instrumento provisório o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), prorrogado várias vezes e ainda em vigor. Mas seria preciso, no mínimo, repensar totalmente essa política, tão custosa, tão perigosa para as contas públicas e abaixo de medíocre em seus resultados. A economia brasileira encolheu 0,3% em 2009, cresceu 7,5% em 2010, 2,7% em 2011, 0,9% em 2012 e para este ano as projeções estão abaixo de 3%. A maior taxa de investimento, nesse período, foi pouco superior a 19% do Produto Interno Bruto (PIB) e as perspectivas para este ano e para o próximo continuam desanimadoras.
Segundo o novo relatório do BNDES, apresentado na quarta-feira passada por seu presidente, os desembolsos no primeiro semestre, de R$ 88,34 bilhões, foram 65% maiores que os de janeiro a junho do ano passado. Em 12 meses o aumento foi de 39%. Esses números parecem apontar uma elevação importante dos investimentos. Mas os dados ficam bem menos entusiasmantes quando examinados com um pouco mais de atenção.
A maior fatia desses financiamentos, de 33%, foi destinada à indústria; a segunda maior, de 31%, à infraestrutura; e a terceira, de 20%, ao conjunto comércio-serviços. Mas o uso foi muito menos diversificado do que tem dado a entender o governo. A maior fatia do dinheiro destinado a esses três grandes itens foi aplicada na fabricação e no comércio de caminhões e ônibus - R$ 15,31 bilhões num total de R$ 74,5 bilhões, ou 20,5%.
Boa parte dessa demanda é explicável pelo crescimento da produção agrícola: safra recorde exige investimento em meios de transporte. Não por acaso os desembolsos para a agropecuária, R$ 6,83 bilhões, foram 142% maiores que os de um ano antes. A maior parte desses créditos, no valor de R$ 3,73 bilhões, foi para a compra de tratores e colheitadeiras.
A demanda de outros bens de capital cresceu bem menos. Pesquisas têm mostrado muita insegurança entre empresários urbanos, principalmente da indústria. A confiança nas perspectivas da economia é muito baixa e isso inibe o envolvimento em projetos de expansão e de modernização da capacidade produtiva. É fácil de encontrar as causas dessa desconfiança na política econômica improvisada e conduzida com muita teimosia.
Além disso, o BNDES continua dando mais atenção às grandes empresas. Com apenas 2% das operações, estas absorveram 57% dos desembolsos. Nos últimos 12 meses, levaram 63%.

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...