quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Brasil para estrangeiros: como NAO fazer amigos e afastar investidores

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Paulo Roberto de Almeida

Em NY, Dilma dá aula de como espantar investidores

Presidente comparece a evento do Goldman Sachs - fato impensável anos atrás - e diz que 'não há risco jurídico no Brasil'

Veja.com, 25/09/2013
A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de sanção da lei que destina recursos dos royalties do petróleo para educação e saúde, no Palácio do Planalto
Nova York: Dilma diz que governo "respeita contratos" (Celso Junior/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff mostrou, mais uma vez, nesta quarta-feira, que não só não simpatiza com investidores estrangeiros como também subestima sua inteligência. Dilma compareceu a um evento organizado pelo Goldman Sachs em Nova York para tentar atrair clientes do banco para investir em projetos de infraestrutura no Brasil. Sua ida ao evento, por si só, é coisa rara. A questão é que ela desperdiçou a oportunidade. Mais: ela piorou, como se ainda fosse possível, a avaliação que fundos e empresários de fora têm do Brasil nos últimos três anos. Em vez de aproveitar o evento para tentar quebrar o muro que separa o governo dos investimentos privados, a presidente aumentou sua extensão. Repetiu que o país vai muito bem, obrigada, que os projetos de infraestrutura são "muito rentáveis" para o setor privado e que "não há risco jurídico". 
Para os investidores desavisados, dizer que o Brasil vai bem não é a maior das mentiras. Afinal, é fácil constatar que o país está em melhor situação que os endividados europeus ou que emergentes politicamente instáveis, como a Rússia. Contudo, colocar em evidência a atratividade das concessões de infraestrutura num momento em que planos fracassam, como no caso da BR-262, que não teve interessados, ou do trem-bala, que teve de ser engavetado por falta de consórcios, beira a ingenuidade — ou a falta de bom-senso. No leilão do campo de Libra, por exemplo, apenas onze empresas pagaram a taxa para participar. O governo esperava, pelo menos, quarenta. As gigantes do setor, como Chevron, BP e Exxon, preferiram não entrar. "Estamos colocando o investimento em infraestrutura como prioridade para o crescimento do país", disse a presidente, em Nova York.
Mas nada soou mais nocivo aos ouvidos dos que estavam presentes do que a afirmação de que o Brasil cumpre contratos e não representa qualquer risco jurídico para investidores. O erro começa na própria necessidade de a presidente fazer tal afirmação. Um país que respeita contratos não precisa se afirmar aos investidores porque o fato é percebido como ponto pacífico. O México, país latino-americano que vem sendo constantemente comparado ao Brasil, tem vindo a público anunciar reformas estruturais, e não dizer que respeita seus acordos.
A afirmação feita por Dilma contradiz de forma desconcertante os três anos de seu governo marcados por insegurança jurídica. Para citar alguns casos, o acordo automotivo com o próprio México, que foi quebrado em 2011 — e foi para o lixo junto com o acordo de livre-comércio que vinha sendo costurado entre os dois países. Outro momento histórico de risco jurídico conduzido por ideologia protecionista foi o aumento de 30 pontos porcentuais no imposto sobre produtos industrializados (IPI) dos automóveis importados, também em 2011 — que prejudicou consumidores e feriu a competitividade da indústria. Mais tarde, houve o plano Inovar-Auto, que se propôs a flexibilizar o aumento do IPI para as montadoras que decidissem abrir fábricas no país. Tais mudanças fizeram com que empresas do setor paralisassem investimentos e reavaliassem seus planos para o Brasil, diante da insegurança. 
O risco jurídico mais nocivo para a imagem do país, no entanto, veio apenas no segundo semestre do ano passado, com as mudanças no setor elétrico. As novas regras — que obrigavam as empresas a abandonar as concessões caso não se submetessem a uma redução de tarifas forçada pelo governo — foram vistas pelo empresariado como o início da degradação de um dos segmentos econômicos mais previsíveis do país. E previsibilidade, no mundo dos negócios, é fator preponderante que Dilma parece desconhecer.

O Brasil a caminho do fascismo: companheiros no poder - Reinaldo Azevedo

O que assistimos no Brasil, atualmente, não é, como muitos pensam, um virada à esquerda, um "Brasil progressista" que aponta no horizonte, para felicidade geral do pobres e prosperidade da nação. Não.
O que temos agora é a preparação do caminho de um Brasil pior,  muito mais pior, como diria alguém, do que podemos imaginar. Um Brasil de pouco progresso, de perpetuação da miséria -- já que os pobres são essenciais para a preservação do poder dos companheiros -- e um Brasil de pouco ou baixíssimo crescimento, já que o Estado absorve, para sua própria sustentação, uma parte substancial da poupança privada, que de outra forma poderia ser investida para fins produtivos.
Mas, basicamente, o Brasil dos companheiros será um país miseravelmente autoritário, no qual entidades fascistas do Estado, e provavelmente o próprio Estado, dirão ao cidadão tudo o que ele pode e o que não pode fazer. Ou seja, um Brasil fascista.
Este é o futuro do Brasil dos companheiros: monopolização do poder político, controle dos meios de comunicação, uso intenso da máquina pública para fins partidários e pessoais.
Espero estar errado, mas é o que vejo no horizonte distante, ou talvez de médio prazo.
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 25/09/2013

O caso do Cade ilustra, com uma eloquência escandalosa, uma das misérias políticas brasileiras: o aparelhamento do estado, que foi convertido pelo PT em categoria política, numa forma de pensamento. Sim, governar com aliados é parte do jogo democrático em todo o mundo. Ocorre que, em países que atingiram um estágio avançado de civilização democrática, órgãos de estado, especialmente aqueles voltados à investigação de irregularidades ou de atentados aos direitos básicos dos cidadãos, não estão submetidos a conveniências partidárias, ao toma-lá-dá-cá, a vieses ideológicos, à guerra política… Ao contrário: esses órgãos são, na verdade, uma das fontes garantidoras do sistema. Por mais que os políticos se esfalfem em defesa desta ou daquela propostas, eles se encarregam de manter funcionando o aparato legal. Se e quando mudar, então aplicam a nova lei sem arroubos de criatividade. Nas democracias dignas desse nome, essa burocracia é conhecida por ser aborrecidamente legalista. O Brasil é certamente um dos poucos países do mundo em que até ministro do Supremo chama o triunfo da lei de “legalismo”, com sentido pejorativo.
Por aqui, tudo funciona de ponta-cabeça. O PT chegou ao poder em 2003 com uma base de apoio que presidente nenhum havia tido depois da redemocratização (Sarney, Collor, Itamar ou FHC). Num dado momento, chegou a ter um apoio parlamentar superior ao de generais da ditadura. De tal sorte plasmava a esperança de milhões de pessoas que houve uma espécie de suspensão do juízo: a Lula, tudo parecia ser permitido — e amplos setores da imprensa também caíram na fábula encantatória. Quando Antonio Palocci deixou claro que o partido havia jogado no lixo seu “programa econômico” (para felicidade geral), aí, então, Lula chegou ao topo da glória: o “homem do povo” havia se rendido à racionalidade.
Muito bem! Houvesse um bom propósito no petismo — eu sabia havia muito tempo que não, mas não era a regra —, Lula teria aproveitado a oportunidade para… nem digo “mudar o Brasil” (que isso não quer dizer nada). Já sei: Lula teria aproveitado a oportunidade para começar a corrigir, de forma pausada e metódica, alguns desatinos que infelicitam a República e, pois, os brasileiros.
Mas quê! Ao contrário: ao atingir o topo, percebeu como o estado era poroso à politização mais rasteira e podia, na verdade, ser colonizado por seu partido. Àquela altura, o PT já tinha experiência de aparelhamento até de festinha de aniversário. Consolidou a ocupação desse estado, que já havia começado bem antes, quando ainda partido de oposição. E o fez como? Por intermédio dos ditos “movimentos sociais”.
Os petistas não acreditam — e, de fato, desprezam esta concepção — que a democracia se realiza plenamente com a autonomia dos indivíduos, garantida por uma burocracia estatal estável, presente em setores essenciais que assegurem a funcionalidade do sistema. Ao contrário: o que não se realiza por intermédio do partido não vale. Nesse sentido, segue sendo um esquerdista ortodoxo. Só não é mais socialista ao velho estilo porque socialismo ao velho estilo não há mais. O de novo estilo subordina também o capital aos horizontes partidários, ainda que isso possa custar caro — a Bolsa BNDES, por exemplo. NOTA À MARGEM: o ódio à imprensa livre deriva do fato de que o partido, por enquanto ao menos, não tem sobre ela o controle que logrou ter dos demais setores. Lula não pode entender que potentados da indústria e do capital financeiro o tenham na conta de guia genial e que o jornalismo, ao menos a parte relevante, não esteja a seus pés. Sigo adiante.
Em vez da profissionalização do estado, o PT promoveu justamente o contrário. Se, vá lá, o patrimonialismo se adonava do público, subordinando-o a seus interesses, o patrimonialismo aggiornado, falando a linguagem “das massas”, das “ruas”, fez de uma ocupação igualmente perversa a condição necessária para a realização de seu projeto. Então onde está a diferença para pior no que concerne ao horizonte democrático? A antiga forma de ocupação do estado era tida pela, bem…, “vanguarda do pensamento” como algo que devesse ser superado; agora, ao contrário, considera-se o aparelhamento um ponto de chegada e um valor de resistência.
É essa concepção de poder que faz com que um sujeito como o tal Vinicius Carvalho se torne o chefe do Cade, nada menos do que o órgão que, no Brasil, deve zelar pela livre concorrência, que é, sim, um valor das democracias. Nota irônica à margem: é bom lembrar que foi o PT quem instituiu um sistema novo de construções de obras públicas para a Copa do Mundo que simplesmente jogou no lixo a Lei de Licitações.
Qual o mérito de Carvalho para estar onde está? Nenhum em particular no que concerne à competência técnica, mas um em particular no que concerne à competência política: é do PT. No cargo, a sua ação mais espalhafatosa, como se nota, tem um óbvio alcance político-partidário. Aliás, foi Lula, o chefe máximo da legenda, quem afirmou, dada a avalanche de notícias sobre o suposto cartel, que Alexandre Padilha, candidato petista ao governo de São Paulo, havia “entrado no jogo”.
Quando se diz que o Cade atuou, nesse caso, como polícia política, não se trata de mero exagero retórico. Esse é um procedimento-padrão das repúblicas bolivarianas, o que o Brasil ainda não é — ou o é nos limites do que a institucionalidade que resiste permite. Vejam o caso de senador boliviano Roger Pinto Molina, que está no Brasil — depois de ter conseguido se proteger da atuação sórdida do Itamaraty nesse caso, graças à atuação decente do diplomata Eduardo Saboia. Do que o acusa o governo Evo Morales? De corrupção, claro! Afinal, em tese, na Bolívia, não é proibido se opor ao governo central. Não agem de modo diferente os presidentes da Argentina, da Venezuela, do Equador ou da Nicarágua.
Não estou a dizer, reitero, que nada de errado se deu na relação entre Metrô-CPTM e a Siemens. Que tudo seja investigado! Mas as evidências de que temos um órgão do estado a atuar para atender a interesses de um partido gritam de forma escandalosa. Numa democracia mais civilizada, é evidente que o tal Carvalho não permaneceria cinco minutos no cargo depois da revelação do episódio. Por aqui, não! O rapaz ainda tenta usar a revelação em seu favor. Indagou por que ele teria escondido a coisa de caso pensado se, agora, a revelação lhe traz problemas. A pergunta seria a de um estúpido não fosse a de um espertalhão: escondeu justamente porque a revelação lhe traria… problemas.
A questão é muito mais grave do que parece. Pouco me importa se diz respeito ao PSDB, a A ou a Z. Diz respeito ao estado brasileiro. Trata-se de saber se um órgão de estado pode exercer esse papel. Não deixa de ser curioso que esse escândalo venha à luz no mesmo dia em que Dilma Rousseff deita aquela falação meio ridícula na ONU sobre espionagem (ainda volto ao tema). Por aqui, em solo brasileiro, um órgão que tem a função de zelar pela qualidade da nossa democracia atua como polícia política. Dê o exemplo, governanta! Bata na mesa, diga que isso é inaceitável, que a senhora não é Obama e demita o dito-cujo.

Mas ela vai fazê-lo, certo? Afinal, mais Carvalho do que Dilma representa o poder petista. Ela é ainda expressão de um “atraso”, que o partido sonha em superar um dia: eleição. Ele não! Ele é um quadro que tem de estar onde está simplesmente porque é do partido.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Argentina e seu manual de deseconomia cambial: penuria de dolares

Argentina’s Shrinking Currency Reserves Point to Further Controls
By Ken Parks
The Wall Street Journal, September 24, 2013

BUENOS AIRES — Argentine President Cristina Kirchner may have to impose further U.S. dollar rationing on her citizens in coming months as the slide in the hard currency reserves that Argentina uses to pay its import bill and creditors shows no sign of abating, analysts say.
Argentina faces significant dollar outflows at a time when the foreign currency provided by trade, the South American nation’s only significant source of the U.S. currency, is shrinking due to surging fuel imports.
The trade surplus accumulated between January and August narrowed by 32% on the year to $6.29 billion, the government said Monday. With the last few months of the year a seasonally slack period for exports, the Kirchner administration may struggle to reach its latest target of a $10.6 billion surplus in 2013.
If the government’s past behavior is any indicator of future behavior then more belt tightening could fall on tourism and imports. Net dollar outflows from tourism rose to $4.53 billion in the first half as Argentines continued to travel and shop abroad even after the government slapped a special 20% tax on those activities.
“We believe they will need to put the brakes on the outflow of hard currency via tourism,” says Mauricio Claveri, an economist at research firm Abeceb. “The trade surplus isn’t going to compensate and there is going to be a loss of reserves.”
Deutsche Bank economist Gustavo Canonero thinks the government will likely muddle through by fine tuning the currency controls and import restrictions it has used to keep dollars from leaving the country.
“They will have to ration international reserves even more than today and that means you are going to have less imports for growth and therefore the economy will be stagnant,” Mr. Canonero said.
A spokeswoman for the Economy Ministry declined to comment.
For almost two years, Mrs. Kirchner has subjected Argentines to unpopular foreign-currency restrictions. Businesses can face long delays to import equipment and materials, which usually have to be paid for with dollars.
“We are at a very dangerous point where [additional] limits on imports will have very negative collateral effects on the economy and job market,” says Diego Perez, president of Cira, an association that represents importers
Argentines are also banned from buying dollars to protect their savings from one of the highest rates of inflation in the Western Hemisphere, while the government doles out very limited amounts of foreign currency for tourism. Some people have turned to the black market for dollars, where they pay a 63% premium compared to the regulated foreign exchange market.
Reserves at the central bank fell to a six-and-a-half year low of about $35 billion on Friday, down 19% from the beginning of the year and well below a record $52.7 billion in January 2011.
Unable to borrow abroad due to the high interest rates lenders demand, Mrs. Kirchner has used at least $27.5 billion in reserves to pay creditors and fund public-works projects. Her 2014 budget proposal would tap another $9.86 billion for the same purposes.
The steady decline in reserves could spell trouble for Argentine stocks and bonds if investors start to question the government’s ability to pay.
The government needs to quickly stabilize reserves or risk a selloff in dollar debt like the Boden 2015 bond and debt-linked securities, says Siobhan Morden, head of Latin American strategy at Jefferies.
“The pace of decline and the level are now both a concern, especially if this pace of reserve loss continues into next year,” Mrs. Morden said.
At the current rate of depletion, reserves could drop below $20 billion in the first quarter of 2015. That could set markets up for a “moment of tension” because the central bank would have only a thin cushion of liquid assets on hand at that point, says Orlando J. Ferreres, an economist and former deputy economy minister.
“There isn’t an easy solution. These are problems that will take three to four years to fix from the moment you start fixing them,” Mr. Ferreres said.
Those problems include annual inflation that many economists say has been running at or above 20% for years as a result of the central bank printing pesos to finance government spending.Official data put economic growth at 1.9% in 2012, and the government has forecast 5.1% growth this year and 6.2% in 2014. Many economists say those projections are unrealistic for an economy hobbled by dollar shortages and inflation.
Barclays Capital economist Sebastian Vargas is optimistic that a weak economy will eventually force Mrs. Kirchner to adopt more pragmatic policies such as moderating spending and mending fences with foreign creditors.
“If the government continues with monetary financing and doesn’t change its agenda the foreign exchange reserves could deteriorate further and that would have an impact on investment,” Mr. Vargas said.

A visao catastrofica do mundo, e o projeto totalitario - Milton Simon Pires

O REINO DOS CÉUS E O  BRASIL DE LULA EM 2015.
Milton Simon Pires

Do ponto de vista histórico, devemos buscar as raízes do pensamento marxista na economia política inglesa, no socialismo utópico francês e no materialismo histórico alemão. Causa perplexidade observar como é possível que em 2013 uma ideologia tão distante das fundações do Brasil possa fazer sucesso tão grande por aqui. Talvez mais adequado seja perceber que nada daquilo que escrevi no início do texto chega até a sociedade brasileira da forma original. A noção do Estado interventor na economia, a ideia de um regime messiânico e a proposta de um entendimento científico da realidade adquiriram no nosso país cores muito mais suaves. Governa-se através de lemas. Administra-se por meio de slogans. Vivemos no Brasil o império da baixa cultura, do senso comum, da vulgaridade e da redução do pensamento aos níveis mais primitivos capazes de firmar o necessário consenso – imperativo categórico dos Estados Totalitários.
Excluindo-se o ateísmo e a noção de que a história tenha regras próprias – tão caros ao materialismo dialético, é possível afirmar que a “nova realidade”...o “novo mundo” que o Partido dos Trabalhadores trouxe ao Brasil adapta-se de forma patética aos velhos princípios de intervencionismo estatal inglês e as noções quase religiosas de Saint-Simon a respeito da “sociedade ideal”.
É muito triste perceber que, nesse processo de distorção-modernização, o Catolicismo brasileiro prestou-se a um deplorável papel.  Frei Betto, frei Leonardo Boff e tantos outros representantes da Igreja nos anos 70 e 80 contribuíram, e muito, para gênese dessa aberração política chamada Partido dos Trabalhadores. Uma vez garantido seu acesso ao poder, o PT conseguiu, através de planos como Bolsa Família, Cotas Raciais e agora o Mais Médicos colocar em prática tudo aquilo que padres que viam em Che Guevara um novo Jesus Cristo queriam. Até certo ponto, não deixa de ser cômico ver a Igreja Brasileira inteira escandalizar-se com movimentos como a Marcha das Vadias ou as barbaridades protagonizadas pelos militantes gays no nosso país. Tivesse ela, Igreja, capacidade para reconhecer seus erros e assumiria abertamente a falta que foi permitir que a mensagem desses falsos profetas dos anos 80 chegasse aos fiéis.
Afirmo que, mais do que qualquer outro país que tenha vivido num regime comunista, o movimento revolucionário no  Brasil fez uma união impressionante entre o Marxismo e a religião cujos efeitos estamos sentindo até hoje e cuja capacidade de transformar petismo em lulismo vai justificar a permanência do PT no poder durante muitos anos. Declaro a urgência de que a Igreja brasileira manifeste-se abertamente contra a figura do ex-presidente. Peço que ela desfaça na cabeça e na alma simples do povo a confusão demoníaca que existe entre pobreza, sofrimento e boas intenções. Nada pode ser mais perigoso! Nada pode ser mais injusto! Duvido existir algo mais necessário do que derrubar a idéia de que os “pobres são honestos e os ricos são corruptos”.Foi isso que elegeu o PT! É nisso que a população continua acreditando e se isso não mudar a vitória dessa gente em 2014 está, mais uma vez, garantida. Não acreditem em campanhas pela internet nem percam tempo divulgando escândalos perante uma sociedade que opera com um nível cognitivo de crianças ...que sustenta-se – ela mesma – em noções maniqueístas fundadoras de uma cultura católica muito anterior ao advento do PT. Ou se faz isso; ou Lula há de continuar sobrevivendo como santo no inconsciente coletivo de uma gente que parece ter saído das páginas de Casa Grande e Senzala.
Meus amigos, a Igreja tem com o povo desse país uma dívida recente gigantesca. Ela permitiu aqui uma mistura demoníaca entre marxismo e religião que não tem precedente na história mundial. Sobre a vontade dela, Igreja, de corrigir-se afirmo que é “mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que nossos cardeais e bispos mostrarem a esse povo que o reino dos céus não vai ser no Brasil de Lula em 2015”.

Porto Alegre, 24 de setembro de 2013

Estudantes: o Ingles como unico fator para voces terem uma boa bolsa e bons estudos no exterior



O Nuffic Neso Brazil, escritório de representação oficial do ensino superior holandês no Brasil, lançou nessa terça-feira (10/09) o Orange Tulip Scholarship Brazil Programme 2014/2015 (OTS), programa que concede bolsas de graduação e pós-graduação, integrais e parciais, em diversas universidades holandesas exclusivamente para estudantes Brasileiros. Existem bolsas de diversos valores e o benefício mais alto chega a 32.500 Euros por ano, valor custeado pelas próprias instituições holandesas.
As opções são para programas de Bacharelado, MBA , Mestrado e Short-Degree (onde só o último ano da graduação é cursado no exterior), com aulas totalmente em inglês. As oportunidades envolvem mais de 150 cursos em áreas como: Business, Comunicação, Design, Direito, Finanças, Ciências Sociais, Ciências da Saúde, Ciências Naturais, T.I, Engenharia, Turismo e Indústria Criativa.
Para participar, os candidatos devem acessar www.nesobrazil.org/ots e verificar a relação de cursos e os valores das bolsas oferecidas por cada universidade. Os critérios de admissão variam de acordo com a instituição escolhida, mas proficiência na língua inglesa (comprovada através dos exames Toefl ou Ielts) e documentos que comprovem grau de escolaridade são mandatórios. Vale lembrar que todo material deve apresentar tradução juramentada para o inglês.
Os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponível nesse link e enviar por e-mail para info@nesobrazil.org. Não há teto para o número de brasileiros a serem admitidos.
As inscrições vão até março/2014 e o resultado da seleção será divulgado em maio do próximo ano.

Venezuela e seu manual de antieconomia: loucuras cambiais

Venezuela divisas

El boom del turismo cambiario en Venezuela

dolares
Reuters
Caracas, 25 de septiembre de 2013
Las claves
  • Los venezolanos que viajan a Lima encuentran ofertas hasta por Internet. Sitios de venta o remate de artículos ahora ofrecen a los caribeños la posibilidad de hacer también compras ficticias para recibir dinero.
Un pasaje de avión de Caracas a Lima cuesta hoy casi ocho veces más que a principios de año. Y eso si uno tiene la suerte de conseguirlo: los billetes están agotados para los próximos cinco meses.
La posibilidad de comprar dólares baratos para viajar al extranjero disparó la demanda de pasajes a destinos como Perú, Ecuador y Cuba, a medida que los venezolanos aprovechan el “turismo cambiario” para burlar una década de controles de divisas en la nación petrolera.
En el primer semestre del año aterrizaron en Perú más del doble de venezolanos que en el mismo período del 2012.
“La diferencia abismal entre el dólar oficial y el (del mercado) negro ha hecho que viajar sea un negocio”, dijo Humberto Figuera, presidente de la Asociación de Líneas Aéreas de Venezuela.
El Gobierno socialista de Venezuela limita desde hace una década la compra de dólares para evitar la fuga de divisas. Pero en un país que importa la mayoría de los bienes que consume, los controles de cambio generaron escasez de carne, pollo, harina y hasta papel higiénico.
El mecanismo ideado por el fallecido presidente Hugo Chávez y mantenido por su sucesor Nicolás Maduro permite, sin embargo, que los venezolanos que viajan al extranjero compren hasta 3.000 de dólares anuales a la tasa oficial de 6,3 bolívares, siete veces más barato que en el mercado negro.
En el 2012 las autoridades vendieron un récord de unos 3.000 millones de dólares baratos para viajes al extranjero.
La jugada se hizo tan popular, que conseguir un pasaje a Quito o Lima se volvió literalmente una hazaña. Muchos viajeros están reservando boletos para la Semana Santa del 2014.
“RASPAR” LA TARJETA
Los venezolanos que viajan a Perú, Ecuador e incluso Cuba tienen derecho a cambiar hasta 2.500 dólares a la tasa oficial.
Y en algunos de esos países el mercado se adaptó rápidamente a la demanda, con tiendas donde los venezolanos pueden realizar compras ficticias y recibir el efectivo a cambio de una comisión de hasta un 20 por ciento. El mecanismo tiene hasta un nombre: “raspar la tarjeta”.
“En Quito puedes preguntar en el mismo hotel donde te hospedas. Ellos te llevan a un sitio donde puedes raspar la tarjeta por una comisión de entre 10 y 15 por ciento”, contó un hombre que acaba de regresar de “raspar” su tarjeta en Ecuador y prefirió no ser identificado por temor a sanciones legales.
De vuelta en casa, los venezolanos venden los dólares en el mercado negro.
“Se gana bastante plata”, explica el turista. “Compras al dólar oficial en 6,3 bolívares y lo vendes en el mercado negro en 45 bolívares”.
Los venezolanos que viajan a Lima encuentran ofertas hasta por Internet. Sitios de venta o remate de artículos ahora ofrecen a los caribeños la posibilidad de hacer también compras ficticias para recibir dinero.
“Te ayudamos a raspar tus cupos viajeros con total seguridad y transparencia”, dice un aviso online de una agencia de viajes en la capital peruana.
Hay venezolanos que “compran el cupo” de otros compatriotas y viajan con varias tarjetas de crédito en el bolsillo realizando operaciones que pueden involucrar cientos de miles de bolívares.
“Sé que es un negocio al margen de la ley, pero no me queda otra”, dijo un venezolano que viaja varias veces al año al extranjero con diferentes tarjetas de crédito, la mayoría a nombre de otros. “Aquí un profesional gana una miseria y el sueldo mínimo apenas alcanza”.
“NO SHOW”
A principios del año, un boleto aéreo a Perú costaba el equivalente a 476 dólares. Hoy ronda los 3.810 dólares como consecuencia de la excesiva demanda.
Eso generó un problema mayúsculo para las aerolíneas, cuyos aviones despegan con más de un 30 por ciento de sus asientos vacíos pues muchos pasajeros no se presentan y piden luego el reintegro de su dinero.
Hasta ahora el Gobierno no controla si la persona que obtuvo dólares efectivamente viajó o no.
Pero en un intento por combatir el esquema, la Asociación de Líneas Aéreas de Venezuela envía la lista de “no shows” a las autoridades para que verifiquen si los pasajeros que no se presentaron en la puerta de embarque compraron divisas al precio preferencial para viajeros.
“Estamos frente a una mafia que se mueve a medida que se toman acciones”, dijo Figuera a Reuters. “Ya notificamos a los cuerpos de seguridad de la última modalidad. Nos informaron que ya se actúa para detener a las personas que cometen ese tipo de fraudes”.
En el pasado, las autoridades redujeron de 3.000 a unos 1.300 dólares la cantidad de divisas vendidas para viajes a Colombia e islas del Caribe como Curazao y Aruba, donde los venezolanos había comenzado a “raspar” sus tarjetas de crédito.
Pero las dimensiones del negocio son ahora mucho mayores y los venezolanos creen que las autoridades reducirán también el cupo de divisas para viajar a Ecuador o Perú.
Además, la ventana de oportunidad podría cerrarse en cualquier momento, si -como esperan muchos venezolanos- el Gobierno introduce un nuevo mecanismo de entrega de divisas para combatir el alza de la cotización en el mercado negro.
Mientras pueden, los venezolanos siguen viajando y “raspando” sus tarjetas como nunca antes.
“Puedes poner todos los controles que quieras, pero es complicado y no va a servir de nada si no atacan el problema de fondo: reducir o al menos hacer manejable la brecha entre el (dólar) oficial y el paralelo”, dijo el economista Asdrúbal Oliveros, de la firma local Econoanalítica.
(Reporte adicional de Girish Gupta y Eyanir Chinea en Caracas y Marco Aquino en Lima; Escrito por Diego Oré; Editado por Esteban Israel y Juana Inés Casas)

Lancamento da revista Mises, no Rio de Janeiro: 26/09, no Rio

Meus cumprimentos aos colegas pelo lançamento desta revista, com a qual pretendo colaborar.

Paulo Roberto de Almeida 

Lançamento da revista acadêmica MISES na Livraria Cultura no Rio de Janeiro


Será na quinta-feira, no Rio, o lançamento do primeiro número da MISES: Revista Interdisciplinar de Filosofia, Direito e Economia. Para mim, é notícia mais importante do ano para os estudiosos da Escola Austríaca nos países de língua portuguesa, pois passam a ter uma publicação de qualidade e de acordo com os critérios de qualificação acadêmica para publicar os seus trabalhos.

Para falar sobre a revista, entrevistei no Podcast do Mises Brasil da semana passada os editores da revista Ubiratan Jorge Iorio e Alex Catharino. E aqui você pode ler o sumário da revista.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...