sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Cotas raciais sao sempre prejudiciais - Editorial Folha de S.Paulo

Cotas sem sentido
EDITORIAL FOLHA DE S.PAULO,  07/11/2013

O governo Dilma Rousseff ganhou aplausos, em especial nos círculos militantes, com a adoção do sistema de cotas raciais em universidades federais --e gostou. Iniciativas semelhantes ameaçam multiplicar-se por outras esferas.

A administração propõe agora projeto de lei que reserva a negros 20% das vagas em concursos federais. Dois deputados petistas apresentaram uma proposta de emenda constitucional que estabelece cotas até no Legislativo.

Esta Folha se opõe à utilização da cor da pele como critério para o que quer que seja. Apoia, entretanto, que se usem categorias sociais para definir a alocação de determinados recursos públicos, como lugares em universidades.

A maior proporção de negros e pardos entre os mais pobres garante que a cota social beneficiará esses grupos, sem a necessidade de o Estado incidir numa classificação racial dos cidadãos, que mais reforça do que dissolve barreiras.

As iniciativas para estender as cotas ao mercado de trabalho e ao Parlamento pecam não apenas por disseminar e naturalizar ainda mais a ideia de raça na sociedade como também por misturar lógicas que são muito distintas.

Faz sentido reservar vagas em universidades porque a educação tem o propósito explícito de tentar nivelar as pessoas. Um de seus objetivos é assegurar que todos os cidadãos, independentemente de origem social e acidentes de percurso, possam disputar em condições de igualdade as oportunidades que lhes serão oferecidas.

Não é absurdo, assim, manipular as regras de admissão universitária para tentar conciliar o ideal de equidade com outras metas da educação superior, como a formação dos melhores quadros possíveis.

Não é tão simples transpor esse princípio para o Poder Legislativo e para os concursos públicos. Nessas atividades, a lógica de promover a igualdade não se impõe como prioritária.

Quando o Estado contrata um servidor, espera-se que seja o mais qualificado. Quando um eleitor escolhe seu representante, deve fazê-lo tão livremente quanto possível. Os princípios da seleção nesses casos devem ser a eficácia administrativa e a liberdade de escolha.

O racismo é uma chaga social que o Estado brasileiro tem obrigação de combater. Deve fazê-lo, entretanto, com as ferramentas adequadas, sem comprometer ou enfraquecer demais outros objetivos relevantes do poder público.

Venezuela: caos economico e ajuda companheira (brasileiros pagam)

O socorro do Brasil a Maduro

07 de novembro de 2013 | 2h 14
Editorial O Estado de S.Paulo
O governo petista resolveu socorrer o regime chavista da Venezuela, que faz água por todos os lados. E, claro, essa generosidade correrá por conta do contribuinte brasileiro.
Sob ameaça de sofrer um duro revés nas eleições municipais de 8 de dezembro, vistas como uma espécie de referendo de seu desastroso governo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu ajuda ao Brasil para contornar a crise de desabastecimento no país, o mais sério dos inúmeros problemas de sua administração.
A intenção de Maduro é garantir o fornecimento de alimentos e outros produtos do varejo até a eleição. Como tudo o que tem pautado o tal "socialismo do século 21", esta será mais uma medida paliativa e desesperada, lançada apenas para mitigar por um breve período os efeitos permanentemente deletérios da insanidade econômica chavista.
O modelo estatista feroz, com preços controlados e hostilidade à produção privada, esvaziou as prateleiras dos supermercados venezuelanos. As imensas filas para comprar os mais diversos produtos de primeira necessidade - o papel higiênico é o símbolo desse calvário - tornaram-se a marca do governo Maduro.
Em vez de admitir os erros de sua administração e procurar resolvê-los de modo racional, o presidente venezuelano optou pelo caminho típico do chavismo: atribuiu a escassez à "sabotagem" de capitalistas e disse que agora trava uma "guerra econômica" contra esses "agentes do imperialismo". A "guerra" inclui impedir que a imprensa noticie o desabastecimento, porque, segundo sua versão tresloucada, é isso que leva pânico à população e gera corrida aos supermercados.
É em nome desse combate imaginário que Maduro pediu ao Congresso "poderes especiais" para governar - poderes cujo escopo, obviamente, deverá ir muito além da emergência econômica.
Para o governo petista, porém, Maduro e sua equipe sabem o que estão fazendo. "Eles têm consciência dos problemas em curto, médio e longo prazos no país e estão muito preocupados em enfrentar, de forma clara e estratégica, as dificuldades históricas da economia venezuelana", disse ao jornal Valor o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Ao considerar que a crise da Venezuela faz parte de "dificuldades históricas", Garcia quer fazer crer que a situação atual resulta de problemas antigos, estruturais, e não das evidentes lambanças chavistas. É provável que Garcia considere também que a importação emergencial de alimentos seja parte, conforme suas palavras, de um planejamento "claro e estratégico" para enfrentar a crise.
Esse "planejamento" conta com a bondade brasileira. Como faltam dólares na Venezuela para realizar a importação, graças ao controle do câmbio, o Brasil pretende usar o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), do Banco do Brasil, num acordo com o Banco de Venezuela. Segundo essa solução, ainda a ser detalhada, o Banco de Venezuela receberia o dinheiro do financiamento e quitaria a importação diretamente aos fornecedores brasileiros, sem ter de passar pela Cadivi, o órgão venezuelano que regula o câmbio. O Banco de Venezuela pagaria o financiamento ao Banco do Brasil em suaves prestações.
Com tal garantia, a expectativa do governo é de que os empresários brasileiros superem a crescente desconfiança em relação à Venezuela - convidadas a incrementar as exportações àquele país nos últimos anos, seguindo a orientação da agenda Sul-Sul do governo petista, muitas empresas nacionais enfrentam agora grandes atrasos no pagamento. Como resultado, as exportações para a Venezuela no primeiro semestre do ano foram quase 16% inferiores às do mesmo período de 2012.
Em outras palavras, se as negociações prosperarem, o risco de calote dos importadores venezuelanos seria assumido pelo Banco do Brasil - em nome do compromisso ideológico do governo petista com o chavismo, com cujas agruras o contribuinte brasileiro não tem rigorosamente nada a ver.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Venezuela: no limiar do maior calote da historia economica latino-americana

Venezuela: El otro socio comercial con problemas para exportarleLas dificultades de los venezolanos para conseguir dólares -producto de un férreo control cambiario de su gobierno- y trabas burocráticas a los importadores hacen cada vez más difícil a las empresas uruguayas cobrar sus exportaciones.
El intercambio con Venezuela no es el mejor, a pesar de la buena relación entre los presidentes Foto: Archivo.
Maximiliano Montautti 07 nov 2013 - 04:23
Como una misión imposible. Así catalogan algunos exportadores el acceder al cobro de sus ventas a Venezuela en los últimos tiempos. La relación comercial de Uruguay con ese país se asemeja bastante a la complicada que mantiene con Argentina, aunque por otras razones. En este caso no es por la aplicación de restricciones a las importaciones que aplica el gobierno de Cristina Fernández, sino por la dificultad que enfrentan las empresas uruguayas para cobrar sus exportaciones.
"Argentina se está pareciendo a Venezuela", dijo a El País una fuente exportadora para ejemplificar el grado de complejidad que tiene el relacionamiento actual con el país caribeño.
El mes pasado llegó a Uruguay el presidente del Banco Central de Venezuela, Eudomar Tovar, para explicar en la sede de la Unión de Exportadores el alcance del Sistema Unitario de Compensación Regional de Pagos (SUCRE).
En esa reunión un grupo de exportadores locales se tomaron su tiempo para plantear al jerarca venezolano una serie de dudas sobre el sistema y su utilización.
Y también le transmitieron a Tovar la dificultad para el cobro de las exportaciones hacia su país. Tovar destacó al Sucre como un método más sencillo para facilitar el intercambio comercial entre ambos países, lo que fue tomado con alivio por los exportadores presentes. Igualmente, el ingreso de Uruguay al Sucre debe ser aprobado por el Parlamento, luego de recorrer varios despachos ministeriales.
Mientras tanto, las empresas soportan las dificultades para hacerse del cobro de sus ventas al exterior. Después la rutina es simple: las firmas alertan a la Unión de Exportadores y la gremial transmite la preocupación al gobierno para que busque soluciones.
"Pero en el fondo sabemos que el tema no tiene mucha solución", dijo una fuente empresarial a El País.
Los importadores venezolanos cuentan con dos trabas burocráticas para comprar mercadería en el exterior.
Por un lado las demoras para acceder al permiso de importación, ya que en Venezuela hay una exigencia que no permite ingresar mercadería que se produzca en el país. Ante eso, los compradores deben presentar una serie de requisitos que justifiquen la compra y esos trámites llevan su tiempo, Por otro lado, tienen que hacerse de los dólares para pagar las importaciones.
En Venezuela, la adquisición de moneda extranjera es autorizada por el gobierno a través de dos mecanismos. Uno es la Comisión de Administración de Divisas (Cadivi) que vende dólares a sectores específicos.
El otro es el Sistema Complementario de Administración de Divisas (Sicad), que ofrece la moneda a través de subastas que se realizan cada tanto.
"Hay empresas que estuvieron meses para cobrar; otras incluso ya tienen esas cuentas como incobrables", dijo una fuente exportadora a El País.
El presidente de la comisión de Comercio Exterior de la Cámara de Industrias (CIU), Rafael Sanguinetti dijo a El País que la preocupación de los exportadores ya llegó hasta la gremial. "Varios exportadores nos han comentado que no están pudiendo cobrar sus colocaciones", señaló Sanguinetti.
La preocupación también se instaló en el gobierno. Ayer, el diario argentino La Nación informó sobre una reunión de cancilleres que se efectuó la semana pasada en Caracas.
Allí hubo varios reproches, principalmente hacia el canciller argentino Héctor Timerman por las restricciones a las importaciones que aplica su gobierno. En la reunión, Uruguay también transmitió su malestar a Caracas por la falta de cobro de sus exportaciones, consignó el medio argentino.

Caen ventas de pollo, quesos y carne bovina

Venezuela es el cuarto comprador de productos uruguayos, aunque igualmente viene descendiendo su participación en las exportaciones locales. En los primeros 10 meses del año, las ventas tuvieron una caída de 4,34% en relación al mismo período del año pasado, según datos de la Unión de Exportadores. La cifra fue más positiva en octubre, ya que en ese mes las exportaciones tuvieron un aumento de 24,29%.
Según datos de Uruguay XXI, dos de los tres principales rubros de exportación a Venezuela tuvieron caídas en los 10 primeros meses de 2013 al compararlos con el período entre enero y octubre del año pasado.
Las ventas de quesos y requesón bajaron de US$ 166 millones a US$ 135 millones con un descenso de 18,5%. Por su parte, la carne bovina congelada pasó de US$ 46 millones a US$ 37 millones con una caída de 20,4%. El otro rubro -la leche y nata- tuvo un fuerte aumento de 167,8% con exportaciones que pasaron de US$ 41 millones a US$ 110 millones.
Por otra parte, las exportaciones de pollo hacia el país caribeño están paralizadas. La semana pasada El País informó que los compradores venezolanos no envían cartas de crédito a las empresas uruguayas para asegurarle el cobro de las exportaciones y les quieren pagar al momento de embarcarse la mercadería.
Esta situación perjudicó a los productores que tenían una buena expectativa para ampliar los volúmenes de exportación hacia Venezuela. Por eso, solicitaron al Ministerio de Ganadería que aumente la devolución de tributos, pasándola de 4% a 6%, al menos hasta que se logre reabrir el mercado venezolano.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Politica economica, falhando no que mais conta: confianca dos agentes, credibilidade dos operadores

O fim da trégua

 Cristiano Romero
Valor Econômico, 6/11/2013

Os mercados indicam que acabou a trégua das últimas semanas em relação ao Brasil. O clima de quase tranquilidade durou pouco. Dólar e juros futuros, dois mercados onde confiança é a principal mercadoria, se moveram fortemente nos últimos dias, e para o lado ruim. A motivação é a mesma: a falta de credibilidade da política fiscal.
Brasília, evidentemente, reage de forma catatônica, negando sistematicamente a existência dos problemas. Na opinião de integrantes do governo, está tudo certo com a política econômica; o problema é o péssimo relacionamento do Palácio do Planalto com empresários e banqueiros, algo que, na visão oficial, pode ser consertado até a eleição de outubro de 2014.
O curioso é que há consciência na cúpula do poder de que, mesmo favorita na eleição presidencial, a presidente Dilma Rousseff precisa reconstruir as pontes com o empresariado. Assessores alegam que, nos últimos meses, Dilma recuperou parte da popularidade perdida e maioria no Congresso, mas segue sem apoio no meio empresarial. "Ganhar a eleição é fácil; o difícil é governar [sem interlocução com o setor privado]", diz um auxiliar da presidente.
Dilma sabia da operação Lula para dar autonomia ao BC
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com a situação, e não é de agora. Em abril, instado por grandes empresários, que já reclamavam da falta de credibilidade da política econômica, fez um movimento para convencer Dilma de que ela precisava mexer no time. Os empresários sugeriram o nome de Henrique Meirelles, mas Lula preferiu apenas dizer à presidente que ele não seria um obstáculo à saída de Guido Mantega.
Dilma optou por mudar a política em vez de trocar a equipe. Devolveu as políticas monetária e cambial ao Banco Central, desistindo da "nova matriz macroeconômica", e determinou a Mantega que procurasse formas de melhorar o quadro fiscal.
No fim de maio, mercados no mundo inteiro entraram em período de grande nervosismo graças aos sinais do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de que começaria a diminuir os estímulos monetários. Em junho, o Brasil passou a ser sacudido por ruidosas manifestações populares. Some-se tudo isso à desconfiança dos agentes econômicos no governo.
De 22 de maio a 21 de agosto, a cotação do dólar saltou de R$ 2,05 para R$ 2,45. O juro futuro, medido pelo swap pré de 360 dias, pulou, no mesmo período, de 8,28% para 10,07% ao ano. Dois fatos ajudaram a acalmar o ambiente depois disso: o Fed postergou o início da retirada dos estímulos e o Banco Central adotou um programa de venda diária de hedge cambial.
O que os números dos últimos dias mostram é que o nervosismo voltou. Em apenas nove dias, o dólar saiu de R$ 2,18 e foi a R$ 2,28 e o juro futuro (swap pré de 360 dias) já está num nível mais alto que o do pior momento da recente turbulência - 10,59% ao ano (ver gráfico).

Uma vez mais, Lula tentou ajudar Dilma. Desta vez, a ideia foi montar uma operação sigilosa para fazer o Senado aprovar projeto que dá autonomia formal ao BC. Lula faria, por vias tortas, o que Tony Blair fez quando assumiu o poder na Inglaterra, em 1997: acalmar os mercados dando independência ao BC.
O plano era aproveitar a tramitação do projeto do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), modificá-lo - na visão de Lula, a proposta do senador, ao prever mandato de seis anos para diretores do BC, era excessivamente conservadora -, aprová-lo e tratar do tema, rejeitado desde sempre pelo PT, pelas esquerdas e também por setores da oposição, como um fato consumado.
Um detalhe importante: a presidente Dilma sabia da operação desde o início. Estava tudo combinado com Lula.
As coisas caminhavam bem até que a informação vazou para a imprensa. Do jeito que saiu, Lula apareceu articulando a independência do BC contra a vontade de Dilma, uma forma de tutelá-la. "Ficou parecendo uma operação do Lula contra a Dilma, quando, na verdade, era uma operação de como recuperar a linha de contato do Palácio do Planalto com o mercado financeiro", explicou um colaborador da presidente. "Politicamente, ficou inviável."
No quesito credibilidade, retornou-se, portanto, à estaca zero. Com um agravante. O BC vem aumentando a taxa de juros desde abril e indicou que ela voltará a dois dígitos no fim deste mês. A situação é desafiadora porque, mesmo já tendo trazido a Selic de 7,25% para 9,5% ao ano, o BC não conseguiu melhorar as expectativas de inflação.
A tendência do BC é parar de elevar a Selic apenas quando as expectativas melhorarem. Estas, por sua vez, não vão melhorar enquanto a taxa de câmbio estiver volátil e desvalorizando. Como a situação fiscal não ajuda, muito pelo contrário, só atrapalha, tudo concorre para a turbulência, o que, num círculo vicioso, obriga o Banco Central a ser mais conservador.
Diante disso, o risco para a presidente Dilma está na conjunção de dois fenômenos: o possível rebaixamento da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco, uma possibilidade que já começou a ser antecipada pelo mercado; e o início, no fim primeiro trimestre de 2014, da redução dos estímulos monetários nos EUA. Pode ser a chegada da tempestade perfeita, com impactos imprevisíveis na popularidade da presidente e em seu favoritismo eleitoral.
Cristiano Romero é editor-executivo do Valor Ec.

Cem anos atras, neste dia: a China sendo esquartejada pelos imperios rivais

Pequena notícia na seção este dia na História do New York Times, de cem anos atrás, quando a China estava sendo propriamente dividida entre os imperialismos rivais, prenunciando ainda pelo menos mais meio século de decadência e humilhação. Apenas durante a guerra, mais exatamente em 1943, ou seja, 70 anos atrás, as potências ocidentais, Grã-Bretanha e EUA, cancelaram os tratados desiguais do século XIX, que impunham as primeiras humilhações ao gigante chinês.
Parece que a situação agora é outra...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Não se trata exatamente de neste dia na História, pois a matéria ficou parada no meu blog, sem postagem, desde o dia 25 de outubro; nunca é tarde para se aprender algo da história, contudo.


In Our Pages: October 25


1913 Japan Deal Tests U.S. Relations
PEKING — The preliminary agreement which the Chinese recently signed with the Japanese for railway expansion in Manchuria and the adjacent region of Inner Mongolia is regarded as a breach of faith with the United States, and suggests that the Japanese are desirous of testing whether American interests in China really received a death-blow from President Wilson’s recent declaration of policy. On its retirement from the six- power consortium, the American group notified China that it retained all its rights under the Chinchow-Aigun agreement; yet the agreement with the Japanese provides for a section of railway between T’aonan Fu and Jehol, 300 miles long, which traverses the route of the Chinchow project.

Governo aprofunda o racismo oficial: Apartheid estatal aumentando e dividindo os brasileiros

O militantismo racialista, aliás racista, dos negros empoleirados em cargos públicos continua crescendo, num ambiente de demagogia geral em que mais da metade, repito MAIS DA METADE, dos brasileiros se autoclassifica agora como "afrodescendente".
O governo criou o racismo e o vem estendendo a setores cada vez mais amplos da vida pública.
Os espertos, os "ispertos", e os "expertos" do governo sempre se beneficiarão dessas políticas discriminatórias, que tendem a privilegiar os militantes da causa e os negros, mulatos e os menos negros da classe média, deixando ao relento, como sempre acontece, os pobres, brancos, pretos, mulatos, de qualquer cor.
O Brasil está construindo um Apartheid oficial, vergonhoso, racista, divisivo, em todos os aspectos negativo para nossos propósitos de nação inclusiva e indistinta quanto a "raças" e cores.
O Brasil está sendo dividido pelos racistas no poder.
Paulo Roberto de Almeida


Dilma propõe cota aos negros de 20% das vagas de concursos públicos
Mônica Izaguirre
Valor Econômico, 6/11/2013

BRASÍLIA - O governo encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos da administração federal, informa o “Diário Oficial da União” (DOU) desta quarta-feira. 
Se a proposta for aprovada, a reserva de vagas valerá tanto para a administração direta (governo com seus ministérios e outros órgãos) quanto para a administração indireta, composta por autarquias, fundações públicas e empresas estatais controladas pela União, inclusive de economia mista, como Petrobras e Banco do Brasil. 
Atualmente, os editais de concurso para preenchimento de cargos e empregos públicos na União reservam vaga apenas para pessoas portadoras de deficiência (entre 5% e 20%). 
O DOU desta quarta-feira publica também um decreto da presidente Dilma Rousseff aprovando o regulamento do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). 
Instituído pela Lei nº 12.288, de julho de 2010, o Sinapir é um “sistema integrado que visa a descentralizar e tornar efetivas as políticas públicas para o enfrentamento ao racismo e para a promoção da igualdade racial no país”. 
É no âmbito deste sistema que o governo federal pretende articular com Estados, Distrito Federal e Municípios planos e programas para promover igualdade racial. 

Segundo o regulamento, “o Sinapir deve garantir que a igualdade racial seja contemplada na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas, em todas as esferas de governo”. 

Fracasso total da politica economica companheira: keynesianos de botequim nao sabem o que fazer...

Parece que a coisa anda feia lá pelas bandas -- se bandas existem, e não apenas trapos -- do Ministério da Fazenda, e o que passa, com alguma largueza conceitual, por comando central das operações de política econômica do governo companheiro.
Como são todos beócios em economia, eles continuam achando que um estímulo keynesiano aqui, uma improvisação prebischiana ali, tudo servido com algum molho de intervencionismo e técnicas à la Barão de Munchausen, vai salvar o desastre que conseguiram produzir na economia.
O barco naufraga, e os ratos começam a se preparar...
Paulo Roberto de Almeida

Desastre no comércio

05 de novembro de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo

Continua mal o comércio exterior brasileiro, com déficit de US$ 224 milhões em outubro e saldo negativo de US$ 1,83 bilhão no ano, mas a pior notícia sobre a balança comercial é outra: o governo ainda se recusa a admitir a gravidade dos problemas e insiste em tratá-los como passageiros. Desta vez, o resultado mensal foi prejudicado por um aumento excepcional das importações de petróleo, causado por dificuldades temporárias da Petrobrás. Em outros meses, as contas foram afetadas pelo atraso no registro de importações, também de combustíveis, realizadas em 2012. Sempre se pode, é claro, ir um pouco mais longe e atribuir os números desfavoráveis à crise internacional e ao recuo das cotações das commodities.

Divulgadas as contas de outubro, as explicações oferecidas à imprensa pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, seguiram o padrão habitual. Os problemas ficarão para trás e o saldo de 2013 ficará no azul. É até possível. Se o País acumular no último bimestre um superávit maior que US$ 1,84 bilhão, o resultado geral dos 12 meses será positivo. O saldo de dezembro tem superado com frequência US$ 2 bilhões nos últimos anos. Se isso ocorrer mais uma vez, o comércio de mercadorias estará novamente no azul e tudo voltará - esta parece a opinião oficial - ao melhor dos mundos. Mas voltará?
Só haverá motivo para algum otimismo quando o governo reconhecer a dimensão efetiva dos problemas do comércio exterior e começar a agir para resolvê-los. Esses problemas vão muito além de dificuldades ocasionais. No caso da Petrobrás, é inegável o fiasco dos planos de produção. Poucos anos depois de anunciada festivamente a autossuficiência, o País continua dependente da importação. Importar pode ser uma condição normal para uma economia próspera e bem administrada, mas os problemas no setor de petróleo são consequências de erros indisfarçáveis de política econômica e de administração empresarial - a começar pelo desastrado controle de preços.
Pelo menos tão importante quanto isso é o enfraquecimento do setor industrial - a mais visível consequência da perda de produtividade da economia brasileira. A ineficiência crescente da produção está refletida tanto nas dificuldades de exportar quanto no aumento da importação. Esse aumento abrange muito mais que petróleo e derivados.
De janeiro a outubro o valor total da exportação, US$ 200,47 bilhões, foi 1,4% menor que o de igual período do ano anterior. O valor da importação, US$ 202,30 bilhões, foi 8,8% superior ao dos meses correspondentes de 2012. O saldo acumulado em dez meses no ano passado, de US$ 17,35 bilhões, foi substituído por um déficit de US$ 1,83 bilhão.
A importação de combustíveis e lubrificantes aumentou 23,1% nessa comparação, mas o valor adicional, de US$ 6,64 bilhões, explica só em parte o aumento das compras totais no exterior. O gasto com matérias-primas e bens intermediários aumentou US$ 6,36 bilhões de um ano para outro e isso tem forte relação com problemas de competitividade. O acréscimo de compras de bens de capital e de bens de consumo adiciona mais US$ 4,29 bilhões a essa conta.
Além do mais, as vendas de plataformas para extração de petróleo, o item número um na lista da exportação de manufaturados, renderam US$ 4,75 bilhões, pouco mais que os embarques de automóveis de passageiros (US$ 4,56 bilhões). Mas os automóveis foram de fato vendidos e mandados ao exterior. As plataformas nunca saíram do Brasil, porque a sua venda foi só uma operação contábil com fins tributários. O valor da operação foi 500% maior que o de igual período de 2012.
Não se pode reduzir a evidente piora do comércio exterior a uma soma de problemas temporários da Petrobrás. Mesmo acrescentando-se uma referência às condições internacionais, esta ainda será uma tentativa inútil de enfeitar um cenário muito ruim. Os problemas são muito mais graves e resultam de erros políticos acumulados em vários anos. 

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...