domingo, 2 de outubro de 2016

Werner Baer homenageado no Senado brasileiro - nota de imprensa

Influência de Werner Baer na formação de economistas brasileiros é tema de seminário

   
29/09/2016, 16h16 - ATUALIZADO EM 29/09/2016, 20h08
As Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Ciência e Tecnologia  (CCT) promoveram, nesta quinta-feira (29),  seminário sobre a de economia brasileira em homenagem ao professor americano Werner Baer. Doze economistas brasileiros, discípulos de Baer, discutiram o legado intelectual do professor americano para o Brasil e os caminhos para a superação da crise. O economista Cláudio de Moura Castro disse que Baer abriu as portas de prestigiadas universidades americanas para pesquisadores brasileiros. O organizador do seminário, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ressaltou que Werner Baer legou ao Brasil a geração que estruturou os altos estudos brasileiros em Economia, sem fazer distinção entre correntes de pensamento. A reportagem é de Marcela Diniz, da Rádio Senado.

 
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Economia brasileira: ainda fazendo agua, ou afundando mais um pouco - Ricardo Bergamini rele ata do BC

Ricardo Bergamini, sempre cáustico, resume a situação atual da economia brasileira

- Em doze meses, os juros nominais atingiram R$418 bilhões (6,86% do PIB).
- Em doze meses, o déficit nominal alcançou R$587 bilhões (9,64% do PIB).
- A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$4.272,8 bilhões em agosto (70,1% do PIB).

Política Fiscal – Fonte BCB
Base: Agosto de 2016

I - Resultados fiscais
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$22,3 bilhões em agosto. O Governo Central e os governos regionais apresentaram déficits primários de R$22,1 bilhões e R$653 milhões, respectivamente, enquanto as empresas estatais registraram superávit primário de R$529 milhões.
No ano, o déficit primário acumulado foi de R$58,9 bilhões, ante déficit de R$1,1 bilhão no mesmo período de 2015. No acumulado em doze meses, registrou-se déficit primário de R$169 bilhões (2,77% do PIB), elevando-se 0,23 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Os juros nominais apropriados por competência alcançaram R$40,7 bilhões em agosto, praticamente no mesmo patamar observado em julho. Observou-se, por um lado, ganho de R$4,3 bilhões nas operações de swap cambial no mês (comparativamente a perda de R$1,8 bilhão em julho) e, em sentido contrário, elevação no volume de juros apropriados em decorrência de um maior número de dias úteis em agosto. No acumulado no ano, os juros nominais totalizaram R$254,6 bilhões, ante R$338,3 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais atingiram R$418 bilhões (6,86% do PIB), reduzindo-se 0,19 p.p. do PIB em relação ao observado em julho.
O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$62,9 bilhões em agosto. No ano, o déficit nominal totalizou R$313,4 bilhões, comparativamente a déficit de R$339,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Já no acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$587 bilhões (9,64% do PIB), elevando-se 0,04 p.p. do PIB em relação ao valor registrado em junho.
O déficit nominal do mês foi financiado mediante expansões de R$50,6 bilhões na dívida mobiliária e de R$17,2 bilhões na dívida bancária líquida, compensadas, parcialmente, pela redução de R$4,8 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$138 milhões no financiamento externo líquido.

II - Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$2.830,2 bilhões (46,5% do PIB) em agosto, registrando queda de R$2 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu resgates líquidos de R$34,1 bilhões e incorporação de juros de R$32,1 bilhões.
Destacaram-se os resgates líquidos de R$83,2 bilhões em NTN-B e as emissões líquidas de R$31,2 bilhões em LTN, de R$13,4 bilhões em LFT e de R$4,8 em NTN-F.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a julho: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,4%; a dos títulos vinculados à taxa Selic passou de 19,7% para 20%; a dos títulos prefixados elevou-se de 26,6% para 27,5%, pelas emissões líquidos de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços caiu de 26,1% para 24%, pelos resgates líquidos de NTN-B. A participação das operações compromissadas elevou-se de 26,9% para 27,9%, apresentando vendas líquidas de R$39,7 bilhões.
Em agosto, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$124,9 bilhões, 4,4% do total, com vencimento em 2016; R$388,4 bilhões, 13,7% do total, com vencimento em 2017; e R$2.316,9 bilhões, 81,9% do total, vencendo a partir de janeiro de 2018.
No final de agosto a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$128,2 bilhões. O resultado dessas operações no mês (diferença entre a rentabilidade dos Depósitos Interfinanceiros e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$4,3 bilhões.

III - Dívida líquida do setor público
A dívida líquida do setor público alcançou R$2.638,3 bilhões (43,3% do PIB) em agosto, elevando-se 0,8 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
No ano, houve elevação de 7,1 p.p. na relação DLSP/PIB, decorrente do impacto da incorporação de juros (+4,2 p.p.), da valorização cambial de 17% no período (+3,4 p.p.), do déficit primário (1 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-1,1 p.p.), e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,3 p.p).
A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$4.272,8 bilhões em agosto (70,1% do PIB), elevando-se 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
Ricardo Bergamini

China: internacionalizacao da moeda e inserção nos Direitos Especiais de Saque do FMI

Banco de compensación en RMB en EEUU, paso clave en globalización de moneda china

02/10/2016
NUEVA YORK, 1 oct (Xinhua) -- Gracias a la reciente instauración de un banco de compensación en renminbi (RMB) en Estados Unidos, los negocios con las empresas chinas se han vuelto mucho más fáciles para la Bolsa Mercantil de Chicago (CME, siglas en inglés).
NUEVA YORK, 1 oct (Xinhua) -- Gracias a la reciente instauración de un banco de compensación en renminbi (RMB) en Estados Unidos, los negocios con las empresas chinas se han vuelto mucho más fáciles para la Bolsa Mercantil de Chicago (CME, siglas en inglés).
En agosto pasado, el volumen diario medio de intercambio con China del CME, uno de las mercados de valores más antiguos y distinguidos de América, alcanzó las 70.000 unidades, pero todos estos negocios se vieron obligados a pasar por el proceso de convertir el RMB en otras formas de garantía.
"Esto añadía tiempo y coste adicional al proceso de compensación", dijo Suzanne Sprague, directora ejecutiva de gestión de riesgos del CME.
Sin embargo, las cosas han cambiado desde el 21 de septiembre, cuando el banco central chino anunció la designación de la sucursal del Banco de China en Nueva York como banco de compensación y liquidación en RMB.
PROMOCION DEL COMERCIO Y LAS INVERSIONES
"Es un hito", dijo Xu Chen, presidente y director general del Banco de China en Estados Unidos, en una entrevista con Xinhua el día después del anuncio. "Ahora tenemos servicio en renminbi en el extranjero en Asia y el Pacífico, en Europa y en Estados Unidos, es decir, 24 horas los siete días de la semana".
Según puntualizaron varios analistas, la medida era muy esperada ya que llena un gran vacío en la red de instituciones extraterritoriales designadas para promover un mayor uso del RMB en el mercado global.
En la primera mitad de este año, la liquidación de la moneda china en Estados Unidos está valorada en unos 100 billones de yuanes (14,99 billones de dólares), lo que supone el quinto puesto en el mercado exterior global.
La designación es si cabe más significativa ya que el comercio en RMB en Estados Unidos tiende a ser impulsado por el mercado, y no por el gobierno o las instituciones monetarias como en otros países.
"La necesidad es más real y urgente", explicó Xu, añadiendo que el establecimiento de un banco de compensación beneficia no solo el comercio, sino también las inversiones en Estados Unidos.
En este sentido, apuntó, "estamos viendo un crecimiento de las inversiones chinas en Estados Unidos en los últimos años". "En 2015, el volumen fue de 15.700 millones de dólares, mientras que sólo en la primera mitad de 2016, la cifra fue de 18.400 millones de dólares".
"Es muy posible que las inversiones individuales o institucionales de China sobrepasen en gran medida las de otros países o regiones", dijo Xu.
MAYOR USO INTERNACIONAL
En sintonía con el aumento de la utilización del RMB como moneda global, el Fondo Monetario Internacional (FMI) lo añadió el viernes a su cesta de derechos especiales de giro (DEG), haciéndose la medida efectiva el 1 de octubre.
La inclusión convierte el RMB en una de las cinco monedas de reserva totalmente avalada por los 189 miembros del FMI junto al dólar, el euro, el yen y la libra esterlina.
"Se lanzarán nuevos productos financieros valorados en RMB", anotó Xu, quien añadió que la moneda china "va a ser utilizada de forma más amplia en Estados Unidos dado que su mercado está más abierto que otros".
No obstante, también existen riesgos. Algunos observadores han advertido de que el acceso al mercado financiero estadounidense, más libre y desarrollado, podría, al mismo tiempo, aumentar los desafíos del RMB. La diferencia horaria entre Nueva York y Beijing, por ejemplo, podría dificultar el seguimiento de los impactos.
En cualquier caso, se trata de un paso necesario en el camino y un paso crucial. Xu consideró que, a largo plazo, el establecimiento de un banco de compensación en Nueva York es significativo para promover un mayor uso internacional del RMB y una mejor expansión de su influencia.
"Creo que, a lo largo de los próximos años, podremos responder al desafío", aseveró Xu.

China promete más reformas financieras tras inclusión de RMB en DEG

02/10/2016
El banco central de China aseguró hoy sábado que el país continuará impulsando la reforma financiera y la apertura del mercado después de la inclusión de su moneda, el renminbi (RMB) o yuan, en la cesta de monedas de los Derechos Especiales de Giro (DEG) del Fondo Monetario Internacional (FMI).
El banco central de China aseguró hoy sábado que el país continuará impulsando la reforma financiera y la apertura del mercado después de la inclusión de su moneda, el renminbi (RMB) o yuan, en la cesta de monedas de los Derechos Especiales de Giro (DEG) del Fondo Monetario Internacional (FMI).
El FMI anunció el viernes la entrada en vigor a partir de este sábado de la nueva cesta de DEG, que incluye al yuan, cambio que calificó de "hito histórico" para China, el FMI y el sistema monetario internacional.
China da la bienvenida al nuevo sistema, que reforzará la representatividad, la estabilidad y el atractivo de los DEG mientras se avanza en la reforma del sistema monetario internacional, indicó el Banco Popular de China en un comunicado publicado en su página web.
La inclusión del renminbi en los DEG representa un hito en la internacionalización del yuan y un reconocimiento del progreso del desarrollo económico de China, así como de las reformas financieras y la apertura que ha emprendido, sostuvo el banco central.
Los DEG son un activo de reserva internacional creado por el FMI en 1969 para complementar las reservas oficiales de los países miembros. Se puede intercambiar entre los gobiernos por monedas de uso libre en tiempos de necesidad.
En noviembre pasado, el FMI decidió incluir el yuan como quinta moneda de la cesta de los DEG a partir del 1 de octubre de 2016.
La junta de gobierno del FMI también decidió el viernes qué peso tendrá cada moneda en la nueva cesta de DEG, que será del 10,92 por ciento en el caso del yuan, del 41,73 por ciento para el dólar, del 30,93 por ciento para el euro, del 8,33 por ciento para el yen japonés y del 8,09 por ciento en la libra esterlina.
El porcentaje se mantendrá fijo durante los próximos cinco años, hasta la próxima revisión de la cesta.

"Dipromacia" lulopetralha: ufa, acabou! Diplomatas ficam aliviados com a expulsao dos companheiros

 Da coluna de noticias do jornalista Cláudio Humberto: 
 
Diplomatas brasileiros comemoram, mundo afora, o fim da baixaria que marcou as viagens internacionais dos governos do PT. As comitivas oficiais, de Lula ou de Dilma, tratavam os diplomatas como “criados”. E ainda deixavam para trás problemas para as embaixadas resolverem, como quando uma nora do ex-presidente Lula achou de meter na mala ricas toalhas e lençóis do hotel. Pagos, depois, pelo contribuinte, claro.
No exterior, a ex-presidente Dilma costumava humilhar diplomatas, referindo-se a eles com ironia até diante de próceres estrangeiros.
Dilma usava diplomatas, como ocorreu em Londres e Oslo, ordenando até que lhe fritassem ovos “caipiras”, que sempre levava na bagagem.
Em hotéis de luxo, era frequente membros das comitivas presidenciais implicarem até com a mobília, exigindo sua troca. Sempre aos gritos.

1/10/2016

Edmar Bacha: por que a insercao internacional do Brasil parece tao dificil?

Um texto fundamental para começar a debater a questão:

INTEGRAR PARA CRESCER 2.0 
Edmar Lisboa Bacha
 Preparado para o Fórum Nacional (Sessão Especial), “Investindo contra crise e procurando voltar a crescer”. Rio de Janeiro: BNDES, 14/09/2016.

1. Introdução
 A posse do novo governo oferece uma boa oportunidade para a implantação de um programa econômico reformista voltado para a retomada do crescimento da economia brasileira.
Conforme se argui em Bacha (2013), a integração da economia brasileira às correntes internacionais de comércio deve ser um componente crítico desse programa. Neste texto, discutimos porque tem sido tão difícil levar a cabo tal programa de integração, apesar de seus benefícios serem aparentemente óbvios, especialmente no contexto do elevado grau de fechamento da economia brasileira ao comércio internacional.
Tratamos de cinco argumentos contrários à abertura, a partir dos quais reiteramos os termos de um programa de integração que leva essas objeções em consideração.
(...)

3. Brasil: um dos países mais fechados do mundo
Em contraste com a abundante evidência dos benefícios do comércio internacional, o Brasil permanece sendo umas das economias mais fechadas do mundo.
Grandes economias são grandes exportadoras: os Estados Unidos são a primeira economia do mundo e a segunda maior exportadora; a China é a segunda maior economia e a primeira exportadora; o Japão é a terceira maior economia e a quarta maior exportadora; a Alemanha é a quarta maior economia e a terceira maior exportadora; a França ocupa a quinta posição tanto no tamanho da economia quanto na importância das exportações; o Reino Unido tem a sexta maior economia do mundo e é o décimo maior exportador.
Já o Brasil é a sétima maior economia do mundo, mas apenas o 25º. maior exportador.
O PIB do Brasil representa 3% do PIB mundial, mas suas exportações alcançam apenas 1,1% das exportações mundiais6 . Um gigantinho em termos de PIB, o Brasil é um anão em termos de exportações.
(...)

Ler a íntegra do trabalho neste link: 
http://www.ipea.gov.br/portal/images/convites_2016/pdfs/160914_intregrar_para_crescer.pdf

Salarios do funcionalismo: nao apenas altos, mas subindo desmesuradamente: a sociedade aguenta isso?

Uma matéria importante.
A despeito de ser funcionário público federal, acho um escândalo as remunerações do setor público, muito acima da média do setor privado (em geral duas a três vezes superiores), muito acima de qualquer nível de produtividade que se possa medir objetivamente (mas isso é muito difícil num setor geralmente improdutivo como é o setor público) e muito além do que permitem as taxas de crescimento do produto e da produtividade, e muito acima, exageradamente acima do que são os níveis de inflação ou de crescimento das receitas públicas (ou seja, dinheiro roubado dos verdadeiros criadores de riqueza, que são os empresários e trabalhadores do privado).
A sociedade não aguenta tamanha exploração.
Ao final, transcrevo nota do economista Ricardo Bergamini sobre os privilégios abusivos dos funcionários públicos.
Paulo Roberto de Almeida


Em 13 anos, salário do serviço público subiu três vezes mais que o privado
Levantamento mostra que, entre 2003 e 2016, salários dos servidores públicos cresceram 33% acima da inflação, enquanto na iniciativa privada esse aumento foi de 10%; diferença entre rendimento médio público e privado foi de 44% para 75%
Ricardo Brito, Adriana Fernandes,
O Estado de S.Paulo
01 Outubro 2016 | 05h00
BRASÍLIA - Os salários médios do funcionalismo público subiram, em termos reais (acima da inflação), 33% entre janeiro de 2003 e janeiro de 2016, enquanto na iniciativa privada esse aumento foi de 10%.
O levantamento, feito com base em cruzamento de dados oficiais pelo consultor legislativo do Senado Marcos Köhler, confirmam as queixas do governo federal, governadores e prefeitos sobre o crescimento do custo da folha salarial dos servidores nas despesas públicas. Em 13 anos, pulou de cerca de R$ 880 para R$ 1.650 a disparidade média entre o que ganha um funcionário do Estado e um profissional do setor privado.
Foto: Infográficos/Estadão

O governo do presidente Michel Temer tenta aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos a fim de atrelar o crescimento das despesas à inflação do ano anterior. A medida tem por objetivo impedir, entre outras questões, aumentos reais do crescimento da folha de pagamento do serviço público, contendo assim a explosão dos déficits orçamentários que vem sendo registrada nos últimos anos.
O estudo comparativo de Köher, com dados compilados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o rendimento mensal médio em 12 meses do funcionário público era de R$ 2.897 no início de 2003. O crescimento, quase linear, só registrou três quedas no período, nos anos de 2004, 2014 e 2016, quando atingiu R$ 3.860 – alta de 33,24%. Na iniciativa privada, por sua vez, o crescimento dos salários foi mais lento e menor, subindo de R$ 2.012 no início de 2003 para R$ 2.210 em janeiro deste ano, um aumento de 9,84%.
Diferença crescente. O levantamento indica que a diferença entre o rendimento médio do setor público e o privado entre 2003 e 2016 quase dobrou, com intervalos de queda no segundo ano do governo Lula, em 2004, e no início do segundo mandato de Dilma Rousseff, em 2014. A diferença salarial entre as categorias de trabalhadores atingiu 75% – era de 44% no início da série.
Outro dado ilustra o peso do custeio dos servidores. Os empregados das 10 categorias com maiores vencimentos no setor público, que somam um contingente de 255 mil pessoas – nas três esferas de governo – ganham em média R$ 272 mil anuais. Os cerca de 36,8 milhões de empregados da iniciativa privada recebem por ano R$ 23,3 mil em média.
Para o consultor, o calcanhares de aquiles dos problemas fiscais que a União e os Estados enfrentam é a questão salarial do funcionalismo, que causa impacto direto na previdência pública, já que o benefício da aposentadoria é pago, de modo geral, em sua integralidade. Köhler defende que a medida mais eficaz para acabar com os sucessivos déficits orçamentários seria o congelamento temporário de aumentos de servidores, a fim de reduzir o endividamento público.
Oposição. Uma mudança constitucional que contemplasse essa medida, destacou o consultor, seria politicamente mais simples de aprovar. Ele argumenta que há uma oposição à PEC do Teto, alegando que vai haver redução de investimentos também nas áreas da Saúde e de Educação com sua eventual introdução.
“A regra (do congelamento salarial) seria mais simples, não teria oposição popular e seria mais fácil verificar o cumprimento dela, além de ser menos injusta e menos perigosa”, avaliou Kölher, que foi cedido para atuar no gabinete do senador José Aníbal (PSDB-SP).

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Do economista Ricardo Bergamini, recebido em 2/10/2016:

Um grupo de trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) composto por 13,2 milhões de brasileiros (ativos, inativos, civis e militares) que representam apenas 6,39% da população brasileira, sendo 2,2 milhões federais, 4,5 milhões estaduais e 6,5 milhões de municipais gastaram em 2015 o correspondente a 14,98% do PIB. Esse percentual representou 46,18% da carga tributária que foi de 32,44% do PIB em 2015.

Além do aspecto econômico - financeiro acima abordado, devemos ainda acrescentar uma montanha de direitos inimagináveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas), conforme abaixo:

Na história do Brasil a nação sempre foi refém dos seus servidores públicos (trabalhadores de primeira classe), com os seus direitos adquiridos intocáveis, estabilidade de emprego e licença prêmio sem critério de mérito, longas greves remuneradas, acionamento judicial sem perda de emprego, regime próprio de aposentadoria (não usam o INSS), planos de saúde (não usam o SUS), dentre muitos outros privilégios impensáveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas). Com certeza nenhum desses trabalhadores de primeira classe concedem aos seus empregados os mesmos direitos imorais.

Em vista do acima colocado fica a pergunta aos leitores de como podemos explicar que 92,61% da população brasileira aceita, passivamente, tamanha aberração econômica, financeira, moral, política e constitucional, sem nenhuma indignação.

O amigo tem alguma dúvida de quem mais perderia com a justiça social e a moralização administrativa.

Notas:
1 - Devemos lembrar que são poucos apadrinhados e corruptos de paraquedistas no serviço público que geram essa aberração, mas cabe aos servidores dignos ajudarem nessa faxina, e não ficarem criticando os que abordam tais excrecências do setor público brasileiro.
2 - Gostaria de saber se existe alguém nesse planeta que apoiaria, sem nenhum pudor, que uma nação gaste 46,18% de sua carga tributária com apenas 6,39% da população.

Seminario 200 anos de Varnhagen, no IHGB, RJ: 25-26/10

Em homenagem aos 200 anos do nascimento do patrono da historiografia brasileira, Francisco Adolfo de Varnhagen (nascido em 17/02/1816, perto de Sorocaba, SP), o Instituto Histório e Geográfico Brasileiro organiza, em sua sede no Rio de Janeiro, seminário em homenagem ao grande historiador, diplomata e estrategista da nacionalidade, nos dias 25 e 26 de outubro, sempre pela tarde.
A parte final deste pequeno folder de programação, de apresentação de obras publicadas, ainda precisa ser ajustada, mas o essencial das palestras está confirmado.
O livro ali faltante é o resultante do seminário organizado pela Fundação Alexandre de Gusmão em abril passado, no Instituto Rio Branco, já objeto de algumas postagens minhas neste mesmo espaço, cujos dados são os seguintes:
Sérgio Eduardo Moreira Lima (org.): Varnhagen (1816-1878): diplomacia e pensamento estratégico (Brasília: Funag, 2016, 260 p.;  disponível no site da Funag, link: http://funag.gov.br/loja/download/1156-varnhagen-1816-1878.pdf ). 


Publiquei pequeno resumo de minha contribuição a esse último livro, nestes dois artigos sequenciais de Mundorama:

“O pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen”, Mundorama; (primeira parte, 17/02/2016, link: http://www.mundorama.net/2016/02/17/o-pensamento-estrategico-de-francisco-adolfo-de-varnhagen-por-paulo-roberto-de-almeida/); divulgado por inteiro no Diplomatizzando (link: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2016/02/o-pensamento-estrategico-de-varnhagen.html).

  “Impactos do pensamento estratégico de Francisco Adolfo de Varnhagen”, Mundorama; (segunda parte, 19/02/2016, link: http://www.mundorama.net/2016/02/19/os-impactos-do-pensamento-estrategico-de-francisco-adolfo-de-varnhagen-por-paulo-roberto-de-almeida/).

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 2 de outubro de 2016.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...