Compilação de imprecações para uso dos mais ousados
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 5 de março de 2021
Compilação de imprecações para uso dos mais ousados - Paulo Roberto de Almeida
quinta-feira, 4 de março de 2021
Uma história da Grande Depressão nos EUA: Richard Vague (DelanceyPlace)
O golpe de Pinochet no Chile, em 1973, com total colaboração do Brasil - livro de Roberto Simon (OESP)
Livro do jornalista Roberto Simon revela atuação brasileira no regime Pinochet
Governo brasileiro não apenas conspirou para a derrubada de Allende, como ofereceu auxílio a Pinochet na repressão a esquerdistas
Estadão | 4/3/2021, 5h
Em setembro de 2013, o jornalista Roberto Simon embarcou em direção ao Chile para acompanhar os eventos ligados aos 40 anos do golpe contra Salvador Allende. Na bagagem, no entanto, levava um objetivo adicional: mergulhar nos documentos da chancelaria chilena que permitissem levantar informações sobre o papel do Brasil no processo e a respeito da relação da ditadura militar brasileira com o regime militar instalado pelo general Augusto Pinochet.
De volta a São Paulo, Simon publicou no Estadão uma série de reportagens que esclareciam episódios pouco claros, envolvidos em mitos que seus textos derrubaram. O governo brasileiro não apenas havia conspirado para a derrubada de Allende, como ofereceu auxílio a Pinochet, trabalhando inclusive na repressão a esquerdistas. E o fez não a mando dos EUA, como se costumava repetir: a presença no Chile atendia uma clara política de Estado preocupada com os caminhos da política no país vizinho.
A partir das pesquisas originais, Simon voltou ao Chile e fez ainda buscas em acervos no Brasil e nos Estados Unidos, como pesquisador do Wilson Center, em Washington. Completou o material documental com depoimentos e entrevistas realizadas com diversos personagens da época. E o resultado sai agora em forma de livro com o lançamento de O Brasil Contra a Democracia: a Ditadura, o Golpe no Chile e a Guerra Fria na América do Sul (Companhia das Letras, 2021).
“A ideia era lançar o livro dois anos depois, em 2015, mas, a cada porta que se abria, outras cinco apareciam, e era preciso seguir novas trilhas”, conta Simon em entrevista ao Estadão. “No caso brasileiro, boa parte dos documentos desapareceu. O adido militar na embaixada em Santiago, por exemplo, mandava comunicações ao governo brasileiro três vezes por semana e quase não há registros disso no Arquivo Nacional. Em outros casos, foi preciso recorrer à Lei de Acesso à Informação para conseguir documentos. No Chile, muitos papéis referentes aos militares também sumiram, mas na redemocratização eles tiveram a sábia decisão de retirar o sigilo de todos os documentos”, lembra o autor. Já nos Estados Unidos, muitas informações foram conseguidas a partir de pedidos de liberação de documentos até então sigilosos.
Simon entrevistou diversos exilados brasileiros e também figuras então ligadas ao governo e ao Exército nacionais, como um ex-capitão da Força Aérea Brasileira, que pediu para não ter o nome revelado e é identificado no livro como Capitão Pinto. Seu depoimento é um dos elementos a contribuir com a narrativa a respeito de episódios marcantes, como a presença brasileira no Estádio Nacional de Santiago, que se transformou em enorme prisão e centro de repressão e tortura aos inimigos da ditadura chilena.
“A presença de agentes brasileiros no Estádio Nacional era comentada desde os anos 1970 na imprensa americana e europeia, ainda que não tenha aparecido nos jornais brasileiros por conta da censura”, explica Simon. “Mas o que tínhamos sobre isso eram depoimentos e não documentos que comprovassem o que aconteceu naquela época.” Ele, no entanto, descobriu, nos planos de voo do Correio Aéreo Nacional, que os militares usavam para mandar comunicações diplomáticas, um pedido expresso de desembarque em Santiago de um avião sem a lista de passageiros. E a chegada do voo coincide com um telegrama do cônsul brasileiro dizendo ter encontrado cinco oficiais brasileiros no Estádio Nacional, versão corroborada pelo Capitão Pinto.
Política de estado. A narrativa de O Brasil Contra a Democracia começa em 1969, um ano antes da eleição de Allende como presidente do Chile. Com isso, mostra que o Brasil já estava atento à situação política chilena e defendia a ideia de que apenas um golpe seria capaz de derrubar o presidente.
“A ditadura brasileira ajudou a golpear a mais longeva democracia de seu entorno geográfico e, no lugar, instalar um regime cuja sanguinolência e crueldade praticamente não tinham precedentes na América do Sul moderna. Essa intervenção não foi fruto de ações episódicas e autônomas de alguns zelotes dentro da ditadura, mas uma política de Estado, a qual percorria uma cadeia de comando desse a alta burocracia de Brasília até as raízes do sistema”, escreve Simon.
Ele reproduz no livro, por exemplo, um documento do governo americano em que é narrada uma conversa entre os presidentes Richard Nixon e Garrastazu Médici, na qual o brasileiro fala que havia um intercâmbio com oficiais chilenos para a derrubada de Allende. Simon mostra também como Câmara Canto, embaixador brasileiro em Santiago, mantinha contato próximo com as Forças Armadas e diversos setores da sociedade chilena simpáticos ao golpe consumado no dia 11 de setembro de 1973.
Para Simon, havia dois interesses em especial do Brasil na queda do governo. O primeiro era geopolítico: o País temia que a chegada dos socialistas ao poder significasse ameaça direta à segurança nacional. O segundo tinha a ver com o cenário interno: o País temia que a ideia de união da esquerda que levou Allende ao poder pudesse se espalhar pelo continente e que exilados tidos como radicais fizessem do Chile palco do planejamento de uma investida contra o governo militar brasileiro.
Segundo o autor, os documentos jogam por terra a noção de que o Brasil operava não por interesse próprio, mas por determinação americana, reforçada em parte pela própria esquerda. Ele lembra, por exemplo, a declaração do escritor Gabriel García Márquez, segundo quem o Brasil se tornara o “braço direito e armado do neocolonialismo dos Estados Unidos”. “O regime militar brasileiro tinhas suas motivações para intervir no Chile e dispensava ordens de Washington para fazê-lo”, escreve Simon, para quem não houve ação articulada e conjunta entre os países.
“A política anti-Chile dos dois países teve pontos de contato, mas não se entrelaçou, nem mesmo quando Pinochet deu o bote na democracia. Diferentemente do golpe contra Jango em 1964, no Chile de 1973 Washington pôde postergar o reconhecimento oficial da junta militar e deixar os brasileiros tomarem a iniciativa regional”, conclui.
O nível de debilidade mental no mais alto escalão da republiqueta jabuticabal está se tornando insuportável: Petrobras e petróleo
Por que será que temos de suportar uma cavalgadura que não entende nada de nada pontificando beatamente nos meios de comunicação sociais? Por que a imprensa não aponta imediatamente o besteirol, a estupidez que exala de quem é propriamente um ignorante crasso? Por que temos de suportar ver o Brasil ir para o brejo nas mãos (e pés) de um cretino fundamental, como diria Nelson Rodrigues? Por que temos de aguentar um jumento na presidência?
Exerço meu direito constitucional de expressar minha opinião.
Paulo Roberto de Almeida
Nova alta do petróleo reforça mudança na Petrobras, diz Bolsonaro
Presidente almoçou com embaixadores de países do Golfo Pérsico
Agência Brasil | 3/3/2021
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (3) que o preço do petróleo no mercado internacional deve subir mais nas próximas semanas, impactando novamente o preço dos combustíveis no Brasil. Para ele, isso reforça a necessidade de troca do comando da Petrobras.
No mês passado, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para assumir a presidência da estatal, no lugar de Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo. O mandato de Castello Branco acaba em 20 de março e a troca ainda precisa ser deliberada pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Bolsonaro participou, nesta quarta-feira, em Brasília, de um encontro com embaixadores de países do Golfo Pérsico, região que concentra a maior parte da produção de petróleo do mundo. “Falei sobre petróleo e eles acham que o preço ainda não está muito adequado, pode ser que tenhamos uma alta no petróleo nas próximas semanas. Isso complica pra gente e reforça nosso interesse em efetivamente mudar o presidente da Petrobras”, disse o presidente ao deixar a residência do embaixador do Kuwait no Brasil, Nasser Riden T. Almotairi.
O presidente reforçou que não se trata de uma interferência na estatal, mas que a empresa pode colaborar com outros órgãos em medidas como combate a cartéis e à adulteração de combustíveis e na diversificação do mercado de refino de petróleo.
“Tem uma refinaria, de um dos embaixadores, que está operando com 70% da capacidade. Lamento informar, mas parece que poderíamos estar refinando mais e há interesses, que estamos apurando, em refinar menos para nos obrigar a importar o óleo diesel, o que encarece o produto final aqui no Brasil”, explicou Bolsonaro.
Preços dos combustíveis
Os preços praticados nas refinarias da Petrobras são reajustados de acordo com a taxa de câmbio e a variação do preço internacional do petróleo, negociado em dólar. Ontem (3), o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha aumentaram novamente nas refinarias.
Na segunda-feira (1º), o governo editou um decreto e uma medida provisória que zera as alíquotas da contribuição do PIS e da Cofins, impostos federais, incidentes sobre a comercialização e a importação do óleo diesel e do gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial. Em relação ao diesel, a diminuição terá validade durante os meses de março e abril. Já para o gás de cozinha a medida é permanente.
Para Bolsonaro, é importante agora que o Congresso aprove o projeto de lei complementar enviado pelo Executivo que altera a forma de cobrança do ICMS, que é um imposto estadual, sobre combustíveis e lubrificantes. O texto propõe que haja uma incidência única do ICMS sobre esses produtos.
Atualmente, o ICMS sobre combustíveis, cujas alíquotas variam de 12% a 35%, dependendo do estado, é cobrado a partir do preço médio do litro do combustível vendido na bomba e, por isso, seu custo costuma ser repassado ao consumidor final.
A proposta torna o ICMS invariável por causa do preço do combustível ou de mudanças do câmbio e, se for aprovada na versão apresentada pelo governo, os contribuintes do ICMS sobre combustíveis serão os produtores ou importadores de combustíveis e lubrificantes.
“É para se dar previsibilidade. Ninguém quer interferir ou pressionar governador em nada. Agora, não pode quando aumenta preço dos combustíveis aqui [na refinaria], com aumento levando em conta a variação do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, isso automaticamente vale para aumentar outros impostos”, disse Bolsonaro.
Spray contra covid-19
O presidente falou também sobre a intenção do Brasil em participar da Fase 3 de testes do spray nasal EXO-CD24, contra a covid-19, que está sendo desenvolvido por um hospital de Tel Aviv, em Israel. De acordo com Bolsonaro, há um rascunho de acordo de intenção para os testes e, neste sábado (6), uma equipe chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo irá ao país para fazer contato com os pesquisadores.
Para o presidente, os testes do produto no Brasil serão bem aceitos. “Afinal, é para pessoas em estado grave, não tem porque recusar”, disse.
Assim como as vacinas, os estudos de medicamentos são divididos em várias etapas e, para acontecerem no Brasil, precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na Fase 3, de testes clínicos, o medicamento é administrado a uma grande quantidade de pessoas, normalmente milhares, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança.
Por que se perpetram tantas loucuras diplomáticas a partir da Casa de Rio Branco? - Paulo Roberto de Almeida
Por que se perpetram tantas loucuras diplomáticas a partir da Casa de Rio Branco?
Paulo Roberto de Almeida
(inspirado no Past Imperfect, de Tony Judt)
O Itamaraty está literalmente sufocado.
Os diplomatas continuam exercendo suas habilidades, mas sabendo que suas instruções serão deformadas no gabinete do chanceler capacho, segundo ordens que recebe de amadores ignaros em política externa e estranhos à Casa.
É uma espécie de intervenção!
E existe um Quisling no comando aparente da Casa: na verdade, é apenas um serviçal de uma força de ocupação.
Como sempre acontece nesse tipo de situação, não faltam os colaboracionistas, alguns até entusiasmados com a perspectiva de promoção, postos e chefias. A maioria assiste passiva aos abusos e violações das forças de ocupação, pois teme retaliações.
Em algum momento do futuro haverá o restabelecimento da normalidade, mas sem fuzilamentos ou tribunais. O Petain da nova Vichy será posto de lado de forma acomodada, mas terá de suportar essa vergonha como sombra pelo resto da carreira.
Noel Rosa perguntaria: “Onde está a honestidade? Onde está a honestidade?”
Na verdade, há pouco espaço para um samba: a situação está mais para “tangos e tragédias”.
Terminando por uma frase abusada, de um autor renomado: assim caminha a humanidade.
E eu acrescento: nem sempre com dignidade...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 4/03/2021
quarta-feira, 3 de março de 2021
Chanceler acidental “desconfia” que prejudicou a diplomacia (CB)
Ernesto Araújo diz que existe esforço para prejudicar imagem do Brasil no exterior
Em meio a informações sobre possível troca da chefia do Itamaraty, ministro convocou coletiva para fazer balanço, frisando que existe ideia equivocada de que sua gestão prejudica relações do Brasil
Correio Braziliense | 2/3/2021, 16h10
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse nesta terça-feira (2/3), que existe um esforço por parte de alguns segmentos para prejudicar a imagem do Brasil no exterior. As falas foram proferidas em entrevista coletiva de quase duas horas, na qual o ministro fez um balanço de sua gestão até o momento e falou sobre as relações do Brasil com países como China e Estados Unidos. A prestação de contas se dá em um momento no qual é ventilado com mais força a possibilidade de troca da chefia do Itamaraty.
“Fala-se que a nossa gestão prejudica a imagem do Brasil no exterior. Hoje, o que nós vemos é um esforço de algumas correntes políticas no Brasil de criar uma má imagem do Brasil no exterior”, disse. Com a formação de uma base governista no Congresso formada por partidos do Centrão, o chefe do Itamaraty passou a ter diversas críticas internas em relação à forma como conduz as relações do Brasil com outros países, como a China. No fim do mês passado, o próprio vice-presidente Hamilton Mourão indicou que Bolsonaro poderia trocar o ministro das Relações Exteriores.
Ao falar sobre essas correntes que tentam passar uma imagem ruim do Brasil, Araújo citou como exemplo uma carta de ex-ministros do Meio Ambiente enviada a países europeus, no mês passado, no qual pedem ajuda para proteger a Amazônia. Conforme o ministro, a ação produz uma imagem ruim e que afeta os interesses brasileiros, prejudicando a execução do acordo do Mercosul com a União Europeia, por exemplo. “São setores que não querem esse processo de abertura no qual estamos engajados”, disse.
De acordo com ele, esses grupos sabem que o ministério está criando “um conjunto de relações que transformam o velho sistema de corrupção, de atraso, a qual essas pessoas estão ligadas”. “Então, a meu ver, essa é a origem da questão da imagem”, disse.
Araújo pontuou que, por vezes, se vê a ideia de que a sua gestão é prejudicial aos interesses nacionais, na dimensão econômica e na diplomacia. Ele afirmou, entretanto, que houve um saldo comercial nos últimos dois anos, e apontou resultados que, segundo ele, são oriundos de uma presença muito grande do Itamaraty nas negociações comerciais e atração de investimentos. Os investimentos aumentaram em 2019, em relação a 2018, conforme o ministro, e diminuíram em 2020 devido à pandemia.
Mercosul
O ministro afirmou, ainda, que o Brasil e outros países do Mercosul estão dispostos a incluir uma declaração sobre compromisso com o meio ambiente para ratificar o acordo de livre comércio com a União Europeia. “Não queremos reabrir a negociação. Foi uma negociação complicada, complexa, e dentro desse parâmetro de não reabrir a negociação do que já está negociado, estamos prontos a abrir com a ideia da União Europeia, o que ajudaria nesse processo de ratificação”, disse.
Ernesto Araújo afirmou que já houve uma pequena declaração, de dois ou três parágrafos, em dezembro do ano passado, dizendo que o Brasil está disposto a avançar nessa área, com combate ao desmatamento, e que isso mostrou uma boa disposição pro parte do país. “Temos falado frequentemente com interlocutores europeus, da União Europeia, países membros, Portugal, outros países-chave, e sempre repetindo que estamos abertos”, afirmou.
Ciclo de debates formará programa para política externa pós Bolsonaro - Antonio Cottas Freitas (Carta Capital)
Ciclo de debates formará programa para política externa pós Bolsonaro
Iniciativa leva o nome de 'Renascença' e é descrita como 'inédita' na diplomacia brasileira
Carta Capital | 2/3/2021, 15h20
Mais de uma centena de encontros devem ser realizados até setembro deste ano para discutir a construção de um programa público para a política externa brasileira, sob a organização de servidores do Itamaraty e com a participação de acadêmicos e ativistas. A iniciativa, descrita como inédita no campo da diplomacia do país, leva o nome de “Renascença: construção coletiva de uma política externa pós-bolsonarista”.
O ciclo de debates teve início em 2020 e é exibido no canal do Instituto Diplomacia para Democracia, no YouTube e no Facebook. Estiveram no debate inaugural o ex-chanceler Celso Amorim e o ex-embaixador Rubens Ricupero. Entre os assuntos já tratados até agora, estiveram a redução de desigualdades, os direitos humanos e os desafios da diplomacia brasileira nesta década.
O próximo debate, marcado para 4 de março, às 19 horas, tratará do tema “Do Black Lives Matter nos EUA ao ativismo negro no Brasil: lições do antirracismo nas Américas”. Participarão do evento os professores Flávio Thales Ribeiro e Edilza Sotero, com mediação do professor Marcio André.
O projeto foi criado pelo diplomata Antonio Cotta de Jesus Freitas, responsável pelo espaço cultural Tapera Taperá, em São Paulo, que também funciona como uma plataforma de cursos. O idealizador atuou na formulação do programa de relações internacionais da candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à presidência em 2018.
Segundo Cotta de Jesus Freitas, a ideia partiu da constatação de que a diplomacia do governo do presidente Jair Bolsonaro é “uma antipolítica externa”, descolada das melhores tradições do Itamaraty, dos princípios constitucionais e de noções básicas de decoro. Depois de Bolsonaro, será preciso refundar as bases da chancelaria brasileira, diz ele, em temas como pobreza, violência, mudanças climáticas e busca pela paz.
“Vai haver a necessidade de reconstruir um projeto nacional mais amplo”, afirma. “Isso demanda refletir o que constitui o Brasil, qual a nossa identidade, que país nós queremos e qual a inserção internacional teremos.”
“Os atuais comandantes da política externa promovem um período de obscurantismo, de terra arrasada. Involuntariamente, eles nos estimulam a nos engajarmos por um amanhã diferente”, diz o idealizador.
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