G20 no Brasil: Reuniões começam hoje com encontro inédito no Itamaraty
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
G20 no Brasil: Reuniões começam hoje com encontro inédito no Itamaraty (O Globo)
Com Lula, Brasil gasta como um milionário, apesar de ter renda de classe média - José Fucs (OESP)
Com Lula, Brasil gasta como um milionário, apesar de ter renda de classe média
Presidente volta a ignorar que caixa do Tesouro é um só e insiste em fórmula heterodoxa para contabilizar despesas do governo e maquiar rombo colossal nas contas públicas
Coluna José Fucs
O Estado de S. Paulo, 11/12/2023
Depois de uma “pausa tática”, destinada a acalmar temporariamente a turba indignada com suas declarações contra o equilíbrio fiscal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a ladainha que opõe “gasto” e “investimento” do governo.
Para Lula, não apenas as despesas com obras de infraestrutura deveriam ser enquadradas como “investimento”, mas também as realizadas com educação, saúde e até com benefícios sociais. Mais que isso, ele defende a ideia de que tudo que for considerado “investimento” deve ficar fora do resultado primário das contas públicas, que reflete o saldo das receitas e despesas governamentais em cada exercício, sem contar os juros da dívida pública, como se isso resolvesse o problema da limitação dos recursos orçamentários.
“Quando você vai fazer o Orçamento, sempre aparece alguém para dizer que está gastando demais”, pontificou Lula, em evento realizado no Rio de Janeiro na semana passada, repetindo o velho discurso, depois de dar alguns dias de folga aos brasileiros em relação ao assunto. “O Brasil sempre tratou investimento em educação como gasto. Cortar na educação é mexer na qualidade. Quando se corta em saúde, é menos médico”, acrescentou.
Como se não soubesse que o caixa do Tesouro é um só, Lula parece propagar essa narrativa pedestre, que só convence os incautos, como estratégia para justificar a gastança do governo e o rombo colossal que está provocando nas contas públicas, sem que ele seja responsabilizado pela situação , como prevê a legislação em vigor.
Na verdade, a maneira de contabilizar as despesas formalmente não faz muita diferença. Também não muda muito o resultado final se o governo recorrer à “contabilidade criativa” para maquiar o déficit fiscal e mostrar uma fotografia distorcida da realidade. De um jeito ou de outro, independentemente de o dinheiro ser usado para custeio ou para investimento, a parcela que exceder a arrecadação vai turbinar a dívida pública. Mais dia, menos dia, é lá que a farra vai acabar, qualquer que seja o artifício contábil adotado para “dourar” os gastos.
Além disso, para financiar a gastança, o Tesouro terá de emitir títulos públicos ou simplesmente imprimir dinheiro, drenando poupança da sociedade que deveria ser destinada à iniciativa privada. Ao injetar na economia recursos que estão que estão além de suas possibilidades, o governo também contribui de forma decisiva para aumentar a inflação e, por tabela, manter os juros na estratosfera, com efeitos perversos para os cidadãos e para as empresas, como já aconteceu em outras administrações do PT e como está acontecendo agora.
Só em 2023, a previsão oficial é de que o rombo fiscal chegue a R$ 177 bilhões, o equivalente a 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Somando os gastos com juros da dívida pública, o déficit no ano deve chegar a 7,9% do PIB, um resultado inferior apenas ao registrado em 2020, no auge da pandemia, e em 2015, quando o processo de impeachment de Dilma, ancorado nas chamadas “pedaladas fiscais”, já estava em andamento.
No curto prazo, isso pode até alavancar o crescimento do País, como disse a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em encontro eleitoral realizado pela legenda no fim de semana, e dar maior sensação de bem estar à população. Mas, no médio e no longo prazos, produz resultados catastróficos, como aconteceu com Dilma. Lula, porém, não se mostra muito preocupado com o saldo deixado pela política do “gasto é vida”, que marcou a gestão de sua pupila e levou o País à maior recessão da história em 2015 e 2016, com uma queda de quase 8% no PIB, e está “dobrando a aposta”.
Não é preciso ser um financista com PhD em Chicago para entender que o gasto sem lastro é insustentável
Todas as nações que seguiram por esse caminho se deram mal. Foi assim com a Grécia, na década passada, cujo governo gastou como se não houvesse amanhã, achando que poderia oferecer à população um nível de vida escandinavo sem ter condições para tanto, e foi assim também com a Argentina, que agora terá de pagar o preço de um ajuste penoso em suas contas, aqui no nosso quintal, para sair do coma e voltar a respirar sem aparelhos.
Não é preciso ser um financista com PhD na Universidade de Chicago para entender que essa gastança sem lastro é insustentável. Qualquer brasileiro sabe que, se fizer a mesma coisa que Lula está fazendo com as contas públicas do País, vai quebrar rapidinho. Por um tempo, é possível até ficar pendurado no cheque especial, pagando juros estratosféricos e vendo a dívida crescer em progressão geométrica. Agora, se a gente gastar mais do que ganha o tempo todo, querendo levar uma vida de ostentação que não tem como bancar, vai chegar uma hora em que a realidade vai se impor. A gente vai se tornar inadimplente, entrar no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), sofrer processos judiciais, perder bens e ficar sem crédito na praça.
Qualquer um que zele pelo seu nome sabe que não dá para viver como um milionário, sem medo de ser feliz, tendo uma renda de classe média. Não dá para comprar um SUV da BMW ou da Mercedes, se o orçamento só tem folga para a compra de um carro menos vistoso e mais acessível. Não dá também para colocar nossos filhos numa escola bilíngue em tempo integral ou buscar hospitais de excelência para a família, se a gente só tem condições de matriculá-los numa escola pública e de ser atendido pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou por um hospital privado mais modesto. Tampouco dá para viajar em primeira classe ou executiva e se hospedar em hotéis cinco estrelas, em vez de se apertar na econômica e ficar em pousadas mais populares, se o luxo não couber no nosso bolso.
Lula, o PT e seus aliados não gostam de comparar a gestão das contas públicas com a gestão das finanças pessoais. Sempre que tal comparação vem à tona, eles costumam argumentar que as duas coisas não são comparáveis, porque o governo tem a prerrogativa de colocar a guitarra (máquina de imprimir dinheiro) para funcionar. É inevitável, no entanto, fazer um paralelo entre a administração das finanças pessoais e o que está acontecendo no Brasil de Lula e do PT.
Como mostra a história, não há atalhos para a prosperidade. Não adianta querer socializar a miséria. Nem achar que o Estado é um saco sem fundo. Os recursos são limitados e ainda não inventaram uma forma de multiplicá-los num passe de mágica. Só o trabalho duro, ano após ano, é capaz de produzir riqueza e garantir a melhoria geral das condições de vida da população, se houver comedimento nos gastos.
Gastar de forma irresponsável, acreditando que é possível superar as restrições do Orçamento mudando o enquadramento das despesas, para dar a ilusão de que as contas não estão no vermelho, com quer Lula, só vai agravar o problema. A fatura, como sempre, vai ficar para todos nós.
domingo, 10 de dezembro de 2023
Kissinger: Great Lesson of Pragmatism in International Relations - Francesco Sedate Pluralia
Kissinger: Great Lesson of Pragmatism in International Relations
Henry Kissinger’s passing has provoked strong reactions from across the political spectrum
Pluralia, 4/12/2023
Kissinger_ Great Lesson of Pragmatism in International Relations - Pluralia
A diplomatic lesson from former US Secretary of State Henry Kissinger, who died on November 29, 2023 at the age of 100, would still be useful today to shed light on the international crisis
From Oriana Fallaci to Christopher Hitchens, Henry Kissinger had highly influential Western detractors, including the memorable book The Price of Power by Seymour Hersh, the most respected living investigative journalist. However, the death of Henry Kissinger was marked by very significant positive assessments coming from a wide range of political sides.
The comments of influential American and Chinese observers are clear; a special case is that of Vladimir Putin, who wrote in his condolences to the family: “An exceptional diplomat, a wise and far-sighted statesman, who for many decades enjoyed well-deserved authority throughout the world. Henry Kissinger’s name is closely associated with the pragmatic policies that led to the easing of international tensions and to important US-Soviet agreements that contributed to strengthening global security.”
The praise takes us back to the Vladivostok summit between Leonid Brezhnev and Gerald Ford in November 1974, when Russians and Americans agreed to jointly manage future crises, avoiding the risk of global confrontation that had recently arisen over the situation in the Middle East. These were the years of détente, a policy that was later revised in the United States, which many regretted, as it ensured more peaceful coexistence internationally. The search for an agreement with Russia remained a constant element of Kissinger’s subsequent thinking.
Putin’s assessment is directed towards the past, but only to a certain extent: it is reminiscent of Kissinger’s latest positions on Russia. In this regard, at least four points were particularly poignant in Kissinger’s argument: responsibility for the conflict in Ukraine, the possibility of a global conflict, the search for a solution, and Russia’s place in the future international order.
As far as the responsibility for the conflict in Ukraine concerns, Kissinger stated that responsibility did not lie solely with Russia and that “it was unwise to combine the admission of all the countries of the former Eastern Bloc into NATO with an invitation to Ukraine to join it.”
Regarding the possibility of global conflict, Kissinger wrote: “The First World War was a kind of cultural suicide that destroyed the dominance of Europe. European leaders fell like sleepwalkers – as the historian Christopher Clark famously put it – into a conflict where none of them would have ever entered if they could have foreseen what the world would be like at the end of the war, in 1918.”
Regarding the search for a solution to the conflict, Kissinger wrote, still referring to the initial moment of the First World War: “Diplomacy has become the road less traveled. The Great War continued for another four years and claimed many millions more casualties. Today the world finds itself at a similar turning point in Ukraine.” And he adds, clearly referring to what is happening today: “If the pre-war border line between Ukraine and Russia could not be achieved through combat or negotiation, the possibility of appealing to the principle of self-determination could be explored. In disputed territories that have changed hands repeatedly over the centuries, consultative referendums on self-determination could be organized under the supervision of the international community.”
Regarding Russia’s place in the emerging international order and in light of the existing conflict, Kissinger wrote: “The purpose of the peace process will be twofold: to strengthen the freedom of Ukraine and to define a new international structure, particularly for Central and Eastern Europe. Ultimately, Russia must find its place in this order. For some people, the most desirable outcome would be if Russia became powerless as a result of the war. I disagree. Despite all its propensity for violence, Russia has made a decisive contribution to the global balance and balance of power for more than half a millennium. Its historical role should not be diminished. Russia’s military failures have not harmed its global nuclear capabilities, allowing it to threaten escalating the conflict in Ukraine. Even if this potential is undermined, the collapse of Russia or the weakening of its capabilities in terms of political strategy could turn an area that spans eleven time zones into an indeterminate void. Other countries may try to assert their claims through force. All these dangers will be exacerbated by the presence of thousands of nuclear weapons.”
For decades, Kissinger was the most listened to man in the United States. Back in 1974, a Gallup poll named him the most admired person in America. However, as far as I know, in the stream of Western commentary on his death, not a single significant discussion has paid due attention to this formidable “Russophile” and very complex part of his intellectual biography.
Kissinger was an unrepentant bachelor during the golden years of his international fame. It is said that in Washington he reached the apogee of envy and enemies when he was photographed shoulder to shoulder with Jill St. John, who was the first of the Bond Girls and who winked at half the world from those advertising posters for Coppertone, the sunscreen that connoisseurs still remember and collect as breathtaking relics of the good old days.
Among his boasts, Henry Kissinger includes unscrupulous assessments of sexuality and politics, as well as some witticisms that have become starting points in the literature. The most famous is the definition of power as “the ultimate aphrodisiac.” But there are two that should be placed in the middle, because they may hint at an inexpressible truth that involuntarily emerges from the unconscious, gets distorted and discarded. The first is defining himself as a “secret swinger,” and the second is the war between the genders, which he defined as “a war that no one can win, because the tendency to fraternize with the enemy is too great.”
Philosophers, historians, psychiatrists – many have ventured into acrobatic speculation about the relationship between sexuality and politics. It is a minefield between jokes and quirks. Niall Ferguson, Kissinger’s influential biographer, did not follow up on this issue. He is writing the second volume of Kissinger’s biography and may think about it in the process. We are left with doubts about this “secret swinger” Kissinger and his self-confessed “penchant for fraternization with the enemy.” It is because of these doubts that Kissinger’s thinking about Russia has remained muted, even if it is obviously a rational and reasonable legacy not only in methodological and diplomatic terms, but even from the viewpoint of basic common sense.
Lula precisa pensar um pouco no Brasil - Rolf Kutz (O Estado de S.Paulo)
Lula precisa pensar um pouco no Brasil
O Brasil também precisa de Lula
Presidente poderia mudar o quadro da economia se indicasse, de forma clara e crível, um compromisso de boa gestão fiscal em seu segundo ano de governo
Rolf Kutz
O Estado de S.Paulo, 10/12./2023
Tendo falhado na promoção da paz entre Rússia e Ucrânia e Israel e Hamas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva talvez tenha algum sucesso, enfim, se der maior atenção ao Brasil e a seus vizinhos. O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, um democrata, segundo Lula, andou rosnando e ameaçando tomar um pedaço da Guiana. O presidente brasileiro pediu bom senso aos governantes dos dois países. Mais uma vez, tratou vilão e vítima como se fossem equivalentes, como havia feito depois da guerra na Ucrânia. Mas foi mais discreto que em outras ocasiões, evitando, talvez, impor algum incômodo ao companheiro chavista. A diplomacia brasileira também deu atenção, nos últimos dias, à eleição na Argentina. Lula enviou saudações ao povo argentino e ao recém-eleito, Javier Milei, sem, no entanto, mencionar seu nome. O desbocado Milei o havia chamado de corrupto.
Entre o belicismo de Maduro e a grosseria de Milei, o presidente Lula parece ter tido pouco tempo, no início deste mês, para avaliar as condições do Brasil e cuidar das expectativas. A economia brasileira cresceu 3,1% nos 12 meses até setembro, em relação aos 12 meses anteriores. Mas perdeu vigor, no período recente, e no terceiro trimestre a produção foi apenas 0,1% maior que a do segundo. A agropecuária, há muitos anos o setor mais eficiente e mais dinâmico da economia brasileira, desta vez despencou 3,3%.
O resultado geral foi salvo pela indústria e pelos serviços, ambos com crescimento trimestral de 0,6%. Mas de janeiro a setembro a produção do campo, avaliada a preços de mercado, superou por 18,1% a de um ano antes, enquanto a da indústria, medida pelo mesmo critério, avançou apenas 1,2%. Além disso, o desempenho industrial, no período de julho a setembro, foi 8,3% inferior ao de dez anos antes.
Maior e mais desenvolvida economia da América Latina, o Brasil continua incapaz de reverter, de forma segura, a desindustrialização iniciada no final do século passado. O quadro fica mais feio quando se vê o desempenho da indústria de transformação, porque o conjunto da atividade industrial vem sendo sustentado pelas contribuições positivas das indústrias extrativas e daquelas produtoras e distribuidoras de eletricidade, gás e água.
Classificado por instituições multilaterais como economia de industrialização recente, o Brasil talvez seja descrito de modo mais preciso como um país em processo de desindustrialização.
O ministro da Indústria e do Comércio, vice-presidente Geraldo Alckmin, parece reconhecer o enfraquecimento do setor industrial. Já anunciou um esforço de neoindustrialização, mas tem sido difícil, até agora, perceber os avanços dessa política. Com juros muito altos, há pouco estímulo para o investimento em expansão e modernização do sistema empresarial. Mas o custo financeiro, embora seja um problema evidente, é apenas parte dos obstáculos.
Embora prometa a retomada do crescimento, o presidente Lula nunca apresentou um plano de governo bem estruturado e detalhado. Além disso, jamais se comprometeu claramente com a estabilidade fiscal, mesmo depois de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter fixado para 2024 a meta de déficit zero. O arcabouço fiscal enviado ao Congresso poderia valer como um contrato de austeridade, mas só se o discurso presidencial indicasse uma disposição inequívoca de buscar esse equilíbrio.
Essa busca deveria incluir, obviamente, a aceitação do corte de gastos. Tanto melhor se essa política incluísse uma racionalização administrativa. Mas isso implicaria, certamente, readequação do pessoal e do aparelho administrativo. São noções incompatíveis com a criação de cargos e até de ministérios para concretizar negociações políticas e acomodar aliados.
Quando se combinam essas acomodações e a evidente resistência à ideia de cortes orçamentários, fica mais difícil apostar num esforço de arrumação fiscal nos próximos meses. Fica mais difícil, portanto, prever uma queda significativa dos custos financeiros no primeiro semestre de 2024. Essa queda vai depender, em parte, das expectativas dos membros do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Dependerá também da avaliação da política fiscal pelo pessoal do mercado financeiro. As avaliações, por enquanto, indicam ceticismo.
As perspectivas poderão ficar pouco mais claras quando o Copom anunciar os novos juros básicos, na quarta-feira, e apresentar a reavaliação das condições econômicas. Por enquanto, o mercado calcula uma redução dos juros básicos de 12,25% para 11,75%, neste fim de ano. O cenário inclui inflação de 3,92% em 2024 e juros de 9,25% no final do próximo ano – uma taxa ainda incompatível com uma economia vigorosa. Mas a ideia de uma economia solta e próspera está fora desse quadro. As projeções apontam expansão econômica de apenas 1,50% nos próximos 12 meses. O presidente Lula poderia mudar esse quadro se indicasse, de forma clara e crível, um compromisso de boa gestão fiscal em seu segundo ano de governo. Com mais confiança, empresas e consumidores cuidariam do crescimento.
Wagner Mercenaries Turn Against Russia in Avdiivka Night Assault - Christian Baghai (Medium)
Surpresas não faltam na "Operação Militar Especial":
Wagner Mercenaries Turn Against Russia in Avdiivka Night Assault

In a stunning turn of events, former Wagner mercenaries have joined forces with Ukraine to launch a daring night assault on Russian positions in Avdiivka, a strategic town in the Donbas region. The attack was reportedly orchestrated by the Russian Volunteer Corps (RVC), a paramilitary unit of Russian citizens based in Ukraine, who are fighting against the government of Vladimir Putin
The RVC claims to have ex-Wagner troops and former soldiers from Russia’s Storm Z prisoner battalions among its ranks. Wagner is a notorious Russian private military company that has been involved in conflicts in Syria, Libya, Sudan, and the Central African Republic. Storm Z is a program that recruits prisoners from Russian jails to fight in Ukraine, in exchange for pardons.
According to a video released by the RVC, the mercenaries rode into battle in US-made Bradley fighting vehicles, which were supplied by Ukraine as part of a military aid package. They then stormed the Russian trenches with guns and grenades, killing and wounding several enemy soldiers. They not only took the trenches, but repelled four counter-attacks and captured a Russian sergeant.
Ukrainian sources said the Wagner fighters “proved themselves to be excellent”, fighting side-by-side with the Ukrainians and “showing commanding qualities”. They also praised the RVC for its professionalism and discipline, saying that the group was not a part of the Ukrainian armed forces, but a “reliable ally”.
The RVC says it is made up of ethnic Russians who are opposed to Putin’s regime and its imperial ambitions. It uses the symbols of the Russian Liberation Army, a collaborationist force that fought with Nazi Germany during World War II. The group’s leader is Denis Kapustin, a neo-Nazi who was banned from the Schengen Area in 2019.
The night assault in Avdiivka is the latest in a series of cross-border raids that the RVC has been conducting since March 2023, when it claimed responsibility for a similar attack in the Bryansk region of Russia. The group says it aims to overthrow Putin’s government and establish a “smaller, ethnic Russian state” that respects the self-determination of Russia’s various ethnic minorities.
The RVC’s actions have provoked a strong reaction from Moscow, which has denounced the group as a “terrorist organization” and accused Kyiv of supporting it. Russia has also vowed to retaliate with “full force” against any further incursions into its territory.
Ricardo Bergamini confirma que o Brasil continuará sendo um país de baixo crescimento
Análise da Taxa de Investimento versus Poupança – Fonte IBGE
Base: 3º trimestre de 2000/2023
Análise do gráfico abaixo:
1 – No 3º trimestre de 2014, a taxa de investimento foi de 21,5% do PIB. No 3º trimestre de 2023, a taxa de Investimento foi de 16,6% do PIB. Redução de 22,79% em relação ao PIB. Provando que o crescimento de “voo de galinha” está se movendo no curto prazo por ilusão monetária, não de forma consistente e definitiva por poupança/investimento.
2 – No 3º trimestre de 2008, a taxa de poupança bruta foi de 20,9% do PIB. No 3º trimestre de 2023, a taxa de poupança foi de 15,7% Redução de 24,88% em relação ao PIB. Provando que o crescimento de “voo de galinha” está se movendo no curto prazo por ilusão monetária, não de forma consistente e definitiva por poupança/investimento.
POUPANÇA=INVESTIMENTO=CRESCIMENTO
Austeridade fiscal? No Brasil?? Contenção de gastos??? - Alexandre Schwartsman (Veja)
Acredite quem quiser
Nosso passado recente não bate com promessas de austeridade
Por Alexandre Schwartsman
Veja, 9/12/2023
Na semana passada, o STF, provocado pelo Ministério da Fazenda, decidiu que a emenda constitucional aprovada no fim de 2021, conhecida como “PEC dos precatórios”, estabelecendo, entre outras coisas, um limite para o pagamento de precatórios, é inconstitucional.
Por mais que me cause estranheza uma emenda constitucional ser inconstitucional (não sou jurista, embora saiba da existência das chamadas “cláusulas pétreas”), meu dever como economista é analisar o impacto dessa decisão não só sobre as contas públicas, mas principalmente sobre a forma como este país se organiza, ou melhor, como não se organiza.
Recapitulando, precatórios “são requisições de pagamentos expedidas pelo Judiciário para cobrar” de entes governamentais “valores devidos após condenação judicial definitiva”. Ao final de 2021, o então governo apresentou a proposta como maneira de “driblar” o teto de gastos e abrir espaço para elevar outras despesas, aumentando, assim acreditou, suas chances na eleição presidencial, movimento depois reforçado pela chamada “PEC Kamikaze” em 2022.
Os valores não pagos em 2022 e 2023 não desapareceram, é claro. Apenas foram varridos para debaixo do tapete e, como consequência, houve um forte acúmulo de pagamentos para os anos seguintes, no melhor estilo bola de neve.
A decisão do STF permite que a atual administração pague os valores atrasados, montante que se estima ao redor de 90-95 bilhões de reais (0,9% do PIB). Nesse sentido, nada a corrigir: o “pecado original” consistia no calote contra os credores do governo; saná-lo foi uma decisão correta.
Ao mesmo tempo o STF definiu que tais pagamentos (até 2026) não devem ser computados para fins da adequação do total de despesas ao limite criado pelo “novo arcabouço fiscal”. Da mesma forma, também não serão considerados para fins de aferição da meta de resultado primário. Isso, até onde entendo, não significa que precatórios quitados deixarão de ser contabilizados como despesas, nem que desapareçam das estatísticas de dívida pública. Parece ser adequado. Evita-se que o erro do passado contamine o desempenho, para fins legais, dos gastos federais.
Ainda assim, um pouco de reflexão nos leva a uma conclusão no mínimo esquisita. Havia uma regra para o gasto em 2021, “driblada” pela PEC original. Há uma regra para as despesas hoje, agora “driblada” pela decisão do STF. Muito embora ambas as intervenções possam ser consideradas legais, na prática diferentes governos conseguiram, por manobras distintas, gastar mais do que o originalmente permitido, seja pela legislação do teto de gastos, seja pelo “novo arcabouço fiscal”.
Isso, leitores, é puro “suco de Brasil”. Muito embora ambas as restrições tenham sido criadas por nós mesmos, conseguimos, com jeito e malemolência, gastar além dos limites.
É possível dar qualquer verniz legal para isso. Não impede, porém, que despesas em excesso da receita resultem em elevação do endividamento, assim como taxas de juros mais altas do que as que prevaleceriam com gastos controlados.
Acredite quem quiser nas promessas de austeridade. Nosso desempenho em passado nada remoto conta uma história muito diferente.
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