quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Trabalhos mais acessados PRA em Academia.edu (acima de 1.000) - Paulo Roberto de Almeida

Trabalhos mais acessados PRA em Academia.edu


Paulo Roberto de Almeida
Compilação feita em 11/12/2025 (apenas acima de 1.000 acessos)

Title All-Time Views
22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Edição de Autor, 2014): 15,946
054) As duas últimas décadas do século XX: fim do socialismo e retomada da globalização (2006): 7,988
16) O Moderno Príncipe: Maquiavel revisitado (2010): 7,491
1297) Contra a antiglobalização: Contradições, insuficiências e impasses do movimento antiglobalizador (2004): 6,248
A Constituicao Contra o Brasil: Ensaios de Roberto Campos: 6,171
107) A diplomacia brasileira perante o potencial e as pretensões belgas (2014): 5,717
19) Integração Regional: uma introdução (2013): 4,874


(...)

2801) Por Que a América Latina é Pobre e a América do Norte Rica? (2015): 1,078
526) O legado do Barão: Rio Branco e a moderna diplomacia brasileira (1996): 1,064
007) OCDE, UNCTAD e OMC: uma perspectiva comparada sobre a macroestrutura política das relações econômicas internacionais (1998): 1,063
Falacias Academicas: ensaios sobre alguns mitos persistentes (draft book, 2010): 1,061
Por que o Brasil ainda não é um país desenvolvido?: 1,003
2800) Por Que a América Latina é Pobre e a América do Norte Rica? (2015): 994

Relação completa postada na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/145366370/5141_Trabalhos_mais_acessados_PRA_em_Academia_edu_2025_

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 5141: 11/12/2025


“A Diplomacia Brasileira na Elaboração do Direito Internacional”: discurso lido pelo chanceler brasileiro na abertura de seminário MRE-STJ

Nota preliminar PRA: gostaria de conhecer os nomes dos autores que elaboraram este discurso para leitura do chanceler, na abertura deste seminário, para poder cumprimentá-los.


“A Diplomacia Brasileira na Elaboração do Direito Internacional”
Palavras do Ministro Mauro Vieira na abertura do Seminário MRE-STJ
Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro - 8/12/2025
Link: https://www.gov.br/mre/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/discursos-artigos-e-entrevistas/ministro-das-relacoes-exteriores/discursos-mre/mauro-vieira/palavras-do-ministro-mauro-vieira-na-abertura-do-seminario-201ca-diplomacia-brasileira-na-elaboracao-do-direito-internacional201d


É uma enorme satisfação para o Itamaraty unir esforços com o Superior Tribunal de Justiça na organização deste Seminário.

Com efeito, o vínculo entre o direito internacional e a diplomacia é fundamental. Pode-se dizer que estamos diante de duas formas de linguagem — distintas em suas funções, mas igualmente indispensáveis à convivência e à cooperação entre Estados.

Nessa metáfora, a diplomacia representa a linguagem falada cotidianamente pelos Estados, em seus múltiplos assuntos entre pares. É uma linguagem que precisa ser fluida, capaz de se adaptar a diferentes ocasiões, assuntos e intenções, pois a diplomacia serve tanto para construir pontes quanto para defender posições conflitantes.

A diplomacia, ademais, envolve, em regra, interlocutores que falam a partir de um “lugar de pronunciamento nacional”, já que o diplomata representa sua nação e se pronuncia em nome de seu Estado.

O direito internacional, por sua vez, funciona como uma espécie de gramática comum entre os Estados. Através da gradual codificação de diferentes modos de fala, chega-se à cristalização de normas que orientam interações futuras.

Essa gramática, ademais, tem, em regra, um caráter universal: não pertence a um Estado isolado, mas à comunidade das nações.

Para ilustrar essa interação entre diplomacia e direito, vale recordar um antigo aforisma francês: “todo argumento diplomático termina por transformar-se em um argumento jurídico, e todo argumento jurídico, um argumento diplomático”.

Essa descrição é tanto irônica quanto reveladora: Diplomacia e Direito são duas faces de uma mesma moeda. Verso e reverso, evidenciam uma articulação contínua entre vivência e estrutura; entre o diálogo e a norma; entre a negociação e a obrigação jurídica. Ao permitir que os Estados naveguem suas diferenças, modulem comportamentos e estabeleçam regulações para o espaço que compartilham, ambos contribuem para sustentar o edifício de uma ordem multilateral pacífica.

Senhoras e Senhores,

É justamente a partir da nossa vocação pacifista e multilateralista que podemos compreender por que tanto a diplomacia quanto o direito internacional ocupam lugares tão centrais na inserção internacional do Brasil: sem excedentes de poder, o Brasil, tradicionalmente, favorece o diálogo – e não a força – como o mecanismo por meio do qual mantém suas relações exteriores.

E como resultado, parece-nos impensável uma política externa brasileira que não esteja assentada no Direito.

Desde os bancos escolares, aprendemos como o próprio Estado brasileiro se estabeleceu com recurso à diplomacia e ao direito internacional; como nossas fronteiras internacionais foram fixadas não pela guerra, mas por meio de negociações diplomáticas e de princípios jurídicos como o do “uti possidetis, ita possideatis”.

Este é, cabe destacar, um princípio jurídico romano que ganhou contornos tropicais na história da formação do Estado brasileiro. Ao analisarmos seu uso no Brasil, encontraremos possivelmente uma das primeiras manifestações daquele que é o objeto de investigação deste Seminário – as contribuições da diplomacia brasileira para a elaboração do Direito Internacional.

Isso porque o princípio foi evocado, com variadas interpretações doutrinárias, pelos três grandes artífices da diplomacia territorial brasileira: Alexandre de Gusmão, Duarte da Ponte Ribeiro e o Barão do Rio Branco. Inovando com o direito internacional, esses três grandes diplomatas buscaram afastar tratados coloniais e prestigiar o princípio da posse como fundamento para a delimitação das fronteiras nacionais. No lugar de acordos celebrados por potências estrangeiras, o meio de vida de gerações de brasileiros que se lançaram sertão adentro foi o elemento fundamental para a consolidação pacífica de nosso território.

No caso do Barão do Rio Branco, ademais, vale recordar que a atuação do Patrono da Diplomacia Brasileira foi além do aspecto da negociação. Em virtude de suas vitórias decisivas nas arbitragens de Palmas e do Amapá, ele ganhou, popularmente, o carinhoso apelido de “Advogado do Brasil”, expressão que sintetiza sua reconhecida capacidade de defender juridicamente os interesses nacionais.

Naquele período, o apego ao Direito na ação externa cristalizou-se também no ordenamento jurídico doméstico. A Constituição republicana de 1891 passou a proibir, em qualquer hipótese, a guerra de conquista. Desde então, a vocação pacífica e legalista da política externa brasileira deixava de ser apenas uma tradição diplomática para adquirir a força de determinação constitucional.

Senhoras e senhores,

Em sua obra A diplomacia na construção do Brasil, o Embaixador Rubens Ricúpero apresenta um conceito instigante para descrever aquilo que identifica como parte da “doutrina diplomática brasileira desde a Independência”. Segundo ele, o peso constante dos conceitos jurídicos nos mecanismos usados pela diplomacia para solucionar problemas concretos revela um traço marcante de nossa tradição externa: um claro e persistente “pragmatismo jurídico”.

Ao longo do século XX, esse pragmatismo jurídico voltou-se para a defesa intransigente da diplomacia multilateral. E dessa interação surgem muitos exemplos de contribuições da diplomacia brasileira para a elaboração ou consolidação de normas e costumes internacionais. Cabe destacar, aqui, entre outros:

- o princípio da “igualdade soberana dos Estados”, defendido com grande vigor por Rui Barbosa na II Conferência de Paz da Haia, em 1907.
- o princípio da “não intervenção”, que esteve entre as principais orientações redigidas pelo diplomata e jurista Hildebrando Accioly nas instruções à delegação do Brasil à Conferência de São Francisco de 1945.
- o princípio do “patrimônio comum da humanidade”, destinado à repartição das riquezas do subsolo dos oceanos em áreas de alto mar, que foi apoiado ativamente pelo Brasil durante as negociações da Convenção sobre o Direito do Mar de 1982.
- o princípio das “responsabilidades comuns porém diferenciadas”, consagrado nesta cidade, durante a Cúpula da Terra, em 1992, por insistência da diplomacia brasileira, juntamente com outros países em desenvolvimento, como uma pedra basilar do regime de enfrentamento à mudança do clima.

Para além de normas universais, foram numerosos também os tratados regionais em que a diplomacia brasileira fez contribuições importantes. Não posso deixar de mencionar:

- o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), de 1947, por meio do qual o hemisfério americano se integra ao mecanismo de segurança coletiva que se estruturava pela Carta da ONU;
- a Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático, que encontra respaldo inclusive na Constituição Federal;
- o Tratado de Tlatelolco, que proscreve armas nucleares na América Latina e no Caribe;
- e o Tratado de Assunção, que estabeleceu o MERCOSUL, tornando-se um pilar para a paz e o desenvolvimento em nossa região.

Mais do que acordos transacionais entre países, esses tratados criam espaços de diálogo, prestigiam considerações humanitárias, asseguram a confiança recíproca, erguem instituições para que a diplomacia e o Direito internacional sigam cumprindo seus papeis na manutenção das relações internacionais.

Senhoras e senhores,

Estamos encerrando um ano que não poderia oferecer momento mais oportuno para as reflexões deste Seminário. Um ano em que o mundo veio à Amazônia para debater a elaboração de normas e regras ambientais; Um ano em que defendemos com vigor o direito do comércio internacional; Um ano em que recorremos a instâncias como a Corte Internacional de Justiça na defesa da dignidade humana.

Hoje, é inegável que a ordem internacional baseada no direito e na diplomacia está sob ameaça. Alguns importantes atores buscam ativamente desmontar o multilateralismo. Buscam, como prescreviam os realistas clássicos, “subordinar normas coletivas a seus interesses nacionais”. Buscam, dessa forma, substituir a justiça do bem comum pela lei do mais forte.

O Brasil, contudo, segue comprometido com a Diplomacia e com o Direito internacional. Seguiremos empenhados em defender o patrimônio jurídico que, desde a fundação das Nações Unidas, permitiu à humanidade evitar o flagelo da Guerra Global. O valor da atual ordem internacional está também nos altos princípios aos quais, em 1945, atribuímos força quase constitucional: a igualdade soberana das nações; a resolução pacífica de controvérsias; e a abstenção do uso da força.

Estamos falando, portanto, não das normas que asseguravam o direito de colonizar povos ou de impor tratados desiguais. Mas do direito internacional centrado na dignidade humana e no desenvolvimento sustentável.

Como disse o Presidente Lula na abertura da Assembleia Geral este ano, “o século 21 será cada vez mais multipolar; e para se manter pacífico, não pode deixar de ser multilateral”.

Nossa diplomacia tem-se dedicado a isto: salvar o multilateralismo, aperfeiçoando-o onde for necessário, para garantir a paz. E o multilateralismo do século 21 só funcionará com lastro em um “direito internacional humanizado”, para usar um termo do saudoso Professor Cançado Trindade.

Senhoras e senhores,

Não é mero “slogan” quando dizemos que o Brasil tem vocação multilateral. Nossa própria experiência histórica mostra a importância dos espaços de diplomacia e diálogo e o valor do Direito sobre a força. O Barão do Rio Branco, em discurso de 1911, enfatizava o caráter atemporal de nosso apego ao Direito ao declarar: “estou persuadido de que o Brasil do futuro há de continuar invariavelmente a confiar acima de tudo na força do Direito”.

Com essas palavras, felicito o Superior Tribunal de Justiça e a FUNAG pela iniciativa de organizar este Seminário. Estamos não apenas resgatando uma tradição diplomática que nos garantiu paz com nossos vizinhos e inserção ativa na cena internacional, mas também nos preparando ainda melhor para enfrentarmos os desafios que se avolumam no horizonte.

Que as reflexões de hoje possam contribuir para nosso compromisso de defender o multilateralismo e para a construção de uma ordem internacional mais pacífica e justa.

Muito obrigado.



Política Externa e interesse nacional: três versões do mesmo argumento (existem interações e distanciamentos) - Paulo Roberto de Almeida

 Três textos de atualidade, que convergem para um só

Paulo Roberto de Almeida

Política Externa e Interesse Nacional: Interações e descompassos

https://www.academia.edu/keypass/VVA5UGF1M1Zjclh4NStIWDZzaDl5K0UwTnpFeXJoNkJDckVZUW9tOG9xMD0tLU0rOUdrbzBBUHZJUFZ3NU1MYS9ZekE9PQ==--927cf9feb5262a2caba1faaa9a328c3f17f38de6/t/Poy5-S1xhVZh-bwr7Z5/resource/work/145030539/Política_Externa_e_Interesse_Nacional_interacoes_e_descompassos

https://www.academia.edu/keypass/Kzk5QzYydVQ3SU9TaVA3aStGd1Z1K3VGcGR0NTdFN0syRFdFaFY1ZWlmcz0tLWI3SUJ0dXMwSENLRW1JbVlpTXh5MUE9PQ==--6709581b50bb1b1d15c38c0ff12fc915589c79c8/t/Poy5-S1xhQ2M-uvQ88/resource/work/145030554/5105_Politica_Externa_e_Interesse_Nacional_interacoes_e_descompassos_2025_

https://www.academia.edu/keypass/YmVXdVkrOER4b3ZXRjBPdytWNkJKUVNnOHRSelZnRUZrbUNYYVpRb2VwUT0tLUVac1hkOFoxZ3VFeG5CTGEvUGYwQmc9PQ==--dc9f6404456da7365e49d3efb4a1ffa40ddf13eb/t/Poy5-S1xhNSa-bmj5MN/resource/work/145065684/5122_Politica_Externa_e_Interesse_Nacional_uma_visao_critica_sobre_as_dificeis_convergencias_no_caso_brasileiro_2025_

A internacional dos poderes totalitários no mundo: declaração do presidente do Comitê do Noble da Paz (título PRA) - Transcrição e consulta à IA por Airton Dirceu Lemmertz

A internacional dos poderes totalitários no mundo: declaração do presidente do Comitê do Noble da Paz (título PRA)
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Transcrição e consulta à IA por Airton Dirceu Lemmertz:

O presidente do Comitê do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, acusou China, Rússia, Irã e o grupo terrorista libanês Hezbollah de darem suporte ao regime de Nicolás Maduro. A declaração foi feita durante a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana, María Corina Machado. Segundo Frydnes, os "regimes autoritários aprendem uns com os outros" e "compartilham tecnologias e sistemas de propaganda". “Por trás de Maduro estão Cuba, Rússia, Irã, China e Hezbollah, que fornecem armas, sistemas de vigilância e meios de sobrevivência econômica. Eles tornam o regime mais robusto e mais brutal", disse. O Comitê documentou uma longa lista de abusos e violações dos direitos humanos, incluindo casos de tortura sistemática e a detenção de mais de 200 menores após as eleições de 2024. Frydnes também pediu que Maduro renuncie e aceite o resultado do pleito de julho de 2024, vencido por Edmundo González Urrutia.


Pedido de Airton Dirceu Lemmertz à IA:

FAÇA UMA ANÁLISE DETALHADA E CRÍTICA AO CONJUNTO DE INFORMAÇÕES DO TEXTO ACIMA.

https://crusoe.com.br/diario/comite-do-nobel-denuncia-rede-internacional-de-suporte-a-maduro/

Uma análise detalhada e crítica do conjunto de informações fornecidas revela que o discurso do presidente do Comitê do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, possui uma forte carga política e ideológica, alinhada com a posição da oposição venezuelana e de potências ocidentais. As declarações vão além do usual reconhecimento de defensores da paz, transformando a cerimônia em uma plataforma de denúncia geopolítica direta.


* Análise Detalhada e Crítica

1. A Dimensão Geopolítica e a Polarização:
A principal característica do discurso é a introdução de uma narrativa de confronto geopolítico. Frydnes não se limitou a elogiar a coragem de María Corina Machado, mas fez acusações explícitas contra países soberanos (China, Rússia, Irã) e um grupo não-estatal (Hezbollah). Ao nomear essas nações como suportes de um "regime brutal", o Comitê do Nobel endossou uma visão de mundo polarizada, que reflete as tensões globais entre democracias liberais e regimes autoritários.
Crítica: A menção direta a atores geopolíticos específicos é incomum para o Comitê do Nobel e pode ser vista como uma manobra para alinhar o prestígio do prêmio com os interesses dos EUA e seus aliados na região. Isso gerou críticas de que o prêmio perdeu credibilidade para algumas lideranças, que o consideraram uma premiação política.

2. A Questão da "Vitória" Eleitoral de 2024:
O texto afirma que Edmundo González Urrutia venceu o pleito de julho de 2024. O presidente do Comitê do Nobel pediu que Maduro aceite o resultado.
Crítica e Contexto: Esta informação é central para a análise. A oposição venezuelana, observadores independentes como o Centro Carter e os EUA declararam que González venceu a eleição com uma margem significativa (mais de 60%). No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, controlado pelo governo, ratificou a vitória de Maduro com 51,9% dos votos. Portanto, a "vitória" de González é uma alegação baseada em dados não oficiais e contestações, não um fato universalmente aceito. O comitê do Nobel tomou partido nesta disputa, aceitando a versão da oposição como verdade incontestável.

3. O Uso de Termos Carregados ("Regimes Autoritários", "Grupo Terrorista"):
O uso de linguagem forte, como "regimes autoritários aprendem uns com os outros" e a referência ao Hezbollah como "grupo terrorista libanês", embora comum no discurso ocidental, marca uma ruptura com a linguagem diplomática neutra que historicamente caracterizou o Comitê do Nobel.
Crítica: Essa retórica pode ser interpretada como uma tentativa de demonizar os países e o grupo mencionados, em vez de focar estritamente na promoção da paz e dos direitos humanos na Venezuela. Isso reforça a ideia de que o prêmio teve um propósito político claro: isolar Maduro e seus aliados internacionalmente.

4. A Documentação de Abusos dos Direitos Humanos:
O Comitê mencionou ter documentado "longa lista de abusos e violações dos direitos humanos, incluindo casos de tortura sistemática e a detenção de mais de 200 menores".
Análise: Esta parte do discurso é a mais fundamentada em evidências e alinha-se com o propósito tradicional do prêmio de denunciar violações. Organizações internacionais de direitos humanos têm consistentemente relatado abusos na Venezuela. A inclusão desses detalhes serve para justificar a escolha de Machado e a gravidade da situação no país.

* Conclusão
A declaração de Jørgen Watne Frydnes foi uma intervenção política ousada e sem precedentes para um presidente do Comitê do Nobel. A análise revela que o discurso foi projetado para:
- Legitimar a oposição venezuelana e a vitória contestada de Edmundo González Urrutia.
- Isolar o regime de Nicolás Maduro, nomeando e acusando explicitamente seus aliados globais (Rússia, China, Irã) de perpetuar a repressão.
- Amplificar a denúncia de violações de direitos humanos, utilizando o prestígio do prêmio como megafone.
A crítica principal é que o Comitê abandonou sua tradicional neutralidade para adotar uma postura ativamente beligerante no cenário geopolítico, o que, para alguns, pode comprometer a percepção de imparcialidade do prêmio no futuro.

Fonte (Gemini, a IA do Google):
https://www.google.com/search?q=O+presidente+do+Comit%C3%AA+do+Nobel%2C+J%C3%B8rgen+Watne+Frydnes%2C+acusou+China%2C+R%C3%BAssia%2C+Ir%C3%A3+e+o+grupo+terrorista+liban%C3%AAs+Hezbollah+de+darem+suporte+ao+regime+de+Nicol%C3%A1s+Maduro.+A+declara%C3%A7%C3%A3o+foi+feita+durante+a+cerim%C3%B4nia+de+entrega+do+Pr%C3%AAmio+Nobel+da+Paz+de+2025+%C3%A0+l%C3%ADder+da+oposi%C3%A7%C3%A3o+venezuelana%2C+Mar%C3%ADa+Corina+Machado.+Segundo+Frydnes%2C+os+%22regimes+autorit%C3%A1rios+aprendem+uns+com+os+outros%22+e+%22compartilham+tecnologias+e+sistemas+de+propaganda%22.+%E2%80%9CPor+tr%C3%A1s+de+Maduro+est%C3%A3o+Cuba%2C+R%C3%BAssia%2C+Ir%C3%A3%2C+China+e+Hezbollah%2C+que+fornecem+armas%2C+sistemas+de+vigil%C3%A2ncia+e+meios+de+sobreviv%C3%AAncia+econ%C3%B4mica.+Eles+tornam+o+regime+mais+robusto+e+mais+brutal%22%2C+disse.++O+Comit%C3%AA+documentou+uma+longa+lista+de+abusos+e+viola%C3%A7%C3%B5es+dos+direitos+humanos%2C+incluindo+casos+de+tortura+sistem%C3%A1tica+e+a+deten%C3%A7%C3%A3o+de+mais+de+200+menores+ap%C3%B3s+as+elei%C3%A7%C3%B5es+de+2024.+Frydnes+tamb%C3%A9m+pediu+que+Maduro+renuncie+e+aceite+o+resultado+do+pleito+de+julho+de+2024%2C+vencido+por+Edmundo+Gonz%C3%A1lez+Urrutia.+FA%C3%87A+UMA+AN%C3%81LISE+DETALHADA+E+CR%C3%8DTICA+AO+CONJUNTO+DE+INFORMA%C3%87%C3%95ES+DO+TEXTO+ACIMA.&rlz=1C2GCEA_enBR1094BR1098&sca_esv=e9f24c77f336a04c&source=hp&ei=5jI6aaeKKKvZ1sQPqqrZ-AU&iflsig=AOw8s4IAAAAAaTpA9p7iV22cnuI-L0ls0TVIHD-_TcUd&aep=22&udm=50&ved=0ahUKEwinlcDZxLSRAxWrrJUCHSpVFl8QteYPCAg&oq=&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6IgBIAFAAWABwAHgAkAEAmAEAoAEAqgEAuAEByAEAmAIAoAIAmAMAkgcAoAcAsgcAuAcAwgcAyAcAgAgB&sclient=gws-wiz&mtid=ajM6aevdOOnZ1sQPu9rOYQ&mstk=AUtExfCE3SYuKx7ht1tLq1dXFf4o9yQCuDJE0ciPSLcaNwbTlYHfV4PgMAoOH4VlIWZkAQ5p8DUNAZ4Rj_DdclDscfkGm_R05jKN8FxKo57RWpG-DS_RUqGvP_cTg3Ih08eU1YyRpgR_wAfxgBACxvsXlnrcLPx6zFdXQJo&csuir=1

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Simplifique, simplifique, fica melhor! Nem sempre… - Paulo Roberto de Almeida

Jornalistas precisam simplificar, eu sei; mais ainda os chefes de redação: “O Brasil fez isto mais aquilo”; “a diplomacia brasileira disse isto, ou aquilo”. Eu entendo, pela necessidade de concisão, espaço nos títulos.

Mas acadêmicos, analistas políticos, internacionalistas nunca poderiam incorrer nesses pecados.

Nunca é o país ou a sua diplomacia que fez isto ou que escolheu aquela postura na sua política externa. Nunca. Sempre é o governo, o dirigente maximo, o presidente ou o seu chanceler.

Se a diplomacia tem responsabilidade direta por tal escolha ou tal posição, então é o caso de dizer. Mas, via de regra, a diplomacia sempre cumpre instruções, que emanam do chefe de Estado, de governo ou da chancelaria.

Por vezes, a posição adotada numa determinada questão da agenda externa não tem nada a ver com o que recomendou a diplomacia corporativa (e pode ser até o contrário do sugerido pelos profissionais). 

Já assisti esse tipo de contradição várias vezes, sobretudo quando a política externa é excessivamente partidária, ideológica, ou a quando a diplomacia presidencial é personalista ao extremo. 

Já viram algo parecido?

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata e professor

Brasília, 10/12/3025


A Europa unida em face da dominação de dois grandes autoritários: EUROPE JUST BOXED TRUMP & PUTIN IN - Dean Blundell

 A Europa do Iluminismo, dos Direitos Humanos, da Democracia está renascendo a partir da terrivel guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia; os dois imperadores coligados na opressão serão derrotados em suas pretensões de superpotências dominantes. Agora é o momento de deitar abaixo o diktat dos autoritários e reconstruir a soberania duramente conquistada na diplomacia e no terreno. PRA

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BREAKING: EUROPE JUST BOXED TRUMP & PUTIN IN

The Five-Nation Firewall, the Coalition of the Willing, and Why the Russia “Upper Hand” Myth Just Died Screaming

Dean Blundell

Dec 09, 2025

For months, Donald Trump has swaggered around pretending he and Vladimir Putin have already “won” Ukraine.

He told Axios Russia has “the upper hand.”

He claims Zelenskyy is “finished.”

He insists Europe is “weak” and ready to fold.

And in the most Trumpian of delusions, he believes the United States military — the same military Putin spent years undermining and insulting — would somehow ride into battle with Russia, against NATO allies, to enforce whatever cartoon peace deal he and Putin cough up behind closed doors. You power this Substack, and we couldn’t be more grateful. Take advantage of our “December Special.” Consider becoming a free or paid subscriber and get unlimited access to ALL of our content for 25% off an annual subscription and lock that discount in for life.


Then reality showed up.

Because this week, five European powers + a 26-nation “coalition of the willing” just formed a geopolitical chokehold on Trump’s Kremlin cosplay — and they did it in the open, with Ukraine standing right next to them.


The message?

“We’re not bending. We’re not ceding territory. And we’re not letting Putin — or Trump — profit from war.”


This wasn’t a symbolic gesture.

This was Europe telling the U.S. President:

“We know who you work for. And we’re not playing your game.”


Let’s break down how we got here.

The “Five” Who Are Actually Twenty-Six — Europe’s Firewall Against Trump/Putin Inc.

While Trump was screaming into the Axios void about Russia’s dominance, something else was happening:


Europe stopped waiting for America.

The core five:

🇬🇧 United Kingdom

🇫🇷 France

🇩🇪 Germany

🇸🇪 Sweden

🇵🇱 Poland


These are the political, military, and economic anchors of the continent. But the “five” quickly expanded as Europe realized something chilling:

If Trump is about to hand Putin half of Ukraine, Europe needs to build a wall — fast.

So they did.


Twenty-six nations have now pledged troops, equipment, or strategic support to guarantee Ukraine’s borders even after a peace deal.

This is not NATO.

This is not the EU.

This is something new:


A Europe-led war-deterrence force designed explicitly to block Trump from selling Ukraine to Putin.


The U.S. is no longer the centre of gravity in Europe’s security thinking.

That’s the story Trump’s fanboys won’t tell you.


The West Point History Professor

TRUMP’S CONFRONTATION WITH EUROPE OVER UKRAINE BACKFIRES; TRUMP’S SCHEME FOR RUSSIAN PROFITS BETRAYED BY THE AMERICAN MILITARY; FORETELLING A MOMENTOUS CLASH ON THE EVE OF THE 2026 ELECTION

https://thewestpointhistoryprofessor.substack.com/p/trumps-confrontation-with-europe?utm_source=substack&utm_campaign=post_embed&utm_medium=web

The Earth-Shaking London Declaration: Europe’s Starmer/Macron/Merz Triple-Punch

In London, Ukraine’s President Zelenskyy stood beside the leaders of the UK, France, and Germany — and they basically set Trump’s “peace plan” on fire in real time.

The London Declaration included:

✔ No territorial concessions. At all.

✔ Frozen Russian assets will be turned into Ukrainian reconstruction money.

✔ Russia will not profit from its invasion — ever.

✔ Europe will enforce any peace agreement militarily if necessary.

✔ Ukraine’s security will not depend on the White House.


That last one?

That’s the kill shot.

Europe just divorced itself from Trump’s foreign policy chaos — and formed a brand-new, self-contained power bloc capable of telling both Trump and Putin:

“Your move, boys. But understand: you’re not going to like your options.”

Trump Says Russia Has the “Upper Hand.” Reality Disagrees. Violently.

Trump is peddling the Kremlin’s favourite bedtime story:

Russia is winning, Ukraine is weak, the war is basically over, blah blah blah.


Let’s shred that.

1. Ukraine just forced Russia into the most expensive stalemate in modern military history.

Every day Ukraine holds territory, Russia burns:

– ammunition

– armour

– manpower

– drones

– oil revenue

– diplomatic capital


And the bill is landing directly on Putin’s desk.


2. Russia’s economy is standing on the edge of an unforgiving cliff.

Sanctions didn’t break Russia, but attrition is about to.

Energy exports are decoupling.

Foreign reserves are frozen.

GDP growth is fake, propped up by wartime distortion.

Military recruitment is cannibalizing Russia’s workforce.

Russia is pretending it’s fine the way a wounded bear pretends it meant to fall off a cliff.


3. Ukraine, meanwhile, keeps eating Moscow’s lunch.

They’re outgunned.

They’re outnumbered.

But they are not outmatched.


Russia expected Ukraine to roll over in six days.

It’s been almost four years, and Ukraine’s still punching holes in Russian infrastructure, supply lines, and prestige.


If this is “the upper hand,” then Donald Trump’s cognitive test results were also “perfect.”


Putin Is Now Threatening Europe Because He Has No Good Moves Left

With Europe escalating support and Trump desperately trying to sell a fantasy peace plan Moscow likes, Putin resorted to his old greatest hits:

“Russia is prepared for war with the rest of Europe.”


No.

It isn’t.


Putin’s threats are a tell — a sign of weakness, not strength.

If Russia could fight Europe, it wouldn’t need to draft 55-year-old men

…or import artillery shells from North Korea

…or rely on Iranian drones

…or raid washing machines for microchips

…or beg Trump to deliver political victories it cannot win on the battlefield.


Russia isn’t acting powerful.

Russia is acting cornered.


Europe Is Forcing Trump and Putin Into an Unwinnable Box

This is the part that should scare the hell out of both men.


Europe has boxed in every possible outcome:

Scenario 1:

Trump forces a Russia-favourable peace deal.

Europe refuses to honour it, refuses territorial concessions, and immediately deploys a security force to stop Russia from benefiting.

Resultado: Putin gains nothing. Trump looks weak.


Scenario 2:

Trump tries to force the U.S. military to cooperate with Russia against NATO allies.

The Pentagon will laugh in his face.

U.S. generals already made clear they do not wage war on democracies to help a hostile foreign power redraw borders.


Result:

Trump is isolated. Putin loses his American shield.


Scenario 3:

Russia tries to push deeper into Europe after a U.S.-Russia ceasefire.

The Coalition of the Willing steps in.

Europe isn’t waiting for Article 5 anymore — they built a parallel system.

Result:

Putin faces 26 countries instead of one.


Scenario 4:

Russia keeps fighting Ukraine.

Europe keeps redirecting Russian frozen assets into Ukrainian weapons, ammunition, manufacturing, and reconstruction.


Result:

Putin fights until his economy snaps.


Scenario 5:

Trump withdraws U.S. support entirely.

Europe replaces it.


Result:

Ukraine survives anyway — and Russia still loses.

Every road Putin and Trump want to take is blocked by European concrete.


And Here’s the Cherry on Top: Europe Is About to Make Putin Pay for His Own Defeat

This is the innovation nobody saw coming:

Frozen Russian state assets — roughly $300 billion — are about to become Ukraine’s rebuilding fund.

Let that sink in.


The money Russia thought would bankroll its imperial comeback will instead be used to:

– rebuild Ukrainian cities

– rearm Ukraine’s military

– support postwar industry

– lock Ukraine into the European economy


This is the geopolitical equivalent of Russia paying reparations before the war is even over.


Putin didn’t just lose territory.

He lost leverage.

And Trump can’t help him get it back.


Why the U.S. Military Will Not Fight With Russia — Even If Trump Orders It

Let’s get one thing perfectly clear:


There is no universe where U.S. troops fight alongside Russia against France, Germany, the UK, Sweden, Poland, or Ukraine.

Not legally.

Not strategically.

Not morally.

Not politically.

Not logistically.

Not culturally.

Not ever.


The rank and file won’t do it.

The Joint Chiefs won’t do it.

Congress won’t authorize it.

NATO wouldn’t allow it.

America’s allies wouldn’t tolerate it.


Even suggesting it is a constitutional crisis dressed up as a foreign policy proposal.

If Trump tries it, he becomes a rogue actor — not a commander-in-chief.


And Putin loses his last desperate lifeline.

The Bottom Line: Trump and Putin Just Lost Control of the Board

Trump wanted to make Ukraine the bargaining chip.

Europe made it the line in the sand.

Putin wanted war profits.

Europe turned his treasury into Ukraine’s bank account.


Trump wanted to frame Russia as the inevitable victor.

Europe publicly shredded the narrative and backed it with troops.

Putin wanted Europe fractured.

Europe formed the largest non-NATO military coalition since WWII.


Trump wanted America to decide Ukraine’s future.

Europe just stole that power out of his hands.


This is not the story Trump and Putin wanted to write.

This is the story Europe forced them into.


And unless Trump plans to declare war on America’s allies for Russia — a move the military would rather mutiny than execute — both men have reached the same uncomfortable conclusion:


They are deeply, profoundly, historically screwed.


Europe is done being polite.

Ukraine isn’t backing down.

And Russia is running out of time, money, men, and options.


The war isn’t ending on Trump’s terms.

It’s ending on Ukraine’s — backed by a Europe that finally understands the stakes.


This is what happens when democracy stops negotiating with bullies and starts acting like it intends to win.


Ironias da história de vida do chanceler acidental - Paulo Roberto de Almeida

Ironias da história de vida do chanceler acidental: defenestrado precocemente, escapou de figurar no processo dos golpistas; sorte dele…

Todos sabem que os verdadeiros chefes do chanceler acidental, enquanto ele esteve à frente do Itamaraty, de janeiro de 2019 a março de 2021, eram, pela ordem de importância política, o Bananinha 03, um mediocre completo e uma ignorância excepcional, e depois pela importância intelectual, o Filipe Martins, vulgo Robespirralho, que tinha algumas luzes universitárias. Aliás, desde antes de 2019, pois que desde 2018, talvez até antes, o soturno diplomata havia começado a colaborar clandestinamente com uma folha digital de extrema-direita do Robespirralho, inaugurando logo em seguida o seu pasquim eletrônico, o blog clandestino “Metapolítica 17: contra o globalismo”, aderindo às aberrações mais bizarras da franja lunática da extrema-direita americana. 

Soube, muito tardiamente, que ele se apossou de vários exemplares da revista que eu editava no IPRI, Cadernos de Política Exterior, que continha seu artigo “Trump e o Ocidente”, e foi correndo entregar ao seu guru adorado, mestre Olavo, já instalado numa casa das cercanias de Richmond, na Virginia, em maio de 2018, aproximadamente.

Pronto: foi o que bastou, junto com a sabujice demonstrada nos meses da campanha presidencial aos seus novos mestres e senhores, para que Olavo de Carvalho o recomendasse fortemente ao presidente eleito como seu novo chanceler “sem ideologia” (de esquerda, entenda-se).

Durante todo 2019 e 2020 ele serviu obedientemente a seus dois senhores e cumpriu servilmente todas as loucuras do capitão negacionista e elogiador de torturadores da ditadura militar. Chegou a exagerar na adesão a tudo o que vinha de Trump - invasão da Venezuela, por exemplo - e na oposição a tudo o que fosse do odiado “comunismo chinês”.

Foi o que o salvou, quero dizer, precipitou sua queda, no início de 2021: essa aversão a tudo o que fosse da “China comunista” fez com que a senadora Katia Abreu, que devia estar lucrando muito com as exportações do agronegócio para o gigante asiático, pedisse a sua cabeça ao chefe de governo. Em dois dias ele foi ingloriosamente defenestrado do Itamaraty (que respirou aliviado).

Se o chanceler acidental tivesse sido menos burro e ideológico, ele teria continuado a desgraçar o Itamaraty, e certamente estaria de conluio com o Robespirralho na preparação do golpe do capitão covarde e incompetente.

Em 2025, seu patrão diplomático está quase às portas da prisão e o o chefe deles, o Bananinha 03, que chegou a ser cogitado para embaixador em Washington, amarga um amargo exílio na Trumplândia, sem perspectiva de voltar ao Brasil.

O ex-chanceler acidental também amarga um exílio involuntário, de licença (eterna?) do Itamaraty, sem perspectiva de ser um dia reintegrado ao serviço ativo da diplomacia. Pelo menos escapou da cadeia, e talvez esteja relendo as “Gesamtwerke” do seu guru adorado, ex-comunista, ex-astrólogo, ex-muçulmano e várias outras coisas mais. 

A ele eu dediquei o primeiro dos meus cinco livros sobre o bolsolavismo diplomático, “Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty”, publicado digitalmente logo em junho de 2019. Ele se vingou em seguida: me lotou nos Arquivos e me cortou (ilegalmente) pelo menos dois salários, supostamente por eu não cumprir horário de operário nas catacumbas do Bolo de Noiva.

Continuei escrevendo outros livros sobre seus dois anos de loucuras a serviço dos dois chefes aloprados, entre eles “O Itamaraty num labirinto de sombras”, “Uma certa ideia do Itamaraty” (com um projeto para uma política externa pós-bolsonarista), “O Itamaraty Sequestrado” e “Apogeu e Demolição da Política Externa”.

Eu me diverti bastante criticando o nosso “ornitorrinco diplomático”, e suponho que a cada nova postagem no meu blog Diplomatizzando ele ficasse arquitetando novas formas de me punir arbitrariamente.

Acredito que o mais bizarro chanceler em dois séculos de história de nossa (Santa) Casa deveria sinceramente agradecer à Senadora Katia Abreu sua demissão do Itamaraty, o que lhe poupou também de ser o primeiro chanceler condenado em nossa gloriosa trajetória a serviço do Estado brasileiro. 

Ironias bem-vindas…

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 10/12/2025


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