Antigamente, não nos tempos da brilhantina,
mas em tempos normais de excelência acadêmica, os agraciados com prêmios
Honoris Causa por universidades nacionais tinham, de fato e de direito, uma
extensa folha de contribuições à causa da ciência, da tecnologia, dos direitos
humanos, da pesquisa comprometida com os grandes problemas da humanidade,
voltada para o benefício do maior número e do progresso material e espiritual dos
povos.
Aparentemente, a julgar por certos prêmios
concedidos a políticos nos últimos tempos, qualquer populista e demagogo acaba
recebendo a distinção de reitores (ou presidentes) de universidades por razões
totalmente políticas, ideológicas até, desmerecendo o título e até a
universidade. Isso diz muito sobre o crescente processo de mediocrização de
certas universidades, sobre o caráter de certos dirigentes universitários,
sobre o crescimento do sectarismo político nesses meios, ou até sobre a manipulação
vergonhosa de uma instituição que já conheceu melhores dias.
Que a Universidade de Havana o faça em
relação ao presidente do Irã, isso apenas testemunha de seu total servilismo em
relação ao poder político do Partido Comunista Cubano, um dos últimos partidos
stalinistas, junto com o da Coreia do Norte, do planeta, num dos dois únicos
países que ainda pretende manter uma vergonhosa e inaceitável ditadura
totalitária, quando até mesmo ex-totalitários reciclados na economia de mercado
já caminham para algumas demonstrações formais de democracia de fachada.
“Durante su paso por Cuba, el presidente iraní Mahmoud
Ahmadineyad fue nominado “doctor honoris causa” en ciencias políticas por
la Universidad de La Habana. Probablemente éste haya sido uno de los mayores
logros de su rápida gira por cuatro países latinoamericanos: Venezuela,
Nicaragua, Cuba y Ecuador, marcada más por la contundencia de las declaraciones
contra EEUU y el capitalismo que por los éxitos cosechados…”
Nenhum comentário:
Postar um comentário