Não preciso insistir sobre o caráter nocivo desse anticapitalismo primário e desse anti-imperialismo infantil.
Paulo Roberto de Almeida
Fórum reúne novos e tradicionais movimentos anti-imperialistas
Começou ontem o Fórum Social Temático 2012, em Porto Alegre (RS), trazendo grande expectativa sobre um dos temas centrais do megaevento: a crise do capitalismo e a luta anti-imperialista dos povos, em vários continentes, contra o sistema hegemônico. Tendo como pano de fundo discussões que antecedem a Cúpula dos Povos, evento alternativo à Rio+20, movimentos sociais históricos se encontram com novas lideranças de mobilizações que ocuparam praças de cidades em todo mundo, em 2011.
“Conseguimos articular um espectro bastante grande dos movimentos sociais. Tanto nacionais, quanto internacionais . Estamos trazendo todo o segmento histórico do fórum social mundial, as organizações que participam desde o início, mas também novos movimentos e mobilizações que ocuparam as praças de todos os continentes, em 2011, especialmente a Primavera Árabe, os Indignados na Europa, o Ocupar Wall Street de Nova York e de Londres, e o movimento estudantil no Chile”, disse ao Site Vermelho Mauri Cruz, coordenador do Comitê Organizador do FST.
Lideranças dos movimentos, como a chilena Camila Vallejo, estão presentes. Mauri Cruz ressalta que muitos desses movimentos não possuem ideologia, mas que são válidos e que acumularam ao longo deste ano uma trajetória de luta contra o capital. “Várias lideranças estarão aqui até para que haja essa troca. Como sabemos não se trata de um movimento com recorte ideológico, é mais uma indignação. Então, haverá uma troca bastante interessante entre os novos movimentos e a luta histórica dos trabalhadores, representados por sindicatos, e das massas populares contra o modelo capitalista”, avalia o coordenador.
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