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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Juizes nao tem dinheiro para almocar: coitados...

Tiranetes togados, chantagistas e outros violadores de direitos constitucionais acham que possuem um direito constitucional a ganhar para almoçar.
Claro: eles ganham tão pouco, que acharam uma maneira de constitucionalizar a extorsão que praticam contra todos os demais brasileiros exigindo, além do nababesco salário, um pequeno ajutório para poder almoçar em paz.
Do contrário, ameaçam não trabalhar, não julgar, deixar todos os brasileiros à sua mercê de chantagistas e assaltantes do brasileiro comum.
Quando marajás da República fazem chantagem contra todos os demais brasileiros, a qual (in)justiça deveríamos apelar?
Querem que eu xingue um pouco mais nossos magistrados-assaltantes?
Querem que eu lamente pela extorsão estatal sempre praticada contra nós.
Já está feito.
Agora comento:
Procuradores do MPF e Advogados da União ganham tão pouco assim que necessitam uma ajudazinha para almoçar melhor? E os meretíssimos também precisam pagar o feijão com arroz com verbas públicas adicionais, além dos altos salários que já recebem?
NINGUÉM, repito: NINGUÉM deveria receber auxílio alimentação num país normal.
Apenas porque políticos e burocratas não têm coragem de estabelecer uma grade salarial racional no serviço público, é que esses penduricalhos vão sendo acrescentados à folha salarial, em lugar de se ter apenas um salário de base, ponto. Com base nesses penduricalhos é que os espertalhões, ladrões dos recursos públicos, inventam remunerações excessivas e ficam assaltando o erário com reivindicações estapafúrdias.
E o CNJ precisaria considerar "constitucional" uma esperteza adquirida? O seu presidente precisaria chegar à vergonha de se esconder atrás da Constituição para falar de privilégios adquiridos?
O Brasil realmente é um país vagabundo, no qual assaltantes togados roubam tranquilamente a renda dos cidadãos. Asco, nojo e horror, são as únicas palavras que me restam...
Paulo Roberto de Almeida

Jornais: juízes querem volta do auxílio-alimentação; conta é de R$ 82 mi

O ESTADO DE S. PAULO
Pressão dos juízes ressuscita auxílio para alimentação: conta é de R$ 82 milhões
O Tesouro vai gastar R$ 82 milhões de uma só vez com auxílio-alimentação para juízes federais e do Trabalho. O valor é referente a um longo período, desde 2004, quando a toga perdeu o benefício que nunca deixou de ser concedido a procuradores do Ministério Público Federal e à advocacia pública. Ainda não há previsão orçamentária para o desembolso, mas os juízes pressionam pelo recebimento do que consideram direito constitucional. Eles repudiam que o “plus” seja privilégio. Estão na fila cerca de 1,8 mil juízes federais e 2,5 mil do trabalho.
O auxílio foi cortado há sete anos por decisão da cúpula do próprio Judiciário federal. Mas, em junho de 2011, acolhendo pleito das entidades de classe dos magistrados, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Resolução 133, por meio da qual devolveu o bônus à classe.
Subscrita pelo presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso, também presidente do Supremo Tribunal Federal, a resolução anota que “a concessão de vantagens às carreiras assemelhadas induz a patente discriminação, contraria ao preceito constitucional e ocasiona desequilíbrio entre as carreiras de Estado”. Peluso, porém, votou contra o benefício no CNJ. Subscreve a resolução por presidir o órgão.
Desde a decisão do CNJ, o auxílio-alimentação voltou para o bolso dos juízes. São R$ 710 agregados ao contracheque da toga, mensalmente. A conta final, calculada sobre sete anos acumulados, mais correções do período, chega a R$ 82 milhões, segundo estimativa do Judiciário.

3 comentários:

Leandro Pereira disse...

Ontem, no programa Canal Livre da Band, o Sr.Desembargador Calandra, Presidente da AMB, justificou seu amor a toga e a relativa vida "humilde" da magistratura que escolheu, dizendo que, antes de se tornar juiz recebia mais de 20x o salário atual em remuneração como advogado. Tocante.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Leandro,
Esse juiz ladrão deveria voltar a ser advogado... Pelo menos roubaria dinheiro dos clientes, sem provocar déficit público...
Paulo Roberto de Almeida

Eduardo Rodrigues, Rio disse...

Ainda não havia lido este post.
Fantástico!
Pena que o senhor não escreve num jornal de grande circulação; ia fazer um estrago - até o momento que o senhor incomodasse demais e o demitissem.
Dentro do possível tento dar publicidade aos seus posts (sempre com os devidos créditos, claro).
Abraço.