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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Desigualdades salariais entre homens e mulheres: vai dar errado...

Se o governo se meter onde não deveria -- ou seja, obrigar o setor privado a pagar salários absolutamente iguais para homens e mulheres -- vai recolher o que não pretende: desemprego feminino.
Que ele faça isso na sua esfera, problema dele, pois governos nunca se preocuparam com produtividade de seus trabalhadores, mesmo, pagando a todos como mãe generosa, sem perguntar quanto vale, e quanto retorna desse "investimento" aplicado em mão-de-obra.
Agora, pretende obrigar um cidadão independente, como são os empresários, a pagar o salário que ele acha que devem receber homens e mulheres, além de ser uma violência constitucionais, e uma irracionalidade econômica, ainda vai custar o emprego de muito mulher (e outras nem encontrarão trabalho no mercado).
Assim vai o mundo.
Paulo Roberto de Almeida

Mulheres receberam 72,3% do salário dos homens em 2011, diz IBGE


Número repete a proporção dos levantamentos de 2009 e 2010, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


08 de março de 2012 | 16h 03
Daniela Amorim, da Agência Estado
RIO - As mulheres receberam, em média, 72,3% do salário dos homens em 2011, segundo o estudo Mulher no mercado de trabalho: perguntas e respostas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O número repete a proporção encontrada nos levantamentos de 2009 e 2010. 
O estudo mostrou ainda que a jornada de trabalho das mulheres foi inferior à dos homens. Em 2011, as mulheres trabalharam, em média, 39,2 horas semanais, contra 43,4 horas dos homens, uma diferença de 4,2 horas. Entretanto, segundo o IBGE, 4,8% das mulheres ocupadas em 2011 gostariam de aumentar a carga horária semanal.
As atividades que mais absorveram mão de obra feminina em 2011, em relação ao patamar de 2003, foram o comércio, em que a participação das mulheres cresceu de 38,2% para 42,6%, e os serviços prestados às empresas, com aumento de 37,3% para 42,0%. Nos serviços domésticos, ainda predomina a mão de obra feminina (94,8%), com porcentual idêntico ao registrado em 2003.
O levantamento constatou também que as mulheres aumentaram sua participação na ocupação formal. Em 2003, a proporção de homens com carteira assinada no setor privado era de 62,3%, enquanto a das mulheres era de 37,7%, uma diferença de 24,7 pontos porcentuais. No ano passado, essas proporções foram de 59,6% de homens e de 40,4% de mulheres, reduzindo a diferença para 19,1 pontos porcentuais. Porém, o maior crescimento da participação feminina foi observado no emprego sem carteira no setor privado, cuja fatia saiu de 36,5% em 2003 para 40,5% em 2011.
Em 2011, as mulheres somaram 53,7% da população brasileira com 10 anos ou mais (idade ativa). Na população ocupada, elas ainda ficaram em menor número do que os homens (45,4%), mas, em relação a 2003, houve crescimento de 2,4 pontos percentuais na população ocupada feminina.
Entre as mulheres pretas e pardas, a taxa de desocupação caiu de 18,2% em 2003 para 9,1% em 2011. Entre as brancas, o indicador teve redução de 13,1% em 2003 para 6,1% no ano passado.

Um comentário:

Eduardo Rodrigues, Rio disse...

-- Sobre a diferença salarial entre homens e mulheres --
Walter Block

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1246

Vai dar errado e ainda pode ficar pior. Na seção de comentários, leitores informam que há outros projetos de lei com o objetivo de impor benefícios a mulheres no mercado de trabalho.