Assim sendo, pretendemos realizar um debate sobre as reações do filme "Inocência dos Mulçumanos" no mundo e também no Brasil - que, como o senhor deve saber, já produziu um julgado sobre o tema no dia 21.09. Após ler seu texto na Folha de São Paulo no dia 26, acreditamos que o senhor possa ter opiniões interessantes sobre o tema.
Envio este e-mail, então, a fim de saber se o senhor possui interesse de participar de um debate sobre o tema. Seria uma grande honra cont armos com a sua presença que seria, certamente, enriquecedora.
Att.,
Guilherme Franco
Diretor Financeiro
Centro de Estudos Jurídicos Júnior
Ora, nada mais prazeroso que um debate, e particularmente sobre o Islã, assunto tão contemporâneo e tão pouco conhecido no Brasil. Aceitei o convite com entusiasmo. Seria uma oportunidade de ouro de contar aos participantes aqueles fatos que o correspondente da Folha de São Paulo em Teerã devia contar e não nos conta. De trazer ao debate nacional o que está acontecendo na Europa: os imigrantes muçulmanos querendo impor ao continente suas práticas teocráticas e a Europa se rendendo, lenta e inexoravelmente, à barbárie.
Poderia falar da fórmula singela que o Irã encontrou para acabar com o homossexualismo. Em um primeiro momento, condena-se o homossexual à morte. Mas Alá é generoso e o Estado iraniano incentiva as cirurgias transexuais. Você é hom em e gosta de homem? É simples. Corte esse incômodo apêndice que o perturba, construa uma vagina e poderá gostar de homens à vontade. Tudo se conserta quando o bom Deus permite.
Pensei também em falar de solução não menos genial encontrada pelos aiatolás para esse eterno problema do Ocidente, a prostituição. Este caminho é o sigheh, o matrimônio temporário permitido pelo ramo xiita do Islã, que pode durar alguns minutos ou 99 anos, especialmente recomendado para viúvas que precisam de suporte financeiro. Reza a tradição que o próprio Maomé o teria aconselhado para seus companheiros e soldados. O casamento é feito mediante a recitação de um versículo do Alcorão. O contrato oral não precisa ser registrado, e o versículo pode ser lido por qualquer um. As mulheres são pagas pelo contrato e ofereceriam seus serviços em "casas de castidade".
Esta prática foi aprovada após a "revolução" liderada pelo aiatolá Khomeiny, que de rrubou o regime ocidentalizante do xá Reza Palhevi, como forma de canalizar o desejo dos jovens sob a segregação sexual estrita da república islâmica. Num passe de mágica, a prostituição deixa de existir. O que há são relações normais entre duas pessoas casadas. Não há mais bordéis. Mas casas de castidade. A cidade está limpa.
Pensei também comentar fatos que nossa imprensa esconde dos brasileiros, como o aumento considerável de estupros na Suécia decorrente da invasão muçulmana. Como a pretensão dos árabes de instaurar tribunais islâmicos na Europa. Como o desejo de imigrantes de expulsar cães de certas cidades europeias... porque o Profeta não gosta de cães. Como a ablação do clitóris e a infibulação da vagina, práticas que constituem crime na Europa mas estão sendo importadas pela imigração muçulmana, a ponto de médicos europeus já sugerirem um corte simbólico do clitóris – desde que haja sangue; sem sangue não vale – para aplacar as necessidades culturais dos imigrantes.
Pensei também em falar da Finlândia, onde somalis mortos de fome – que recebem do Estado assistência social, saúde, emprego e educação – exigem que seus filhos sejam educados por professores. Assim, no masculino. Pois um macho somali não dirige a palavra a uma mulher.
Pensava eu em contar estas e outras coisas, para as quais me faltaram espaço naquele artigo na Folha, quando algo preocupou-me, o formato do debate. Perguntei ao Guilherme se disporia de um bom tempo para a exposição.Sim! A ideia é uma exposição de 10 a 15 min do seu ponto de vista e depois teriamos uma ar mais de bate-papo entre os debatedores e a plateia.
Tentaremos focar em:
• Liberdade de expressão, seus limites e a decisão judicial no Brasil
• Intenção do enunciador e reação do público
• A influência da religião mulçumana
• A intensidade da reação
São apenas umas ideias de temas para a discussão.
Por motivos administrativos, a sala só será liberada às 14h, então podemos marcar para 14:10?
Att.,
Maravilha, pensei. Terei até tempo para mostrar alguns livros poucos conhecidos no Brasil, como Nomade e Infiel, da Ayaan Hirsi Ali. Ou os inéditos entre nós da Oriana Fallaci: La Rabia e l’orgoglio, La Forza de la Raggione, Oriana Fallaci intervista sé stessa. A escritora italiana, que já havia publicado alguns livros no Brasil, mal denunciou a invasão árabe da Europa sumiu de nossas livrarias. Pensei levar também Os últimos dias da Europa – Epitáfio para um velho continente, de Walter Laqueur. Neste livro, o historiador alemão critica a imigração maciça de populações da Ásia, da África e do Oriente Médio para os países europeus – sobretudo porque estas levas de migrantes não buscam a assimilação nas sociedades europeias, mas apenas se beneficiar dos generosos serviços oferecidos por aqueles países. Os desafios que o velho continente enfrenta, adverte o autor, podem ser mortais. E aos que consideram suas análises excessivamente pessimistas, alarmistas e sombrias, ele lembra que os museus estão cheios de restos de civilizações desaparecidas.
Pensei tudo isso, dizia. Não que pretendesse fazer uma síntese de cada livro. Pensava apenas exibi-los. Apenas pensei. Ontem à noite, recebo mail do Guilherme:Caro prof. Janer,
Por motivos alheios a nossa vontade vamos ter que cancelar a abertura do evento na Direito-GV e realizá-lo apenas com membros desta.
Peço desculpas pelo inconveniente diante de seu demonstrado interesse no debate que pretendíamos realiz ar, com pessoas de dentre e fora da instituição, e também de sua gentileza em manter o contato comigo e o CEJUR.
Como o CEJUR é uma empresa júnior recém-criada, sofremos alguma pressão da diretoria para fazer um evento de menor porte, a fim de ver como nos saimos na sua realização para, posteriormente, organizar eventos maiores.
Por razões "políticas" foi decido internamente ao CEJUR seguirmos as orientações da Direção da Direito-GV. Espero que você entenda nossa situação.
Também espero que possamos manter contato e de fato realizar algum debate futuramente com a sua presença, já que o senhor possui argumentos interessantes de serem explorados.
Novamente, peço desculpas pelo ocorrido.
Abraços.
Grato, Guilherme. Você fez o que pode. Jovem, você ainda não deve ter percebido que qualquer crítica ao islamismo é proibida no Brasil. Ao que tudo indica, a fatwa de 1989 do aiatolá Khomeini se estendeu à FGV. O q ue espanta é ver uma instituição de Direito, que pretende debater a liberdade de expressão e seus limites, começar censurando qualquer debate.
O Islã chegou até nós e já exerce sua censura, tanto na universidade como na imprensa.
10 de outubro de 2-12
janer cristaldo
Um comentário:
É isso aí... Opiniões contrárias a alguns assuntos não são bem vindas, muito menos toleradas. O que resta à sociedade ocidental se ela mesmo perde sua identidade, absorvendo mais de culturas que lhes são estranhas e contrárias a cada dia?
Vivemos um paradoxo: a sociedade ocidental é aberta a novas culturas e pouco restringe seu ingresso nas diversas nações, particularmente européias. Estas novas culturas, no entanto, pouco prezam nossos valores - moral cristã ocidental, por exemplo - e mais querem impor seus próprios valores não respeitando os demais. Assim, abrimos as portas aos nossos próprios inimigos.
Alguma sugestão de leitura sobre esta situação, Professor PRA?
Obrigado.
GStein
Postar um comentário