segunda-feira, 29 de julho de 2019

Uma mania abjeta: atirar contra o mensageiro - Paulo Roberto de Almeida

Da obscura e inútil arte de atirar contra o mensageiro

Tenho reparado que um dos mais fúteis exercícios a que se dedicam os defensores, promotores, adoradores da nova ordem política e do novo pensamento único é essa mania de, na impossibilidade de rebater fatos, atacar o seu mero veiculador.
A imprensa livre, um sistema que incomoda muita gente, veicula fatos, entre os quais se encontram os dizeres e os atos dos próprios governantes.
Geralmente, a imprensa séria comporta dois tipos de matérias: reportagens e análises (ou artigos de opinião). Estes últimos podem até pecar por subjetividade, uma vez que expressam posturas próprias de quem assina a matéria, geralmente jornalistas mais experientes ou personalidades convidadas, como acadêmicos, funcionários, executivos do setor.
As primeiras são geralmente obra de repórteres, e podem até não conter assinatura, mas ainda que contenham se destinam primariamente a informar o que efetivamente aconteceu.
Não existe melhor maneira de se aproximar da verdade do que relatar o que efetivamente aconteceu, e isso inclui entrevistas, declarações, manifestações diversas de dirigentes e responsáveis políticos.
Este meu blog se dedica a exposição, descrição, transcrição, reprodução de muitas matérias de imprensa, ou seja, relato de fatos, tal como efetivamente aconteceram.
Sobre isso, costumo comentar, o que cabe inteiramente nos propósitos deste espaço, voltado para o debate objetivo de questões relevantes das políticas públicas, em especial na política externa.
Meus comentários expressam única e exclusivamente minha opinião, e como tal podem se prestar a comentários posteriores dos leitores.
O que me surpreende, porém, desta vez vindo dos promotores da nova ordem política, é a brutalidade dos ataques ao escriba que aqui comparece, independentemente de qualquer comentário sobre os fatos descritos ou expostos. Esses novos mercenários do politicamente correto segundo os cânones do novo pensamento único não estão interessados em debater fatos, posturas, questões reais, objetivos – independentes dos mensageiros a favor ou contra –, mas pretendem apenas intimidar, acusar, vilipendiar, xingar, ofender, ameaçar.
Para quem já enfrentou outras tribos anteriores, defensoras de outro pensamento único, não existe muita novidade.
O que impressiona um pouco, porém, é a virulência dos novos cruzados...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 29 de julho de 2019

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