Sempre que leio um texto que me toca tenho vontade de compartilhá-lo com mais gente, mas sempre acrescento, ou agrego antecipadamente, minhas próprias reflexões. É o que faço a partir de uma mensagem singela de Jamil Chade, sobre as realizações de 2020, malgré tout...
Minha lista de notícias positivas de 2020 23/12/2020 04h00
noticias.uol.com.brJamil Chade - Minha lista de notícias positivas de 2020O ano de 2020 marcará a história da humanidade. Haverá um antes e um depois, tanto para milhões de famílias como em termos políticos e sociais. Para alguns, o ano inaugura o século 21. Para outros, encerra de vez a ideia de que um mundo infinito. Previ
Paulo Roberto de Almeida
Já alguém reproduziu. Era isso que eu esperava...
Uma visão otimista e realista. Eu estava precisando disso.
2020 foi um ano extraordinário, desses que só existem em um século — desde, por exemplo, a “gripe espanhola”, que era americana de origem — ou em séculos, desde a Peste Negra do século XIV, com consequências não tão avassaladoras, mas igualmente impactantes.
Alguns dirão que foi um annus horribilis, certamente não mirabilis (como 1989, que libertou milhões da opressão totalitária), mas também com muitas realizações admiráveis, como o progresso científico na busca de vacinas, e a cooperação entre cientistas acima das fronteiras, a despeito de líderes populistas execráveis, que se empenharam em sabotar qualquer esforço de cooperação multilateral (os idiotas do antiglobalismo).
Jamil Chade traça aqui o seu panorama ponderado das coisas boas que ainda é possível esperar da Humanidade.
Destaco aqui um trecho, mais representativo, mas recomendo a todos lerem sua bela e profunda mensagem de final de ano, com as avaliações do que avançou, no meio do pandemônio da pandemia:
“Mas se 2020 constata a fragilidade dos sistemas de saúde e revela o fracasso de líderes políticos supostamente fortes, o ano também trouxe notícias positivas. Ficou evidenciado neste ano que nacionalismo, isolacionismo e negacionismo não darão a resposta. O ano deixou claro que todo populismo mata e que existe um limite para o que vendedores de ilusões podem atingir.” [Jamil Chade]
Desde a guerra de Troia vivemos entre amores e ódios, mas no final — e a despeito de tiranos assassinos e psicopatas políticos —, a Humanidade avança, no caminho do progresso, do bem-estar para a maioria, da ciência e da racionalidade. Mas idiotas e psicopatas continuarão existindo, não se iludam. Cabe a nós identificá-los e isolá-los, como bacilos perigosos para o bem estar da população; os americanos conseguiram, ainda que parcialmente, nós, brasileiros, ainda não: temos grandes desafios pela frente nos próximos dois anos.
Malgré tout, um bom 2021 a todos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23/12/2020
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