Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida
O que nessa pandemia do novo coronavírus rendeu a incondicional submissão do governo brasileiro a uma suposta parceria com a gestão de Donald Trump? O de mais concreto foi a pirataria com compras de respiradores e outros insumos básicos por estados brasileiros tomados pela mão grande dos supostos aliados americanos. Em suas performances nas entrevistas coletivas, quando em dificuldade, Trump sempre apelou para ameaças ao Brasil, como o reiterado anúncio de que pode suspender os voos entre os dois países. Isso virou um descarado recurso em seus embates com a imprensa, mesmo consciente de que a epidemia nos Estados Unidos é maior do que a brasileira, por saber que o governo Bolsonaro vergonhosamente o agasalha.
Em nova entrevista nessa terça-feira (19), Donald Trump primeiro repetiu, com mais gravame, a mesma ladainha sobre os voos do Brasil para os Estados Unidos. “Não quero que esse povo venha para cá infectar americanos”. Depois seguiu em seu roteiro de mentiras. Disse que estava ajudando o Brasil com muitos respiradores. Insinuou inclusive que seriam milhares. Se fosse verdade, seriam bem-vindos. Estão fazendo muita falta. Pelo o que até agora se sabe, é mais uma cascata. A mentira torna mesquinho até o saudável hábito dos americanos de valorizar cada dólar que doam, afinal é dinheiro do seu contribuinte.
O embaixador americano Todd Chapman e o presidente Jair Bolsonaro – Foto Divulgação/PR
Nessa terça-feira, foi anunciado que o governo americano doou mais US$ 3 milhões (na maluquice do nosso câmbio diário, chegou a R$ 17 milhões). É uma ajuda com a pretensão de atender a Fiocruz e a 99 municípios brasileiros em todas as fronteiras do país nessa guerra bilionária contra a pandemia. Com até mais pompa, o novo embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, anunciou no começo do mês uma ajuda para o combate ao novo coronavírus de exatos US$ 950 mil. Vendeu essa grana como uma grande ajuda.
Em qualquer conta nas várias frentes de combate a ascendente epidemia no país, não passam de merrecas. O governo americano melhor ajudaria se impedisse a pirataria contra a desesperada tentativa brasileira de comprar equipamentos essenciais ao combate do novo coronavírus.
O ex ministro das Relações Exteriores do Brasil, Azeredo da Silveira, discursa na ONU
Nem quando, logo após o golpe militar de 1964, o embaixador Juraci Magalhães pronunciou a célebre frase “o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil”, a diplomacia brasileira se submeteu tanto à americana. Sequer agora tendo a justificativa da Guerra Fria. Atropela inclusive toda a doutrina militar de soberania nacional. Um dos pilares do sucesso internacional da diplomacia brasileira foi seu profissionalismo, que virou política de Estado na gestão do chanceler Azeredo da Silveira, no governo do general Ernesto Geisel.
Agrava esse problema o fato de Bolsonaro tratar a tragédia como uma pilhéria. Ele diz que não está nem aí. E insiste na mesma aposta sem base científica: “Quem for de direita toma cloroquina, de esquerda toma Tubaína”. E a vida que siga ou não nessa roleta presidencial.
O fãs de Bolsonaro levam a propaganda da Cloroquina às ruas – Foto Orlando Brito
Bolsonaro continua dando seu show de insensibilidade, com o aparente propósito de exibir nesse suposto machismo uma coragem que não demonstra quando enfrenta paradas reais. Sua paranoia diante investigações, supostas ou reais, mostra uma covardia diante de qualquer ameaça a seu clã familiar.
Por causa desse receio, ele mete os pés pelas mãos e transforma seu governo em um pandemônio. Ninguém ali com alguma competência se sente seguro. Todos se sentem cada vez mais à deriva pelo piloto inseguro que perdeu o rumo. Que não sabe mais, apesar de cercado por uma penca de militares, como navegar nesse nevoeiro. Sequer consegue enxergar que o Brasil só perde com a idolatria cega e de mão única do seu clã e de seus gurus a Donald Trump.
O que ainda piora todo esse quadro é a sensação de falta de altivez dos chefes militares.
China’s Leaders Draw Lessons From War of ‘Humiliation’
Photo
Chinese
cadets taking part in a bayonet drill on the outskirts of Beijing.
Mindful of past defeats, President Xi Jinping has embarked on an
ambitious program to overhaul the military.Credit Andy Wong/Associated Press
Imagine China beset by
domestic and external menaces, its rulers and commanders complacent,
decadent and corrupt, humiliated by Japan in a war that pushes the once
indomitable power closer to collapse.
This image of China
from over a century ago, in the twilight of the Qing dynasty, remains a
potent nightmare for Communist Party leaders, and the 120th anniversary
of the start of a war with Japan has unleashed a spate of images, speeches and official commentary drawing lessons from the defeat.
The lessons from that time have become all the more pointed today, when Chinese-Japanese ties are tenser than they have been for decades, and President Xi Jinping of China has embarked on an ambitious program to overhaul the military and to curtail corruption throughout the military and the party.
“The victory of the
aggressors was a humiliation for the Chinese nation,” Chu Yimin, a
People’s Liberation Army general and political commissar, said in an interview
published on Monday in Study Times, a party newspaper. “The wounds are
increasingly healed over, but the scars remain, and what we need most of
all nowadays is to awaken an intense sense of humiliation, so that we
never forget the humiliation of our country and military, and turn
knowledge of this into courage.”
This Friday will mark
the anniversary of the formal start of the war, called the Jiawu War in
Chinese, and often called the First Sino-Japanese War in English.
“Jiawu” refers to the year in the 60-year cycle of the traditional
Chinese calendar; 2014 marks another Jiawu year, adding weight to the
anniversary.
As if to reinforce the
martial message, the Chinese military has announced exercises,
extending off the east coast of China, which the civilian aviation
authorities have indicated are already causing severe delays for commercial flights.
A professor from
China’s National Defense University, Gong Fangbin, said the disruption
of air traffic would be a test of citizens’ patriotic support for a
stronger military.
“It’s foreseeable
that, as long as the international threats to our country persist,
large-scale, and even larger-scale, military exercises will happen,” he wrote
on Monday in Global Times, a widely read tabloid. “Each time will be
yet another test of the public’s awareness of national defense and its
willingness to bear a burden.”
The clash between
Japan and China’s Manchu rulers started as a contest for dominance of
Korea. The Manchu court assumed its forces would overwhelm Japan, but
instead the Japanese naval and army forces humbled their opponents,
pushed into northeastern China, and isolated Taiwan.
The war ended in April
1895, when the Qing court agreed to a treaty that ended China’s hold
over Korea and ceded Taiwan and territory in northern China to Japan.
The humiliation exposed the brittleness of China’s military power, which
a bout of policy changes failed to overcome, and the dynasty collapsed
in 1911.
At the time, Chinese
advocates of bold change said the defeat showed the success of Japan’s
outward-looking Meiji Restoration, and the contrasting sclerosis of the
Qing court. But the Communist Party leadership has turned the
anniversary into a template for reinforcing its own theme of patriotic
revival and military readiness.
“2014 is another Jiawu year,” China’s main military newspaper, The People’s Liberation Army Daily, said
on its front page on Monday. It said the army was using the anniversary
to reinforce the need for readiness against any external threats.
“For China now, the
goal of national rejuvenation has never been closer, and the obstacles
to national rejuvenation have never been clearer,” said the paper.
“Around our country’s
periphery, hot spots are increasing and the ignition point is lower.
Certain major powers are fanning the flames in the Asia-Pacific region,
the ghost of Japanese militarism has stirred back to life,” it said,
also noting the territorial disputes in the South China Sea. “The
chances of chaos and war on our doorstep are growing.”
But not all the
lessons from the Jiawu War are directed abroad. Chinese textbooks
present the defeat of 1895 as the price of corruption and decadence that
fatally weakened Qing rule and left its military ill equipped and ill
trained. Mr. Xi has extended his campaign against graft into the high ranks of the military, and again the lessons of 120 years ago are not far away.
“For a military, corruption and defeat are twin brothers,” General Chu wrote in Study Times. “Corruption breeds fear of dying.”
Coluna de Cesar maia, 29/08/2013 1. A Comissão de Inquérito que foi criada pela julgar o Ministro Eduardo Saboia é formada por dois Diplomatas, um Auditor Fiscal da Receita Federal e um Assessor da Controladoria Geral da União, que a presidirá. 2. Desde as épocas dos Chanceleres Celso Amorim e Antônio Patriota, o Itamaraty vem perdendo espaço, inclusive em áreas administrativas. Mas jamais ocorrera uma comissão de inquérito com pessoal de fora. 3. Quando os militares assumiram o poder em 1964, eles queriam colocar um dos seus à frente da Divisão de Segurança e de Informações, bem como das comissões de investigação sumária. O então Ministro Leitão da Cunha se opôs ferozmente a tal intromissão. 4. Mas, agora, com Dilma...