Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
A humilhacao do Senado - Merval Pereira
A Argentina volta aos tempos de Carlos Gardel (no cambio, pelo menos...)
Por outro lado, os tempos de Gardel eram os da penúria de dólares, dos controles de capitais, das manipulações sobre o câmbio e vários outros pecados mais (piores até que os pecados da carne...).
Pois bem, a Argentina, que já tinha voltado aos anos 1960, em matéria de protecionismo comercial (onde nós também estamos), também já voltou aos anos 1930, de Gardel, em matéria de controles e restrições cambiais.
A despeito disso, a classe média continua viajando, gastando e acumulando dólares, como demonstra a matéria abaixo.
E para finalizar, o tango de Gardel, "Cuesta Abajo", enviado pelo meu amigo Maurício David:
Paulo Roberto de Almeida
La verguenza de haber sido
El dolor de ya no ser
Bajo el ala del sombrero.
Cuántas veces, embozada,
Una lágrima asomada yo no pude contener
Como un paria que el destino
Se empeño en deshacer
Solo quiero que hoy comprenda
El valor que representa el coraje de querer.
Como un sol de primavera
Mi esperanza y pasión,
Sabía que en el mundo no cabía.
Toda la humilde alegra de mi pobre corazón
Las ilusiones pasadas
Ya no las puedo arrancar.
Sueño, con el pasado que añoro,
El tiempo viejo que hoy lloro
Y que nunca volverá
Yo bebí incansablemente.
En la copa de dolor
Que si todo yo le daba
En cada vuelta dejaba
Pedazos de corazón.
Solitario y ya vencido,
Yo me quiero confesar,
Si aquella boca mentía,
El amor que me ofrecía,
Por aquellos ojos brujos
Yo habra dado siempre más
Como un sol de primavera
Mi esperanza y pasión,
Sabía que en el mundo no cabía
Toda la humilde alegra de mi pobre corazón
Ahora cuesta abajo en mi rodada
Las ilusiones pasadas
Ya no las puedo arrancar
El tiempo viejo que hoy lloro
Y que nunca volverá
Equador: pensar tres vezes antes de aderir ao Mercosul
O rebaixamento do Congresso: MP dos portos adotada na pressao do Executivo
A agonia do Palácio do Planalto terminou para conseguir aprovar a medida provisória 595, batizada de MP dos Portos, terminou. Horas antes de perder a validade, a MP passou pelo plenário do Senado e agora segue para a presidente Dilma Rousseff, que ainda pode vetar trechos do texto que foi aprovado pelo Congresso. Foram 53 votos a favor, 7 contra e 5 abstenções.
No Senado, a base governista conseguiu rejeitar, em bloco, todos os nove destaques apresentados ao texto – o que, se aprovados, levariam a medida para nova discussão na Câmara dos Deputados, fazendo com que perdesse a validade. Com a estratégia, os senadores ganharam tempo para que a nova regulação dos portos fosse aprovada cinco horas antes do limite.
Containeres: mais globalizadores do que o livre-comercio
Brasilia, Genebra, OMC, Brasil - Marcelo de Paiva Abreu
O Brasil, o "Itamarichy" e a China - David Shambaugh
folha.com/no1279328
A frase da semana: o socialismo e o papel higienico - eu mesmo, with a little help from a 4 years old boy
O socialismo acaba quando não tem mais papel higiênico.
Paulo Roberto de Almeida, com ajuda de Pedro Paulo, quando tinha 4 anos...
Livro: Matthias Herdegen: Principles of International Economic Law (OUP, 2013)
Um livro indispensável, para oa estudiosos das relações econômicas internacionais.
Principles of International Economic Law
Oxford University Press, United Kingdom, 2013.
Principles of International Economic Law gives a comprehensive overview of the central topics in international economic law, with an emphasis on the interplay between the different economic and political interests on both the international and domestic levels. The book sets the classic topics of international economic law, WTO law, investment protection, commercial law, and monetary law in context with human rights, environmental protection, good governance, and the needs of developing countries. It thus provides a concise picture of the current architecture of international economic law. Topics covered range from codes of conduct for multinational enterprises, to the human rights implications of the exploitation of natural resources. The book demonstrates the economic foundations and economic implications of legal frameworks. It puts into profile the often complex relationship between, on the one hand, international standards on liberalization and economic rationality and, on the other, state sovereignty and national preferences.It describes the new forms of economic cooperation which have developed in recent decades, such as the growing number of transnational companies in the private sector, and forms of cooperation between states such as the G8 or G20. Providing a perfect introductory text to the field of international economic law, the book thoroughly analyses legal developments within their wider political, economic, or social context.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
A frase do ano: "A classe media e' fascista..." - Adivinhe quem?
Quem poderá nos salvar?
Jesus Cristo é a salvação?
Difícil, depois destas frases memoráveis:
Escravidao moderna?: como requisitar e enviar ao exterior dois regimentos de especialistas?
Que tipo de Estado, que tipo de governo, que país é este, capaz de chegar para um outro e dizer?
-- Ei! Por acaso você não quer receber seis mil médicos, prontos para o consumo, muito baratinhos? Pode pegar e usar, quando quiser, e fazer o que quiser, enfiar onde quiser, e pagar o que quiser, desde que seja para mim...
Pois é, é com países assim que os companheiros gostam de se relacionar: chamemo-los de escravagistas contemporâneos...
E ainda tem gente que acha isso normal, e diz:
-- Tudo bem, eles estão mesmo à disposição, depois a gente devolve...
Pois é, eu pensava que pessoas normais não fariam esse tipo de coisa...
Paulo Roberto de Almeida
Sean W. Burges “Brazil as a Bridge Between Old and New Powers?”
América Latina: um continente dividido entre liberais e estatizantes - The Economist
A continental divide
The region is falling in behind two alternative blocks: the market-led Pacific Alliance and the more statist Mercosur
A degradacao das instituicoes no Brasil: deterioracao do parlamento - Noblat, Azevedo
Confiante em aprovação, governo já prepara vetos à MP dos Portos
Após mais um dia de sessão tumultuada, a Câmara dos Deputados concluiu ontem a apreciação das emendas à medida provisória que aumenta a competição no setor portuário e pode deslanchar investimentos no País. O lento avanço do texto, que caduca ao fim do dia de hoje e ainda precisa ser votado no Senado, não impediu o governo de manter a confiança de que caberá à presidente Dilma Rousseff a palavra final sobre as normas. O Palácio do Planalto já prepara os vetos a itens com os quais não concorda.
Durante a madrugada, foram derrubados pontos polêmicos e temidos pelo governo, como a emenda do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que compilava diversas mudanças. Outra emenda rejeitada pelo Planalto exigia a contratação de funcionários no porto por meio do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), possibilidade que engessaria e encareceria as operações, para o governo. No início da noite de ontem, foi a vez de a base aliada contra-atacar. Após sete horas de manobras do PSDB e do DEM para atrasar a votação, uma emenda do PT furou a fila, derrubou cinco emendas da oposição e acelerou a tramitação.