Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Imperfeições dos mercados ou ‘perfeições’ dos governos?: escolha as suas - Paulo Roberto de Almeida
América Latina: por que existem noticias tao bizarras?
Não sei porque a América Latina me dá certa sensação de cansaço...
Paulo Roberto de Almeida
A team of Argentine forensics experts sent to investigate the disappearance of 43 students in southern Mexico say that the Mexican government should not be allowed to continue investigating the crime.
• Colombia’s rebel group the FARC invited Paulina Vega, a Colombian and the recent winner of the Miss Universe competition, to assist in peace negotiations with the government...
Petrolao-Petralhabras: a conta da bandalha cada vez aumenta mais US$ 450 MILHOES para fundos americanos
Paulo Roberto de Almeida
Dia da vergonha
O Antagonista, 9/02/2015Hoje, foi dia de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, passar vergonha. Ele esteve no Departamento de Justiça americano e no FBI, em Washington, para falar sobre o processo do Petrolão. Ainda terá de ir também à Sec. Hoje, foi dia de nós passarmos vergonha. A ação coletiva que corre nos Estados Unidos incorporou nove grandes fundos de investimento. Juntos, eles reclamam um ressarcimento de 450 milhões de dólares da Petrobras, quantia que alegam ter perdido com a corrupção na empresa brasileira.
A lambança do PT tem preço; o vexame que ela nos causa não tem preço
Siete Tesis Equivocadas sobre America Latina, de Rodolfo Stavenhagen, a los 50 anos: seminario del Colegio de Mexico
Seminario Internacional: Nuevas miradas tras medio siglo de la publicación Siete tesis equivocadas sobre América Latina de Rodolfo Stavenhagen
CONVOCATORIA
Requisitos
Notas
Informes
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Politica Externa: Unasul com uma agenda carregada
A ofensiva golpista midiática
A Unasul está reunida no Uruguai para defender a Venezuela das sanções impostas pelos Estados Unidos. O Brasil é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
A reunião não servirá apenas para defender a ditadura venezuelana. De acordo com o Twitter da Unasul, os governos latino-americanos vão discutir também a "ofensiva golpista midiática no Brasil e na Argentina".
É bom saber que os 200 milhões de dólares roubados pelo PT, segundo a denúncia de Pedro Barusco, estão na pauta de discussões bolivarianas.
Unasul em defesa dos mochileiros
Economia de livres mercados: dez mitos persistentes - Institute of Economic Affairs
http://www.buzzfeed.com/cgoodwin/10-persistent-myths-about-free-market-economics-18ka3
Segundo, vou adaptar esse texto inglês, como já prometi em relação ao texto de Alberto Montaner sobre o liberalismo, às circunstâncias especiais do Brasil, mas ainda não tive tempo de fazê-lo. Fica no meu pipeline de working papers, portanto.
Em todo caso, aproveitem...
Paulo Roberto de Almeida
10 Persistent Myths About Free Market Economics
1. Greed is all economists care about, right?
2. Oh, and economic growth
3. The rich get richer while the poor get poorer
4. We are working longer and longer hours
5. Inequality is on the rise…
6. …while social mobility is falling
7. We’ve got all we can from economic growth, so let’s focus on th
8. Money doesn’t buy happiness after all
9. Inequality is bad for your health, literally
10. We’re heading back to the 1930s
Agricultura: China subsidia mais do que EUA e UE; quais são nossos aliados no Brics e no G-20 comercial?
Ou seja, o Brasil patrocinava um grupo que continha países "aliados" que faziam o exato contrário do que ele pregava, e tinha que fazer malabarismos em suas posições diplomáticas para acomodar os interesses desses sócios anti-sócios. Essa era a diplomacia dos velhos tempos, talvez ainda seja...
Vamos ver como ficamos daqui para a frente...
Paulo Roberto de Almeida
Pouca ambição na OMC
O governo brasileiro não aceita uma negociação no âmbito da OMC que não tenha como foco a liberalização do comércio de produtos agrícolas. Países industrializados que subsidiam pesadamente a produção local têm resistido a essa discussão. A política agrícola do governo de Pequim, caracterizada por subsídios crescentes, indica que a China se juntará a esses países para tentar reduzir os limites de uma eventual negociação sobre o tema conduzida pela OMC.
Como mostrou o Estado (4/2), levantamento realizado por um grupo liderado pelos governos da Austrália, Chile, Canadá, Paraguai e Uruguai - preocupados com o efeito dos subsídios sobre os preços internacionais e sobre a competitividade de cada país produtor - constatou que a China distribuiu a seus agricultores subsídios no valor de US$ 15,3 bilhões por ano, valor superior ao distribuído pelos governos europeus (US$ 12,6 bilhões) e americano (US$ 12,1 bilhões).
São cifras bem menores do que as apuradas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mas igualmente mostram como a China vem puxando o aumento mundial de subsídios. Em sua defesa, o governo de Pequim alega que o estímulo à atividade agrícola é essencial para assegurar o abastecimento doméstico e evitar o êxodo do campo para as cidades.
Numa manobra para dividir os países em desenvolvimento, entre os quais estão os mais interessados na liberalização do comércio agrícola, o governo americano quer excluir dessa classificação países como China, Brasil e Índia. Isso porque quanto mais economicamente avançado for classificado um país, mais concessões deverá fazer nas negociações - ou seja, tem de cortar mais fortemente barreiras tarifárias ou subsídios. Se a nova classificação for adotada, o Brasil ganhará menos numa eventual liberalização do comércio agrícola.
Nas negociações na OMC sobre agricultura, a China já deixou claro que o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não passa de uma sigla engenhosa. Seus interesses nesse campo em nada se assemelham aos do governo brasileiro. Grande importadora de alimentos, a China se mostra muito pouco disposta a fazer concessões nessa área. Ao contrário, pretende não só manter os atuais subsídios, como até ampliá-los ou criar novas medidas de proteção à produção local. O governo de Pequim considera que já fez mais concessões do que deveria ter feito.
Apesar das dificuldades cada vez maiores para fazer avançar essa discussão no sentido que pretende, o governo da presidente Dilma Rousseff mantém a ideia fixa de condicionar qualquer avanço nas negociações da Rodada Doha à abertura do comércio agrícola.
Temendo que a nova iniciativa da direção da OMC - à frente da qual está o brasileiro Roberto Azevêdo - de aceleração das negociações da Rodada Doha se concentre no comércio de bens industriais e de serviços, o governo brasileiro já manifestou sua contrariedade.
"Nós certamente não aceitaremos um jogo de faz de conta na OMC em que, por falta de ambição ou ausência de vontade política, se abandone o objetivo de ampliar o acesso a mercados para a agricultura", disse ao jornal Valor o subsecretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Ênio Cordeiro.
O governo do PT boicotou a criação da Área de Livre-Comércio das Américas (Alca), que abriria mercados para os nossos produtos industrializados. Ao fugir novamente da discussão sobre o comércio desses bens, parece contentar-se em fazer do Brasil um exportador de produtos primários.
Arabia Saudita: o proximo Estado "failido" no Oriente Medio? Ainda nao, mas... (opiniao WP)
Paulo Roberto de Almeida
Trust the dissidents, not the diplomats
Evasao fiscal: o Brasil entre os paises com mais milionarios "suicos" - Jamil Chade (OESP)
Vamos ver o que vai ser feito com os milionários brasileiros...
Paulo Roberto de Almeida
Banco suíço manteve US$ 7 bilhões de brasileiros em contas secretas
Documento revela que o HSBC de
Genebra facilitou a abertura de contas sem perguntar a origem do
dinheiro de 8,7 mil clientes do Brasil
GENEBRA – O banco HSBC ajudou a mais de 8,7 mil brasileiros a depositar US$ 7 bilhões em contas secretas na Suíça. Os dados fazem parte de documentos bancários que revelam como a instituição teve um papel ativo em facilitar a abertura de contas, sem perguntar a origem do dinheiro e que, em muitos casos, ajudou a evadir impostos.
No mundo, o banco auxiliou a mais de 100 mil clientes a levar para a Suíça suas fortunas, nem sempre declaradas em seus países. A lista desses clientes é um exemplo de como o sistema bancário do país alpino lucrou ao manter contas de criminosos, traficantes, ditadores e milionários que optaram por não pagar impostos ou pilharam seus países. Na semana passada, delatores do caso da Petrobras indicaram que abriram 19 contas em nove bancos suíços para receber a propina.
No caso do HSBC, o Brasil aparece com destaque na lista, sendo o quarto país com maior número de clientes no ranking das nacionalidades que mais usaram o banco e as contas secretas. No total, foram mais de 6,6 mil contas. Entre as personalidades brasileiras estava Edmond Safra. No mundo, a lista conta com nomes como Fernando Alonso, Emilio Botin, David Bowie, Tina Turner ou o Rei Abdallah, da Jordânia.
A lista incluí desde traficantes de drogas, de armas, ditadores até nomes famosos do mundo da música e do esporte, num total de US$ 100 bilhões. Os documentos são apenas uma parte do que seria o sistema bancário suíço, duramente criticado por autoridades de todo o mundo por permitir a existência de contas secretas e ser uma espécie de “buraco negro” no sistema financeiro internacional.
Os documentos foram colhidos pelo Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo e revelam a frequência pela qual personalidades viajavam para a Genebra para consultar suas contas e administrar suas fortunas.
No caso do Brasil, as contas registradas existem desde os anos 70 e o período avaliado perdura até o ano de 2006. Na maior das contas, os documentos apontam para mais de US$ 300 milhões em apenas um nome.
Pelos documentos, porém, o que se revela é que o crime organizado sul-americano usou as contas do HSBC para lavar dinheiro da droga e não se exclui que parte das contas tinham relações com organizações criminosas.
Os papeis foram obtidos a partir de uma lista roubada dos escritórios do banco em Genebra por um ex-funcionário, Hervé Falciani, em 2008 e entregue para as autoridades francesas.
Atingindo todas as partes do mundo, a lista das contas traz pessoas como Gennady Timchenko, um bilionário russo associado ao presidente Vladimir Putin e que hoje é alvo de sanções da UE pela guerra na Ucrânia.
A lista também aponta contas em nome de assistentes do ex-presidente do Haiti, Jean Claude “Baby Doc” Duvalier, e de Rami Makhlouf, um primo e aliado do presidente da Síria, Bashar al Assad.
Outro nome é a de Li Xiaolin, filha do ex-primeiro ministro chinês Li Peng, responsável pela repressão na Praça Tiananmen, além de príncipes e de membros da monarquia de toda a Europa.
Em uma resposta oficial, o HSBC indica que reconhece que os controles sobre a origem do dinheiro no passado nem sempre foram corretos. Mas garante que, desde 2007, o banco “tomou passos significativos para implementar reformas e expulsar clientes que não atendiam aos padrões HSBC”.
Segundo o banco, como resultado disso, a instituição na Suíça perdeu quase 70% de seus clientes desde 2007.
Commanding Heights: a historia economica do seculo 20 - Daniel Yergin, Josef Stanislaw (PBS)
Episódios da série “Commanding Heights”, produzida pela PBS.
Os produtores fizeram um excelente trabalho em mostrar como as ideias econômicas oscilaram entre Keynes e Hayek ao longo do séc. XX, ou seja, entre o dirigismo estatal e a orientação a mercado. A própria história do século passado é descrita à luz do pensamento desses dois economistas.
Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=zC1ivoTUZBk
Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=wR374PJFcBE
Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=dItaqpgG4y4
Evasao fiscal: a Franca buscando punir os seus milionarios que colocam dinheiro na Suica
Os cidadãos contribuintes, que somos todos nós, geralmente aplaudimos esse tipo de "punição" contra ricos evadidos fiscais, mas uma questão permanece subjacente ao problema, e ele vale inteiramente para o Brasil igualmente.
Haveria tantos evadidos se as pessoas não tivessem a sensação de que pagam impostos demais, e que o Estado continua a avançar sobre um dinheiro que custou muito a ser adquirido pelo trabalho honesto. Não estou falando dos bandidos, dos que desviam dinheiro e que o colocam justamente nos paraísos fiscais, mas de empresários, artistas, cidadãos que fizeram fortunas com atividades honestas e que, de repente, descobrem que o Estado quer avançar sobre pelo menos um terço do patrimônio e da riqueza acumulados. Com que direito? Apenas porque é justo fiscalmente, ou socialmente distributivista?
Acho que os Estados, em geral, já recolhem bastante dinheiro, direta e indiretamente, dos cidadãos.
Será que esse é o bom caminho para a criação de riqueza?
Paulo Roberto de Almeida
« SwissLeaks » : artistes, avocats, hommes d’affaires, ces clients français chez HSBC
Gad Elmaleh, Christophe Dugarry, la famille Mentzelopoulos... Du show-biz au milieu des affaires, le compte en Suisse se révèle une stratégie financière partagée par les professions les plus rémunératrices.
Qui sont les Français de la liste HSBC ?
Sur l'ensemble des fichiers, quelque 3 000 noms de Français suspectés de fraude ont pu être exploités par le fisc et la justice.
« SwissLeaks » : des patrons allergiques aux taxes
Le consentement à l’impôt n’est pas le principe le mieux partagé dans le milieu des affaires.
Les 1001 visages des évadés fiscaux
Personnalités, médecins, avocats, dirigeants d’entreprise, mais aussi femmes au foyer se côtoient dans la liste HSBC.
« SwissLeaks » : révélations sur un système international de fraude fiscale
« Le Monde » a eu accès aux données bancaires de plus de 100 000 clients de la filiale suisse d’HSBC. Elles révèlent l’étendue d’un système de fraude fiscale encouragé par la banque. Des personnalités étrangères et françaises sont impliquées.
« SwissLeaks » : la réponse de la banque HSBC
La banque, contactée par « Le Monde », a assuré « coopérer et continuer de coopérer dans la mesure du possible pour répondre aux demandes d’information des gouvernements concernant les titulaires de comptes ».
A fatalidade da lideranca americana e a exportacao da democracia - Robert Kaplan (National Interest)
Mas, interessou-me esta passagem sobre a futilidade da "exportação" da democracia, o que nos deixa um pouco pessimistas sobre a evolução da nossa, no momento presente:
" Just consider the case of promoting democracy abroad: it took England nearly half a century to hold the first meeting of a parliament after the signing of the Magna Carta, and more than seven hundred years to achieve women’s suffrage. What we in the West define as a healthy democracy took England the better part of a millennium to achieve. A functioning democracy is not a toolkit that can be easily exported, but an expression of culture and historical development. Great Britain’s democracy did not come from civil-society programs taught by aid workers: it was the offshoot of bloody dynastic politics and uprisings in the medieval and early modern eras. In a similar spirit, whatever indigenous cultural elements India possessed for the establishment of democracy, the experience of almost two hundred years of British imperial rule under the colonial civil service was crucial. Certain other countries in Asia had many years of economic and social development under enlightened authoritarians to prepare them for democracy. In Latin America, the record of democracy remains spotty, with virtual one-man rule in some places, and near chaos and social and economic upheaval in others. African democracies are often that in name only, with few or no governing authorities outside of the capital cities. Holding elections is easy; it is building institutions that counts. Given this evidence, and with the Arab world having suffered the most benighted forms of despotism anywhere in the world, how can one expect to export democracy overnight to the Middle East? "
O texto completo do artigo de Robert Kaplan está aqui, e reproduzo só a parte inicial:
Impeachment: uma especulacao teorica ou uma possibilidade concreta?
A esse respeito, permiti-me lembrar que a lei do impeachment, que é de 1951, foi usada pela primeira vez contra Getúlio Vargas, em seu governo constitucional (1951-54), depois de denúncias feitas por seu ex-ministro das relações exteriores, João Neves da Fontoura, a propósito de dinheiro peronista que tinha entrado pela fronteira, sob os cuidados de João Goulart, para financiar a campanha presidencial de 1950 (pois é, já naquela época). Levado o processo à Câmara, no início de 1954, ele foi votado e recusado (creio que em abril desse ano), e portanto nem chegou a ir para o Senado. Se tivesse ido, talvez o presidente tivesse sido impedido, mas o fato é que, ante a avalanche de denúncias, contra seu irmão e contra seu guarda-costas (aparentemente envolvidos na tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, poucos meses antes, quando morreu um tenente da Aeronáutica), o presidente resolveu se suicidar, ai virando o jogo contra seus adversários políticos, que perderam as duas eleições presidenciais seguintes, na base do emocionalismo popular em favor do "presidente do povo", contra as "elites anti-povo".
Hoje temos um quadro de descalabro econômico impressionante, o que pode ocorrer com qualquer governo, digamos assim, mas o fato é que, ao lado disso, temos um festival de denúncias que tendem a comprovar crimes de responsabilidade da presidente da república, aliás antes mesmo que ela se tornasse presidente, ou seja, como presidente do conselho de administração da Petrobras, onde e quando ajudou a encobrir fatos escabrosos que estão ligados à tremenda corrupção ali cometida.
Não tenho nenhuma dúvida de que ela não só sabia, como colaborou ativamente para dar cobertura e continuidade aos atos delituosos, embora tudo isso precise ser provado e comprovado por elementos testemunhais e provas documentais (mas se o impeachment é político, nada disso precisaria bastaria a convicção dos parlamentares; foi o que ocorreu, por exemplo, com Fernando Lugo: os senadores nem precisaram examinar todas as provas contra ele, bastou a convicção de que não tinha agido no caso de policiais assassinados por guerrilheiros).
Eu já postei aqui alguns elementos do enredo deste carnaval, entre eles estes:
Documento do jurista Ives Gandra Martins sobre a possibilidade teórica do impeachment:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/impeachment-o-assunto-entra-na-pauta-da.html
Integra do parecer de Ives Gandra Martins:
http://www.gandramartins.adv.br/parecer/detalhe/id/0ed01f9c48ff7e2a4ba993c9dc3b9e98
Alinhamento de fatos (um tanto desconexos) por Felipe Moura Brasil:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/petrolao-lava-jato-mensalao.html
Existe um telegrama confidencial da Embaixada americana em Brasília, de 2006, liberado pelo Wikileaks, confirmando que a então ministra sabia das tratativas em torno de Pasadena, e as aprovava inteiramente:
https://cablegatesearch.wikileaks.org/search.php?q=dilma+pasadena+refining+systems
Agora, recebo do Eduardo, do Rio de Janeiro, mais alguns elementos que listo abaixo a esse respeito. Só resta esperar que as oposições se organizem, pois pior que haver derrota num eventual processo de impeachment, é essa sensação de passividade ante o descalabro.
Paulo Roberto de Almeida
Transcrevendo, apenas:
“[...] a presidente da República, em seu discurso oficial de diplomação no TSE, em 19 de dezembro, negou a vigência do Estado de Direito, declarando que não vai aplicar a Lei Anticorrupção às empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, sob o pretexto de manutenção do nível de emprego (?). E reafirmou essa vontade prevaricadora expressamente na primeira reunião ministerial do segundo mandato, anteontem.
“Além de cometer explicitamente crime de responsabilidade ao assim agir contra a aplicação de lei federal (artigo 85, VII, da Constituição), a presidente demonstra mais uma vez o desastre que é o seu governo, agora acrescentado pela total ignorância dos efeitos benéficos da aplicação da Lei Anticorrupção no caso da Petrobrás e das empreiteiras e fornecedoras nacionais e multinacionais que, em concurso criminoso, levaram à destruição de valor da estatal e agora, gradativamente, delas próprias.” (Modesto Carvalhosa, jurista)
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-virgindade-da-lei-anticorrupcao-imp-,1626377
"Wikileaks: Casa Branca consultou Dilma antes de autorizar aquisição de refinaria por Petrobrás” (2014)
http://internacional.estadao.com.br/blogs/jamil-chade/wikileaks-casa-branca-consultou-dilma-antes-de-autorizar-aquisicao-de-refinaria-por-petrobras/
“Como Dilma ajudou a impedir que se investigasse a Petrobras e concorreu para o naufrágio da empresa; pior: ignorou crimes reais e apontou os que não existiam. Ou: O vídeo da impostura”, por Reinaldo Azevedo.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/como-dilma-ajudou-a-impedir-que-se-investigasse-a-petrobras-e-concorreu-para-o-naufragio-da-empresa-pior-ignorou-crimes-reais-e-apontou-os-que-nao-existiam-ou-o-video-da-impostura/
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Petrolao: apenas relembrando certos FATOS, não boatos, ou acusacoes: SAO DECLARACOES dos bandidos...
Eles estão sempre colocando em dúvida FATOS publicados na MIDIA GOLPISTA (a deles não publica nada), e chamam isso de boatos, ou acusações caluniosas, como acaba de fazer o chefe da quadrilha ainda recentemente.
Para não deixá-los sem nenhuma informação, posto abaixo alguns elementos do caso, que constituem declarações, não ilações ou suposições. Declarações em justiça, que servirão para instruir os processos.
Estou esperando o chefe da quadrilha ser chamado para depor, como o principal organizador do esquema mais corrupto de extorsão deliberada due já ocorreu neste país.
Paulo Roberto de Almeida
Lava Jato
Costa diz que ganhou R$ 1,5 mi para facilitar compra de Pasadena
Em depoimento, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras admitiu corrupção em compra de refinaria nos Estados Unidos e disse que Nestor Cerveró e o PMDB podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina
Leia também: Justiça decreta prisão preventiva de Cerveró
Leia também: Dinheiro do petrolão comprou base aliada, diz executivo
Bumlai - Costa também afirma que José Carlos Bumlai "era um contato muito próximo de Fernando Baiano", e que o lobista do PMDB tinha muitos contatos no mundo político e empresarial. Como VEJA havia revelado em 2011, o pecuarista Bumlai era um amigo próximo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Favorecido por financiamentos do BNDES, ele tinha livre acesso ao Palácio do Planalto. Um recado na portaria determinava: "O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância”