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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Lista de trabalhos publicados em 2021: 48, ou seja, quase um por semana... - Paulo Roberto de Almeida

Com o ano quase acabando, mas como ainda não fechei as duas listas de trabalhos relativas ao anos de 2021, sobretudo a dos originais (por enquanto ela se estende do número 3.831  ao número 4047, ou seja, 216 trabalhos, mas devem pingar mais alguns nos próximos dias, ou seja, mais de 4 trabalhos por semana, ou 18 por mês), apresento abaixo pelo menos a lista dos publicados, que não deve ser muito alterada até o dia 31/12, sendo que alguns trabalhos serão publicados ao longo do ano de 2022 (como figura ao final da lista).

Trabalhos publicados de Paulo Roberto de Almeida, 26 (2021)

2021: Do n. 1.382 ao n. 1.429

Google Scholar: http://scholar.google.com/citations?user=OhRky2MAAAAJ

 

Paulo Roberto de Almeida

Atualizada em 17 de dezembro de 2021

  

Número de trabalhos publicados: 47 (por enquanto)

 

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1382. “Carta aberta a um diplomata completamente fora do tom”, Diário do Poder (28/01/2021; link: https://diariodopoder.com.br/opiniao/carta-aberta-a-um-diplomata-completamente-fora-do-tom); divulgada no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/01/carta-aberta-um-diplomata-completamente.html). Relação de Originais n. 3848.

 

1383. “José Guilherme Merquior: o esgrimista liberal”, In: José Guilherme Merquior, Foucault, ou o niilismo de cátedra(nova edição: São Paulo: É Realizações, 2021, 440 p.; ISBN: 978-65-86217-22-3; tradução de Donaldson M. Garshagen; posfácio de João Cezar de Castro Rocha; posfácio de Paulo Roberto de Almeida, p. 251-320); livro disponível para aquisição no site da Editora (link: https://www.erealizacoes.com.br/produto/foucault---ou-o-niilismo-de-catedra). Relação de Originais n. 3577, 3849. 

 

1384. “Desafios da pandemia e pós-pandemia para o desenvolvimento da diplomacia”, Exposição oral no 3º. Congresso de Relações Internacionais, dia 27/02, 19h45, com a participação da Profa. Mayra Coan, doutoranda em História Social na USP. Texto divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/02/desafios-da-pandemia-e-pos-pandemia.html; vídeo do evento nos links: https://event.webinarjam.com/go/replay/33/68411t5oc38a94a6 ehttps://event.webinarjam.com/replay/33/kokggf21ck3a0qa949). Relação de Originais n. 3862.

 

1385. Roberto Campos e a utopia constitucional brasileira”, In: Gilmar Ferreira Mendes e Ives Gandra da Silva Martins (coords.): Roberto Campos: diplomata, economista e político – o constituinte profeta (São Paulo: Almedina, 2021, 391 p.; ISBN: 978-65-5627-192-7; p. 81-122); disponível no site da Editora (link: https://www.almedina.com.br/produto/roberto-campos-diplomata-economista-e-politico-o-constituinte-profeta-9265); lançamento virtual em 6/10/2021 (link: https://youtu.be/YCbGEmoCY_Q). Relação de Originais n. 3306.

 

1386. “Demissão de Ernesto Araújo: diplomata Paulo Roberto de Almeida fala sobre saída do ministro”, Brasília, 29 março 2021. Entrevista concedida à jornalista Myrian Clark, do programa Almoço do MyNews, abordando os acontecimentos que envolveram o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo(29/03/2021, 12:00hs; link: https://www.youtube.com/watch?v=wFspiDeY-5U&lc=UgwdyGwpIIqGNwbJPt94AaABAg.9LV0EmoTJKs9LV8L11Ub56).

 

1387. “Relações Internacionais: temas clássicos e contemporâneos”, in: Rodrigo Gallo (organizador), Relações Internacionais: Temas Clássicos (Boa Vista: Editora Iole, 2021; 362 p.; p. 8-10; ISBN: 978-65-993757-3-6; DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.4657531%20 ; edição eletrônica livremente disponível em pdf: http://editora.ioles.com.br/index.php/iole/catalog/view/14/24/39-1). Divulgado via blog Diplomatizzando (1/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/relacoes-internacionais-temas-classicos.html). Relação de Originais n. 3824.

 

1388. “Com a recente troca de comando no Itamaraty, qual será o futuro das relações diplomáticas do Brasil”, Brasília, 31 de março de 2021. Entrevista concedida ao Ranking dos Políticos (5/04/2021, link: https://www.facebook.com/rankingdospoliticos/videos/831169467608086). 

 

1389. “Debate sobre Hipólito da Costa e a liberdade da imprensa”, Brasília, 6 abril 2021, 1:40hs. Participação em debate organizado pelo Cineclube Macunaíma na Associação Brasileira da Imprensa (ABI), em torno do filme “Preto no Branco”, do cineasta Silvio Tendler, com a companhia do cineasta Cacá Diegues, da historiadora Isabel Lustosa e do diplomata Paulo Roberto de Almeida, sob a coordenação de Ricardo Cota (link: https://www.youtube.com/watch?v=6c9hiiYm7rg); divulgado no blog Diplomatizzando (8/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/debate-na-abi-sobre-hipolito-jose-da.html). Sem arquivo na lista de originais.

 

1390. “Especulações sobre a evolução da ordem global do século XXI, à luz do Direito Internacional e da Política Mundial”, Palestra Magna no Curso de Pós-Graduação em Direito Internacional oferecido pela Faculdade CEDIN, em 5/04/2021, 19hs, via Sympla. Divulgado o vídeo da palestra no YouTube (10/04/2021; link: https://www.youtube.com/watch?v=X5m1ebCe-1s). Texto de apoio divulgado nas plataformas Academia.edu e em Research Gate (links: https://www.academia.edu/45677567/Especulacoes_sobre_a_evolucao_da_ordem_global_do_seculo_XXI_a_luz_do_Direito_Internacional_e_da_Politica_Mundial_2021_), e https://www.researchgate.net/publication/350642849_Especulacoes_sobre_a_evolucao_da_ordem_global_do_seculo_XXI_a_luz_do_Direito_Internacional_e_da_Politica_Mundial?_sg=hlQpY3ZGrMLnKFhTfog9jm6bZCiI3QYi47vlhPKTkZHSJmp9jdW2oCXykSJIwHpc7jbkS6WgvzGeA1YWU1uq2GIh8E5fxWICU7q5xJq4.5G7DVPmgsoYe-05RI0N47xOq8TwRADVl3iTk0uT93UHcD0C9sxxKfV8S67H5_sM0lMNAj5Z2LaVb2EH6ZaJslw) e anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/uma-palestra-no-curso-de-pos-graduacao.html). Relação de originais n. 3883.

 

1391. “Embaixador Paulo Roberto de Almeida, que enfrentou Ernesto Araújo, no Encontros da ABI com a Cultura”, 15 abril 2021, 1:20hs. Debate organizado por Zeze Sack, diretora do Cine Clube Macunaíma, com os jornalistas Diogo Schelp, Duda Teixeira e Ricardo Carvalho, diretor da ABI-SP em torno dos grandes temas da política externa. Incluído no canal da ABI no YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=lg6Tkxh5E-s).

 

1392. “Entrevista sobre a imagem do Brasil no exterior”, Canal MyNews, 16/04/2021, 23:27 mns (link: https://canalmynews.com.br/politica/enquanto-bolsonaro-estiver-no-poder-nao-havera-acordo-com-a-uniao-europeia-diz-diplomata/).

 

1393. “Roberto Campos e a Constituição Contra o Brasil”, Entrevista via Instagram com o Deputado Bruno Souza (Novo-SC), sobre o economista e deputado Roberto Campos, o ‘homem que pensou o Brasil”, com destaque para os temas constitucionais (16/04/2021; link: https://www.instagram.com/p/CNvva9bnlmj/).

 

1394. “Enigmas do 21 de abril: inconfidentes centralistas ou federalistas?”, Publicado no Estado da Arte (21/04/2021; link: https://estadodaarte.estadao.com.br/21-abril-enigmas-pra/). Divulgado na plataforma Academia.edu (link: ) e no blog Diplomatizzando (21/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/a-republica-dos-conjurados-mineiros.html). Relação de Originais n. 3890.

 

1395. “Enigmas do 21 de abril: inconfidentes centralistas ou federalistas?”, Publicado no jornal O Veterano (Periódico semanal estudantil da FGV-EPGE-Rio; 21/04/2021; link: https://medium.com/o-veterano/coluna-enigmas-do-21-de-abril-inconfidentes-centralistas-ou-federalistas-eee19a6f9f56). Divulgado na plataforma Academia.edu (link: ) e no blog Diplomatizzando (21/04/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/a-republica-dos-conjurados-mineiros.html). Relação de Originais n. 3890.

 

1396. “José Guilherme Merquior: um intelectual brasileiro”, Mediação no debate organizado pelo Livres, em 22/04/2021, 18-20hs (canal YouTube do Livres: https://www.youtube.com/watch?v=mtJJu_0eBeg), com apresentação de Mano Ferreira e Elena Landau e participação de Bolivar Lamounier, Celso Lafer, Gelson Fonseca e Persio Arida. Postagem no Diplomatizzando com links para a brochura preparada para a ocasião (link: ) e a apresentação dos livros de J.G. Merquior (link: ). 

 

1397. “Relações econômicas externas e inserção econômica internacional do Brasil na longa duração: 200 anos de história”, Apresentação e debate no Centro de Estudos Globais do IRel-UnB (26/04/2021). Sumário disponibilizado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/relacoes-economicas-externas-e-insercao.html). Apresentação feita no sistema Sympla (link: https://t.co/RA7rWaW9Qj?amp=1 e https://www.youtube.com/watch?v=_6HyhBtmkNc&feature=youtu.be); disponível no canal YouTube da página do Centro (estudosglobais.net; link: https://www.youtube.com/watch?v=_6HyhBtmkNc). Relação de Originais n. 3888.

 

1398. “Antonio Paim: uma homenagem ao grande historiador do liberalismo brasileiro” (São Paulo: Livres, 2021; 10 p.; ISBN: 978-65-00-26410-4; disponível nos links: https://cdn.eusoulivres.org/wp-content/uploads/2021/05/01012322/Ebook-Antonio-Paim.pdf e https://www.eusoulivres.org/publicacoes/antonio-paim-uma-homenagem-ao-grande-historiador-do-liberalismo-brasileiro/; pdf: https://cdn.eusoulivres.org/wp-content/uploads/2021/05/01012322/Ebook-Antonio-Paim.pdf); divulgado por via da plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/48811785/3902_Antonio_Paim_do_marxismo_ao_liberalismo_Ebook_Livres_2021_); anunciado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/04/antonio-paim-do-marxismo-ao-liberalismo.html). Relação de Originais n. 3902.

 

1399. O Itamaraty Sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo2018-2021 (Brasília, 13 maio 2021, 114 p.; ISBN: 978-65-00-22215-9; Formato Kindle, ASIN: B094V28NGD; 927 KB). Divulgado no blog Diplomatizzando, com sumário, dedicatória e prefácio (8/05/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/o-itamaraty-sob-ataque-2018-2021.html); disponível na Amazon.com.br (link: https://www.amazon.com/-/pt/dp/B094V28NGD/ref=sr_1_1?dchild=1&keywords=O+Itamaraty+Sequestrado%3A+a+destrui%C3%A7%C3%A3o+da+diplomacia+pelo+bolsolavismo%2C+2018-2021+%28Bolsolavismo+diplom%C3%A1tico+Livro+1%29&qid=1621002681&s=digital-text&sr=1-1). Relação de Originais n. 3904.

 

1400. “Entrevista sobre questões de meio ambiente e sobre a Amazônia”, Brasília, 13 maio 2021, 7 p. Entrevista gravada, concedida à Radio Sputnik, em torno das declarações do enviado especial para Meio Ambiente do governo americano John Kerry. Entrevista no SoundCloud (13/05/2021; link: https://soundcloud.com/sputnikbrasil/entrevista-com-paulo-roberto-de-almeida); divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/05/entrevista-sobre-questoes-de-meio.html); Matéria no site Facebook da Rádio Sputnik (14/05/2021; link; https://br.sputniknews.com/opiniao/2021051317517034-se-brasil-mantivesse-politica-ambiental-nao-haveria-pressao-dos-eua-opina-especialista/). Relação de Originais n. 3911. 

 

1401. “A reflexão de Antonio Paim sobre o liberalismo brasileiro”, Brasília, 2 junho 2021; entrevista em áudio vídeo com o diretor de Comunicação do Livres, Mano Ferreira, sobre o mestre Antonio Paim (links: https://youtu.be/V0Y_1-7bCN0 e https://www.youtube.com/watch?v=V0Y_1-7bCN0&feature=youtu.be). A trajetória intelectual de Antonio Ferreira Paim, nascido na Bahia em 1927 e falecido em 30 de abril de 2021, é ímpar na cultura e na história das ideias políticas e filosóficas no Brasil. Disponível no canal YouTube do Livres (link: https://www.youtube.com/watch?v=V0Y_1-7bCN0). 

 

1402. « Rapports du Brésil avec les États-Unis et les voisins sud-américains », Hérodote, revue de géographie et de Géopolitique (Paris: n. 181, 2 trimestre 2021; ISSN: 0338-487X; numéro spécial sur le Brésil, p. 139-150; link: https://www.cairn.info/revue-herodote-2021-2-page-139.htm; DOI: https://doi.org/10.3917/her.181.0139); disponible à la plateforme Academia.edu (link: https://www.academia.edu/49130993/3796_Revue_Herodote_Rapports_du_Bresil_avec_les_EUA_et_les_voisins_Sud_Americains); anunciado no blog Diplomatizzando  (4/06/2021 ; link : https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/06/rapports-du-bresil-avec-les-etats-unis.html). Relação de Originais n. 3796.

 

1403. “Impacto da pandemia sobre a diplomacia mundial e no Brasil”, revista Sapientia (ano 9, n. 40, maio-junho 2021, p. 16-19; ISSN: 2446-8827; link: https://conteudo.cursosapientia.com.br/mai21-typage-revista-sapientia-ed-40-org). Relação de Originais n. 3885. 

 

1404. “Nacionalismo, passado e presente”, Boletim de Conjuntura (BOCA; 2 junho 2021; ISSN: 2675-1488; Boa Vista, v. 6, n. 18, p. 35–39, 2021. DOI: 10.5281/zenodo.4891020; link: https://revista.ioles.com.br/boca/index.php/revista/article/view/352), da Editora Ioles (http://revista.ioles.com.br/boca/). Relação de originais n. 3920.

 

1405. “Die aktuellen Beziehungen Brasiliens zu den USA”, revista Brasilicum (edição 261, junho 2021, p. 23-26; ISSN: 2199-7594); versão reduzida do trabalho n. 3783, “Relações do Brasil com os Estados Unidos” (o artigo em alemão está disponível na plataforma Academia.edulink: https://www.academia.edu/62708889/3907_Die_aktuellen_Beziehungen_Brasiliens_zu_den_USA_Brasilicum_2021_); divulgado, com a versão do original em português, no blog Diplomatizzando (29/11/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/11/die-aktuellen-beziehungen-brasiliens-zu.html). Relação de Originais n. 3907.

 

1406. “Mudança à força”, entrevista com Eduardo Teixeira, seção “Entrevista da Semana” da Revista Crusoé (edição 164, 18/06/2021; link: https://crusoe.com.br/edicoes/164/mudanca-a-forca/0); Sobre a política externa e a diplomacia brasileira, disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/49299957/Mudanca_a_força_entrevista_de_Paulo_Roberto_de_Almeida_para_Revista_Crusoe). Relação de Originais n. 3930.

 

1407. “Apogeu e demolição da política externa: apresentação para palestra”, Apresentação em Power Point e em pdf para palestra no Grupo de pesquisa em Política, Economia, Cultura e Relações Internacionais da Faculdade São Judas de SP, no dia 16/06/2021, 19:30hs. Palestra gravada e disponível (link: https://drive.google.com/file/d/1DK0p9692wEck3VwvxFLdgKK7-l5CAcYq/view?fbclid=IwAR2KDRp_-NGMM3V_I3hA4-oC1rsdnAAHTXfjYkHhGkz-7Cc2Wi0X3Zzc-YI). Relação de Originais n. 3929.

 

1408. “Um “imenso Portugal”? A hipótese de um império luso-brasileiro no contexto internacional do início do século XIX”, in: RÊGO, André Heráclio do; NEVES, Lucia Maria Bastos P.; GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal (orgs.). Oliveira Lima e a longa história da Independência. São Paulo: Alameda, 2021; ISBN: 978-65-5966-030-8; p. 283-331; informado no blog Diplomatizzando (https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/06/oliveira-lima-e-longa-historia-da.html)Relação de Originais n. 3508.

 

1409. “Uma parábola contrarianista num espaço acadêmico”, revista Espaço Acadêmico (ano 21, n. 229, julho-agosto 2021, ISSN: 1519-6186; link: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/59773/751375152361). Relação de Originais n. 3933.

 

1410. “Por um país desenvolvido”, entrevista gravada em 1/06/2021 com o jornalista Brune Montalvão, da TV Legislativa da Assembleia de MG, na série ‘Crônica de um futuro imaginado”, transmitida em 28/06/2021, no canal YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=Ko0xV4aYuNk); divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/06/cronica-de-um-futuro-imaginado-por-um.html). Relação de Originais n. 3920.

 

1411. “O isolamento internacional do Brasil: retrocessos na diplomacia”, Boletim de Conjuntura (BOCA) (Ano III, vol. 7, n. 19, Boa Vista, 2021; ISSN: 2675-1488; link: http://doi.org/10.5281/zenodo.5015027; revista: http://www.ioles.com.br/boca). Relação de Originais n. 3934.

 

1412. Mercosul-UE: uma relação estrutural que supera um acordo institucional”, Prefácio ao livro de Elisa de Sousa Ribeiro, O que você gostaria de saber sobre o acordo de associação entre o Mercosul e a União Européia, mas não tinha para quem perguntar: a questão ambiental explicada. (Curitiba: Editora CRV, 2021, 256 p.; ISBN: 978-65-251-2074-4; ISBN DIGITAL: 978-65-251-2071-3; DOI: 10.24824/978652512074.4; Prefácio, p. 19-25). Relação de Originais n. 3945.

 

1413. “Estadistas e diplomatas na construção do Brasil, do século XIX ao XXI”, Apresentação em palestra no Centro de Estudos Globais da UnB, no dia 13/09, 10:00hs (link: https://www.youtube.com/watch?v=YzQla4f5mgw). Relação de Originais n. 3962. 

 

1414. “Apresentação para palestra na FMU: Apogeu e demolição da política externa”, Brasília, 9 setembro 2021, 11 slides. Apresentação do novo livro e resumo das principais ideias: 14 principais elementos do Apogeu e sete pecados capitais da Demolição. Apresentação em palestra do dia 13/09/2021 (link: https://www.youtube.com/watch?v=-5hG5YtS5pE&list=PLO1x3kNEq3Hk5G6buE2OKPrlxyvHVe-au&index=3). Relação de Originais n. 3972.

 

1415. “‘O mundo já conhece Bolsonaro, o último negacionista do planeta’, diz embaixador”, Brasília, 21 setembro 2021, 18: 30, 30 mns. Podcast, Papo Antagonista com Claudio Dantas (link: https://youtu.be/vsp9b0hrekY). 

 

1416. Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4). Relação de Originais n. 3878. 

 

1417. “Angela Merkel: Fim de uma era - Como fica a Alemanha pós Merkel? - Relação Brasil-Alemanha”, Canal MyNews, 26/09/2021, 17:00, 43 mns. Com a participação de Otaviano Canuto, Paulo Roberto de Almeida e a condução da jornalista Mara Luquet (link: https://www.youtube.com/watch?v=yInupr95Xjs). 

 

1418. “À sombra do conservadorismo brasileiro: Rio Branco e Joaquim Nabuco”, Instagram, 4 outubro 2021, 2:06:43. Evento organizado pelo prof. Alex Catharino, no quadro de seu ciclo sobre o pensamento conservador: Trigésima oitava live da série "Diálogos sobre a Mentalidade Conservadora"; sobre os dois diplomatas do Império, “náufragos da monarquia” na República, com base em nota preparadas (link: https://www.instagram.com/p/CUoU3kooSlF/). Notas disponíveis no blog Diplomatizzando (5/10/2021, link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/10/a-sombra-do-conservadorismo-brasileiro.html). Relação de Originais n. 3993.

 

1419. “Roberto Campos: diplomata, economista e político, o constituinte profeta”, Brasília, 6 outubro 2021, 10:00hs, em sessão organizada pelo IDP, via YouTube (link: https://www.youtube.com/watch?v=YCbGEmoCY_Q); intervenção pessoal, entre os minutos 1:08:13 e 1:20:10, e novamente de 1:29:40 e 1:32:14. 

 

1420. “Alca e Mercosul: dois processos paralelos, não divergentes”, Brasília, 6 outubro 2021, 2:55hs. Evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Debates, com texto previamente divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/09/alca-e-mercosul-dois-processos.html; evento divulgado no link: Aqui está: https://youtu.be/E9UnrKtboTY). Relação de Originais n. 3984.

 

1421. O brasileiro voador e a marcha da insensatez”, O Estado de S. Paulo (14/10/2021; ISSN: 1516-2931; página de Opinião; link: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-aberto,o-brasileiro-voador-e-a-marcha-da-insensatez,70003867264?fbclid=IwAR2CtQC_VxSzKho3HV5DS5skHx0OEPogkC7WxsvUz716DoccM06I3eEzl9A); divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/10/o-brasileiro-voador-e-marcha-da.html). Relação de Originais n. 3978.

 

1422. “Especulações sobre a evolução da ordem global no século XXI, Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (Brasília, n. 11, 2021, pp. 121-144; ISSN: 2525-6653); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/63864501/Especulacoes_Ordem_Global_Rev_IHGDF). Relação de Originais n. 3883.

 

1423. “Apresentação: No limiar do bicentenário da Independência”, Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (Brasília, n. 11, 2021, pp. 7-9; ISSN: 2525-6653). Relação de Originais n. 3998.

 

1424. “Antonio Paim: do marxismo ao liberalismo”, Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal(Brasília, n. 11, 2021, pp. 201-211; ISSN: 2525-6653). Relação de Originais n. 3902.

 

1425. O Brasil contra democracia: a ditadura, o golpe no Chile e a Guerra Fria na América do Sul, de Roberto Simon; Resenha. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (Brasília, n. 11, 2021, pp. 285-297; ISSN: 2525-6653). Relação de Originais n. 3874.

 

1426. “Já estamos vivendo o apagão”, entrevista sobre a crise energética, brasileira e mundial, ao jornal A União (João Pessoa, Paraíba, domingo 7 de novembro de 2021, p. 4.). Divulgado no blog Diplomatizzando (8/11/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/11/a-crise-energetica-no-brasil-e-no-mundo.html) e em Academia.edu (link: https://www.academia.edu/61364329/4012_A_crise_energetica_mundial_e_o_Brasil_2021). Relação de Originais n. 4012.

 

1427. “O Brasil e a pandemia da covid-19: aspectos internacionais”, in: A crise da covid-19 no Brasil e seus reflexos; organizadores: Gleisse Ribeiro Alves, Gabriel Blouin Genest, Eric Champagne, Nathalie Burlone (Brasília: Ceub, 2021; ISBN: 978-65-87823-87-4; p. 77-101); disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/61811047/1427_O_Brasil_e_a_pandemia_da_covid_19_aspectos_internacionais_2021_); divulgado no blog Diplomatizzando (16/11/2021; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2021/11/o-brasil-e-pandemia-da-covid-19.html). Relação de Originais n. 3948.

 

1428. “Brasil en la Conferencia Económica y Monetaria Mundial de Londres, de 1933: objetivos limitados, pocos resultados”, Publicado in: Angel Soto (Editor), Debates económicos en tiempos de crisis: La Conferencia Monetaria de Londres y América Latina (Madrid: Unión Editorial, 2021, 248 p.; ISBN: 978-84-7209-845-9; p. 54-92), com a participação dos seguintes demais autores: Carolina Cerrano, Sebastián Edwards, Fabian Herrera, Carlos Newland e José A. Sánchez Román. Relação de Originais n. 3465. 

 

1429. “Morte do ex-presidente João Goulart completa 45 anos”, Entrevista gravada em áudio pelo jornalista Diego Cigales para a Agência Radioweb, transmitida em 9/12/2021 (link: https://rwcast.com.br/morte-do-ex-presidente-joao-goulart-completa-45-anos/).

 

1430. 

 

 

Próximas publicações:

 

3917. “Dimensões sociológicas das relações Estado e mercados: considerações histórico-teóricas e um breve estudo do caso brasileiro’, Brasília, 18 maio 2021, 23 p. Texto de apoio sobre Estado e Mercado, com vistas a aula em cursos de Mestrado e Doutorado em Direito do Programa de Pós-Graduação em Direito Negocial da Universidade Estadual de Londrina (UEL), a convite dos profs. Elve Miguel Cenci (coordenador) e Wagner Menezes (Direito-USP). Artigo de revista.

 

3939. “Introdução às crônicas do diplomata anônimo”, Brasília, 29 junho 2021, 4 p. Prólogo à brochura de Ereto da Brocha, Memorial do Sanatório, ou Ernesto e seus dragões no país de Bolsonaro (Brasília: Ombudsman, 2022, 91 p.). 

 

3951. “Relations de l’Amérique Latine avec les États-Unis et la Chine”, Brasília, 22 julho 2021, 9 p. Contribuição a projeto de livro sobre a América Latina, dirigido aos estudantes secundaristas franceses, sob a coordenação de Hervé Théry e Marie-Françoise Fleury. Revisto em 28/07/2021. Enviado em 15/08/2021 ao editor Atlande, para livro sobre a América Latina em 2022.

 

3954. “Hipólito da Costa, a censura e a independência do Brasil”, Brasília, 1 agosto 2021, 16 p. Introdução ao livro de José Theodoro Mascarenhas Menck: Hipólito José da Costa, o Correio Braziliense e as Cortes de Lisboa de 1821: a Imprensa no processo de independência do Brasil; Obra Comemorativa dos Duzentos Anos da Imprensa Brasileira e sua Contribuição ao Processo da Independência do Brasil na coleção do Bicentenário da CD; Brasília: Câmara dos Deputados, 2021.

 

3955. “Uma leitura original das Exposições de Motivos aos Códigos de Processo Civil”, Brasília, 2 agosto 3021, 1 p. Orelhas ao livro de Bruno Sampaio da Costa, Processo Civilizador nas Exposições de Motivos dos CPCs: um ensaio, resultante de tese de mestrado no Uniceub. Complementado por Contracapa.

 

3956. “O Brasil na conferência econômica de Londres de 1933: objetivos limitados, resultados pífios”, Brasília, 4 agosto 2021, 29 p. Revisão completa, ampliada, do trabalho n. 3457, submetido em 24/07/2019 à revista História Econômica & História de Empresas. Feita revisão final em 27/10/2021.

 

3967. “Sun Tzu e uma nova Arte da Guerra”, Brasília, 4 setembro 2021, 15 p. Trajetória de um chinês e itinerário da China desde o final do Império; contribuição ao livro Olhar a China pelos Livros,  a ser editado em Macau (CCCM), sob a direção do professor Jorge Tavares da Silva.

 

3970. “Tordesillas, Treaty of (1494)”, Brasília, 8 setembro 2021, 3 p. Colaboração a projeto da Editora americana ABC-Clio, “South America: From European Contact to Independence”.

 

3974. “Bandeiras”, Brasília, 12 setembro 2021, 3 p.; Colaboração a projeto da Editora americana ABC-Clio, “South America: From European Contact to Independence”.

 

3976. “Bandeirantes”, Brasília, 12 setembro 2021, 3 p. Colaboração a projeto da Editora americana ABC-Clio, “South America: From European Contact to Independence”.

 

3979. “Andrada e Silva, José Bonifácio de”, Brasília, 18 setembro 2021, 3 p. Contribution to the Encyclopedia of South American History.

 

3980. “Brazil, Independence Movement”, Brasília, 19 setembro 2021, 5 p. Contribution to the Encyclopedia of South American History.

 

4014. A construção do multilateralismo contemporâneo: do século XIX ao XXIa participação do Brasil no sistema internacional, Brasília, 12 novembro 2021, 109 p. Livro em preparação.

 

4021. “Projetos para o Brasil: os construtores da Nação”, Brasília, 19 novembro 2021, 219 p. Livro completo, tal como elaborado sob n. 3959, em torno dos projetos de 20 personalidades que se dedicaram à construção do Estado, da Ordem, do Progresso e da Democracia, um itinerário de 200 anos de história, preparado para o Concurso literário Pandiá Calógeras: 200 anos da Independência do Brasil, Premiado em 1º lugar no concurso: BIBLIEx.

 

4037. “A construção da diplomacia brasileira por um de seus pais fundadores”, Brasília, 4 dezembro 2021, 7 p. Prefácio ao livro de Paulo Fernando Pinheiro Machado: Ideias e diplomacia: O Visconde do Uruguai e o nascimento da política externa brasileira– 1849-1853 (Lisboa: Lisbon International, 2022).

 

4038. “Inéditos de José Guilherme Merquior: amostras da ‘máquina de pensar’”, Brasília, 7 dezembro 2021, 19 p. Anais do Seminário Internacional José Guilherme Merquior (São Paulo: É Realizações Editora, 2022).

 

4042. “As circunstâncias da escrita do País do Futuro de Zweig”, Brasília, 12 dezembro 2021, 5 p. Nova introdução ao livro planejado sobre a obra revisitada de Stefan Zweig, para ser incorporado ao livro em preparação. 

 

3474. “Brazil and the 1919 peace negotiations: a newcomer among the greats”, Brasília, 7-16 june 2019, 21 p. Paper prepared for the Peace Making after the First World War, 1919-1923 Conference. ??

 

Os acadêmicos americanos decididamente enlouqueceram com a "competição" chinesa - Graham Allison (Harvard)


  Observem que o professor americano, membro do Belfer Center, não fala sequer em competição militar, mas em RIVALIDADE, ou seja, confrontação. Graham Allison é autor do livro sobre a inevitável guerra entre as duas grandes potências, sob a inacreditavelmente FALSA ANALOGIA da "Armadilha de Tucídides". Ele começa falando de rivalidade militar "China vs USA", como se essa fosse a realidade.

Não se trata sequer de uma competição ou rivalidade EUA-China, e sim de uma postura adversária UNILATERALMENTE DECIDIDA entre os EUA e a China, sendo que esta jamais descreveu a relação bilateral em termos tão diretamente confrontacionistas. Os americanos decididamente enlouqueceram, pois não admitem que qualquer outro poder possa sequer chegar a igualar, ou equiparar-se em capacidade de projeção, sua própria primazia hegemônica, que eles imaginam ser não apenas eterna, como inevitável, necessária e benéfica para toda a humanidade.

Os chineses precisam manter a calma, nos próximos 50 anos, período no qual sua primazia tecnológica e militar terá condições de alcançar e talvez superar a dos EUA.

Paulo Roberto de Almeida


The Great Military Rivalry: China vs. the U.S.

The Harvard China Working Group has just completed the next installment in our series on the “Great Rivalry” between the U.S. and China. The first paper, on the Great Tech Rivalry, reported an uncomfortable finding: on current trajectories, China could become the global leader within the next decade in every one of the 21st century’s foundational technologies. Our second paper on the Great Military Rivalry documents what has happened in the military competition between China and the U.S. since 2000. While America’s position as a global military superpower remains unique, China has made great leaps forward on many fronts. What that means for the bottom line is that the era of American military primacy is over—dead, buried, gone. Indeed, in the most likely scenario of conflict between the U.S. and China—a hot war over Taiwan—America could very well lose.

Unfortunately, too many politicians and pundits have missed the harsh realities of a grave new world. One leader who recognized China’s military rise and spoke bluntly about its consequences is former Secretary of Defense Jim Mattis. His 2018 National Defense Strategy states directly: “for decades the U.S. has enjoyed uncontested or dominant superiority in every operating domain… Today, every domain is contested—air, land, sea, space, and cyberspace.”

The reason for finally confronting ugly realities is not to discourage, or counsel defeatism, but to motivate political and military leaders to act now to change current trendlines. The decisions that can have the greatest positive impact are the hardest to make and execute.

If you have a chance to look at the paper and have reactions, we’ll be eager to hear from you. 

For those interested in a shorter version of the argument, see my recent op-ed for The National Interest. A slide deckprovides a visual illustration of the paper’s key findings.

Graham Allison
Douglas Dillon Professor of Government, Harvard Kennedy School


Read the Paper


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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Livros sobre refugiados do nazismo no Brasil - Casa Stefan Zweig e embaixadas do Brasil

 Embaixada do Brasil em Washington: 

November 27, 2021
Embassy donates publications on refugees who sought protection in Brazil at the time of World War II
The material, which focuses on the refugees' contributions to Brazilian society, are being incorporated into the collections of major libraries in D.C.
German jeweller Hans Stern (1922-2007) in Copacabana Beach in 1939, soon after his arrival in Brazil. A renowned figure in Brazilian jewelry design, he founded the first gemological laboratory in South America. Photo: Stern Family archive / The Legacy of Exile

The Embassy of Brazil in Washington donated a number of publications to the U.S. Holocaust Memorial Museum, the Library of Congress and the Ralph J. Bunche Library of the Department of State that highlight the contributions of European refugees of World War II to Brazilian society and culture. 

The publications resulted from a partnership between Casa Stefan Zweig, in Petrópolis, in the state of Rio de Janeiro, and the Consulate General of Brazil in Geneva, headed by Ambassador Susan Kleebank. 

Coinciding with the November 9 decision by the International Holocaust Remembrance Alliance to admit Brazil as an observer country, the gift to American institutions "celebrates a commitment shared by Brazil and the United States to combat anti-Semitism and preserve Holocaust remembrance for future generations," says Brazilian Ambassador in Washington, Nestor Forster Jr., in a letter accompanying the donation.

One of the publications, The Legacy of Exile (1933-1945): How Refugees Fleeing World War II Contributed to Brazil, is the catalogue for an eponymous exhibition organized by Casa Stefan Zweig and the Consulate General of Brazil in Geneva. It features biographical entries along with photographs of refugees, including the Polish graphic artist Fayga Ostrower, German translator Herbert Caro, Austrian literary critic Otto Maria Carpeaux, and Czech philosopher Vilém Flusser.

Cover of The Legacy of Exile, a catalog published for an exhibition portraying the lives of refugees who contributed to Brazilian society in several fields.
This and the other donated material serve to honor and tell the story of refugees who, fleeing oppression, found a welcome home in Brazil, where they could rebuild their lives.

Through this donation, the Embassy also wishes to pay tribute to the alliance between Brazil and the United States that took shape during World War II, when troops from both countries fought side by side on European soil to defend human dignity, freedom and democracy—principles that, to this day, constitute the foundation of the partnership between the two largest democracies in the Hemisphere.
List of donated publications
  • Biographical Dictionary of Refugees of Nazi Fascism in Brazil (English version published by Casa Stefan Zweig with the support of the Brazilian Consulate in Geneva).
  • The Legacy of Exile (1933-1945): How Refugees Fleeing World War II Contributed to Brazil, a catalog of the eponymous exhibition.
  • Two brochures (one in French and Portuguese and one in English and German) containing the biographies of the refugees depicted in the above-referenced exhibition.
  • A catalog of Le Brésil dans l’expressionisme de Wilhelm Wöller exhibition (Wöller was a German painter of Die Brücke movement who fled to Brazil in 1939).
  • A catalog of Le Brésil dans les archives de la famille Scheier exhibition (Peter Scheier was a German refugee who became an acclaimed photographer).
  • The catalog of the Fayga Ostrower: 100 Years exhibition (Ostrower, a Polish refugee, became one of the leading graphic artists of her generation).

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Mini reflexão sobre a tal concentração de renda - Paulo Roberto de Almeida

 Mini reflexão sobre a tal concentração de renda

Paulo Roberto de Almeida

Lá vem o Piketty outra vez com o seu Relatório da Desigualdade Mundial, com os mesmos argumentos falhos.
Vamos começar corrigindo o título: não é Relatório da Desigualdade Mundial (se é verdade que ele cobre todo o planeta) e sim Relatório Mundial da Desigualdade (se é verdade que... idem).
Existem dois tipos de desigualdade: a MUNDIAL (que vem diminuindo sistematicamente, e que agora tropeçou, por causa da pandemia da Covid-19) e a NACIONAL (que pode aumentar).
A globalização, na verdade, DIMINUI a desigualdade mundial, mas o que vale ENTRE os países, não vale DENTRO dos países, onde a desigualdade pode estar aumentando, mas isso tem mais a ver com disposições nacionais de caráter tributário, educacional, políticas estatais, do que com a globalização em si, que expõe todos à concorrência. 
Na competição mundial, BAIXOS SALÁRIOS são sim, até certo ponto, uma vantagem competitiva, junto com a produtividade do trabalho humano, que vem com a educação. Existem países com baixos salários (oferta abundante de trabalho) e boa educação elementar, o que facilita a inserção desses países na divisão mundial do trabalho. Pelo que vejo, vão começar a gritar contra a globalização por causa das DESIGUALDADES INTERNAS, quando ela está diminuindo a distância entre os países.
Os ingênuos, que seguem o Piketty, voltam a falar de "virada neoliberal", de "financeirização da economia" e outras bobagens.
Aqui no Brasil, que o segundo mais desigual do planeta, a concentração de renda é extrema, mais do que a média mundial, mas isso não tem NADA a ver com o fato de sermos neoliberais, o que nunca fomos e não corremos o risco de ser.
O mundo tampouco é neoliberal e mesmo nos países que supostamente seguiam esse "credo", ficaram bem menos liberais recentemente, e isto vale para os EUA, para a Europa e outros países. Todos eles retrocederam no mercantilismo.
Nem o Brasil, nem a China foram jamais liberais, mas a China é uma economia de mercado muito mais LIVRE do que o Brasil.
Aos que seguem o Piketty, apenas uma observação: ele computa apenas a riqueza FINANCEIRA, que não é toda a riqueza do mundo.
Quanto a falar de "financeirização", como se se fosse alguma doença de pele que precisa ser extirpada com alguma pomada estatal, eu fico inteiramente à vontade para convidar o Piketty e todos os "antiliberais" (ou que se imaginam ser) a DESMANTELAREM a tal de "financeirização".
Como diria o Bolívar, seria como arar no mar, ou tentar conter a força dos ventos e das marés. Esse pessoal não aprende, e não foi por falta de tempo.
Os fenícios já demonstraram, milhares de anos atrás, que a financeirização é MUITO BOA, e faz as pessoas ficarem ricas. Sim, ela traz desigualdade, mas você não vai deixar de tomar um bom vinho, com os lucros da financeirização, apenas para reduzir a desigualdade com outros, não é mesmo?
Portanto, em lugar de comprar o último livro do Piketty – estilo Capital e Ideologia – compre um bom vinho, ou se não puder, pelo menos uma pizza: vai ser um melhor investimento do que Piketty, que só lhe daria azia...

Paulo Roberto de Almeida
Brasilia, 15/12/2021

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Os EUA estão novamente à beira de uma guerra civil? - Charles Homans (NYT)

 Assim parece, e não só pelo movimento eleitoral de Trump, que domina, literalmente, o Partido Republicano, também por uma pauta de costumes (aborto principalmente) que divide radicalmente o país, as pessoas, as familias, várias das quais levam suas armas para encontro públicos. 

Paulo Roberto de Almeida 

 

The New York Times – 13.12.2021

In Bid for Control of Elections, Trump Loyalists Face Few Obstacles

A movement animated by Donald J. Trump’s 2020 election lies is turning its attention to 2022 and beyond.

Charles Homans

 

Elizabethtown Pa. - — When thousands of Trump supporters gathered in Washington on Jan. 6 for the Stop the Steal rally that led to the storming of the U.S. Capitol, one of them was a pastor and substitute teacher from Elizabethtown, Pa., named Stephen Lindemuth.

Mr. Lindemuth had traveled with a religious group from Elizabethtown to join in protesting the certification of Joseph R. Biden’s victory. In a Facebook post three days later, he complained that “Media coverage has focused solely on the negative aspect of the day’s events,” and said he had been in Washington simply “standing for the truth to be heard.”

Shortly after, he declared his candidacy for judge of elections, a local Pennsylvania office that administers polling on Election Day, in the local jurisdiction of Mount Joy Township.

Mr. Lindemuth’s victory in November in this conservative rural community is a milestone of sorts in American politics: the arrival of the first class of political activists who, galvanized by Donald J. Trump’s false claim of a stolen election in 2020, have begun seeking offices supervising the election systems that they believe robbed Mr. Trump of a second term. According to a May Reuters/Ipsos poll, more than 60 percent of Republicans now believe the 2020 election was stolen.

This belief has informed a wave of mobilization at both grass-roots and elite levels in the party with an eye to future elections. In races for state and county-level offices with direct oversight of elections, Republican candidates coming out of the Stop the Steal movement are running competitive campaigns, in which they enjoy a first-mover advantage in electoral contests that few partisans from either party thought much about before last November.

And legislation that state lawmakers have passed or tried to pass this year in a number of states would assert more control over election systems and results by partisan offices that Republicans already decisively control.

“This is a five-alarm fire,” said Jocelyn Benson, the Democratic secretary of state in Michigan, who presided over her state’s Trump-contested election in 2020 and may face a Trump-backed challenger next year. “If people in general, leaders and citizens, aren’t taking this as the most important issue of our time and acting accordingly, then we may not be able to ensure democracy prevails again in ’24.”

In some areas, new political battlefields are opening up where none existed before.

Until this year, races for administrative positions like judge of elections were noncompetitive to the point of being more or less volunteer opportunities. Candidates ran unopposed, or sometimes not at all: The seat that Mr. Lindemuth ran for had been technically unoccupied before his election, filled by appointment by the County Board of Elections.

“There’s a lot of apathy here,” said Lisa Sargen Heilner, a former Republican committeewoman in Mount Joy Township, who resigned her post shortly after local Republicans endorsed Mr. Lindemuth and his wife, Danielle, in a concurrent school board election in which they both won seats. “I just kind of wanted to disassociate myself from them,” Mrs. Heilner said.

After Mr. Lindemuth won the G.O.P. primary for judge of elections in the spring, local Democrats struggled to find a candidate until Mike Corradino, an academic dean at a local community college, volunteered. “Like a lot of people, it troubles me what happened on Jan. 6,” Mr. Corradino said. He lost with 268 votes to Mr. Lindemuth’s 415.

Kristy Moore, the local Democratic committeewoman and a seventh-grade English teacher who ran unsuccessfully against Mr. Lindemuth in the school board race, said she had tried to attract the attention of county and state Democrats, but to no avail.

“I’m not sure what the Democratic Party was worried about, but it didn’t feel like they were worried about school board and judge of elections races — all of these little positions,” she said.

Mr. Lindemuth, whose phone was answered by a woman who refused to identify herself but declined to comment on his behalf, told The Atlantic in November that he saw the job as a public service. “It really has little to do with election results,” he said. “It’s more about filling in the gaps for the community.”

But Mrs. Heilner said that Mr. Lindemuth was unknown in local Republican circles before he announced his candidacy, and Mr. Corradino expressed concern about his Jan. 6involvement. “I hope that once he sees the responsibilities and the training, that would be a moderating influence,” Mr. Corradino said.

“I’m hoping that we don’t have any constitutional crises in our neck of the woods,” he added. “But things are a bit scary.”

In the months immediately after the election, Mr. Trump’s campaign to discredit the election’s outcome fueled a wave of lawsuits and partisan audits in closely contested states, none of which turned up evidence of more than extremely isolated instances of fraud.

This activity — fueled by grass-roots activists, party donors, sitting Republican politicians and Mr. Trump himself — has evolved rapidly into an effort that looks forward, not backward: recruiting like-minded candidates for public offices large and small, and proposing and, in some cases, passing laws intended to give partisan actors more direct control over election systems.

At every level, opponents are operating at a steep disadvantage. The electoral battles are being fought largely in areas where Democrats have struggled to maintain a foothold for over a decade. The legislative pushes are occurring in states where Republicans dominate both legislative and executive offices, and federal responses have been blocked by unified Republican opposition and Senate rules, which a dwindling but decisive number of Senate Democrats have resisted changing.

Throughout, there is a stark asymmetry of enthusiasm: Where Mr. Trump’s partisans see the issue of election system control as a matter of life and death, polling suggests Democratic voters broadly do not.

Secretaries of state like Ms. Benson, charged with administering elections in their states, are among the most visible targets of the Stop the Steal movement, and the clearest examples of how Mr. Trump’s election claims have opened up new, lopsided political terrain in heretofore sleepy corners of the electoral system.

Although they run on party tickets, secretaries of states’ campaigns have generally been amicable contests among bureaucratic professionals who pride themselves on placing civic responsibility over their parties’ pursuit of power. All of that changed when Mr. Trump and his allies, fuming over his loss in 2020, portrayed a handful of swing-state secretaries of state as supervillains, often wielding false claims of election malfeasance against them.

After Brad Raffensperger, Georgia’s Republican secretary of state, resisted Mr. Trump’s personal pressure to overturn the election results, Mr. Trump denounced him at rallies and Mr. Raffensperger and his family became the targets of regular death threats. Demonstrators, some of them armed, gathered outside Ms. Benson’s home last December shortly after Mr. Trump baselessly claimed that there had been “massive voter fraud” in Michigan’s election.

A year later, Trump loyalists supporting his claims about the 2020 election are strong candidates and, in some cases, front-runners in Republican primaries for secretary of state across the country. In Georgia, Representative Jody Hice, who has said he is not “convinced at all, not for one second, that Joe Biden won the State of Georgia,” is running against Mr. Raffensperger in the Republican primary in May, with Mr. Trump’s backing.

In November, Ms. Benson may find herself running against Kristina Karamo, a community college adjunct professor who has claimed that the 2020 elections were fraudulent, advocated for removing “traitors” from the Republican Party and accused Democrats of pursuing a “satanic agenda.” Since Mr. Trump endorsed her in September, she has considerably out-raised her rivals for the Republican nomination. (Ms. Karamo’s campaign did not respond to a request for comment.)

Democrats fear that such contests may pit a highly motivated Republican base that has come to view these races as central fronts in the battle for America against Democratic voters who are barely aware the races are happening at all.

“They have Trump hitting this one note all the time,” said Pete Brodnitz, a Democratic pollster. Among Democrats, he said, “If you ask people what their concerns are, about Republicans or their daily lives, they don’t say ‘threats to democracy.’”

 


Governo está destruindo o Mercosul, na maior irresponsabilidade - Janaína Figueiredo (O Globo)

 'O Brasil quer olhar para o mundo e se for com o Mercosul ótimo, senão vamos sozinhos', diz secretário de Comércio brasileiro

Às vésperas de cúpula presidencial, Lucas Ferraz faz um diagnóstico do bloco e alerta para fortes tensões com Uruguai e Argentina

Janaína Figueiredo
O Globo, 13/12/2021 

RIO — Os quatro países do Mercosul chegarão à próxima cúpula de ministros e presidentes do bloco, nos dias 16 e 17 de dezembro, com tensões que envolvem a política mas, também, dificuldades de chegar a acordos técnicos.

Em entrevista ao GLOBO, o secretário de Comércio do governo brasileiro, Lucas Ferraz, afirmou que “se o Mercosul não fizer as reformas necessárias, em matéria de redução de tarifas e flexibilidade negociadora, está  fadado à irrelevância”.

O principal negociador da equipe econômica enfatizou que “o Brasil não quer sair ou abandonar o Mercosul”, mas defende um processo de modernização necessário: “O Brasil quer mais, quer olhar para o mundo. Se puder ser com o Mercosul ótimo, senão, vamos sozinhos”.

Qual é sua sensação pós acordo com a Argentina para reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC), que taxa produtos de fora do bloco?

O Brasil conseguiu o acordo possível, aquém, claro, do que queríamos. Sempre defendemos um corte (de 10%) linear, cobrindo 100% do universo tarifário.

A primeira proposta da Argentina chegava a 75%, e o acordo possível foi a cobertura de 87%, ficando excluídos, basicamente, têxteis, calçados e parte do setor automotivo, as autopeças e automóveis que têm tarifas de importação acima de 14%. Isso ficou fora a pedido da Argentina.

Para o Brasil, a reforma da TEC não parou aí. A ideia é insistir nos 100% já no ano que vem, e que tenhamos mais um corte de 10%, totalizando 20%. Estamos trabalhando com esse horizonte.

Ainda neste governo?

Sim, neste governo. Este corte foi baseado no artigo 50 do Tratado de Montevidéu. Fizemos isso como medida de abertura comercial e de minimização dos impactos inflacionários. Não houve muito ruído, nós já tínhamos acordado isso com a Argentina.

Acho que o governo argentino entendeu o momento complicado em termos inflacionários que tanto o Brasil quanto o mundo inteiro está passando e foi construtivo. O Paraguai também. Só não conseguimos anunciar uma redução efetiva da TEC em todo o bloco por conta da posição do Uruguai.

A sensação de muitos era de que se Brasil e Argentina não tivessem conseguido chegar a um acordo o Mercosul corria sérios riscos…

Nossa visão é de que se o Mercosul não fizer as reformas necessárias, principalmente da TEC e de flexibilização negociadora, o bloco esta fadado à irrelevância. O Mercosul, antes do Tratado de Assunção, em 1991, representava 8% das trocas comerciais do Brasil. Oito anos depois, chegou a 18% e, hoje, representa 6%.

Não é que o Brasil seja contra o Mercosul, ou queira sair ou destruir o Mercosul, muito pelo contrário. Nosso entendimento é de que o Mercosul é tão importante que ele precisa ser reformado.

Precisamos alinhar nossa TEC à média dos países em nível de desenvolvimento similar aos do Mercosul, e precisamos de mais flexibilidade negociadora, por conta da complexidade de uma negociação conjunta dos quatro sócios.

Existe uma falsa visão de que o Mercosul senta junto numa mesa para negociar. Quando sentamos, cada um dos quatro sócios está buscando seus próprios interesses.

Na maioria das vezes, os interesses são conflitantes. A flexibilidade já é uma realidade que se impôs, por exemplo, no acordo da Coreia do Sul.

A Argentina não participa da negociação de bens e regras de origem. A discussão da flexibilidade vai ter de acontecer em algum momento, até para ter o cobertor jurídico para o que está acontecendo hoje.

Esse ponto explica a tensão com o Uruguai neste momento?

Veja, o governo brasileiro está alinhado com o Uruguai no sentido de que o Mercosul precisa entregar mais resultados e que pra isso precisa de flexibilidade negociadora. O que ainda não está maduro no governo brasileiro é o que se entende por flexibilidade negociadora.

Diante da atitude que soberanamente o Uruguai tomou de anunciar uma negociação com a China, do ponto de vista do Ministério da Economia, não há problema legal, até porque a resolução 32.00 (que exige consenso em negociações externas) nunca foi internalizada. Mas dentro do governo brasileiro essa posição ainda não é uníssona.

O Itamaraty tem uma posição mais conservadora, acha que o Tratado de Assunção gera um impedimento. Temos um saudável debate interno, que dificulta poder dar ao Uruguai um posicionamento do Brasil como o Uruguai espera.

Mas o Brasil entende que deve haver flexibilidade, o próprio presidente Jair Bolsonaro já defendeu isso em cúpulas, falta uma definição clara de qual seria o formato dessa flexibilidade.

A Argentina, por sua vez, não aceita a flexibilidade.

Argentina e Paraguai têm resistência maior e entendem que contraria o Tratado de Assunção.

O Uruguai está condicionando sua adesão à redução da TEC a que o Brasil, principalmente, dê um apoio explícito e contundente à flexibilidade. Se isso não vai acontecer, agora, corre perigo o acordo sobre a TEC?

Será uma decisão de cada um. O Brasil se apoia numa cláusula de exceção do Tratado de Montevideo. Nada impede que outros façam o mesmo. Ao que parece, não há sentimento de urgência por parte dos outros países.

O Brasil fez isso por uma emergência, pelo nosso entendimento de que precisamos de um choque de oferta para minimizar os impactos inflacionários que, como já disse, é um problema global. Fizemos isso de uma forma unilateral, mas é algo provisório. Vamos lutar para que seja uma redução oficial entre os quatro sócios do Mercosul.

Essa decisão que fizemos é válida até o final de 2022. Nossa ideia é de que até janeiro os quatro sócios  façam o mesmo movimento.

O Uruguai não é contra, mas quer um pacote completo mais ambicioso. Agora, o governo brasileiro já se manifestou e não vai se opor ao início das negociações do Uruguai com a China ou qualquer outro país.

Qualquer país pode anunciar negociações, no único momento que teremos uma questão legal é quando esse acordo tiver de ser internalizado, o que vai demorar anos. A segurança jurídica que o Uruguai pretende só virá se for uma decisão do Mercosul.

Na última cúpula a declaração final, pela primeira vez, foi assinada apenas por três países. Qual é seu diagnóstico hoje do Mercosul?

Vejo o Mercosul com otimismo, você não rompe um equilíbrio de 30 anos sem quebrar alguns ovos. O processo atual é o início de um processo de modernização necessário e já tardio.

O que se discute hoje é qual o nível de reforma que o bloco precisa. Do lado do Brasil, Uruguai e Paraguai está claro que o Mercosul precisa de mais abertura comercial, de maior inserção internacional, que se dá por meio da redução da TEC e mais acordos regionais.

Existe debate interno e a política, naturalmente, interfere. O Brasil tem claro que o Mercosul não serviu ao seu propósito, não houve aumento da inserção internacional.

Temos uma das TECs mais altas do mundo, o menor número de acordo regionais do mundo, então, nos perguntamos para que serve esse arranjo. A União Europeia (UE), por exemplo, tem um comércio intra-bloco muito forte, mas é também um dos maiores players internacionais.

Quando pensamos o que o Brasil poderia ter ganho e não ganhou porque ficou amarrado num bloco pouco dinâmico nos perguntamos a razão disso. O único diagnóstico possível é que na verdade o Mercosul serviu esse tempo todo como grande projeto de reserva de mercado. Ao contrário, queremos um Mercosul que sirva como uma plataforma de maior integração global para os sócios.  

Como se concilia esse diagnóstico com uma Argentina cada vez mais fechada, por conta da escassez de dólares?

Há o reconhecimento por parte do Brasil de que existe um problema macroeconômico de vulnerabilidade externa alto na Argentina, e não é do interesse brasileiro prejudicar mais o país. Por isso, em todo esse processo de reforma da TEC o governo brasileiro vem dizendo que a Argentina não precisa acompanhar o Brasil nesse momento, o que pedimos é um waiver (permissão), ou seja, nós reduzimos a tarifa agora e eles nos acompanham lá na frente. Mas a Argentina resiste, porque perde a reserva de mercado.

O custo dessa reserva de mercado é maior para a maior economia do bloco. Qual é o benefício que isso traz para o Brasil? Então, tudo bem, queremos manter nosso bloco, mas o Brasil quer mais, quer olhar para o mundo. Se puder ser com o Mercosul ótimo, senão, vamos sozinhos.

Do ponto de vista técnico, o Mercosul tem conseguido chegar a acordos. Até que ponto a política e questões como a relação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o atual governo argentino atrapalham?

Se a economia tivesse a palavra final no Mercosul, é muito provável que o Mercosul não existisse mais, tal como ele é hoje. Existe porque a política falou mais alto. Não me refiro a este governo, me refiro aos últimos 30 anos. Esse modelo do Mercosul rígido e pouco dinâmico só existe porque a decisão final foi e é da política, ou seja, gostemos ou não, há que se reconhecer a legitimidade dessas decisões.

O papel dos técnicos e apontar o que se ganha e o que se perde mantendo ou modificando as coisas. Se a política vai atrapalhar ou não ano que vem (pelas eleições no Brasil e a proximidade entre Lula e o governo argentino), o tempo nos dirá.

https://oglobo.globo.com/economia/o-brasil-quer-olhar-para-mundo-se-for-com-mercosul-otimo-senao-vamos-sozinhos-diz-secretario-de-comercio-brasileiro-1-25317192

Ministério da Economia quer ter sua representação em Washington: é prêmio ou é trabalho sério?

 Ministério usa queda na captação de fundos para justificar base nos EUA

Nota técnica defende criação de escritório da Economia em Washington
Por Daniel Rittner — De Brasília
Valor Econômico, 14/12/2021 05h00

A alocação de recursos em ativos no Brasil por fundos internacionais (de pensão, private equity, soberanos) está caindo significativamente e atingiu o patamar mais baixo dos últimos 16 anos. Atualmente o país representa apenas 0,23% dos aportes globais e 5,10% dos investimentos em mercados emergentes, segundo números levantados pelo BTG Pactual e compilados em nota técnica da equipe econômica para justificar a criação do Escritório de Representação do Ministério da Economia no Exterior.

Em dezembro de 2018, às vésperas da troca de governo, a participação brasileira na carteira dos fundos estrangeiros era de 0,54% no total de desembolsos e de 7,69% entre aqueles destinados especificamente aos emergentes. No auge, em dezembro de 2005, essa parcela era respectivamente de 0,88% e de 12,72%

O escritório deverá ter sede em Washington e ser chefiado pelo secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Da Costa, um dos últimos sobreviventes da equipe original do ministro Paulo Guedes. Na nota técnica que embasa o decreto presidencial de criação da nova estrutura, a justificativa é de que o escritório facilitaria a interlocução com investidores e seria capaz de atrair mais recursos. A nomeação do secretário ocorreria por portaria, depois do decreto.

“[O escritório] visa preencher uma lacuna técnica no que se refere aos avanços e transformações econômicas e institucionais do país nos últimos anos”, afirma um trecho do documento, que foi obtido pelo Valor. “O relacionamento direto entre o Ministério da Economia e atores internacionais, em alinhamento com o Ministério das Relações Exteriores, garante maior efetividade na comunicação estratégica dessas ações.”

De acordo com o texto, o escritório deverá ter duas pessoas - um chefe e seu assessor -, ambas necessariamente com pelo menos um ano de experiência no Ministério da Economia e ainda vínculo formal com a pasta. Elas precisarão da “senioridade máxima possível”, equivalente à de um ministro de primeira classe (embaixador) e de um ministro de segunda classe no Itamaraty.

“Washington DC seria a cidade ideal, pela concentração de think tanks, interlocutores públicos e o alinhamento com a Embaixada do Brasil, que já possui programas e planos para estreitar relações com representantes do Executivo e do Legislativo do país, além de organismos internacionais. Além disso, Washington fica próxima o suficiente de Nova York e Miami para eventos e reuniões de um dia, além de ter logística excelente para eventos na Costa Oeste e na Europa (onde estão os maiores investidores, após os EUA)”, diz a nota técnica.

O governo, no entanto, jamais havia citado a ausência de um escritório do Ministério da Economia no exterior como uma das razões para capturar menos recursos internacionais em ativos brasileiros. A própria equipe econômica já havia atribuído essa dificuldade a cláusulas estatutárias dos fundos estrangeiros. Muitos estão impedidos de fazer desembolsos em países fora da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) ou que não possuem grau de investimento pelas agências de classificação de risco, uma condição perdida pelo Brasil em 2015.

Outro ponto muito comentado por gestores de fundos de investimento é a falta de incentivos específicos nas atuais regras das debêntures de infraestrutura, que oferecem isenção de Imposto de Renda. Só quem compra esses papéis como pessoa física goza do estímulo tributário. A nova lei de debêntures, já aprovada na Câmara, muda essa abordagem e coloca o incentivo na emissão dos títulos, facilitando investimentos por fundos. O projeto, porém, ainda depende de avanços no Senado.

A representação do Ministério da Economia foi mal recebida por muitos diplomatas, que enxergam sobreposição com o setor comercial da embaixada em Washington e os dois  escritórios da Apex nos EUA. Eles já têm como prioridade o diálogo com potenciais investidores e a atração de recursos. Fontes da equipe econômica rebatem que países como Reino Unido e Colômbia possuem estrutura semelhante, ligada às pastas congêneres.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/12/14/ministerio-usa-queda-na-captacao-de-fundos-para-justificar-base-nos-eua.ghtml

Eclusas para Itaipu - Rubens Barbosa

 ECLUSAS PARA ITAIPU

Rubens Barbosa

O Estado de S. Paulo, 14/12/2021


A visita do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, ao Brasil, em novembro passado, abriu novas possibilidades de cooperação entre Assunção e Brasília, a partir de Itaipu, o maior empreendimento entre os dois países. Foi discutida a revisão do Anexo “C” do Tratado de Itaipu, que trata do preço, a comercialização e a disponibilidade da energia. Além de avançar na questão do preço da energia gerada pela binacional a partir de 2023, há um ponto sensível que está previsto em outro Anexo do Tratado de ITAIPU, o “B” (não o “C”), que é a construção de um sistema de Eclusas para permitir o fluxo de transporte fluvial sem interrupção pela hidrovia Paraná-Paraguai e que tem potencial para amalgamar um acordo de convergência entre os países. Em encontro bilateral de ontem na fronteira, os dois  presidentes devem ter conversado sobre Itaipu.

O eixo das hidrovias dos Rio Paraguai e Paraná integra partes do Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai em torno de bacias hidrográficas Paraguai, Paraná e Uruguai, todos afluentes da grande bacia hidrográfica do Prata. A densidade populacional é baixa (29 hab./km2), exceto para os departamentos de Assunção e Central no Paraguai. Com 20% da superfície da América do Sul (4.036.541 km2), com mais de 30% do PIB, essa região é a segunda maior no Cone Sul e a terceira com mais população (cerca de 29% do total do continente). O Rio Paraná é o mais importante da Bacia do Prata, não só pelo seu grande potencial hidrelétrico, mas pelos seus 2.800 km de extensão quase inteiramente navegáveis. A principal interrupção é onde está localizada a Usina Hidrelétrica de ITAIPU e a execução de um sistema de eclusas nas vias de navegação nesse local possibilitará sua completa navegabilidade, tornando viável inclusive a interligação das hidrovias Tietê-Paraná e Paraná – Prata.

A construção do sistema de eclusas e a ampliação de portos, águas acima e abaixo do reservatório de ITAIPU, associado com sistemas de transbordo de contêineres e cargas de grão sólido e líquido de transporte fluvial até caminhões de carga e vice-versa, conectados por uma estrada pavimentadas de grande capacidade de carga e ferrovias, será um conjunto dos empreendimentos (Transposição + Pólo Intermodal + Ferrovia) que, por efeito sinérgico, trará para cada unidade um benefício que certamente superará o ganho estimado, se fosse adotado somente um modal. Os benefícios são evidentes para a economia como um todo, e permitirão alcançar três objetivos: o desenvolvimento do transporte ferroviário e hidroviário interior com significativo aumento do transporte de produtos agrícolas e minerais); oferta através de concentração (economias de escalas e sinergias), de melhores serviços logísticos em termos de eficácia / eficiência com expressiva redução do custo do transporte de cargas) melhor utilização do uso do território excluindo áreas urbanas com utilizações impróprias ou de elevado impacto ambiental, como aquelas ligadas a transporte de cargas, concentrando-os em âmbitos externos apropriados.

Em vista da revisão do Anexo “C” do Tratado de ITAIPU em 2023, quando o pagamento da dívida estará integralmente amortizado, a empresa binacional estaria em condições de absorver o custo extra da construção das eclusas, que poderia operar a preço de custo ou próximo dele, com impacto muito reduzido sobre a tarifa. 

Esses elementos econômicos e comerciais deveriam servir de estímulo para o aproveitamento das potencialidades hidroviárias sul-americanas. Mas não é tudo. Soma-se a isso, a possibilidade de mitigar uma das maiores preocupações da humanidade, a emissão de gases poluentes e geradores de efeito estufa (GEE), que são considerados por diversos estudos como responsáveis pelo avanço do aquecimento global e, por isso, atualmente representando alta relevância nos acordos internacionais que preveem o avanço na regulamentação da redução dos GEE, inclusive, já estipulando a redução compulsória destas emissões. Um eventual incremento da participação do modal hidroviário na matriz de transportes poderia capturar benefícios para o meio ambiente: redução de acidentes rodoviários, redução da emissão de gases poluentes e redução do consumo de combustível. Segundo publicações técnicas, o modal rodoviário é o responsável pela maior taxa de emissão de CO2, com 116 kg de CO2 emitidos para cada 1.000 TKU movimentado. Por outro lado, assumindo a possibilidade de uma maior participação do modal hidroviário na matriz de transportes, as emissões de CO2 podem ser altamente representativas de redução, trazendo a possibilidade de uma monetização desta redução de emissão de gases considerando o mercado de crédito de carbono, além, naturalmente, contribuir para o principal, a melhoria do equilíbrio do clima.

Para facilitar a captação de investimentos para o desenvolvimento regional ao longo dos rios e melhorar a governabilidade deveria ser também examinada a criação de uma autoridade internacional para a Hidrovia, nos moldes da existente no Danúbio e no Ródano, na Europa.

A construção das Eclusas, prevista no Tratado original de Itaipu, poderá transformar os eixos das Hidrovias Paraná-Paraguai no projeto síntese da integração regional.

Rubens Barbosa, presidente do IRICE e membro da Academia Paulista de Letras.