O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Educacao brasileira: muito pior do que se possa imaginar - Vítor Wilher

A educação é, de longe, o maior crime contra o futuro do país cometido pelos companheiros totalitários, com a colaboração ativa das saúvas freireanas que pululam nas faculdades de pedagogia de todo o país. Todos os outros setores, inclusive economia e políticas sociais, podem ser "consertados", com algum esforço em seis meses a um ano. Mas a educação, se e quando as coisas começarem a ser consertadas, o que é altamente improvável conhecendo-se a mentalidade atrasada dos "pedagogos" freireanos, deve demorar 15 anos para produzir resultados, et encore...
Sou absolutamente pessimista quanto ao futuro do Brasil nessa área, conhecendo a fundo o verdadeiro desmantelamento da educação no Brasil operado pelos companheiros. Vai ser muito difícil consertar o estrago já feiro, inclusive porque não depende só do MEC dinossauro. Mesmo extinguindo esse ministério, por nefasto, o mal vai continuar a ser propagado pelas faculdades freireanas, pela ideologia gramsciana que domina as academias e pelas máfias sindicais de professores. Um desastre completo.
Esse crime contra o Brasil é dos companheiros e de seus aliados, inteiramente.
Um crime contra o futuro do país.
Paulo Roberto de Almeida 

A Copa de poucos e a educação de todos

Começou a Copa do Mundo. Uniram-se em torno dela governadores, empreiteiros, cartolas de clubes e da CBF, deputados, senadores, presidentes e outros. Estádios foram demolidos e reconstruídos para atender aos padrões da Fifa. Alguns foram construídos em estados cuja média de público e o interesse por futebol são baixos. Bilhões de reais foram injetados, via subsídio do BNDES, na construção de arenas multiusos que foram concedidas para consórcios que hoje cobram preços maiores do que aqueles praticados antes das reformas. A Copa do Mundo é mais um exemplo de que as decisões equivocadas de poucos têm causado enormes retrocessos para o desenvolvimento do país. Inclusive no que diz respeito à educação.
Os tempos onde a Copa foi sancionada por todos eram de crescimento, inclusão dos excluídos, inflação sob controle, câmbio favorável. Tempos bem distintos dos atuais. Em algum momento naqueles tempos alguns poucos decidiram que a Copa seria a cereja no bolo do nosso desenvolvimento.
Muito se falou, ao longo desses anos, da infraestrutura necessária para se sediar uma Copa do Mundo ou uma Olimpíada. Matérias, artigos, análises e outros extensos trabalhos detalharam a situação dos nossos portos, aeroportos, rodovias etc. Tudo foi vistoriado e diagnosticado com o pessimismo que já conhecemos muito bem. Mas e a educação, o que disseram dela?
Educação é o início de qualquer processo de desenvolvimento. Não há país desenvolvido que não tenha investido seriamente em educação. A despeito disso, no Brasil alguns poucos decidiram construir, nas décadas de 50 e 60, um sistema de ensino superior caro e complexo, gastando 50 vezes mais com esses alunos do que com a educação básica. Preferimos pegar um atalho para o desenvolvimento?
Hoje o país gasta cerca de 5 vezes mais em educação superior do que em educação básica. Dos 200 milhões de brasileiros, apenas 7 estão matriculados em alguma universidade. É uma razão baixíssima, mesmo entre países de desenvolvimento similar. A que custo? Gastamos US$ 13 mil por aluno, enquanto os países da OCDE gastam US$ 11 mil. É muito, em termos relativos: no ensino básico e médio gastamos US$ 2,6 mil por aluno enquanto os países da OCDE gastam US$ 8,4 mil. Preferimos pegar o atalho, produzindo mão de obra “qualificada” na ponta para a indústria e para os serviços protegidos, enquanto mais de 40 milhões de alunos fingem que aprendem alguma coisa em nossas escolas básicas estatais.
Desconfio que, se nada for feito em termos de gestão e melhor formação de professores, dobrar a quantidade de recursos não será a resposta
E o que pedem os poucos? Apenas mais recursos. Os grevistas da USP querem aumento do repasse do ICMS. O Plano Nacional de Educação acabou de ser aprovado no Congresso, pedindo entre outras coisas 10% do PIB para a educação. Mais recursos públicos para a USP, onde a maioria dos alunos poderia tranquilamente pagar mensalidades? Mais recursos públicos nesse sistema de educação básica, descentralizado e caótico, onde professores são formados em cursos de licenciatura aparelhados por ideologias, diretores são eleitos sem nenhuma qualificação, políticos viram ministros e qualquer esforço de implementar meritocracia e produtividade é visto como economicista?
Hoje investimos 5,3% (dados do MEC, pela OCDE são 5,8%) do PIB em educação, percentual similar aos países desenvolvidos. Em 2003 eram 3,9%. A adição de mais de R$ 50 bilhões nesse período causou melhora? No PISA continuamos nas últimas posições e o avanço não tem seguido tendência crescente. Pelo contrário, somos piores hoje em leitura do que éramos em 2009. Desconfio que, se nada for feito em termos de gestão e melhor formação de professores, dobrar a quantidade de recursos não será a resposta. Quanto desses 5% adicionais de PIB serão cooptados pelo sistema de ensino superior? Programas como o Prouni e o Fies hoje servem como tábua de salvação para universidades privadas ineficientes. Será que essas universidades ficarão com uma fatia do bolo?
A Copa do Mundo tem tudo a ver com isso. Ela é mais um exemplo de nosso capitalismo de estado, que elege poucos para controlar muitos. Poucos que controlam 37% da renda anual de todos. Poucos que tomam decisões equivocadas e que são sentidas (e pagas) por todos. Até quando?




SOBRE VÍTOR WILHER


Vítor Wilher

Economista, escritor, blogueiro e consultor empresarial. Escreve periodicamente artigos de política monetária, conjuntura macroeconômica e política brasileira, publicados em jornais, em sites especializados e no seu site pessoal (www.vitorwilher.com). Formado em ciências econômicas pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestrando em economia pela mesma universidade.

A tempestade perfeita dos keynesianos de botequim - Rolf Kuntz

Os companheiros são realmente desastrados em economia. Esquizofrênicos seria o termo exato, ou mais correto. Sempre foram assim.
No começo da era do Nunca Antes salvou-os a esperteza do mais igual dos companheiros, ao manter  economistas tucanos, ou simplesmente sensatos, no comando da economia, junto com o único companheiro neoliberal que eles tinham.
A despeito de intrinsecamente corrupto, como todos os seus, ele se converteu inteiramente ao bom-senso. Como eu sempre digo, os trotsquistas renegados fazem os melhores capitalistas (alguns até chegando a ser bons reacionários de direita).
Pois é, mas isso acabou: agora voltamos ao padrão companheiro em matéria de política econômica, ou seja, c..... sobre c.....
Paulo Roberto de Almeida 

A tempestade perfeita sem ajuda externa

Não subestimem o governo. A presidente e sua turma são capazes de criar por sua conta, sem ajuda estrangeira, a tempestade perfeita prevista no fim do ano passado por alguns economistas. A perfeição viria com a mudança da política monetária americana, até então muito folgada, e o consequente aperto do mercado financeiro internacional. Lá fora o dinheiro já encareceu e os donos do capital ficaram mais cautelosos, mas os danos causados pela mudança política do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, foram até agora muito limitados e absorvidos sem dificuldade especial. Enquanto isso, a economia brasileira continuou piorando. Foi mal no primeiro trimestre, com expansão de apenas 0,2%, e permanece estagnada no segundo. Tanto dados oficiais quanto do setor privado confirmam a deterioração. Na sexta-feira o Banco Central atualizou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br): aumentou só 0,12% de março para abril e ficou 0,67% abaixo do anotado um ano antes. A média dos primeiros quatro meses foi 0,79% inferior à de janeiro a abril de 2013.
Se a tendência se mantiver, a expansão acumulada em 12 meses, 2,19%, será corroída. Para este ano as previsões do mercado financeiro e das consultorias têm caído e estão na vizinhança de 1,5%. Se mantiver o rumo, o governo poderá produzir um resultado tão ruim quanto esse ou, talvez, até pior.
Por enquanto, o caminho da perfeição está bem definido, mesmo sem a contribuição de problemas no mercado financeiro internacional.
O investimento recuou no primeiro trimestre e, se depender da confiança do setor privado, continuará diminuindo nos próximos meses. O consumo, alvo principal da política econômica desde a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, perde impulso. O gasto público ainda se expande e o balanço das contas públicas, no fim do ano, deverá novamente mostrar um quadro fiscal precário. Nada autoriza, até agora, a expectativa de um surto de austeridade e competência no manejo do Orçamento federal.
Do lado externo o quadro continua sombrio. As exportações permanecem fracas. De janeiro até a primeira semana de junho, a receita do comércio exterior, US$ 95,39 bilhões, foi 2,4% menor que a de igual período de 2013, pela média dos dias úteis. Só a redução das importações, 3,2% menores que as de um ano antes, impediu até agora um resultado pior que o déficit de US$ 4,13 bilhões acumulado em cinco meses e uma semana.
Para este ano as previsões do mercado financeiro e das consultorias têm caído e estão na vizinhança de 1,5%. Se mantiver o rumo, o governo poderá produzir um resultado tão ruim quanto esse ou, talvez, até pior
O investimento global no primeiro trimestre ficou em 17,7% do produto interno bruto (PIB), por causa da insegurança do setor privado e da incapacidade gerencial do governo. A meta de investir 24% do PIB e chegar mais perto do padrão de outras economias em desenvolvimento parece cada vez mais distante.
Quanto a esse ponto, o resultado do segundo trimestre dificilmente será muito melhor que o do primeiro, se depender do setor privado. Segundo sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada na sexta-feira, 31% das empresas consultadas informaram ter investido mais que nos 12 meses anteriores e 24% indicaram ter investido menos. As proporções eram 37% e 18% no trimestre anterior. Os dados também apontam desaceleração nos próximos 12 meses. As empresas com planos de maior investimento diminuíram de 34% para 30%, enquanto passaram de 16% para 21% as indicações de menor investimento à frente.
Os investimentos sob responsabilidade do setor público devem continuar avançando com muita lentidão, como tem ocorrido há vários anos. As dificuldades são reconhecidas implicitamente pelo próprio governo, ao prometer maiores facilidades para atrair empresas privadas para os leilões de infraestrutura. Bancos federais anunciaram há poucos dias a disposição de financiar até 70% das obras e adiantar até 30% do dinheiro necessário. Os empréstimos, com custo equivalente a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 2% e prazo total de até 25 anos com 5 de carência, serão obviamente subsidiados. Em suma, o Tesouro precisa pôr muito dinheiro para conseguir a participação do capital privado, porque as demais condições impostas pelo governo são pouco atraentes.
“Estamos escrevendo uma nova história de infraestrutura no Brasil”, disse ainda na sexta-feira o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli. A declaração é parecida com as bravatas habituais da presidente Dilma Rousseff e de sua equipe, mas as palavras vieram acompanhadas de uma referência ao aprendizado necessário: “A lição de casa inclui juros, garantias e questões regulatórias”. Falta verificar se a lição resultará em mais pragmatismo e menos preconceito na definição de todos esses requisitos.
Os dados do varejo também apontam um enfraquecimento do consumo, embora a demanda continue suficiente, até agora, para alimentar uma inflação bem acima da meta de 4,5% e muito alta pelos padrões internacionais. A política de crescimento baseado nos estímulos ao consumo – desonerações fiscais, crédito farto e elevação da renda familiar – está esgotada. Todos esses estímulos são importantes e têm melhorado o padrão de vida de milhões de pessoas, mas só podem funcionar quando acompanhados do aumento da oferta. A indústria depende de mais investimentos para produzir mais e acompanhar a demanda interna. Sem isso o resultado é inflação, atenuada, até certo ponto, pela oferta de bens importados. Também para isso há um limite.
A presidente e seus assessores deveriam examinar mais atentamente a expressão “produto interno bruto”. A palavra mais importante é “produto”. O estímulo ao consumo pode provocar o aumento da oferta durante algum tempo, mas a resposta se esgota quando faltam outras condições. No Brasil, o esgotamento já ocorreu. Falta o governo perceber e aceitar esse fato.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 14/6/2014




SOBRE ROLF KUNTZ


Rolf Kuntz

Rolf Kuntz é professor titular de Filosofia Política na Universidade de São Paulo (USP) e colunista de economia do jornal “O Estado de S. Paulo”. É autor dos livros "François Quesnay: economia" (Atica, 1984), da coleção Grandes Cientistas Sociais, e "Qual o futuro dos direitos? Estado, mercado e justiça na reestruturação capitalista" (Max Limonad, 2002). Kuntz é mestre e doutor em Filosofia pela USP. Tem interesse especial pela obra de David Hume, Jean-Jacques Rousseau, John Locke e Adam Smith.

Eleicoes 2014: um cenario novo para outubro - Andres Oppnheimer

Rousseff na corda bamba

Em uma recente reunião com importantes analistas econômicos e políticos de toda a América Latina, fiquei surpreso com a ousada previsão do economista brasileiro Paulo Rabello de Castro, de que a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, não ganhará as eleições de outubro.
Quando ouvi o que me dizia, eu sorri e disse que, se Dilma perder mesmo a reeleição, ele se tornará o analista político mais famoso do Brasil, porque praticamente todas as pesquisas apontam que a presidenta será reeleita, provavelmente no segundo turno marcado para 26 de outubro.
Mas, quando li uma pesquisa intitulada O Descontentamento no Brasil Antes da Copa do Mundo, publicada pelo Pew Research Center, eu me perguntei se deveria levar mais a sério a previsão Rabello de Castro.
A pesquisa conclui que “o clima nacional no Brasil é sombrio”, depois de um ano em que mais de um milhão de pessoas saíram às ruas em todo o país para protestar contra a corrupção, a inflação e os enormes gastos do governo em obras públicas para a Copa, muitas das quais permanecem inacabadas.
O clima nacional no Brasil é sombrio”, diz uma pesquisa recente sobre o país
Muitos manifestantes dizem que o Brasil deveria ter gastado mais com educação de qualidade, saúde e transporte público, e menos com futebol. Alguns dos resultados da pesquisa são:
»72% dos brasileiros estão insatisfeitos com o rumo das coisas em seu país, em comparação com 55% pouco antes do início das manifestações contra a Copa em junho de 2013, e 49% em 2010.
»67% dos brasileiros acham que a economia não vai bem, em comparação com 41% no ano passado e 36% em 2010.
»61% dos brasileiros acham que sediar a Copa do Mundo é ruim, porque retira dinheiro da educação, da saúde e de outros serviços públicos. Só 34% acham que a Copa ajudará a melhorar a economia.
»52% dos brasileiros acham que Dilma exerce uma má influência sobre os assuntos do país, enquanto 48% pensam que a sua influência é boa.
72% dos brasileiros estão insatisfeitos com o rumo das coisas; em 2010 eram 49%
A única boa notícia da pesquisa para Dilma Rousseff é que, apesar de tudo, 51% dos brasileiros dizem ter uma opinião favorável da presidenta, enquanto apenas 27% dizem o mesmo do candidato do PSDB, Aécio Neves, e 24% têm opinião semelhante sobre o candidato do PSB, Eduardo Campos.
Depois de ler a pesquisa, liguei para Rabello de Castro e perguntei se ele mantém a sua previsão de que o Brasil ganhará a Copa do Mundo. Ele disse que sim.
“Se o Brasil ganhar será um empate para Dilma. Não vai influenciar o voto”, disse-me. “A maioria dos brasileiros está mostrando grande maturidade e não vai mudar de opinião pelo fato de o Brasil fazer um gol.” Acrescentou: “Se o Brasil não ganhar, por outro lado, isso se somará ao mau humor reinante e fortalecerá a ideia de que gastamos bilhões de dólares para nada. O povo vai ficar ainda mais furioso”.
O Brasil é o único país que eximiu a FIFA de pagar impostos por suas operações e lucros, algo que fará deste torneio um negócio “indecentemente rentável” para os organizadores, contou-me Rabello de Castro.
Além disso, há denúncias diárias sobre corrupção e custos excessivos, como no caso do estádio Mané Garrincha, de Brasília, cujo orçamento foi triplicado para dois bilhões de reais, em parte por causa daquilo que uma auditoria descreveu como “sobrepreços” pagos por materiais de construção, acrescentou.
Minha opinião: as coisas não estão indo muito bem para Rousseff, que não aproveitou os anos de vacas gordas – quando o boom dos preços das matérias-primas ajudou o Brasil a crescer a 5% ao ano durante a última década – para tornar a economia do país mais competitiva. Este ano, projeta-se que o Brasil crescerá 1,8%.
Contudo, ainda não acredito que Rousseff vá perder no segundo turno. Os subsídios sociais governamentais do programa Bolsa Família chegam a 15 milhões de famílias que certamente votarão nela, e o Partido dos Trabalhadores terá o dobro de tempo gratuito na televisão e no rádio em comparação a seus concorrentes.
O que me faz duvidar um pouco sobre sua vitória são as últimas pesquisas e a possibilidade de que, se o Brasil não ganhar a Copa do Mundo, os brasileiros se perguntem, ainda mais do que agora, onde seu dinheiro foi parar. Ou seja, continuo pensando que Rousseff ganhará, mas não me animo em apostar um real nisso.
Fonte: El País, 15/06/2014.
Considerado uma das 100 pessoas mais influentes da América Latina em 2002 e 2008, pela “Poder Magazine", Andres Oppnheimer é autor dos best-sellers "¡Basta de historias!" e "Cuentos chinos", e vencedor do prêmio Pulitzer de 1987, junto com a equipe do “Miami Herald”, pela reportagem que desvendou o escândalo Irã-Contras. Oppnheimer cursou Direito na Universidade de Buenos Aires e fez mestrado em Jornalismo pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. É editor de América Latina e colunista de relações exteriores do "The Miami Herald". Sua coluna é publicada em mais de 60 jornais dos Estados Unidos e do mundo. O jornalista tem seu próprio programa de TV, o "Oppenheimer Presenta", que vai ao ar nos Estados Unidos e em 19 países. Site: http://www.andresoppenheimer.com/

Agronegocio pujante insiste em atrapalhar o negocio declinante dos terroristas do MST

No país quebrado por 12 anos de incompetência petista, o odiado agronegócio é o único setor a mostrar vitalidade econômica. Isto deve incomodar a banda podre da Igreja - a Comissão Pastoral da Terra - e o retrógrado braço armado do lulopetismo, o MST. Não à toa, o símbolo deles é uma enxada. Editorial do Estadão:


No país do pibinho, mais uma vez o sinal mais forte de vitalidade econômica vem do campo, com uma safra de grãos e oleaginosas - algodão, amendoim, arroz, feijão, milho, soja, sorgo e trigo - estimada em 193,57 milhões de toneladas. Se confirmada, a produção será 2,6% maior que a da temporada 2012-13, quando se colheram 188,66 milhões de toneladas. O novo recorde vem acompanhado, mais uma vez, de exportações suficientes para compensar a maior parte do déficit acumulado no comércio de manufaturados. Neste ano, os exportadores têm encontrado no mercado internacional preços em queda para alguns produtos importantes, como a soja, mas, ainda assim, o agronegócio acumulou de janeiro a maio um superávit de US$ 32,38 bilhões. Nesse período, o resultado geral do comércio exterior foi um déficit de US$ 4,85 bilhões.

A nova estimativa da safra 2013-14 foi divulgada na terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura. O levantamento anterior, publicado em maio, apontava um total de 191,25 milhões de toneladas. Em cada ano agrícola os números são atualizados mensalmente, desde as primeiras previsões de plantio até o fim das colheitas, passando pela evolução de cada tipo de lavoura, em cada região. A atualização é necessária porque vários fatores, como as condições do tempo, a incidência de pragas e doenças e, naturalmente, os tratos culturais, afetam o desenvolvimento das plantas e o rendimento final das culturas.

Neste ano, o rendimento geral das lavouras caiu. A área plantada aumentou 6,2%, mas o aumento da produção deve ficar, segundo a avaliação mais recente, em 2,6%. A produção por hectare deve crescer 17,7% no Norte-Nordeste e diminuir 4,9% no Centro-Sul, principalmente por causa do tempo desfavorável. Os dados finais serão conhecidos dentro de alguns meses. O padrão característico das últimas duas décadas tem sido um aumento muito maior da produção que da área cultivada. A agricultura vem sendo, há mais de uma década, o setor mais dinâmico, mais produtivo e mais competitivo da economia brasileira. O mesmo padrão tem sido observado na pecuária comercial.

Essas qualidades estão refletidas no comércio exterior do agronegócio. Neste ano, até maio, o setor exportou produtos no valor de US$ 39,5 bilhões e acumulou um superávit de US$ 32,38 bilhões. A receita foi 2,2% menor que a obtida nos mesmos meses do ano passado, principalmente por causa da queda de preços. O comércio foi liderado, como em anos anteriores, pelos exportadores do complexo soja, com aumento de 18,6% no valor faturado (US$ 15,58 bilhões) e de 23,1% no volume vendido (30,29 milhões de toneladas). A diferença entre a expansão do volume e a da receita indica a diminuição do preço médio. Também caíram os preços das carnes, a segunda maior fonte de receita, e do complexo sucroalcooleiro.

As vendas acumuladas em 12 meses, no valor de US$ 99,08 bilhões, foram 0,4% menores que as do período encerrado em maio do ano passado, de US$ 99,5 bilhões. O saldo diminuiu 1,3% e ficou em US$ 81,94 bilhões. No mesmo período, o saldo total do comércio exterior ficou em apenas US$ 3,09 bilhões, por causa do mau desempenho da maior parte da indústria.

Boa parte dos ganhos de produtividade conseguidos pelo setor industrial nos anos 90, a partir da abertura do mercado e de esforços de modernização, já foi consumida. Os investimentos empresariais foram insuficientes na última década. Faltou inovação, a mão de obra encareceu muito e o setor continuou prejudicado pela má tributação, pela burocracia e pelas deficiências da infraestrutura. O intervencionismo e os erros de foco da política industrial também pesaram. O protecionismo e a limitação dos mercados, por falta de acordos com países desenvolvidos, contribuíram para a acomodação e o enfraquecimento da indústria. Alguns desses problemas, como os de logística, também afetam seriamente o agronegócio.

Esses erros produzem, entre outras consequências, uma excessiva dependência comercial do agronegócio - um desnecessário fator de risco.

A farsa bolivariana do partido totalitario: o decreto dos sovietes tupiniquins vai para o lixo da historia

Petismo: a farsa como método
Perdendo apoio no Congresso, inclusive com a debandada de aliados, o governo tenta trocar a democracia representativa pela "democracia direta". É o velho assembleísmo petista, herança de uma tradição autoritária típica do esquerdismo. Artigo de Paulo Rabello de Castro no Estadão:

Menos pela ameaça que poderia representar, se chance tivesse de sobreviver ao Congresso, o decreto presidencial que cria os conselhos populares merece o alarde e a resistência que provocou por representar mais uma tentativa do PT de governar à revelia da sociedade organizada.

Com os movimentos sociais fugindo ao controle em meio a uma campanha eleitoral que devolve o partido ao patamar histórico de 30% das intenções de voto - insuficiente para a reeleição de sua candidata -, e com uma base parlamentar cada dia mais hostil, o PT investe na chamada democracia direta.

A defesa do decreto pelos ministros Aloizio Mercadante e Gilberto Carvalho, a quem ficariam subordinados os tais conselhos, não resiste a uma simples constatação: se boa fé política os movesse, o Congresso seria incluído na iniciativa com uma proposta em forma de projeto de lei, ainda que isso não corrigisse a inconsistência da iniciativa.

Mas como a ideia é exatamente substituir o Poder Legislativo por conselhos de composição ideológica afinada com o PT, a opção pelo decreto é autoexplicativa. O assembleísmo, do qual são retrato fiel as chamadas conferências nacionais do PT, representaria a "sociedade civil", no ideal petista de governo, onde o Congresso seria melhor se decorativo.

Se votado hoje o projeto de Decreto Legislativo da oposição, que revoga o presidencial, o Congresso imporia nova derrota à presidente Dilma, agora na véspera da eleição, razão pela qual o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), preferiu adiá-la, a pedido do vice- presidente Michel Temer.

Mas a conta continuará a mesma após a eleição: para aprovar o decreto legislativo que revoga o presidencial são necessários 257 votos - 19 a menos que os 238 dos dez partidos que o apresentaram. Como o PMDB já se manifestou contrário e o espírito de autodefesa do Congresso o rejeita, não há futuro para os conselhos do PT.

O que resta do episódio é a indigência de conteúdos do governo petista, incapaz de produzir propostas que respondam aos anseios reais da população.

O partido insiste na opção da farsa como método, como demonstrou mais uma vez ao assumir a desfiliação do deputado André Vargas (PR), flagrado em corrupção.

Na vida real, o PT fez um acordo com Vargas, a quem interessava a desfiliação, como forma de evitar sua cassação e viabilizar seu retorno na próxima eleição, escapando à consequente perda dos direitos políticos por oito anos.

Não falta razão, por isso, ao ex-presidente Lula, quando manifesta preocupação com a imagem de corrupção que passou a selo do partido, líder hoje nesse quesito.

Copa do Mundo: Companheiros: 35; Brasil: 0 (mas sempre pode ser mais...)

Copa do Mundo vai custar R$ 3,5 bi a mais ao governo
Considerando obras transferidas para o PAC, despesa total chega a R$ 35 bi
Nas primeiras projeções União já alertava que outras intervenções seriam incluídas no custo total do evento
DIMMI AMORA, FILIPE COUTINHO, DE BRASÍLIA
Folha de S.Paulo, 16/06/2014

A Copa do Mundo vai custar cerca de R$ 3,5 bilhões a mais do que o estimado oficialmente pelo governo.
Levantamento feito pela Folha revela que as planilhas de custos oficiais estão com valores defasados e não incluem gastos já realizados ou que terão que ser executados até o final do evento.
O governo avalia que o Mundial custará R$ 25,8 bilhões, mas não atualiza esse valor desde setembro e não inclui gastos no PAC e outras despesas. Com tudo considerado, os gastos oficiais chegam a R$ 35 bilhões.
Até agora, o governo gastou R$ 2 bilhões a mais em obras de transporte, estádios e aeroportos e R$ 1,5 bilhão em renúncia fiscal e juros subsidiados.
O gasto oficial também não inclui obras de R$ 6 bilhões tiradas da lista de investimentos para a Copa e transferidas para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Além dessas despesas, o governo também não incluiu na contabilidade outros gastos como as estruturas provisórias, em que os Estados gastaram quase R$ 500 milhões.
Entre os exemplos de obras de aeroportos que estão defasadas nas contas está Guarulhos, na Grande São Paulo. A estimativa inicial indicava gasto de R$ 2 bilhões com o aeroporto, mas o orçamento já atingiu R$ 3,2 bilhões.
Ao todo, as obras em estádios, aeroportos e transporte consumirão R$ 25 bilhões --R$ 2 bilhões a mais do que o governo divulga. E os valores ainda deverão ser ajustados.
O governo ainda não incluiu as renúncias fiscais e juros subsidiados nos empréstimos da Copa. Segundo o Tribunal de Contas da União, esses valores representavam R$ 1,5 bilhão em 2013.
TRANSFERÊNCIA
Ao lançar a Copa, o governo federal dizia que as obras da matriz que acabaram sendo excluídas da lista eram importantes para o Mundial. Mas, como não ficariam prontas a tempo do torneio, o discurso oficial foi adaptado: o objetivo é atender a população e o evento seria um caminho para antecipar as obras.
Em 2012, o TCU determinou que obras que não fossem ficar prontas para o Mundial saíssem da lista.
Essas 11 intervenções estão sendo feitas ou projetadas com recursos do PAC e custarão pelo menos R$ 6 bilhões.

As primeiras projeções feitas pelo governo para os gastos com a Copa indicavam uma despesa da ordem de R$ 33 bilhões. Mas o próprio governo alertava que faltavam intervenções que seriam incluídas posteriormente na contabilidade final.

O nazismo em construcao no Brasil: pelo partido neobolchevique totalitario, obviamente...

O partido dos companheiros neobolcheviques já ultrapassou a simples condição de fascista. Ele se prepara para o estágio nazista de tentativa de dominação, começando por intimidar aqueles que considera não simples adversários políticos, mas verdadeiros inimigos da sua causa totalitária -- entre os quais eu me incluo -- e propondo palavras de ordem para a sua militância organizada de mercenários ao serviço da hegemonia completa.
Não se contentam em aparelhar o Estado e se apropriar dos recursos públicos, também pretendem afastar, se possível eliminar, qualquer oposição.
Esta é apenas uma amostra. Coisas piores devem acontecer sem que saibamos.
Não hesito absolutamente em dizer: partido neobolchevique já ultrapassou a sua condição de fascista, para alcançar o estado mental do nazismo ascendente, aliás, aquele mesmo que fez um pacto com o stalinismo criminoso, para depois atacar seus inimigos-aliados...
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 16/06/2014
 às 22:09

AJUDEM A ESPALHAR: CHEFÃO DO PT PEDE ABERTAMENTE A CABEÇA DE JORNALISTAS NA PÁGINA DO PARTIDO. ESTOU NA LISTA. NÃO SEI O QUE FARÃO OS OUTROS. ESTOU ANUNCIANDO AQUI QUE VOU PROCESSAR O SR. ALBERTO CANTALICE POR CALÚNIA E DIFAMAÇÃO. CABE INDAGAR SE CHEFÃO PETISTA NÃO ESTÁ DANDO UMA ORDEM PARA QUE ESSAS PESSOAS SEJAM AGREDIDAS NAS RUAS. É PRECISO CUIDADO! ELE É DO PARTIDO A QUE PERTENCIA CELSO DANIEL!

Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, divulga no site do partido lista negra de jornalistas. Um assunto para a Justiça e para a Polícia Federal
Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, divulga no site do partido lista negra de jornalistas. Um assunto para a Justiça e para a Polícia Federal
O PT, saibam os senhores, pedem a cabeça de jornalistas para seus respectivos patrões. O partido tem nas mãos instrumentos para fazê-los: anúncios da administração direta e propaganda de estatais. Alguns cedem, outros não! Denunciei aqui a fala fala de um certo José Trajano na ESPN e AFIRMEI QUE ELE NÃO ESTAVA PENSANDO APENAS POR SUA CABEÇA. DEIXEI CLARO QUE ELE VOCALIZAVA PALAVRAS DE ORDEM DO PT. Muitos não acreditaram. Pois é…
A opinião do sr., Trajano sobre mim e sobre os demais que ele atacou (Augusto Nunes, Diogo Mainardi e Demetrio Magnoli) pode ser moralmente criminosa, mas não vai além do crime moral. Ele tem o direito de achar a respeito dos meus textos o que bem entender. E eu tenho o direito de responder. Se ele se sente bem com o seu oficialismo de contestação, aí é problema dele.
É diferente, no entanto, quando um político acusa jornalistas de cometer um crime. Aí a coisa pega. O sr. Alberto Cantalice, vice-presidente do PT e “coordenador das Redes Sociais do partido” escreveu um artigo no site do PT em que se pode ler esta pérola.
 Cantalice acusação
Observem que os quatro da lista de Trajano estão também na de Cantalice, que vem ampliada. Não sei o que farão os outros. Sei o que eu farei. Estou anunciando aqui que vou processá-lo. E a razão é claríssima. Ele está me acusando se estimular a que outros “maldigam os pobres” e os discriminem em ambientes públicos. Se eu faço isso, então eu sou um criminoso. Violo um artigo da Constituição e da lei 7.716, alterada pela lei 9.459. Vale dizer: transgrido a Carta Magna do meu país e cometo um crime previsto em lei. ENTÃO O SR. CANTALICE VAI TER DE PROVAR O QUE DIZ. ELE VAI TER DE DIZER EM QUE ARTIGO E EM QUE MOMENTO EU PREGUEI A DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS POBRES.
Para esclarecer a questão constitucional e legal. Estabelece o Inciso XLI da Constituição:
“XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”.
Define a Lei 7.716, depois de alterada pela 9.459:
“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Como sabem os advogados, a discriminação por condição econômica tem sido considerada pelos juízes da mesma natureza das categorias acima previstas. Assim, o sr. Cantalice acusa esse grupo de jornalistas de cometer crimes que rendem até três anos de prisão. Vai ter de provar. Se não provar, incorre no crime de calúnia e difamação.
Atenção! Este senhor é o  “coordenador da redes sociais DO partido”, entenderam? Não é que ele seja o coordenador do partido para as redes sociais. Não!!! Levadas as palavras ao pé da letra os petistas julgam já ter privatizado as redes sociais. Não deixa de ser verdade.
O sr. Cantalice vai mais longe, Ele descobriu que esse grupo de jornalistas — e vejam quanto poder ele nos confere — é responsável pela vaia que Dilma levou nos estádios. Também ele recorre à metáfora canina para nos designar. Leiam:
Cantalice acusação 2
Muito bem! Vocês sabem o que isso significa: quando o maior partido político do país, que tem, de fato, milhares de seguidores — alguns deles podem estar dispostos ao tudo ou nada — nomeia um grupo restrito de jornalistas como propagador do ódio, acusando-o, adicionalmente, de responsável por vaiais e xingamentos de que foi alvo a presidente Dilma, isso corresponde, me parece, a um convite a uma ação direta.
Não é segredo para ninguém que certo tipo de militância não precisa de palavras explícitas para agir. O sr. Cantalice está pondo em risco a segurança de profissionais da imprensa. Talvez queria isto mesmo: calar a divergência por intermédio da inimidação e do terror. Que este post sirva de alerta à Polícia Federal e ao Ministério Público. Evidentemente, nenhum de nós deve esperar a solidariedade e o protesto de entidades de defesa da categoria. Sabem por quê? Porque os respectivos comandos da maioria delas pensam a mesma coisa. Também elas acham que deveríamos ser proibidos de escrever o que escrevemos, de falar o que falamos, de pensar o que pensamos. IMAGINEM O QUE ACONTECERIA SE UM GRUPO OU UMA ENTIDADE CONSIDERADOS DE DIREITA TORNASSE PÚBLICA UMA LISTA DE DESAFETOS. O MUNDO VIRIA ABAIXO. O PT repete a tática da ditadura militar e resolveu espalhar no mural da rede os nomes e as fotografias dos “Procurados”. 
Bando de fascistas!O petismo é a mais perfeita definição do que muitos chamam nos EUA de “fascismo de esquerda”. Qualquer pessoa que tenha lido o que escrevemos ou ouvido o que falamos sabe que pensamos coisas distintas sobre um monte de assunto. Nunca nem mesmo conversei com Guilherme Fiuza, por exemplo. Duvido que Arnaldo Jabor queira papo comigo.
Com isso, estou deixando claro que não formamos um grupo. Pode ser que os petistas estejam acostumados a conversar com quadrilheiros disfarçados de jornalistas. Não é o caso.
Eu, sim, acuso o governo do seu partido, sr. Cantalice, de financiar com dinheiro público páginas na Internet e blogs cujo propósito é difamar a imprensa independente, as lideranças da oposição e membros do Poder Judiciário que não fazem as vontades do PT. E o senhor certamente não vai contestar porque é autodemonstrável.
O PT começou a sua trajetória no poder hostilizando a imprensa que não se limitava a prestar assessoria ao partido. Depois, passou a financiar o subjornalismo “livre como um táxi”. Aí tentou (e tenta ainda) criar mecanismos de censura. Agora, já chega ao ponto de estimular, ainda que de modo oblíquo, a agressão aos profissionais que não rezam segundo a sua cartilha. A esmagadora maioria da categoria vai silenciar — até porque alguns fazem esse mesmo trabalho em suas respectivas colunas, não é mesmo? Ok. Hoje, somos nós. Amanhã, chegará a vez de vocês. É simples assim. E é sempre assim.
Vaias
Eu sou responsável pelas vaias? Eu não! Quem estimulou as manifestações de rua em junho foi o PT. Eu sempre as critiquei. Ademais, sabem o que motiva vaia em estádio, meu senhor? Eu conto: roubalheira, safadeza, associação com o PCC.
Sem contar que quero encontrar cara a cara com esse sujeito num tribunal. Quero perguntar quais são as suas credenciais e sua origem para falar em nome do povo. Quero opor as minhas às suas. Quero lhe dizer que o governo que ele representa financiou, por exemplo, a ação de sem-terra e índios que resultou em policiais feridos em Brasília. Quero lhe dizer que seus aliados deram suporte a coisas como a “Mídia Ninja” na esperança de que os alvos seriam os adversários. O tiro saiu pela culatra, a despeito das intenções da turma.
O sr. Cantalice quer saber onde estão os responsáveis pela hostilidade a Dilma nos estádios? Comece por se olhar no espelho. O PT estimula a desordem. O PT estimula o desrespeito às leis. O PT estimula o desrespeito a qualquer hierarquia. O PT estimula o desrespeito até mesmo à organização familiar. O partido esperava escapar do clima que ele próprio criou?
De resto, se as hostilidades a Dilma foram um “gol contra” dos que não gostam dela e se a maioria “abominam” (sic) aquele comportamento, o sr. Cantalice deveria estar contente, não é mesmo? O PT está empenhado em fazer do limão uma limonada. Ao isolar o grupo dos “jornalistas do mal”, ameaça, na prática, todos os outros. É como se dissesse: “Comportem-se, ou vocês vão entrar na lista negra”. E, claro!, muita gente vai se comportar e ainda achar pouco!
É claro que fico preocupado quando lembro que o sr. Cantalice pertence ao partido de Celso Daniel. Terei, é certo, de tomar as devidas providências para a minha segurança. E acho que os outros devem fazer a mesma coisa.

Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Argentina: 10; Brasil: 0, mas pode ser por mais...

Não, não é da Copa do Mundo que estou falando, caso no qual eu apostaria no resultado inverso, o que infelizmente não vai acontecer. Estou falando do Mercosul, ou mais exatamente do comércio bilateral, regido por um mercantilismo canhestro e unilateral, que os companheiros vem tolerando, com imensos prejuízos para o Brasil, desde o primeiro dia em que puseram as patas no cerrado central, determinando todos os aspectos de nossa política comercial e de "desintegração".
Inacreditável que a rendição continue, mesmo depois de mais de DEZ episódios de renúncia de soberania e de completa alienação em relação aos interesses nacionais. Mais um dos crimes econômicos cometidos pelos companheiros contra o Brasil.
Leiam o editorial do venerável jornal reacionário, um integrante do PIG, segundo os companheiros
Paulo Roberto de Almeida

Nova rendição à Argentina
Editorial O ESTADO DE S.PAULO
16 Junho 2014 | 02h 04

Celebrada pelas duas partes como um passo para a liberalização do comércio bilateral, a renovação do acordo automotivo entre Brasil e Argentina, com novas vantagens para a indústria argentina, representa mais uma rendição do governo do PT aos interesses e objetivos político-econômicos do governo Kirchner. O Brasil passará a exportar proporcionalmente menos do que exportava.
O fato de, depois de tantos anos - o primeiro acordo começou a vigorar em 2001 e deveria durar até 2006 -, os dois países ainda não terem estabelecido o livre comércio para veículos e seus componentes é mais uma demonstração da fragilidade do Mercosul. Passados 20 anos da assinatura do Protocolo de Ouro Preto, que em tese transformou o bloco em uma união aduaneira - na qual é livre a circulação de mercadorias e serviços entre seus membros, os quais aplicam uma tarifa externa comum a produtos de terceiros países -, o Mercosul não conseguiu
nem mesmo tornar mais fluido o comércio dentro do bloco.
A constante renovação de um acordo que é por si mesmo a negação da essência de uma união aduaneira é um exemplo perfeito de como, por meio de chantagens econômicas, o governo argentino vem submetendo o brasileiro a seus interesses.
Isso vem ocorrendo desde 2003, ano em que o PT e a família Kirchner chegaram ao poder. Numa clara afronta às regras que deveriam vigorar no Mercosul, o governo Kirchner criou diferentes barreiras à entrada de produtos brasileiros no mercado argentino - que, a despeito da truculência de política kirchnerista, continuou a importar, mas de outros países, sobretudo da China. 
A assinatura, na quarta-feira, do novo acordo automotivo bilateral é uma espécie de coonestação, pelo governo brasileiro, dessa prática danosa aos interesses do País. Basicamente, o acordo, que vigorará a partir de 1.º de julho, estabelece o fator 1,5 para as exportações e importações de automóveis e componentes. Para cada US$ 100 que importar da Argentina, o Brasil poderá exportar US$ 150. O fator anterior, de 1,95, era bem mais favorável ao Brasil.
Como concessão, o governo argentino concordou em suspender, durante a vigência do acordo, o sistema de controle de entrada de produtos importados que vem impondo a todos os bens produzidos no exterior, medida que prejudica fortemente todas as exportações brasileiras. Isso quer dizer que o governo Kirchner se comprometeu a não fazer o que, pelos acordos que regem o Mercosul, nunca poderia ter feito. Ressalve-se que deixará de praticar a ilegalidade danosa aos interesses brasileiros apenas pelo tempo de vigência do acordo e apenas para os produtos por ele abrangidos.
Ainda assim, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, que representou o governo brasileiro nas negociações e na assinatura do acordo, disse ter ficado satisfeito. "O acordo garante que não vai ter qualquer tipo de restrição do comércio bilateral da cadeia produtiva" (isto é, de veículos e componentes), afirmou. Sem coragem ou determinação política para defender com vigor os interesses do País feridos pelo governo Kirchner, o governo brasileiro parece contentar-se com a redução parcial e temporária dessas ilegalidades. Para os setores empresariais fortemente prejudicados por elas, a tolerância do governo brasileiro precisa ter limites.
Talvez para tentar dar um certo caráter estrutural a um acordo que na essência deveria vigorar temporariamente para superar um problema conjuntural inesperado, os dois governos agora estão dizendo que o acordo automotivo deverá servir de base para uma política industrial conjunta do Mercosul. A ideia é tão velha quanto a da união aduaneira e, como esta, até agora de total inutilidade.
Ambas estão na base do Protocolo de Ouro Preto, de 1994. No documento, fala-se no aprofundamento da "integração produtiva" entre as economias que fazem parte do bloco do Cone Sul. Nada indica que a simples reafirmação dessa ideia seja suficiente para tirá-la do papel, se é que um dia isso seja possível.

Eleicoes 2014: o PT e a campanha do odio de classes

O partido totalitário está tentando, mais uma vez, dividir o país, incentivando uma falsa luta de classes e mentindo sobre seus adversários políticos, que os neobolcheviques vêem como inimigos, bão como opositores políticos.
Essa campanha odiosa precisa ser barrada. Ela o será nas eleições, como afirma a nota do PSDB, transcrita no blog de Orlando Tambosi. 
Paulo Roberto de Almeida 
Diante da gravidade da situação, reproduzo na íntegra a nota da Executiva Nacional do PSDB divulgada agora à noite. O vociferante tiranete Lula já deu o tom da campanha terrorista que pretende dividir o país. Vem com a velha conversa da "zelite" conservadora - quando elite, hoje, no Brasil, é o lulopetismo, que se apropriou do Estado como coisa sua. Faz bem a executiva. O Partido Totalitário tentará botar fogo no país, seguindo o receituário bolivariano:

A perspectiva de perder o poder está levando o PT a aumentar a agressividade e intolerância do seu discurso, apostando cada vez mais na divisão do país.
Tentam atribuir a uma “elite conservadora” o desejo de mudança, ignorando que cerca de 70% dos brasileiros ouvidos pelas pesquisas de opinião exigem uma nova maneira de governar o país.
Primeiro, tentaram a tática do medo. Deu errado. A presidente caiu ainda mais nas pesquisas. Agora, estimulam o ódio. Mais uma vez, fracassarão. O Brasil é melhor e maior do que isso.
Convocamos nossos militantes a não responder a esse tipo de agressão e ameaça.
Vamos continuar firmes na nossa caminhada com a alegria, unidade e convicção presentes na nossa Convenção Nacional, no último sábado.
Nossa caminhada tem a missão não de dividir, e sim de unir os brasileiros em torno de um futuro que seja ético, generoso e solidário.
Executiva Nacional do PSDB