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terça-feira, 17 de junho de 2014

Copa do Mundo: Companheiros: 35; Brasil: 0 (mas sempre pode ser mais...)

Copa do Mundo vai custar R$ 3,5 bi a mais ao governo
Considerando obras transferidas para o PAC, despesa total chega a R$ 35 bi
Nas primeiras projeções União já alertava que outras intervenções seriam incluídas no custo total do evento
DIMMI AMORA, FILIPE COUTINHO, DE BRASÍLIA
Folha de S.Paulo, 16/06/2014

A Copa do Mundo vai custar cerca de R$ 3,5 bilhões a mais do que o estimado oficialmente pelo governo.
Levantamento feito pela Folha revela que as planilhas de custos oficiais estão com valores defasados e não incluem gastos já realizados ou que terão que ser executados até o final do evento.
O governo avalia que o Mundial custará R$ 25,8 bilhões, mas não atualiza esse valor desde setembro e não inclui gastos no PAC e outras despesas. Com tudo considerado, os gastos oficiais chegam a R$ 35 bilhões.
Até agora, o governo gastou R$ 2 bilhões a mais em obras de transporte, estádios e aeroportos e R$ 1,5 bilhão em renúncia fiscal e juros subsidiados.
O gasto oficial também não inclui obras de R$ 6 bilhões tiradas da lista de investimentos para a Copa e transferidas para o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Além dessas despesas, o governo também não incluiu na contabilidade outros gastos como as estruturas provisórias, em que os Estados gastaram quase R$ 500 milhões.
Entre os exemplos de obras de aeroportos que estão defasadas nas contas está Guarulhos, na Grande São Paulo. A estimativa inicial indicava gasto de R$ 2 bilhões com o aeroporto, mas o orçamento já atingiu R$ 3,2 bilhões.
Ao todo, as obras em estádios, aeroportos e transporte consumirão R$ 25 bilhões --R$ 2 bilhões a mais do que o governo divulga. E os valores ainda deverão ser ajustados.
O governo ainda não incluiu as renúncias fiscais e juros subsidiados nos empréstimos da Copa. Segundo o Tribunal de Contas da União, esses valores representavam R$ 1,5 bilhão em 2013.
TRANSFERÊNCIA
Ao lançar a Copa, o governo federal dizia que as obras da matriz que acabaram sendo excluídas da lista eram importantes para o Mundial. Mas, como não ficariam prontas a tempo do torneio, o discurso oficial foi adaptado: o objetivo é atender a população e o evento seria um caminho para antecipar as obras.
Em 2012, o TCU determinou que obras que não fossem ficar prontas para o Mundial saíssem da lista.
Essas 11 intervenções estão sendo feitas ou projetadas com recursos do PAC e custarão pelo menos R$ 6 bilhões.

As primeiras projeções feitas pelo governo para os gastos com a Copa indicavam uma despesa da ordem de R$ 33 bilhões. Mas o próprio governo alertava que faltavam intervenções que seriam incluídas posteriormente na contabilidade final.

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