Não sou eu quem o disse (alguns escreveriam, aqui mesmo, dice), mas o nosso Guia Genial, aquele para quem tem um Estado com 10% de impostos, apenas, não tem Estado.
Eu apenas digo: sorte dele, e azar o nosso, que temos um Estado muito presente, na hora de cobrar, e notavelmente ausente na hora de prover serviços decentes (ou apenas serviços, já nem se pede decente)...
Lula, o presidente imposto!
Grita Brasil - Claudio Schamis
Opinião e Notícia, 3/06/2010
Confesso que por alguns instantes, e sorte que foi durante o comercial, entrei em desespero.
Ontem ao olhar o relógio ele marcava 20h45, mas o que me preocupava não era que faltavam 10 minutos para começar a novela (sou um homem moderno que assiste novela) e muito menos que ainda não tinha jantado e sim que na minha cabeça não havia ainda um tema definido para essa minha coluna. Confesso que por alguns instantes, e sorte que foi durante o comercial, entrei em desespero. Mas uma voz me falava para ter calma. Peguei o jornal que ainda não tinha lido, dei uma folheada (ainda no intervalo) e me tranquilizei um pouco. Comecei a pensar no texto, relaxei e fui ver minha novela e jantar.
O dia seguinte chegou e resolvi dar uma conferida nos telejornais da manhã. E então eis que surge “impávido colosso” para seus adoradores, mas não para mim, ele: Lula. Posso dizer que a sensação foi orgástica. E tinha certeza de que daquela cartola ia sair um coelho. E foi Lula abrir a boca em mais um de seus ataques e transbordando de ironia que fui agraciado com sua fala. E vamos deixar bem claro, foi ele quem começou, foi ele quem provocou. Reclamem com ele. Não comigo. Digamos que sou somente um humilde pacato cidadão que ainda se indigna com certas várias coisas que “nosso” – olha as aspas ai de novo – presidente diz e faz e tenta expor isso através do nosso Grita Brasil.
Lula num discurso improvisado – e ai o perigo é ainda maior – disse na Reunião da Cepal, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe que aconteceu (por milagre) em Brasília: “Tem muita gente que se orgulha de dizer oh, no meu país a carga tributária é apenas 9%. No meu país a carga tributária é apenas 10%. E para piorar concluiu: “Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado”. É pode ser. Pode ser que não tem estado ligado no que acontece ao redor do mundo, não é mesmo Lula,o irônico. O Chile por exemplo tem uma carga tributária pequena e faz muito. É considerado um Estado eficiente. E Lula não deve concordar com isso.
Semana passada o tema foi capa de uma revista semanal e que perguntava: Por que tudo é tão caro no Brasil? Porque Lula quer assim. Lula não está nem ai para a hora do Brasil. Vamos gastar o quanto pudermos e para compensar vamos manter nossos impostos lá no céu. E só para ilustrar isso o preço do Corolla XEI 2.0 que aqui custa astronômicos R$ 75 mil, pode custar R$ 32.797 nos Estados Unidos, R$ 33.782 no Japão, como R$ 41.820 no Chile e R$ 58.740 na África. Ou seja, aqui no Brasil no preço desse carro 30% são impostos federais e 12% impostos estaduais. Até os produtos da cesta básica, como arroz, o feijão, o café e o pãozinho francês, pagam impostos, que encarecem o preço final entre 15% e 20%. Mas é daí? Problema de quem precisa da cesta básica. Se ainda fosse uma cesta necessária, mas básica não tem problema. Né não Lula?
E depois disso vejo que o Congresso acordou e viu que era dia 1º de junho e resolveu aumentar o salário dos funcionários da Câmara em (apenas) e até 40%, lembrando que a equipe econômica pressiona Lula para vetar o aumento de 7,7% aos aposentados. Aos aposentados talvez uma m… de reajuste, lembrando que o foi o próprio presidente que disse que iria tirar o povo da m… Foi ele quem disse, mas na prática a coisa é bem diferente. Ainda não li que a equipe econômica entrou em depressão com esse aumento de 40% para o pessoal da Câmara. Agora está nas mãos de Lula o sim.
E para não perder o bonde, ontem à noite, o Senado aprovou em votação simbólica, que durou míseros dez minutos, reestruturação em 25 carreiras do serviço público.
O aumento médio é de 15% nos salário de quase cinco mil funcionários da Câmara e para cada diploma a mais, o servidor ainda ganha 5% de adicional de especialização. Ou seja, se for um funcionário hiper-ultra-mega-especializado ele poderá atingir o teto máximo do serviço público, que é de R$ 27.725. O que tenho certeza é o que mais devemos ter por lá. E posso imaginar qual é a especialização de cada um deles.
O resumo da ópera é uma despesa adicional que pode atingir parcos R$ 2 bilhões e um aumento (40%) para compensar a inflação para o funcionalismo público. E para os aposentados…
Resta saber até vai a coragem de Lula. Resta saber até onde vai a cara de pau de Lula. Resta saber…
Mas aqui fica um alerta. Não se deixem enganar. Não fiquem somente vidrados na telinha assistindo a Copa do Mundo, os jogos do Brasil e ávidos para conseguir àquela figurinha que falta para completar o álbum da Copa. O momento que vivemos é sério e temos que ficar alertas como se estivéssemos em guerra, pois é nessa hora que o governo gosta de atacar e fazer o que bem quer aproveitando nossos olhos voltados para a seleção do Dunga que não tem o Ganso, mas não vamos querer aproveitar o momento África e bancar o pato.
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Coloquio Bastiat na Franca: para os curiosos e amantes da liberdade
A l'occasion de son 20ème anniversaire et à la demande de ceux qui ont assisté à son premier Week-end de la Liberté
Le Cercle Frédéric Bastiat
organise un nouveau
Week-end de la Liberté
Du vendredi 2 juillet (dîner) au dimanche 4 juillet 2010 (déjeuner),
à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax,
sur le thème
Vers l'État libéral
Avec le soutien de l'ALEPS, Contribuables Associés, l'IFRAP et Liberté Chérie.
Programme
Le Week-end de la liberté que nous avons organisé l'année dernière a montré que la liberté économique faisait progresser les niveaux de vie, assurait le plein emploi tout en diminuant les inégalités; et a contrario que l'interventionnisme freinait le progrès des niveaux de vie, créait pénurie et chômage. Mais nous avons aussi constaté que la liberté économique n'allait pas forcément de pair avec la liberté politique.
Cette année, nous approfondirons cette notion et cette constatation. On partira comme l'année dernière du classement des pays par ordre de liberté économique décroissante, effectué par la Fondation "Heritage" et mis à jour pour 2010. Il sera complété par la note attribuée chaque année à chaque pays par la Fondation "Freedom House" pour caractériser le degré de liberté politique qui règne dans ce pays.
Il y aura ensuite trois parties : la première, composée d'un seul exposé, sera consacrée aux horreurs des régimes totalitaires, en mettant l'accent sur les caractéristiques du pouvoir: comment il se prend, comment il se garde. La deuxième partie, tout en soulignant l'immense progrès apporté par la démocratie, montrera en trois exposés que ce ne peut être l'aboutissement final de l'évolution des sociétés, tant le pouvoir y limite l'épanouissement des individus. Le premier exposé en expliquera les raisons congénitales par la "théorie des choix publics"; le deuxième dissèquera les contraintes que fait peser la démocratie sur les individus et le troisième en montrera les conséquences sur l'exemple concret de la France.
Malgré ces imperfections, beaucoup pensent qu'il est impossible de concevoir un régime meilleur que la démocratie. Pourtant, cela est possible : un régime dans lequel les initiatives seraient laissées aux individus pour ce qu'ils peuvent accomplir eux-mêmes, les individus s'associant librement pour accomplir les tâches qui les dépassent, ces associations pouvant à leur tour se fédérer pour accomplir des tâches encore plus importantes, obéissant ainsi au principe de subsidiarité. C'est ce que nous appellerons l'État Libéral, dont la Suisse fournit un modèle approché. La troisième partie montrera le chemin à suivre pour évoluer vers cet État libéral : la résistance de la société civile, illustrée par "Contribuables Associés" et "Liberté Chérie", la démocratie directe, illustrée par divers exemples européens et américains; le principe de subsidiarité, illustré par le modèle suisse. Une conclusion récapitulera les enseignements du week-end.
Le programme ci-après donne la liste des conférenciers prestigieux qui traiteront ces différents sujets. Les conférences dureront 45 minutes et seront suivies d'une discussion de 15 minutes.
Le week-end se passera à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax, un hôtel particulièrement agréable situé sur les bords d'un lac (http://www.hotelcaliceo.com/). Il dispose de vastes piscines d'eau thermale de remise en forme La cuisine est de très bonne qualité.
Le prix du séjour est de 210 € par personne en chambre double, 250 € par personne en chambre simple et 130€ pour les personnes qui ne passeront pas la nuit à l'hôtel. Ce prix comprend les repas, le cocktail du vendredi soir, les petits déjeuners, les conférences et les pauses-café. Il est également possible d'assister seulement aux conférences pour un coût de 50 €, et d'ajouter 30.€ par repas si l'on veut prendre seulement certains repas.
Il est conseillé de s'inscrire dès que possible, le nombre de chambres n'étant pas infini et les billets de train étant d'autant moins chers qu'ils sont achetés plus tôt. Il suffit de verser 50 € d'arrhes à l'inscription, le reste étant versé à l'arrivée (par chèque seulement).
Le formulaire d'inscription se trouve après le programme.
Pour tout renseignement, contacter le Cercle au 05 58 51 18 37, ou Cercle.bastiat@gmail.com
Programme
Début
Vendredi 2 juillet 2010. Cocktail à 19H30. Dîner à 20H30.
Après dîner. Allocution de bienvenue (Jacques de Guenin, président du Cercle)
Raison d'être et organisation de la manifestation.
Samedi 3 juillet
9H. Liberté économique et liberté politique. Les faits ( Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
Il s'agit de montrer, au moyen de "L'index of Economic Freedom" de "Heritage Foundation", et du classement de "Freedom House" les convergences et les différences qui existent de par le monde entre liberté économique et liberté politique..
10H pause café
10H30. Les ravages du totalitarisme. (Françoise Thom, professeur d'histoire contemporaine à la Sorbonne, écrivain).
Il sera montré au moyen d'exemples concrets comment se prend le pouvoir dans les régimes totalitaires, comment il s'exerce et comment il se garde.
11H30. Les limites de la démocratie : les choix publics ou les motivations réelles des hommes politiques (Pierre Garello. Professeur à l'Université d'Aix-Marseille).
12H30 déjeuner
14H30. Les limites de la démocratie : les contraintes arbitraires sur les individus. (Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
15H30. Les limites de la démocratie : conséquences pratiques dans le cas de la France (Alain Mathieu, président de Contribuables Associés)
16H30 pause café
17H. Le Chemin à suivre : la résistance de la société civile (Benoite Taffin, porte parole de Contribuables Associés et Vincent Ginocchio, président de Liberté Chérie).
20H dîner
Dimanche 4 juillet
9H. Le Chemin à suivre : la démocratie directe (Yvan Blot, Inspecteur général de l'administration, écrivain)
10H pause café
10H30. Le Chemin à suivre : le principe de subsidiarité et le modèle Suisse. (François Garçon, historien franco-suisse, maître de conférences à la Sorbonne, écrivain).
11.30. Conclusion générale : vers l'État libéral (Jacques de Guenin, président du Cercle)
12H30 Déjeuner final
Le Cercle Frédéric Bastiat
organise un nouveau
Week-end de la Liberté
Du vendredi 2 juillet (dîner) au dimanche 4 juillet 2010 (déjeuner),
à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax,
sur le thème
Vers l'État libéral
Avec le soutien de l'ALEPS, Contribuables Associés, l'IFRAP et Liberté Chérie.
Programme
Le Week-end de la liberté que nous avons organisé l'année dernière a montré que la liberté économique faisait progresser les niveaux de vie, assurait le plein emploi tout en diminuant les inégalités; et a contrario que l'interventionnisme freinait le progrès des niveaux de vie, créait pénurie et chômage. Mais nous avons aussi constaté que la liberté économique n'allait pas forcément de pair avec la liberté politique.
Cette année, nous approfondirons cette notion et cette constatation. On partira comme l'année dernière du classement des pays par ordre de liberté économique décroissante, effectué par la Fondation "Heritage" et mis à jour pour 2010. Il sera complété par la note attribuée chaque année à chaque pays par la Fondation "Freedom House" pour caractériser le degré de liberté politique qui règne dans ce pays.
Il y aura ensuite trois parties : la première, composée d'un seul exposé, sera consacrée aux horreurs des régimes totalitaires, en mettant l'accent sur les caractéristiques du pouvoir: comment il se prend, comment il se garde. La deuxième partie, tout en soulignant l'immense progrès apporté par la démocratie, montrera en trois exposés que ce ne peut être l'aboutissement final de l'évolution des sociétés, tant le pouvoir y limite l'épanouissement des individus. Le premier exposé en expliquera les raisons congénitales par la "théorie des choix publics"; le deuxième dissèquera les contraintes que fait peser la démocratie sur les individus et le troisième en montrera les conséquences sur l'exemple concret de la France.
Malgré ces imperfections, beaucoup pensent qu'il est impossible de concevoir un régime meilleur que la démocratie. Pourtant, cela est possible : un régime dans lequel les initiatives seraient laissées aux individus pour ce qu'ils peuvent accomplir eux-mêmes, les individus s'associant librement pour accomplir les tâches qui les dépassent, ces associations pouvant à leur tour se fédérer pour accomplir des tâches encore plus importantes, obéissant ainsi au principe de subsidiarité. C'est ce que nous appellerons l'État Libéral, dont la Suisse fournit un modèle approché. La troisième partie montrera le chemin à suivre pour évoluer vers cet État libéral : la résistance de la société civile, illustrée par "Contribuables Associés" et "Liberté Chérie", la démocratie directe, illustrée par divers exemples européens et américains; le principe de subsidiarité, illustré par le modèle suisse. Une conclusion récapitulera les enseignements du week-end.
Le programme ci-après donne la liste des conférenciers prestigieux qui traiteront ces différents sujets. Les conférences dureront 45 minutes et seront suivies d'une discussion de 15 minutes.
Le week-end se passera à l'hôtel Caliceo, à Saint-Paul-lès-Dax, un hôtel particulièrement agréable situé sur les bords d'un lac (http://www.hotelcaliceo.com/). Il dispose de vastes piscines d'eau thermale de remise en forme La cuisine est de très bonne qualité.
Le prix du séjour est de 210 € par personne en chambre double, 250 € par personne en chambre simple et 130€ pour les personnes qui ne passeront pas la nuit à l'hôtel. Ce prix comprend les repas, le cocktail du vendredi soir, les petits déjeuners, les conférences et les pauses-café. Il est également possible d'assister seulement aux conférences pour un coût de 50 €, et d'ajouter 30.€ par repas si l'on veut prendre seulement certains repas.
Il est conseillé de s'inscrire dès que possible, le nombre de chambres n'étant pas infini et les billets de train étant d'autant moins chers qu'ils sont achetés plus tôt. Il suffit de verser 50 € d'arrhes à l'inscription, le reste étant versé à l'arrivée (par chèque seulement).
Le formulaire d'inscription se trouve après le programme.
Pour tout renseignement, contacter le Cercle au 05 58 51 18 37, ou Cercle.bastiat@gmail.com
Programme
Début
Vendredi 2 juillet 2010. Cocktail à 19H30. Dîner à 20H30.
Après dîner. Allocution de bienvenue (Jacques de Guenin, président du Cercle)
Raison d'être et organisation de la manifestation.
Samedi 3 juillet
9H. Liberté économique et liberté politique. Les faits ( Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
Il s'agit de montrer, au moyen de "L'index of Economic Freedom" de "Heritage Foundation", et du classement de "Freedom House" les convergences et les différences qui existent de par le monde entre liberté économique et liberté politique..
10H pause café
10H30. Les ravages du totalitarisme. (Françoise Thom, professeur d'histoire contemporaine à la Sorbonne, écrivain).
Il sera montré au moyen d'exemples concrets comment se prend le pouvoir dans les régimes totalitaires, comment il s'exerce et comment il se garde.
11H30. Les limites de la démocratie : les choix publics ou les motivations réelles des hommes politiques (Pierre Garello. Professeur à l'Université d'Aix-Marseille).
12H30 déjeuner
14H30. Les limites de la démocratie : les contraintes arbitraires sur les individus. (Dr Patrick de Casanove, secrétaire général du Cercle Frédéric Bastiat ).
15H30. Les limites de la démocratie : conséquences pratiques dans le cas de la France (Alain Mathieu, président de Contribuables Associés)
16H30 pause café
17H. Le Chemin à suivre : la résistance de la société civile (Benoite Taffin, porte parole de Contribuables Associés et Vincent Ginocchio, président de Liberté Chérie).
20H dîner
Dimanche 4 juillet
9H. Le Chemin à suivre : la démocratie directe (Yvan Blot, Inspecteur général de l'administration, écrivain)
10H pause café
10H30. Le Chemin à suivre : le principe de subsidiarité et le modèle Suisse. (François Garçon, historien franco-suisse, maître de conférences à la Sorbonne, écrivain).
11.30. Conclusion générale : vers l'État libéral (Jacques de Guenin, président du Cercle)
12H30 Déjeuner final
Memoria: A ciencia no Brasil colonia - Pesquisa Fapesp
MEMÓRIA: A CIÊNCIA NO BRASIL COLÔNIA
Neldson Marcolin
Pesquisa Fapesp Online, Quinta-feira, 03 de Junho de 2010
Corte portuguesa contratou há 214 anos naturalistas para conhecer melhor as riquezas naturais do país
A contratação de cientistas pelo Estado para realizar estudos sobre a natureza e aprimorar tecnologias está longe de ser uma iniciativa recente no Brasil. No final do século XVIII a Corte portuguesa determinou expressamente aos governadores das capitanias brasileiras a admissão de naturalistas com o objetivo de fazer mapas do território, realizar prospecção mineral e desenvolver e disseminar técnicas agrícolas mais eficientes. Tudo para tentar gerar mais divisas e ajudar a equilibrar as periclitantes contas do reino de Portugal.
A ordem para buscar os homens de ciência capazes de pesquisar a natureza brasileira partiu de dom Rodrigo de Sousa Coutinho ao assumir a Secretaria de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinhos, em 1796, e formular uma nova política para a administração do Império colonial português. Para ele, era urgente conhecer a utilidade econômica das espécies nativas e investigar o verdadeiro potencial mineral das terras de além-mar. Aos governadores de cada capitania cabia acompanhar os trabalhos e relatar à Corte os progressos em curso.
Foram contratados naturalistas em Minas Gerais, em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em São Paulo, o governador Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça admitiu João Manso Pereira, um químico autodidata, versado em idiomas como grego, hebraico e francês e professor de gramática, envolvido em ampla gama de atividades. "Manso é um caso notável de autodidatismo que, sem nunca ter saído do Brasil, procurava estar atualizado com as novidades científicas que circulavam no exterior", diz o historiador Alex Gonçalves Varela, pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e autor do livro Atividades científicas na "Bela e Bárbara" capitania de São Paulo (1796-1823) (Editora Annablume, 2009). O químico era inventor e publicou diversas memórias científicas, da reforma de alambiques e transporte de aguardente à construção de nitreiras para produzir salitre. Mas fracassou no projeto de instalação de uma fábrica de ferro. "Foi quando seu didatismo mostrou ter limites."
Em 1803 foi nomeado para seu lugar Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Silva pelo governador Antônio José de Franca e Horta. Irmão de José Bonifácio, "que viria a ter papel relevante na história da Independência", Martim era diferente de João Manso. Tinha uma formação acadêmica sólida, andou pela Europa e estudou na Universidade de Coimbra. Tradutor de obras científicas, fez numerosas viagens pelo território paulista e foi um difusor das ciências mineralógicas na época. "Ele seguia o conjunto de práticas científicas do período, ou seja, descrição, identificação e classificação dos minerais em seu local de ocorrência", conta Varela. Anos mais tarde, Martim e Bonifácio realizaram juntos uma conhecida exploração pelo interior paulista (ver Pesquisa FAPESP edição 96).
João Manso, Martim e Bonifácio tinham em comum o conhecimento enciclopédico e uma forte ligação com a política do período. Martim chegou a ministro da Fazenda e participou do que ficou conhecido como "gabinete dos Andradas", convidado pelo irmão, em 1822. De acordo com Varela, o trabalho científico dos três naturalistas foi de extrema relevância para ajudar o governo luso a conhecer de forma detalhada a capitania paulista e seus recursos naturais.
"A ciência e a técnica brasileira não é algo tão recente como se afirmava até meados dos anos 1980 e não passou a ser praticada aqui apenas depois que surgiram os institutos biomédicos no final do século XIX e começo do século XX", afirma o historiador. "Há numerosos exemplos de homens ilustrados investigando a natureza, trabalhando com uma ciência utilitarista e produzindo conhecimento no período do Brasil Colônia." Por fim, uma curiosidade: os termos naturalista e filósofo natural ainda são usados pelos historiadores para se referir aos homens de ciência da época porque a palavra cientista não existia até 1833. Naquele ano, ela foi utilizada pela primeira vez pelo polímata William Whewell, que criou o neologismo para se referir às pessoas presentes em uma reunião da Associação Britânica para o Avanço da Ciência.
Neldson Marcolin
Pesquisa Fapesp Online, Quinta-feira, 03 de Junho de 2010
Corte portuguesa contratou há 214 anos naturalistas para conhecer melhor as riquezas naturais do país
A contratação de cientistas pelo Estado para realizar estudos sobre a natureza e aprimorar tecnologias está longe de ser uma iniciativa recente no Brasil. No final do século XVIII a Corte portuguesa determinou expressamente aos governadores das capitanias brasileiras a admissão de naturalistas com o objetivo de fazer mapas do território, realizar prospecção mineral e desenvolver e disseminar técnicas agrícolas mais eficientes. Tudo para tentar gerar mais divisas e ajudar a equilibrar as periclitantes contas do reino de Portugal.
A ordem para buscar os homens de ciência capazes de pesquisar a natureza brasileira partiu de dom Rodrigo de Sousa Coutinho ao assumir a Secretaria de Estado da Marinha e Domínios Ultramarinhos, em 1796, e formular uma nova política para a administração do Império colonial português. Para ele, era urgente conhecer a utilidade econômica das espécies nativas e investigar o verdadeiro potencial mineral das terras de além-mar. Aos governadores de cada capitania cabia acompanhar os trabalhos e relatar à Corte os progressos em curso.
Foram contratados naturalistas em Minas Gerais, em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Em São Paulo, o governador Antônio Manuel de Melo Castro e Mendonça admitiu João Manso Pereira, um químico autodidata, versado em idiomas como grego, hebraico e francês e professor de gramática, envolvido em ampla gama de atividades. "Manso é um caso notável de autodidatismo que, sem nunca ter saído do Brasil, procurava estar atualizado com as novidades científicas que circulavam no exterior", diz o historiador Alex Gonçalves Varela, pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e autor do livro Atividades científicas na "Bela e Bárbara" capitania de São Paulo (1796-1823) (Editora Annablume, 2009). O químico era inventor e publicou diversas memórias científicas, da reforma de alambiques e transporte de aguardente à construção de nitreiras para produzir salitre. Mas fracassou no projeto de instalação de uma fábrica de ferro. "Foi quando seu didatismo mostrou ter limites."
Em 1803 foi nomeado para seu lugar Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Silva pelo governador Antônio José de Franca e Horta. Irmão de José Bonifácio, "que viria a ter papel relevante na história da Independência", Martim era diferente de João Manso. Tinha uma formação acadêmica sólida, andou pela Europa e estudou na Universidade de Coimbra. Tradutor de obras científicas, fez numerosas viagens pelo território paulista e foi um difusor das ciências mineralógicas na época. "Ele seguia o conjunto de práticas científicas do período, ou seja, descrição, identificação e classificação dos minerais em seu local de ocorrência", conta Varela. Anos mais tarde, Martim e Bonifácio realizaram juntos uma conhecida exploração pelo interior paulista (ver Pesquisa FAPESP edição 96).
João Manso, Martim e Bonifácio tinham em comum o conhecimento enciclopédico e uma forte ligação com a política do período. Martim chegou a ministro da Fazenda e participou do que ficou conhecido como "gabinete dos Andradas", convidado pelo irmão, em 1822. De acordo com Varela, o trabalho científico dos três naturalistas foi de extrema relevância para ajudar o governo luso a conhecer de forma detalhada a capitania paulista e seus recursos naturais.
"A ciência e a técnica brasileira não é algo tão recente como se afirmava até meados dos anos 1980 e não passou a ser praticada aqui apenas depois que surgiram os institutos biomédicos no final do século XIX e começo do século XX", afirma o historiador. "Há numerosos exemplos de homens ilustrados investigando a natureza, trabalhando com uma ciência utilitarista e produzindo conhecimento no período do Brasil Colônia." Por fim, uma curiosidade: os termos naturalista e filósofo natural ainda são usados pelos historiadores para se referir aos homens de ciência da época porque a palavra cientista não existia até 1833. Naquele ano, ela foi utilizada pela primeira vez pelo polímata William Whewell, que criou o neologismo para se referir às pessoas presentes em uma reunião da Associação Britânica para o Avanço da Ciência.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
De volta ao tema de flamenguistas e vascainos no Oriente Medio...
A compadecida diplomacia amoral de Lula
ELIO GASPARI
Folha de S.Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010
Dilma e Vannuchi precisam ler o que acontece aos presos na ditadura do companheiro Ahmadinejad
A CANDIDATA DILMA Rousseff e o companheiro Paulo Vannuchi, secretário nacional de Direitos Humanos, precisam ler "Death to the Dictator!" ("Morte ao Ditador!"), livrinho de 169 páginas que saiu nos Estados Unidos, contando a história de um jovem de 25 anos que foi preso pela milícia iraniana no dia 5 de agosto do ano passado, durante um protesto contra a posse de Mahmoud Ahmadinejad na Presidência. Ele passou 28 dias nos calabouços da República Islâmica. Ambos conheceram a rotina dos porões da ditadura brasileira e podem avaliar o que sucede no Irã enquanto Nosso Guia apoia a ditadura que esmagou a sociedade civil iraniana. Ex-presos políticos, Dilma e Vannuchi podem entender o que sucedeu ao ex-metalúrgico Mohsen (um pseudônimo, bem como o da autora, cujas qualificações foram verificadas pelo colunista Roger Cohen, do "New York Times"). Ele era um ativista periférico e participou de passeatas e quebra-quebras nas semanas seguintes à eleição. Preso, foi levado para a prisão de Evin, a Bastilha de Teerã, desde o tempo do Xá. Os presos ficavam nas celas algemados, encapuzados e obrigados ao silêncio. Na linguagem do porão, Mohsen "quebrou" na primeira surra. Isso ficou claro quando confirmou ter participado de reuniões e projetos inexistentes, inventados pelos interrogadores. Mohsen ficou poucos dias em Evin. Foi transferido para outro calabouço, onde o regime guardava bandidos, traficantes e cafetões. Lá, não mais o interrogavam. Os policiais o espancavam em nome do "Deus misericordioso e compadecido..." e um deles ordenou: "Engravide-o". Outro disse-lhe: "Você quer de volta o seu voto?" Mohsen, como seus companheiros de cela, era violentado todos os dias, às vezes mais de uma vez. Três semanas depois jogaram-no numa beira de estrada. Quando reencontrou a família, pediu que o levassem a um médico que não o conhecesse. Na noite da eleição, em junho passado, o presidente Ahmadinejad ironizou esportivamente os protestos: "É como no futebol, todo mundo acha que vai ganhar". No dia seguinte, Lula, recorreu à mesma metáfora: "Por enquanto, é apenas uma coisa entre flamenguistas e vascaínos". O médico que cuidou de Mohsen disse à sua mãe que vigiasse o filho, pois vira casos semelhantes e muitos jovens mataram-se. O que aconteceu no Irã depois que a Guarda Revolucionária se impôs nas ruas, nas empresas, nos meios de comunicação e no aparelho judiciário não foi coisa de flamenguistas ou de vascaínos. O beneplácito misericordioso e compadecido que, desde então, Lula dá a Ahmadinejad, suja com a marca da amoralidade a diplomacia brasileira. Esse beneplácito faz com que soe parcial quando condena as ações de Israel. Razões de Estado podem levar o governo turco, que tem uma extensa fronteira com o Irã, a cultivar uma política de boa vizinhança com Ahmadinejad, mas Brasília fica a 11 mil quilômetros dessa encrenca. Lula argumenta que exerce no Oriente Médio uma função pacificadora, porque o Brasil "cansou de ser tratado como segunda classe". Expandindo contenciosos e importando conflitos que pouco têm a ver com o interesse brasileiro, pratica uma agenda de terceira.
ELIO GASPARI
Folha de S.Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010
Dilma e Vannuchi precisam ler o que acontece aos presos na ditadura do companheiro Ahmadinejad
A CANDIDATA DILMA Rousseff e o companheiro Paulo Vannuchi, secretário nacional de Direitos Humanos, precisam ler "Death to the Dictator!" ("Morte ao Ditador!"), livrinho de 169 páginas que saiu nos Estados Unidos, contando a história de um jovem de 25 anos que foi preso pela milícia iraniana no dia 5 de agosto do ano passado, durante um protesto contra a posse de Mahmoud Ahmadinejad na Presidência. Ele passou 28 dias nos calabouços da República Islâmica. Ambos conheceram a rotina dos porões da ditadura brasileira e podem avaliar o que sucede no Irã enquanto Nosso Guia apoia a ditadura que esmagou a sociedade civil iraniana. Ex-presos políticos, Dilma e Vannuchi podem entender o que sucedeu ao ex-metalúrgico Mohsen (um pseudônimo, bem como o da autora, cujas qualificações foram verificadas pelo colunista Roger Cohen, do "New York Times"). Ele era um ativista periférico e participou de passeatas e quebra-quebras nas semanas seguintes à eleição. Preso, foi levado para a prisão de Evin, a Bastilha de Teerã, desde o tempo do Xá. Os presos ficavam nas celas algemados, encapuzados e obrigados ao silêncio. Na linguagem do porão, Mohsen "quebrou" na primeira surra. Isso ficou claro quando confirmou ter participado de reuniões e projetos inexistentes, inventados pelos interrogadores. Mohsen ficou poucos dias em Evin. Foi transferido para outro calabouço, onde o regime guardava bandidos, traficantes e cafetões. Lá, não mais o interrogavam. Os policiais o espancavam em nome do "Deus misericordioso e compadecido..." e um deles ordenou: "Engravide-o". Outro disse-lhe: "Você quer de volta o seu voto?" Mohsen, como seus companheiros de cela, era violentado todos os dias, às vezes mais de uma vez. Três semanas depois jogaram-no numa beira de estrada. Quando reencontrou a família, pediu que o levassem a um médico que não o conhecesse. Na noite da eleição, em junho passado, o presidente Ahmadinejad ironizou esportivamente os protestos: "É como no futebol, todo mundo acha que vai ganhar". No dia seguinte, Lula, recorreu à mesma metáfora: "Por enquanto, é apenas uma coisa entre flamenguistas e vascaínos". O médico que cuidou de Mohsen disse à sua mãe que vigiasse o filho, pois vira casos semelhantes e muitos jovens mataram-se. O que aconteceu no Irã depois que a Guarda Revolucionária se impôs nas ruas, nas empresas, nos meios de comunicação e no aparelho judiciário não foi coisa de flamenguistas ou de vascaínos. O beneplácito misericordioso e compadecido que, desde então, Lula dá a Ahmadinejad, suja com a marca da amoralidade a diplomacia brasileira. Esse beneplácito faz com que soe parcial quando condena as ações de Israel. Razões de Estado podem levar o governo turco, que tem uma extensa fronteira com o Irã, a cultivar uma política de boa vizinhança com Ahmadinejad, mas Brasília fica a 11 mil quilômetros dessa encrenca. Lula argumenta que exerce no Oriente Médio uma função pacificadora, porque o Brasil "cansou de ser tratado como segunda classe". Expandindo contenciosos e importando conflitos que pouco têm a ver com o interesse brasileiro, pratica uma agenda de terceira.
Fracasso politico, demissao do cargo: se a moda pega...
Já são dois: o presidente da Alemanha e o primeiro-ministro do Japão.
O primeiro por terem reagido mal a suas observações sobre o envio de tropas ao Afeganistão como importantes para assegurar a presença da Alemanha no mundo.
O segundo por não ter conseguido cumprir uma promessa de campanha: a de retirar as forças americanas estacionadas na ilha de Okinawa.
Em outros países, políticos pegos em situações constrangedoras, de ordem moral (costumes, corrupção, malversação de fundos públicos) ou outra, acabam se demitindo dos cargos e abandonando a vida política.
Não vejo isso acontecendo no Brasil. Aliás, pelo andar da carruagem, não há nenhum risco de que isso aconteça any time soon, ou seja, renúncia voluntária, de vergonha, que não seja sob a ameaça iminente de um processo político.
Acho que nossos políticos já perderam a vergonha, se é que algum dia a tiveram...
Paulo Roberto de Almeida
O primeiro por terem reagido mal a suas observações sobre o envio de tropas ao Afeganistão como importantes para assegurar a presença da Alemanha no mundo.
O segundo por não ter conseguido cumprir uma promessa de campanha: a de retirar as forças americanas estacionadas na ilha de Okinawa.
Em outros países, políticos pegos em situações constrangedoras, de ordem moral (costumes, corrupção, malversação de fundos públicos) ou outra, acabam se demitindo dos cargos e abandonando a vida política.
Não vejo isso acontecendo no Brasil. Aliás, pelo andar da carruagem, não há nenhum risco de que isso aconteça any time soon, ou seja, renúncia voluntária, de vergonha, que não seja sob a ameaça iminente de um processo político.
Acho que nossos políticos já perderam a vergonha, se é que algum dia a tiveram...
Paulo Roberto de Almeida
O sumô tributário e o presidente peso-pesado...
Se quem tem carga tributária não tem Estado, então o Brasil está com excesso de Estado. Os países que tem carga tributária na faixa de 20% do PIB são os que mais crescem no mundo, porque quem investe na produção de bens e servicos, produzem empregos e criam riquezas são os empresários, não o Estado.
Uma carga na faixa de 30% seria o máximo que um país como o Brasil poderia suportar, sendo que o ideal seria na faixa de 20 a 25% do PIB apenas.
Com 38% do PIB, o Brasil tem uma carga tributária de país rico, com uma renda per capita seis vezes menor.
Então alguma coisa está errada e não é a matemática ou os registros históricos.
Seria muito bom que o Estado fizesse menos e deixasse o setor produtivo criar renda e riqueza, empregos e crescimento.
Ao acreditar nessa história, o Brasil vai pagar um alto preço pelo desperdício estatal, como aliás já vem pagando.
Paulo Roberto de Almeida
Lula defende alta carga tributária do Brasil
Tânia Monteiro e Leonencio Nossa
Agência Estado, 1 de junho de 2010
'Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado', afirmou presidente em discurso de improviso
BRASÍLIA - Em discurso de improviso na 33ª reunião da Cepal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a alta carga tributária do País, alegando que "quem tem carga tributária de 10% não tem Estado" e "o Estado não pode fazer absolutamente nada".
Lula ironizou lembrando o que chamou de "brigas apoteóticas" entre os ex-ministros da Fazenda do Brasil e da Argentina, Pedro Malan e Domingo Cavallo, respectivamente, querendo saber quem era mais amigo dos países ricos. "O FMI mandava todo dia um agente aqui para dar palpite, funcionários do FMI, e essas pessoas achavam que faziam bem pros seus países. Eu penso que estamos construindo um mundo mais verdadeiro", desabafou Lula, avisando que "tem orgulho" da carga tributária do país hoje.
"Tem gente que se orgulha de dizer, olha, em meu país, a carga tributária é de apenas 9%, no meu país é apenas 10%. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado. O Estado não pode fazer absolutamente nada". "E estamos aí cheio de exemplos para a gente ver. É só percorrer o mundo para perceber que exatamente os Estados que têm as melhores políticas sociais são os que têm a carga tributária mais elevadas, vide Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Dinamarca", declarou Lula. "E os que têm a carga tributária menor, não têm condição de fazer absolutamente nada de política social, é só fazer um recorrido pela América do Sul", defendeu.
Uma carga na faixa de 30% seria o máximo que um país como o Brasil poderia suportar, sendo que o ideal seria na faixa de 20 a 25% do PIB apenas.
Com 38% do PIB, o Brasil tem uma carga tributária de país rico, com uma renda per capita seis vezes menor.
Então alguma coisa está errada e não é a matemática ou os registros históricos.
Seria muito bom que o Estado fizesse menos e deixasse o setor produtivo criar renda e riqueza, empregos e crescimento.
Ao acreditar nessa história, o Brasil vai pagar um alto preço pelo desperdício estatal, como aliás já vem pagando.
Paulo Roberto de Almeida
Lula defende alta carga tributária do Brasil
Tânia Monteiro e Leonencio Nossa
Agência Estado, 1 de junho de 2010
'Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado', afirmou presidente em discurso de improviso
BRASÍLIA - Em discurso de improviso na 33ª reunião da Cepal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a alta carga tributária do País, alegando que "quem tem carga tributária de 10% não tem Estado" e "o Estado não pode fazer absolutamente nada".
Lula ironizou lembrando o que chamou de "brigas apoteóticas" entre os ex-ministros da Fazenda do Brasil e da Argentina, Pedro Malan e Domingo Cavallo, respectivamente, querendo saber quem era mais amigo dos países ricos. "O FMI mandava todo dia um agente aqui para dar palpite, funcionários do FMI, e essas pessoas achavam que faziam bem pros seus países. Eu penso que estamos construindo um mundo mais verdadeiro", desabafou Lula, avisando que "tem orgulho" da carga tributária do país hoje.
"Tem gente que se orgulha de dizer, olha, em meu país, a carga tributária é de apenas 9%, no meu país é apenas 10%. Quem tem carga tributária de 10% não tem Estado. O Estado não pode fazer absolutamente nada". "E estamos aí cheio de exemplos para a gente ver. É só percorrer o mundo para perceber que exatamente os Estados que têm as melhores políticas sociais são os que têm a carga tributária mais elevadas, vide Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Dinamarca", declarou Lula. "E os que têm a carga tributária menor, não têm condição de fazer absolutamente nada de política social, é só fazer um recorrido pela América do Sul", defendeu.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Problema nuclear iraniano: tangenciando o problema
Assino um desses serviços de "assemblagem" de notícias, tendo definido diversas palavras-chaves para receber tudo o que se publicasse em torno disso, em inglês, português, espanhol e francês.
Pois bem, sob a rubrica "Brazilian diplomacy" recebi as matérias abaixo, que obviamente são sobre a diplomacia brasileira. Mas, as matérias também tocam no problema mais relevante da diplomacia brasileira neste momento: o programa nuclear iraniano.
Curiosamente, as matérias falam muito de diplomacia brasileira em relação a essa questão, mas de fato não tocam no problema principal: o programa nuclear iraniano.
As matérias ficam discutindo se o Brasil já chegou, ou não, à mesa dos "grandes". O Irã, obviamente, agradece essa falta de atenção da imprensa brasileira e estrangeira, em geral.
Quanto à imprensa brasileira, um outro registro deve ser feito: o pressuposto aqui é que o programa é para fins pacíficos, assim, sem nenhuma dúvida...
Paulo Roberto de Almeida
Dateline Tehran: Brazil's Big-League Diplomacy (Part I) by Mark S ...
Could Brazil displace the United States as the leader in global diplomacy?
Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions - latimes.com
Brazil has long felt it doesn't get the respect it deserves as one of the
world's most prominent emerging nations and under President Luiz Inacio
Lula da ...
World: Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions
Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions ... Brazilian
President Luiz Inacio Lula da Silva stands with Iran's Mahmoud Ahmadinejad
during a ...
Clinton Criticizes Brazil's Iran Diplomacy
But she said Iran used Brazilian diplomacy spearheaded by President Luis
Inacio Lula da Silva to try to stave off new U.N. Security Council
sanctions. ...
Israel Matzav: Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal
Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal. Brazil is furious
with the United States' rejection of the deal it made with Iran over the
latter ...
Pois bem, sob a rubrica "Brazilian diplomacy" recebi as matérias abaixo, que obviamente são sobre a diplomacia brasileira. Mas, as matérias também tocam no problema mais relevante da diplomacia brasileira neste momento: o programa nuclear iraniano.
Curiosamente, as matérias falam muito de diplomacia brasileira em relação a essa questão, mas de fato não tocam no problema principal: o programa nuclear iraniano.
As matérias ficam discutindo se o Brasil já chegou, ou não, à mesa dos "grandes". O Irã, obviamente, agradece essa falta de atenção da imprensa brasileira e estrangeira, em geral.
Quanto à imprensa brasileira, um outro registro deve ser feito: o pressuposto aqui é que o programa é para fins pacíficos, assim, sem nenhuma dúvida...
Paulo Roberto de Almeida
Dateline Tehran: Brazil's Big-League Diplomacy (Part I) by Mark S ...
Could Brazil displace the United States as the leader in global diplomacy?
Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions - latimes.com
Brazil has long felt it doesn't get the respect it deserves as one of the
world's most prominent emerging nations and under President Luiz Inacio
Lula da ...
World: Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions
Brazil's diplomacy on Iran points to larger ambitions ... Brazilian
President Luiz Inacio Lula da Silva stands with Iran's Mahmoud Ahmadinejad
during a ...
Clinton Criticizes Brazil's Iran Diplomacy
But she said Iran used Brazilian diplomacy spearheaded by President Luis
Inacio Lula da Silva to try to stave off new U.N. Security Council
sanctions. ...
Israel Matzav: Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal
Smart diplomacy: Brazil claims Obama approved Iran deal. Brazil is furious
with the United States' rejection of the deal it made with Iran over the
latter ...
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Quando a desgraça é bem-vinda… Leio, tardiamente, nas notícias do dia, que o segundo chanceler virtual do bolsolavismo diplomático (2019-202...
-
Textos sobre guerra e paz, numa perspectiva histórica e comparativa Paulo Roberto de Almeida 5136. “A Paz como Projeto e Potência”, Brasília...
-
Sobre isto: A presidente Dilma Rousseff empossou nesta quarta-feira, em Brasília, os sete integrantes da Comissão Nacional da Verdade, gr...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Stephen Kotkin is a legendary historian, currently at Hoover, previously at Princeton. Best known for his Stalin biographies, his other wor...