quarta-feira, 11 de maio de 2011

Diplomacia da generosidade: quem paga a conta? - Deputado Mendes Thame

Respondendo de pronto: somos nós, obviamente. Todos nós, direta ou indiretamente, a conta vai ser enviada diretamente para a casa, e as contas bancárias, de todos os brasileiros. Seja diretamente, na conta (futura) da eletricidade, seja indiretamente, via aumento dos encargos do Tesouro, e portanto da dívida pública, e portanto e em última instância, dos dispendios federais com juros e outros encargos da dívida.
Em outros termos, como diria um economista famoso, não existe almoço grátis. O que o Brasil está pagando a mais aos paraguaios, vai sair dos nossos bolsos...
Paulo Roberto de Almeida

Quem paga a conta?
*Antonio Carlos Mendes Thame

O Congresso Nacional aprovou a revisão do Tratado de Itaipu, elevando de US$ 120 para US$ 360 milhões por ano o repasse que o Brasil faz ao Paraguai pelo uso da energia excedente de Itaipu. Até 2023, serão repassados US$ 3 bilhões a mais para o Paraguai e, além disso, o país vizinho herdará 50% da usina, avaliada em US$ 60 bilhões, sem nada ter investido na construção da hidrelétrica. Com certeza, essa doação será repassada para a conta dos consumidores residenciais e empresas. Ou seja, o cidadão brasileiro vai pagar a conta. Uma doação. Doação vem do verbo doar, que é sinônimo de ceder, conceder, fazer uma cessão. Concede-se quando não se é obrigado, mas se cede assim mesmo.

Foi o que ocorreu.

Uma doação no sentido estrito da palavra, sem nenhuma justificativa técnica, sem nenhuma obrigatoriedade jurídica, sem nenhuma contrapartida, sem quaisquer condicionantes quanto à aplicação do recurso. Em suma, uma concessão.

Como explicar que, havendo tantas carências no Brasil, deputados da base governista destinem R$ 5 bilhões ao Governo do Paraguai? Como explicar, sabendo que centenas de milhares de crianças brasileiras não têm creche, que se prefira destinar esses recursos ao pagamento de uma tarifa reajustada sem necessidade?

Os deputados representam as suas regiões e estão vendo o que está acontecendo com a infraestrutura rodoviária do País: o asfalto das rodovias federais se esfarela a cada dia, o transporte coletivo urbano impõe um imenso sacrifício no dia-a-dia do trabalhador. Como explicar que sejam ignoradas essas carências e aprovada essa doação de R$ 5 bilhões ao Paraguai?

Centenas de pessoas continuam em filas de espera para se submeter à hemodiálise, conscientes de que sem ela não conseguirão sobreviver. Milhares de pessoas estão em filas de espera para se submeterem à quimioterapia, conscientes de que ela é o passaporte para continuarem vivas. Dezenas de milhares de pessoas continuam sem tratamento condigno contra a hepatite. Centenas de milhares de pessoas esperam semanas por um exame de laboratório, meses por uma tomografia, ressonância magnética ou ultrassonografia. Prefeituras se desdobram para complementar os parcos recursos que recebem do governo federal, via SUS, para poder oferecer um serviço razoável de atendimento à saúde pública. Como explicar, então, esse volume imenso de recursos desviado do atendimento de saúde do nosso povo e doado ao Paraguai?

Só há uma explicação: parte dos eleitos não se sentem na obrigação de prestar satisfações a quem o elegeu, sentem-se acima de qualquer crítica, acima de qualquer questionamento. São donos absolutos do seu mandato e só vão se preocupar em dar satisfações aos seus eleitores no segundo semestre de 2014, às vésperas das próximas eleições, quando voltam a disputar a reeleição dos seus mandatos.

Por que chegamos a isso? Porque o sistema eleitoral, ou seja, a forma como os deputados são eleitos permite a eleição de muitos parlamentares sem vínculo como os eleitores. É o sistema que elege esses deputados que precisa ser mudado. Enquanto não se perceber ou não se tomar consciência de que há um nexo causal entre a qualidade da representação política e a maneira como se dá a eleição, não haverá pressão para mudar o sistema de escolha dos deputados. Quando isso ocorrer, o voto distrital, sem dúvida, será implantado.

É o voto distrital que aproxima os eleitos dos eleitores, permite que se faça uma análise mais acurada sobre o passado de cada um. Mais ainda, que se faça a responsabilização, que se acompanhe o voto dado por cada deputado, para saber se ele está realmente cumprindo o que prometeu, se o mandato que exerce é instrumento de mudança para melhorar a vida das pessoas.

Por isso, vamos lutar a cada dia pela distritalização do voto, para aproximar os eleitores dos eleitos, para que o conceito do Congresso melhore, a fim de que ele passe a merecer, de fato, como instituição, a confiança da população brasileira, por saber que é composta na sua grande maioria por pessoas que receberam uma procuração para representar os cidadãos e defender seus interesses, em primeiro lugar.

Antonio Carlos Mendes Thame é deputado federal e presidente do PSDB Piracicaba.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pais primario-exportador é pais sem industria: o novo moto do governo...

O governo sempre busca bodes expiatórios para os seus mal-feitos.
Inflação? É um fenômeno mundial, nada a ver com os preços administrados pelo governo, a expansão do crédito, os gastos públicos e a nova política, semi-heterodoxa, do Banco Central.
Baixa competitividade dos produtos brasileiros? Isso é guerra cambial, dumping chinês, concorrência desleal de gregos e goianos, whatever. Nada a ver com o custo-Brasil, o extrativismo tributário do governo, a péssima infra-estrutura, comunicações deficientes e caras, portos vagabundos, etc.

Uma economia commodities-dependente. Ou: Quem tem a resposta? Guido Mantega?
Reinaldo Azevedo, 10/05/2011

Estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) evidencia o que todo mundo já sabia: cresce a importância das commodities na pauta de exportações do Brasil: nos anos 1990, estava em torno de 40%; entre 2007 e 2010, chegou a 51%. Poderíamos estar apenas diante de uma questão comparativa, sem maior importância: nessa hipótese, a demanda pelas commodities teria aumentado muito, os preços se elevado, e não haveria motivo para preocupação.

Ocorre que caiu a participação do Brasil em todas as otras áreas. Isso quer dizer que o país exporta mais o produto primário e cede mercado a outras economias de produtos de maior valor agregado, que geram mais empregos e implicam desenvolvimento tecnológico e industrial. O dado acena para o risco da desindustrialização do país, que, segundo alguns especialistas, já estaria em curso. O Ipea, informa que o ferro foi o principal responsável pela grande elevação do peso das commodities na pauta de exportações brasileiras em 2010.

O que fazer? Pois é… O governo, já se disse mais de uma vez, não tem resposta para essa equação. O real supervalorizado torna pouco competitiva a indústria brasileira; na outra ponta, o potentado chinês mantém elevada a demanda por commodities — e ninguém torce para que o Brasil tome um tombo nessa área — e segura sua moeda desvalorizada no porrete, o que o faz um competidor difícil de vencer na indústria. Internamente, já confessou o governo brasileiro, o dólar desvalorizado ajuda a manter a inflação sob controle, ainda que um controle bem acima do centro da meta. Os EUA mantêm inundado de dólares o mercado, que vêm aqui em busca de nossos juros, valorizando o real, que passa a ser o “meu bem, meu mal” de Guido Mantega. O Brasil tem tentado convencer os dois países a não fazerem essa maldade com a gente. Eles não nos dão a menor bola.

Assim, tem-se que, enquanto as commodities estão nos cornos da lua, tudo parece caminhar no melhor dos mundos. É como se a economia brasileira estivesse, assim, viciada num certo bem-estar que, no limite, pode destruí-la — como droga mesmo. A China segue exatamente as regras de mercado quando mantém sua moeda artificialmente desvalorizada? A resposta está na pergunta. Os EUA seguem exatamente as regras de mercado quando afogam o mundo de dólares? A resposta também está na pergunta. O Brasil talvez possa até ganhar uma medalha de bom comportamento nesse quesito, mas os números apontam para um futuro não muito auspicioso.

Quem se candidata, no governo petista, a “fazer” política econômica, no sentido em que a China e os EUA vêm fazendo? Guido Mantega?

De fato, ja vivemos em ditadura: Brasil proibicionista...

A concepção autoritária, dirigista, intervencionista, eu até diria totalitária de muitos dos que estão no poder atualmente levou-nos a esta situação: somos considerados crianças, incapazes, idiotas ou qualquer outra coisa que não seja a condição de pessoas inabilitadas para estabelecer juízos de valor por nossa própria conta, arbitrar entre preferências, decidir o que é melhor para nós mesmos. Não podemos fazer mal à nossa saúde, por isso não podemos consumir tais e tais produtos, não podemos ter as menores "perversões" -- indulging em doces, ou cerveja, por exemplo -- que logo vem um órgão público nos avisar dos perigos disso e daquilo.
Isso se chama fascismo e os órgãos mais fascistas de todos são, sem dúvida alguma, a Receita Federal e a Anvisa. Mas existem muitos outros e sobretudo existem vontades totalitárias que querem nos impedir de ser o que somos.

Os proibicionistas
JOÃO LUIZ MAUAD
O Globo, 10/05/2011

No Brasil, a exemplo do que já ocorre em outras praças, o proibicionismo vem ganhando cada vez mais espaço nas políticas públicas. Recentemente, os brasileiros foram proibidos de ingerir remédios para emagrecer, mesmo se receitados por médicos. Antes disso, já nos haviam proibido de recorrer ao bronzeamento artificial e de pitar uns cigarrinhos eletrônicos. Os especialistas da Anvisa também não querem que os malvados donos de drogarias nos vendam produtos outros que não remédios e cosméticos. Para proteger a nossa saúde, as indústrias de alimentos devem reduzir os teores de açúcar, gorduras e sal em seus produtos. A propaganda de bebidas, cigarros e até brinquedos é rigidamente controlada. Repare, caro leitor, que nos anúncios de cerveja ninguém leva o copo à boca. Só não me perguntem por quê.

Mas o furor regulatório não para aí. Entrará em vigor, nos próximos dias, uma nova norma para o uso dos cartões de crédito. "A fim de evitar o superendividamento das famílias", o Banco Central estabeleceu que o pagamento mínimo das faturas, a partir de junho de 2011, será de 15% do total, chegando a 20% em dezembro (hoje é de 10%). Resumo da ópera: nem mais decidir o quanto nos endividar podemos.

Além dos exemplos acima, existe no país uma infinidade de normas cujo objetivo é organizar e controlar as nossas vidas. O fato de políticos, burocratas, especialistas e ativistas fazerem-se de nossas babás não é novidade. O absurdo é como nós permitimos que eles assumam essa função sem nos dar conta de que estamos, cada vez mais, abrindo mão de nossa liberdade.

A síntese do pensamento proibicionista é a seguinte: as pessoas são incapazes de saber o que é melhor para elas e o governo deve, portanto, protegê-las de seus próprios desejos, necessidades e ignorâncias, bem como da ganância e da esperteza de comerciantes inescrupulosos. Somente o governo e seus especialistas são sábios, enquanto os cidadãos comuns são seres fracos e sem juízo, que devem ser eternamente guiados e protegidos para que não se machuquem. Depois do recente massacre de Realengo, por exemplo, houve até quem pretendesse censurar o noticiário a respeito, para não incentivar outros psicopatas a agir de modo semelhante.

Os proibicionistas imaginam ter adquirido o preciso conhecimento sobre o que os demais podem, desejam ou merecem ter. Por conta disso, sentem uma necessidade irresistível de ditar o que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito. Alguma força avassaladora os compele a nos proteger de nós mesmos. A ideia de permitir que as pessoas sigam o seu próprio destino - às vezes errando, outras vezes acertando, eventualmente até morrendo por causa do caminho que escolheram - está além da sua compreensão, pois a imperfeição, para eles, é algo inadmissível.

Já que as pessoas não estão autorizadas a tomar decisões equivocadas ou a agir de modo errado, a solução é nada menos que planejar a vida alheia nos mínimos detalhes, da forma como eles imaginam ser a melhor, a mais eficiente e menos dolorosa para todos. O indivíduo ideal não é um ser humano, com suas vicissitudes e idiossincrasias, mas apenas uma peça inanimada num tabuleiro de xadrez, que eles podem mover à vontade, de um lado para outro, da frente para trás. Os proibicionistas simplesmente não conseguem compreender os conceitos de livre arbítrio e responsabilidade individual.

Malgrado toda a longa história das tiranias ao redor do mundo, a verdade é que os defensores da liberdade sempre estiveram na defensiva, especialmente em função da indefectível comparação entre o mundo real - com todas as suas imperfeições - e o mundinho ideal que povoa os corações e as mentes de muita gente - vide Platão, Thomas More e muitos outros expoentes do bom e velho Estado-Babá. Em função desse ideal utópico, existe uma fortíssima tendência no sentido de se considerar quaisquer intervenções governamentais como boas e desejáveis, enquanto a liberdade de escolha é vista como algo nocivo, que precisa ser evitado a todo custo.

O que há de mais deletério no proibicionismo, entretanto, é que ele pretende promover um suposto interesse geral não pelo estabelecimento de mecanismos capazes de persuadir os homens a fazer opções diversas das originais, mas simplesmente forçando-os a agir contra o que seriam as suas escolhas se livremente pudessem optar. Em outras palavras, as medidas proibicionistas visam a substituir os valores e desejos dos interessados pelos dos sábios e puros agentes públicos.

JOÃO LUIZ MAUAD é administrador de empresas.

Essas amizades incomodas: FARC e Hugo Chavez, unidos para sempre?

Pois é, um dia esse grande amor viria a público. Agora é aguentar as consequências...
Este post precisa ser lido em conexão com esta informação:

The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of  'Raúl Reyes'

A atmosfera vai esquentar um pouco... Estamos esperando os espetáculos televisivos do coronel.
Ele anda surpreendentemente calmo ultimamente. Antigamente, ele logo mandava tanques para a fronteira, rompia relações, passava horas na televisão declarando guerra a seus inimigos...
Paulo Roberto de Almeida

Embajada venezolana en Reino Unido rechaza señalamientos sobre Venezuela y el conflicto interno de Colombia
Martes 10/05/2011

La Embajada de la República Bolivariana de Venezuela en el Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte expresó hoy su preocupación sobre un informe del Instituto Internacional de Estudios Estratégicos (IISS, por sus siglas en inglés), con base en Londres, que intenta vincular a Venezuela con el conflicto interno de Colombia, y calificó dicho informe de parecer un “dodgy dossier latinoamericano”.

La Legación señaló que hay inexactitudes básicas en la pre-publicidad y el propio informe, titulado The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of 'Raúl Reyes (Los Archivos de las FARC: Venezuela, Ecuador y el Archivo Secreto de Raúl Reyes), publicado hoy martes 10.

Asimismo, llamó a que se reporte de manera responsable cualquier información que emane del informe del IISS, pues incluso la Corte Suprema de Justicia de Colombia desestimó como inadmisible cualquier “evidencia” que viniese de dichas computadoras en los procesos judiciales a los que fuesen sometidos políticos colombianos. [i]

La representación venezolana manifestó su extrañeza y preocupación con relación a la decisión del IISS de utilizar documentos cuyo manejo por parte de las autoridades colombianas ha sido descrito como “en discrepancia con principios internacionalmente reconocidos para el manejo ordinario de evidencia electrónica por parte de las agencias del orden público”, de acuerdo a la Organización Internacional de Policía Criminal (Interpol). [ii]

Sin embargo, pese al pronunciamiento inminente de la Interpol, a través de su informe sobre las computadoras, el IISS señaló en la publicidad previa al lanzamiento del informe, lo siguiente:

El Gobierno colombiano posteriormente obtuvo confirmación de parte de la Interpol)de que el archivo no había sido manipulado luego de su captura, por lo que el Gobierno colombiano procedió en los meses subsiguientes a sacar provecho de las pistas operacionales que aparecían en dicho archivo.

Tomando en cuenta esas inconsistencias, la Embajada manifestó que la calidad del informe del IISS es cuestionable.

Ese es apenas uno de los factores que arroja serias dudas acerca de la autenticidad y validez de la información emanada de los computadores, que fue presentada en el dossier del IISS.

Además de los señalamientos ya indicados por parte de Interpol en cuanto a la falta de apego a las prácticas internacionales, también ha manifestado que no puede verificar la “exactitud de los archivos del usuario”, así como tampoco puede probar que los archivos no fueron manipulados durante la semana que le tomó a las autoridades colombianas entregarle las computadoras. [iii]

Afirmó que la comunidad internacional no debería aceptar como válido el uso de archivos no verificados por parte del Instituto.

Asimismo, advierte que el informe pudiera formar parte de una operación de propaganda agresiva en contra de Venezuela, cuyo propósito no es otro que el de estropear los procesos positivos que ha venido experimentando la región, y en particular extraña sobremanera que este informe se produzca justo en el momento cuando las relaciones entre Venezuela y Colombia han alcanzado un nivel de estable cooperación y diálogo amistoso.

[i] http://www.colombiareports.com/colombia-news/news/12165-raul-reyes-computers.html

[ii] www.interpol.int/Public/ICPO/PressReleases/PR2008/pdfPR200817/ipPublicReportNoCoverEN.pdf.

[iii] http://www.interpol.int/Public/ICPO/PressReleases/PR2008/pdfPR200817/ipPublicReportNoCoverEN.pdf

Unidad de Prensa de la Embajada de la RBV ante el Reino Unido / GA

Brasil: o Apartheid em construcao: cotas para empregos publicos no RJ

Dirigentes, militantes e candidatos afrodescendentes (mas tem que ser suficientemente pigmentados, do contrário não passam por "negros") deve estar satisfeitos com este anúncio:

"Concursos públicos no Rio terão reserva de vagas para negros"

O único problema, segundo a ministra da Desigualdade Racial, é se chegar a um acordo sobre a proporção exata (suponho que cientificamente determinada) sobre quantos são os "negros" (assimilando-se a eles os "pardos") na população, para que as cotas dos concursos públicos possam refletir exatamente essa proporção.
Segundo a jornalista da Agência Brasil, a proporção de negros e pardos na população brasileira seria, respectivamente, de 7,6% de pretos e 39,3% de pardos, ou seja, um total de 47,3% de "afrodescendentes".
A jornalista está mal informada. Segundo a última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), os autodeclarados afrodescendentes compõem 53% da população brasileira, ou seja, são maioria. No próprio Rio de Janeiro, eles também são, de acordo com os dados oficiais, 51,7% da população, ou seja, eles também são maioria.
Nessas condições, que precisaria de cotas seriam os não negros, a "minoria".
Os políticos, militantes e injustiçados vão alegar que não se pode fazer cota de brancos porque brancos são privilegiados: tiveram boas escolas, boa educação, lares arrumadinhos, com livros, renda alta, etc. Os negros (e pardos) não tiveram nada disso, e por isso precisam das cotas.
Mas se isso é verdade, o que deveríamos fazer seria melhorar a educação de todos, não fazer cotas raciais, que só pode dar no que já está dando: Apartheid racial, distanciamento entre os diferentes segmentos da população nacional e, em última instância, fragmentação da sociedade nacional em cluster raciais.
O Brasil se afunda cada vez mais na demagogia e nas políticas divisionistas.
Paulo Roberto de Almeida

Concursos públicos no Rio terão reserva de vagas para negros
Isabela Vieira
AGÊNCIA BRASIL, 10/05/2011

A medida deve ser adotada por meio de decreto do governador Sérgio Cabral, que anunciou ontem a decisão
Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros: "o que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável"

Rio de Janeiro- Os próximos concursos públicos para o estado do Rio de Janeiro deverão contar com reserva de vagas para a população negra, segundo informou hoje (10) a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros. A medida deve ser adotada por meio de decreto do governador Sérgio Cabral.

Durante uma visita à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência, no centro da capital fluminense, a ministra disse que a decisão foi anunciada ontem (9) pelo governador, no Palácio Laranjeiras. Na ocasião, eles conversaram sobre a criação de um plano estadual de promoção da igualdade racial.

"Na parte que se refere ao mercado de trabalho, o governador propôs que seja editado um decreto introduzindo, em todos os concursos públicos, a cota para negros", afirmou Bairros. "O que falta é um estudo para se chegar a um percentual que seja razoável, considerando a presença negra na população do estado".

O estudo deve ser desenvolvido pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e Assistência Social com outros órgãos de governo, como a Procuradoria-Geral do Estado. Se for atender à proporção de negros na população fluminense verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as cotas raciais devem reservar mais da metade das vagas ofertadas em cada concurso.

Os dados do Censo de 2010 mostram que 51,7% da população fluminense são negros, sendo 12,4% pretos e 43,1% pardos. No Brasil, a proporção é 7,6% de pretos e 39,3% de pardos.

Na opinião da ministra Luiza Bairros, as cotas raciais nos concursos darão continuidade à política de ações afirmativas no estado, que começou de forma pioneira em 2003, quando a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) adotou o critério para selecionar vestibulandos.

Agenda diplomatica bolivariana: ops, um escorregao...

Não é difícil desarmar o Cerimonial, quando do súbito cancelamento de alguma viagem de alto nível, mas algumas despesas -- segurança, automóveis, comida, etc., etc., etc. -- já encomendadas terão de ser pagas.
Será que as FARC pagariam as despesas não contabilizadas?


The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of  'Raúl Reyes'
The International Institute for Strategic Studies (London)
Today, the IISS launched its latest Strategic Dossier The FARC Files: Venezuela, Ecuador and the Secret Archive of  'Raúl Reyes'.

The dossier provides unique insights into the thinking and evolution of the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC). It is based on a study of the computer disks belonging to Luis Edgar Devía Silva (aka Raúl Reyes), head of FARC’s International Committee (COMINTER), that were seized by Colombian armed forces in a raid in March 2008 on Devía’s camp inside Ecuador.
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Buy the FARC Files now

Read Nigel Inkster's remarks at the launch

Read a summary of the dossier

Watch the Launch

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Segundo relatório, Venezuela teve apoio das Farc após golpe de 2002
O Estado de S.Paulo, 10 de maio de 2011

Chávez teria permitido atuação das Farc no país e pedido treinamento de 'grupos paramilitares'

LONDRES - O governo da Venezuela teve apoio das Forças Armadas Revolucionárias da Colômba (Farc) em sua estratégia de segurança, depois do golpe de Estado realizado em 2002, sem sucesso, contra o presidente Hugo Chávez. A informação foi divulgada em Londres nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês), que reuniu em um relatório documentação das Farc.

Entre as principais conclusões do relatório no que se refere à relação entre a Venezuela e as Farc, o IISS apurou que o governo Chávez permitiu que o grupo operasse em território venezuelano.

Além disso, o presidente ofereceu ajuda às Farc em dinheiro e pediu aos guerrilheiros que "treinassem grupos paramilitares para defender a revolução de outros golpes de estado ou invasões externas", segundo o autor do estudo, James Lockhart Smith.

Smith disse, no lançamento do relatório, em Londres, que é necessário colocar a revelação em um "contexto estratégico". "Depois do golpe de abril de 2002, o regime (de Caracas) se aterrorizou, porque notou que o golpe esteve perto de ter sucesso, e porque viu também que não podia contar com a lealdade das Forças Armadas", explicou.

Equador
De acordo com a AFP, o presidente do Equador, Rafael Correa, "pediu" e "aceitou" fundos das Farc durante a campanha eleitoral de 2006. O documento do IISS relata que "os arquivos (apreendidos) e outras fontes sugerem que Correa solicitou pessoalmente e aceitou fundos ilegais das Farc na sua primeira campanha eleitoral em 2006".

Ainda segundo o relatório, "o respaldo político e financeiro da guerrilha teve um papel para garantir a ele (Correa) a vitória".

Apreensão de documentos
O IISS desenvolveu um estudo detalhado sobre a evolução do grupo conhecido como Farc-EP (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia - Ejército del Pueblo), ou simplesmente Farc.

O levantamento foi feito com base em informações do grupo, apreendidas pelo Exército colombiano durante uma incursão em território equatoriano em 1 de março de 2008. Na operação, o líder guerrilheiro Luis Edgar Devía Silva, conhecido como "Raúl Reyes", foi morto.


Segundo a Efe, entre o material apreendido na ocasião havia oito "dispositivos de memória" e documentos históricos das últimas três décadas sobre as Farc. O diretor do IISS para Ameaças Transnacionais e Risco Político, Nigel Inkster, disse que o governo colombiano solicitou ao organismo uma análise do material, depois de uma verificação feita pela Interpol de que os documentos não haviam sido manipulados.

Com Efe

Veja também:
Gabeira: Livro denuncia relação da Venezuela com as Farc

Definicoes definitivas - a maneira de Millor Fernandes

Millor Fernandes, em várias de suas muitas colaborações bem-humoradas, tinha uma série absolutamente impecável, chamada "definições definitivas", geralmente "mortais".

Pois todo mundo conhece a lei de Murphy, aquela que diz que o que pode dar errado, dará, da pior forma possível.
Mas muita gente se esquece da lei de Parkinson, altamente relevante para a “produtividade” na administração pública: ela diz que o total de empregados numa burocracia cresce 5 a 7% ao ano, independentemente de qualquer variação no volume de trabalho que deve ser feito.

Não é perfeito para a nossa "administração" (ao contrário) dos últimos 8 ou 9 anos?

Paulo Roberto de Almeida

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Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...