terça-feira, 8 de maio de 2012

Quantas pessoas trabalham na ONU: O DOBRO...

Este artigo, sobre um dos maiores dinossauros mundiais, conclui dizendo que o número de pessoas que trabalham na ONU, ou para a ONU, e diz que é "a metade".
Pois eu acho que é o dobro, o dobro de todos os números nos quais se possa pensar.
Paulo Roberto de Almeida 

AFINAL, QUANTAS PESSOAS TRABALHAM NA ONU….
Jamil Chade
O Estado de S.Paulo, 8/05/2012

 Nesta semana, em um almoço entre empresários em Genebra, fui colocado ao lado de um dos diretores de uma das maiores empresas de consultoria do mundo. Por sete anos ele foi um dos encarregados de propôr e tentar implementar uma reforma da administração da ONU. Além das histórias geniais que contou sobre o funcionamento das Nações Unidas, o consultor revelou que seu trabalho, na realidade, começou com uma pergunta simples: quantas pessoas trabalham na ONU.
Mas o que parecia ter uma resposta óbvia levou anos para ser decifrada. Em Genebra, o prédio da ONU é o símbolo de um sonho. Alí estão depositadas as esperanças de milhares de pessoas, de que conflitos serão solucionados, que a pobreza seja superada e que o bem-estar seja conquistado por todos. Confesso que não vejo o mundo sem o trabalho da ONU.
Mas o edifício conta com um outro lado. A ONU, ao ser o espelho de governos de todo o mundo, é também a síntese de toda a burocracia mundial. E o pior de cada burocracia. Em doze anos percorrendo os corredores da entidade como correspondente, confesso que sinto a mesma frustração do consultor que se sentou ao meu lado: afinal de contas, quantas pessoas trabalham na ONU. E o que de fato fazem.
Uma opção para ter uma resposta seria chegar pela manhã e avaliar o número de pessoas entrando no edifício. O problema é que não há “ponto” e horários são “flexíveis”, principalmente em dias depois de feriados. Uma boa opção é esperar até as 10am, quando as lanchonetes do edifício ficam lotadas com funcionários, ávidos por um café. Outra opção é ainda a cafeteria, que serve almoço entre meio-dia e duas da tarde e também está lotada, sempre. A última opção é ainda esperar até as 6pm. Mas, nesse horário, a maioria dos funcionários já deixou o edifício e os corredores estão vazios.
Questionar o que cada um faz dentro do monstruoso edifício é ainda mais problemático, isso sem contar com perguntas relacionadas ao orçamento. Na FAO, em Roma, 60% do orçamento da entidade é usado para pagar os funcionários na capital italiana. O restante, claro, é usado para combater a fome no mundo, que atinge 1 bilhão de pessoas. Há alguns anos, um diretor-geral da ONU em Genebra causou um mal-estar ao tomar posse. Insistia que a frota de carros que o servia não era adequada e mandou comprar novos carros de luxo. Especificou que queria um certo modelo, que ficava acima do orçamento disponível. Misteriosamente, o orçamento foi modificado e seu carro chegou dias depois.
Fui surpreendido no domingo passado, no aeroporto de Genebra, ao ver que um dos motoristas de uma missão latino-americana aguardava alguém no setor de desembarque, uniformizado, como manda o protocolo. Fui querer saber quem estava chegando. A resposta foi a mais óbvia: o embaixador daquele país, que havia passado o fim de semana fora da cidade a passeio. Na realidade, nunca entendi porque em Genebra, uma cidade de 300 mil habitantes, embaixadores precisam de motoristas. Mas, enfim, por algo será.
Na Organização Mundial de Propriedade Intelectual, o ex-diretor foi pego construindo uma piscina em sua mansão em Genebra. Documentos revelados pelo Wikileaks mostraram como os gastos da missão da ONU no Haiti nunca foram plenamente esclarecidos, principalmente os recibos suspeitos de gasolina nos carros oficiais. No Fundo Global contra a Aids, uma auditoria mostrou no ano passado como governos desviaram dinheiro que seria usado para tratar pacientes. Como eu disse, a ONU não passa de uma síntese das burocracias mundiais.
Há poucos anos, a ONU resolveu renovar uma de suas salas de reunião e gastou US$ 30 milhões para isso, em uma única sala, hoje chamada de catedral (ver foto).
Peço ao leitor que não me classifique como alguém que quer ver o fim da ONU, como os neo-conservadores americanos. Muito pelo contrário. O mundo precisa de uma ONU forte, profissional e competente. Mas, para isso, muito terá de ser mudado.
As limitações não são apenas administrativas. Seu histórico nos últimos dez anos revela um cenário de calamidade diplomática. A entidade foi ignorada pelos americanos na guerra do Iraque, ignorada por iranianos e norte-coreanos no desenvolvimento de programas nucleares, foi ignorada pela Rússia na Chechênia, pelo Sri Lanka (com a ajuda do Brasil), pela OTAN na Líbia e em tantas outras crises. Os responsáveis disso tudo: os próprios governos, que operam dentro da entidade manobras políticas constantes, o que não deveria ser uma surpresa para ninguém. Há uns anos, Ban Ki Moon me confessou: seus discursos são aguados. Uma obviedade diante das limitações que governos o colocam.
Mais uma chance está sendo dada à ONU mostrar sa relevância na crise na Síria. Kofi Annan, o mediador, faz questão de não desistir, mesmo se admite que seu plano de paz avança “centímetros”, e não metros.
Se a ONU espera ser ponto de referência no mundo, governos precisam de fato mudar suas atitudes. Mas a administração da entidade também precisa passar por uma reforma profunda e atuar como se resultados tivessem de ser apresentados a acionistas, que no caso são os cidadãos de todo o mundo.
Por enquanto, isso também não passa e um sonho, como o da redução da pobreza e paz mundial. Ah sim…, respondendo à pergunta inicial. Aquele consultor, ao final de sete anos de trabalho, finalmente acredita que descobriu quantas pessoas trabalham na ONU: metade

Parasitas e desenvolvimento economico: um livro de historia

Existem vários tipos de parasitas no mundo, especialmente os de duas patas e de gravata. Vários deles prejudicam terrivelmente o desenvolvimento econômico.
Mas, vamos ver um livro sobre determinadas espécies de parasitas, com mais de duas patas...
Paulo Roberto de Almeida 



------ EH.NET BOOK REVIEW ------
Title: Parasites, Pathogens, and Progress: Diseases and Economic Development
Published by EH.Net (May 2012)

Robert A. McGuire and Philip R. P. Coelho:
Parasites, Pathogens, and Progress: Diseases and Economic Development
Cambridge, MA: MIT Press, 2011. viii + 343 pp. $30 (hardcover), ISBN: 978-0-262-01566-0.
Reviewed for EH.Net by John E. Murray, Department of Economics, Rhodes College.

An old saw proposes that holding a hammer makes everything look like a nail.  When Robert McGuire and Philip Coelho suggest (p. 5) that Jared Diamond’s bestseller (1997) should have been titled Germs, Germs, and Germs, the reader may think that the authors carry not a hammer but a microscope.  Everywhere in this history, germs appear as the critical and virtually only influence on economic development.  By the end the reader better understands microbes in American history, but may still wonder if natural resource endowments, property rights and contract law, accumulating human capital, and flexible markets played a role as well.
Parasites, Pathogens, and Progress synthesizes a considerable literature on infectious disease and U.S. economic history, particularly before 1900.  On the purely economic side, a set of verbal and flowchart models of economic growth stress connections between ever greater population density and increasing infectious disease rates.  These connections, they argue, counterbalance better known Smithian growth models in which increasing density leads to the division of labor and Malthusian anti-growth models in which increasing density leads to food shortages.  Traditionally in neither of these stories do infectious diseases play much of a role.  This book aims to fix that omission.  The authors write (p. 6), “We do not claim that we are the first to bring parasites and pathogens into the history of humanity and the economy, but we do so with emphasis and conviction that are missing in other histories.”  Here is truth in advertising.  Readers familiar with the work of world historians such as William McNeill, Philip Curtin, or Alfred Crosby, or historians of medicine such as Kenneth Kiple, Todd Savitt, or Margaret Humphreys will find little new here.  The same disease agents, transmission processes, and racial differentials appear in this book as in the works of those historians.  To these factors the authors attribute monocausal explanatory power with iron single-mindedness.
Disease in economic development (or stagnation) is fascinating, and this book brings out much of that inherent interest, but with little subtlety.  Much of the authors’ case moves forward without reference to work of previous historians.  Concerning European contact with the New World, they write (p. 33), “The assumptions that the biological environment is unchanging and that the ecology is exogenous to human actions are spectacularly incorrect.”  But after McNeill’s Plagues and Peoples (1976) and Crosby’s Ecological Imperialism (1986), very few scholars believe in a static global disease environment.  The idea that disease might explain some of a historical episode rather than all of it generally is absent.  Two pages concern the irresistible Antebellum Paradox of declining adult heights and life expectancies in an era of increasing per capita incomes.  Expanding transportation networks integrated local, and then regional, and then national disease pools.  The authors conclude, “The deteriorating disease environment affected the biological standard of living and, as a result, average heights fell” (p. 53).  Full stop.  But no scholar doubts that disease mattered, and most try to account for its influences.  Despite the strongly worded conclusion, no evidence supports their absolute attribution, nor can the authors rule out the explanatory power of trends in pork production, income distribution, infant mortality, and urbanization.  The publication with the best evidence for the transport-disease connection (Haines, Craig, and Weiss 2003) is not cited in this book.
The bulk of the book is given over to the importance of infectious disease, primarily malaria, in determining that the labor force in the South would be drawn from African slaves rather than bound Europeans or Indians.  The authors cast their story of racial differentials in malaria susceptibility against Kenneth Stampp’s claim in The Peculiar Institution (1956) that Africans, Europeans, and their descendants were equally vulnerable to Plasmodium.  In contrast, write McGuire and Coelho, a sound scientific literature has arisen that attributes differential mortality rates by race to physiological differences such as the presence or absence of sickle cells or the Duffy antigen.  This discussion, in Chapter 6, is clearly presented, even in its technical parts, as well as engaging and informative.  But it is a bit beside the point because the hypothesis of differential malaria susceptibility and its consequences for our history is widely accepted by historians.  As a typical example, Humphreys concluded ten years ago in her Malaria (2001, p. 28; not cited in this book), “While no simple cause and effect can be directly established, and other diseases such as yellow fever certainly played their part, it can at least be concluded that malaria had a substantial impact on labor and settlement patterns in the American colonies, patterns that would ultimately lead to the Civil War.”
The authors occasionally succumb to the temptation to let inferences from their model replace historical evidence.  Here are two examples.  First, on the transition from temporarily-bound Europeans to permanently-bound Africans:  The authors describe a process of natural selection in favor of relative resistance of white people to cold weather diseases and of black people to hot weather diseases, which more or less accords with the scientific literature.  “As a result,” they write (p. 100), “there is (sic) an increase in the migration of European indentured servants” to the northern colonies.  To explain the absence of evidence for this claim, they note (p. 100) that “reliable data for indentured servants bound for New England are not available.”  They seem unaware that the lack of such data, reliable or otherwise, was due to the tendency of indentured servants to avoid New England in the first place, contrary to the conclusions of the authors’ model.  A second example concerns antebellum medical practice.  With no reference to its price, they assert (p. 161) that planters could afford quinine for their slaves, that a sufficient quantity of quinine to stem a malarial episode was cheaper than replacing a slave (almost certainly true), and there they stop.  Did planters actually provide quinine to their slaves?  We know from a standard work, Savitt’s Medicine and Slavery (1981, p. 155; not cited in this book), that in fact quinine was widely used on plantations.  A simple citation to Savitt’s findings would have completed their argument.
Disease has played an important role in American history, and the number of historians who think so are greater than this book seems to assume.  If infectious disease might have been overlooked at some point in the historiography, this book will help gain greater attention for its multifaceted influences.  Still, it would have helped the authors’ case if they had contented themselves with nominating parasites and pathogens to join the ranks of relevant subjects for historical study, rather than asserting their near-exclusive primacy.

References:
Crosby, Alfred. Ecological Imperialism: The Biological Expansion of Europe, 900-1900. New York: Cambridge University Press, 1986.
Diamond, Jared. Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies. New York: W.W. Norton, 1997.
Haines, Michael, Lee Craig, and Thomas Weiss.  “The Short and the Dead: Nutrition, Mortality, and the ‘Antebellum Puzzle’ in the United States,” Journal of Economic History 63 (2003): 382-413.
Humphreys, Margaret. Malaria: Poverty, Race, and Public Health in the United States.  Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2001.
McNeill, William. Plagues and Peoples. New York: Anchor Press, 1976.
Savitt, Todd L. Medicine and Slavery: The Diseases and Health Care of Blacks in Antebellum Virginia.  Urbana: University of Illinois Press, 1978.
Stampp, Kenneth. The Peculiar Institution: Slavery in the Ante-Bellum South. New York: Vintage Books, 1956.

John E. Murray is Joseph R. Hyde III Professor of Political Economy at Rhodes College in Memphis, Tennessee.  His next book, The Charleston Orphan House: Children’s Lives in the First Public Orphanage in America, will be published by the University of Chicago in early 2013.

Copyright (c) 2012 by EH.Net. All rights reserved. This work may be copied for non-profit educational uses if proper credit is given to the author and the list. For other permission, please contact the EH.Net Administrator (administrator@eh.net). Published by EH.Net (May 2012). All EH.Net reviews are archived at http://www.eh.net/BookReview.

Livros disponiveis na internet - Universia Brasil


Mais de 500 livros disponíveis para download gratuito

Portal publica inclusive oito das nove obras exigidas pelos vestibulares da Fuvest e da Unicamp

07 de maio de 2012 | 19h 58


Estadão.edu
Mais de 500 obras literárias estão disponíveis para download gratuito no portal Universia Brasil. Entre elas, oito dos nove livros cobrados pelas bancas da Fuvest e da Unicamp no vestibular. O único que ainda não ganhou versão digital é Capitães da Areia, de Jorge Amado.
Ao todo foram publicados 521 arquivos em formato PDF, que pode ser lido em computadores, tablets e e-readers. As obras são dos mais variados estilos: há desde biografias de cineastas até textos científicos sobre comunicação, passando, claro, por grandes clássicos da literatura.
Segundo a gerente de conteúdo do portal, Alexsandra Müller, o objetivo da iniciativa é incentivar a leitura e democratizar o acesso ao conhecimento. "A gente acredita no poder de transformação da leitura, do ponto de vista pessoal e acadêmico", afirma.
Alexsandra conta que os textos já estavam publicados na internet. O trabalho da equipe do site foi agregar o conteúdo em um único endereço eletrônico. "Esses livros foram pedidos por nossos leitores em enquetes e nas nossas redes sociais. Um internauta, por exemplo, queria muito ter acesso a textos de Gregório de Matos."
Para se ter uma ideia, a demanda por obras gratuitas é tão grande que uma notícia sobre 120 obras acadêmicas disponíveis para download, publicada em setembro do ano passado, continua liderando o ranking das matérias mais lidas do portal.
Vestibular
Estão disponíveis para download os seguintes livros da Fuvest e da Unicamp:
A Cidade e as Serras (Eça de Queirós)
O Cortiço (Aluísio Azevedo)
Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel Antônio de Almeida)
Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
Sentimento do Mundo (Carlos Drummond de Andrade)
Til (José de Alencar)
Viagens na Minha Terra (Almeida Garrett)
Vidas Secas (Graciliano Ramos) 
As obras de Aluísio de Azevedo são destaque entre o material. São 17 livros do romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista nascido no Maranhão. Além disso, pode ser feito o download de 27 livros de José de Alencar, 18 de Eça de Queirós, 13 de Fernando Pessoa, 8 de Lima Barreto.
Quem quiser treinar o inglês poderá baixar 15 livros do poeta inglês William Shakespeare.
O portal também oferece uma série com 20 livros sobre cinema nacional, como biografias de cineastas e roteiros de filmes de destaque.
Ainda há outras 30 obras sobre comunicação, entre as quais Jornalismo e Convergência: Ensino e Práticas Profissionais, de Cláudia Quadros, Kati Caetano e Álvaro Laranjeira, eComunicação e Política, de João Carlos Correia.
Para acessar a lista completa e baixar os arquivos, basta acessar o sitehttp://noticias.universia.com.br/tag/livros-gr%C3%A1tis/ e salvar o material.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Diplomacia eleitoral paralela: promovendo os aliados ideologicos

Quando Lula era presidente, aquela cláusula constitucional sobre a não interferência nos assuntos internos de outros países não tinha nenhum significado. Não só não tinha, como ele a violava expressa, deliberada, consciente e repetidamente, sempre quando houvesse um candidato dito progressista -- ou seja, antiamericano -- em algum lugar.
Esse tipo de prática chegou aos extremos no caso de Honduras, quando o Brasil, não contente de tramar com Chávez o retorno ao país do ex-presidente deposto, permitiu que ele fizesse política a partir da Embaixada do Brasil, violando, assim, não apenas aquele preceito constitucional, mas diversos tratados sobre asilo político e a própria convenção de Viena sobre relações diplomáticas.
Com relação a Venezuela, os apoios foram explícitos, repetidos e clamorosos, como continuam, ainda hoje.
Talvez a assessoria requerida atualmente seja mais de natureza médica do que propriamente política...
Paulo Roberto de Almeida 

Reinaldo Azevedo, 6/05.2012
Luiz Inácio Lula da Silva, definitivamente, não está sabendo ser ex-presidente, conforme prometeu que faria. Certa feita, referindo-se a FHC, sugeriu que ele ficasse em casa cuidando de livros e netos. Netos, ao menos, Lula os tem. Não contente em investir na desordem institucional no Brasil, conforme escrevi no texto que manterei no alto da home ainda nesta manhã, o ex-presidente brasileiro está se metendo nas eleições venezuelanas para tentar garantir sobrevida política ao tiranete Hugo Chávez. Parece que o outro tem aquilo que lhe faz falta aqui: o direito de ficar no poder até quando Deus quiser.  Chávez, sim, sabe odiar sem amarras institucionais!
Reportagem de Frank López Ballesteros publicada ontem no jornal venezuelano El Universal informa as investidas e interferências de Lula no processo sucessório venezuelano. Em março, o Apedeuta se reuniu com o marqueteiro do PT, João Santana — que está prestando assessoria ao candidato Chávez — para saber detalhes da campanha eleitoral do Beiçola de Caracas. Quis conhecer as propostas de trabalho que seriam apresentadas ao PSUV, o partido do ditador. Em meados de abril, segundo o jornal, Santana desembarcou na Venezuela para se encontrar com o tiranete, levando a tiracolo ninguém menos do que José Dirceu. Dirceu é aquele senhor acusado pela Procuradoria Geral da República de ser “chefe de quadrilha”. Que encontro!!!
Valter Pomar
Antes, em março, quem passou pela Venezuela foi Válter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT e secretário-geral do Fórum de São Paulo, que reúne partidos e grupos de extrema esquerda da América Latina. As Farc já fizeram parte da turma — hoje, oficialmente ao menos, está afastada do Fórum… Pomar desfilou ao lado dos chefões do PSUV e, acreditem, decidiu desqualificar Henrique Capriles Radonski, o candidato da oposição.
Lula está mesmo empenhado. No encontro que manteve no fim de março com o governador do Rio, Sérgio Cabral, e com o prefeito da capital, Eduardo Paes, no Circo Libanês, o Apedeuta expressou ao governador o seu descontentamento pela suposta simpatia que Cabral teria pela candidatura de Capriles. Segundo a fonte do Universal, “a vinculação do governador com o oposicionista venezuelano é pessoal, não pública”. De todo modo, Renato Pereira, marqueteiro das campanhas de Cabral e Paes, teria se encontrado com a equipe de Capriles. O chefão petista não gostou. Segundo essa mesma fonte, Lula quer que seus aliados mantenham distância da oposição venezuelana.
É isto: se há regime autoritário na América Latina — e no mundo! —, Lula é a favor. Só exige, claro!, que seja de esquerda ou, ao menos, antiamericano. Eis o nosso Apedeuta. Justiça se lhe faça, não promove a destruição de instituições e de valores democráticos apenas em seu pais.

Cooperacao internacional - livro sobre emergentes


The book "Development Cooperation and Emerging Powers: New Partners or Old Patterns", edited by Sachin Chaturvedi, Thomas Fues and Elizabeth Sidiropoulos, explores the development cooperation policies of China, India, Brazil, and South Africa and compares them with those of Mexico and Western actors. In exploring the motivation and execution of these countries' development policies, the volume analyzes how South-South cooperation has evolved, and where it differs from traditional development cooperation. This vital new collection brings together first-hand experience from a range of national experts from these countries, all members of the "Managing Global Governance" network, to provide a forward-looking analysis of global frameworks and the evolution of a possible convergence of traditional and emerging development actors.

A velha Guerra Fria geopolitica e a nova "guerra fria" economica - Artigo Paulo Roberto de Almeida

Recebi, finalmente, o link e as informações apropriadas relativos a este artigo feito um ano atrás e publicado numa revista militar: 

2306. “A economia política da velha Guerra Fria e a nova “guerra fria” econômica da atualidade: o que mudou, o que ficou?”, Brasília, 1ro setembro 2011, 20 p. Paper preparado para o seminário: Estudos sobre a Guerra Fria, USP, 7-9 de Novembro de 2011. Feita versão completa, adaptada às normas de publicação da Revista da Escola de Guerra Naval enviada em 29/09. Publicada na Revista da Escola de Guerra Naval (Rio de Janeiro: vol. 17 n°2, Dezembro de 2011, p. 7-28; ISBN: 1809-3191; link: https://www.egn.mar.mil.br/arquivos/revistaEgn/novaRevista/pagina_revista/n17_2/_edicao17_2.pdf). Relação de Publicados n. 1063.

sábado, 5 de maio de 2012

El Brasil de Dilma Rousseff - Revista CIDOB d’Afers internacionals

Revista CIDOB d’Afers internacionals – El Brasil de Dilma Rousseff: Balance del primer año de Gobierno

Tras diez años de Gobierno de Lula da Silva, Dilma Rousseff asumió en 2011 la Presidencia de Brasil como heredera del carismático líder del PT. La nueva jefa de Estado adquirió los retos de mantener los logros hacia un desarrollo más inclusivo, profundizar las transformaciones económicas y asumir las responsabilidades del creciente liderazgo brasileño en un contexto de crisis económica internacional. Este número monográfico hace un balance del primer año de Gobierno en cuatro dimensiones: en primer lugar, se abordan los desafíos económicos y sociales internos para la gobernabilidad de Brasil, especialmente las perspectivas de crecimiento y la lucha contra la pobreza; en segundo lugar, se analiza el liderazgo en la cooperación regional y las relaciones hemisféricas; seguidamente, en tercer lugar, se trata la ampliación de la proyección de Brasil en el ámbito global y, finalmente, en último lugar, cómo todo ello se proyecta en la relación con la Unión Europea y España.
Número especial aqui.
Desafíos para la gobernabilidad de Brasil
El contexto de la cooperación regional y las relaciones hemisféricas
La proyección global de Brasil
 Las relaciones de Brasil con la Unión Europea y con España: hasta dónde llega la relación estratégica
 Otros artículos

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...