sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mortes e mais mortes: e ainda virao mais...

Apenas uma reflexão: nenhum filme, nenhum cartoon, nenhum desenho, ou qualquer livro, provocou mortes, pela sua própria existência.
Pessoas provocam mortes. Manifestações violentas provocam mortes.
Acho que é isso...
Paulo Roberto de Almeida 


Sobe a 13 número de mortos em protestos contra filme no Paquistão

Há quase uma semana, país é palco de protestos contra o filme 'A inocência dos muçulmanos'

Ops, vamos precisar de mais lavagem (mais cuidadosa...)

Com as sucessivas condenações dos clientes, os advogados querem pedir a eles, sem constrangimento, garantia de que vão receber os honorários. Por Leandro Mazzini (leia mais)

Reflexao da semana: juizowski lava mais branco...

Existem diferentes percepções para a lavagem de dinheiro: se você preferir ignorar a origem do dinheiro, mesmo recebendo-o de maneiras altamente suspeitas, você está perfeitamente isento da acusação de lavagem de dinheiro.
Dixit, ele mesmo...

(21/09/2012)

Que tal acabar com mordomias excessivas?

Dois exemplos, corriqueiros, de desperdício de recursos sociais, e de irresponsabilidade fiscal. 
Não existe produtividade que resista a esses casos extremos de prodigalidade (ou irresponsabilidade) com os recursos coletivos...
Paulo Roberto de Almeida 


In Britain, Austerity Collides With Pension System



California Debt Higher Than Earlier Estimates, a Task Force Reports




Gov. Jerry Brown of California announced when he came into office last year that he had found an alarming $28 billion “wall of debt” looming over the state, which had to be dismantled.
Since then, he has slowed the issuance ofmunicipal bonds, called for spending cuts and tried to persuade the state’s famously antitax voters to approve a tax increase this fall.
On Thursday, an independent group of fiscal experts said Mr. Brown’s efforts were all well and good, but in fact, the “wall of debt” was several times as big as the governor thought.
Directors of the State Budget Crisis Task Force said their researchers had found a lot of other debts that did not turn up in California’s official tally. Much of it involved irrevocable promises to provide pensions to public workers, health care for retirees, the cost of delayed highway maintenance and an estimated $40 billion bill to bring drinking water up to federal standards.
They also pointed out many of the same unpaid bills from previous years that the governor had brought to light, like $8 billion in delayed payments to schools and community colleges, and $250 million that was raided from a fund dedicated to transportation and treated as revenue.
The task force estimated that the burden of debt totaled at least $167 billion and as much as $335 billion. Its members warned that the off-the-books debts tended to grow over time, so that even if Mr. Brown should succeed in pushing through his tax increase, gaining an additional $50 billion over the next seven years, the wall of debt would still be there, casting its shadow over the state.
“With inadequate information, our legislators and citizens are flying blind,” said David Crane, a board member who issued the task force’s special report on California’s fiscal condition at a news conference in San Francisco on Thursday.
Mr. Crane, a former adviser to Gov. Arnold Schwarzenegger, was joined by the economist George P. Shultz, who served various administrations as secretary of treasury, labor and state.
A spokesman for Governor Brown did not dispute the report but said the governor was making progress in his effort to restore fiscal balance.
The task force was founded last year by Paul A. Volcker, a former Federal Reserve chairman, and Richard Ravitch, a former New York lieutenant governor. They said they were acting out of a deep concern for the fiscal affairs of the states, which they thought received insufficient attention in Washington.
The task force is conducting detailed analyses of a sample of six states. The others are Illinois, New York, Texas, Virginia and New Jersey.
California was of particular interest, not only because it constitutes the world’s ninth-largest economy, but because of its intractable fiscal problems. It has also experienced an unusual string of municipal bankruptcies in recent years. In one of them, the City of Stockton is proposing to walk away from virtually all the principal and interest on one of its bonds.
Analysts are watching the case closely, concerned that if Stockton succeeds, other troubled cities may follow. Some contend that the State of California should be doing more to keep its cities out of bankruptcy, and to shield municipal bond investors.
Task force members said their focus on California was not meant to suggest that the state’s general-obligation bonds were at risk. Mr. Crane said he believed California’s bonds were very safe, acknowledging that he owned some himself.
Governor Brown’s efforts to chip away at the debt have led Standard & Poor’s to say it is considering an upgrade of California’s bond rating, long one of the lowest among the states. But the report pointed out that S.& P.’s review of California’s creditworthiness took into account a ranking in the state Constitution that shows which debts and government programs must be paid ahead of everything else.
While a rating increase would mean that California’s bondholders were more secure, it would not necessarily mean more money for the programs that didn’t make it onto the seniority list. Nor would it reflect any particular improvement in the fiscal health of the cities, school districts and other local bodies of government, which fall lower in the pecking order than the state’s general-obligation bondholders.

Que tal elevar a idade da aposentadoria?

Se a Grécia pode, por que não o Brasil?


Governo grego acerta elevação da idade de aposentadoria para 67 anos

Mudança resultará em economias de cerca de 1,1 bi de euros como parte de um pacote de cortes e poupanças

A mistificacao das massas pela mentira politica (uma nota multipartidaria)

Parodiando Churchill (que ele me desculpe), nunca, tão poucos, tentaram enganar tantos, com tão poucos e tão pobres argumentos, com tantas mentiras e mistificações juntas.
Paulo Roberto de Almeida 
PS.: Aliás, considero uma vergonha ter de postar uma nota tão canhestra, tão medíocre, neste espaço. Só o faço porque ela é indicativa de toda uma falta de pensamento, que no entanto alimenta um discurso político mentiroso, e que pode servir a fins didáticos de educação cidadã.


À SOCIEDADE BRASILEIRA
O PT, PSB, PMDB, PCdoB, PDT e PRB, representados pelos seus presidentes nacionais, repudiam de forma veemente a ação de dirigentes do PSDB, DEM e PPS que, em nota, tentaram comprometer a honra e a dignidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada pela Revista Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.
As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova.
O gesto é fruto do desespero diante das derrotas seguidamente infligidas a eles pelo eleitorado brasileiro. Impotentes, tentam fazer política à margem do processo eleitoral, base e fundamento da democracia representativa, que não hesitam em golpear sempre que seus interesses são contrariados.
Assim foi em 1954, quando inventaram um “mar de lama” para afastar Getúlio Vargas. Assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a 21 anos de ditadura. O que querem agora é barrar e reverter o processo de mudanças iniciado por Lula, que colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda, incorporando à cidadania milhões de brasileiros marginalizados, e buscou inserção soberana na cena global, após anos de submissão a interesses externos.
Os partidos da oposição tentam apenas confundir a opinião pública. Quando pressionam a mais alta Corte do País, o STF, estão preocupados em fazer da ação penal 470 um julgamento político, para golpear a democracia e reverter as conquistas que marcaram a gestão do presidente Lula .
A mesquinharia será, mais uma vez, rejeitada pelo povo. 
Rui Falcão, PT
Eduardo Campos, PSB
Valdir Raupp, PMDB
Renato Rabelo, PCdoB
Carlos Lupi, PDT
Marcos Pereira, PRB.
Brasília, 20 de setembro de 2012.

Carlos Nelson Coutinho: um marxista ignorante ou de ma'-fe'?

Não creio que se possa dizer que o Brasil se despede desse autodenominado filósofo. O país não é marxista, nem gramsciano. Apenas uma minoria minorantíssima, se ouso dizer, adere a essas crenças anacrônicas. Já houve um tempo em que essas ideologias representavam algo parecido com algum tipo de pensamento -- até meados da segunda metade do século passado, no máximo -- mas elas deixaram de ser algo válido, tão pronto o socialismo real revelou, plenamente, toda a sua miséria material e, sobretudo, a sua miséria moral. Aliás, poucos marxistas latino-americanos conheceram, de fato, o socialismo real, em toda a sua crueza do marxismo dos energúmenos.
Essa decadência moral ocorreu, mais ou menos, em 1968, quando a URSS invadiu a República Tchecoslovaca, então tentando construir oo que foi chamado de "socialismo a face humana" (e eu não estou considerando os traumas de 1953, na RDA, e o horror da invasão soviética na Hungria, em 1956, que já tinham determinado a saída de vários "marxistas" dos PCs em vários países).
Ou seja, foi só depois de muitos anos, após tudo isso, que esse "filósofo" foi descobrir que a democracia é um "valor universal", só em 1979???!!!
Demorou tanto para "descobrir" isso? Lento esse "filósofo", não é?
De todo modo ele não era um "filósofo"; no máximo, poderia ser considerado um professor de filosofia, e talvez apenas de marxismo, e ainda assim com tremendas falhas, como vim a descobrir. 
Chamá-lo, por outro lado, de "intelectual marxista"  é uma contradição nos termos. Se ele era intelectual, não podia ser marxista; e se era marxista, não podia ser intelectual. Concordam?
As contradições são insanáveis, como ainda revelado numa entrevista recente, na qual ele ainda reclamava que a China estava aumentando a desigualdade, sem considerar os tremendos progressos sociais havidos naquela última ditadura imperial que o marxismo jamais produziu.
Até 1992, ou 1993, eu ainda pensava que era possível "dialogar" com esses "intelectuais marxistas", num debate de ideias e de confrontação dessas ideias à realidade.
Pois foi justamente o C.N. Coutinho que me provou que não.
Estávamos, portanto, em 1992 ou 1993, e eu fui assistir uma palestra do próprio na UnB. Fui não tanto pelas ideias marxistas ou gramscianas, pois as conhecia todas, mas pelo que ele poderia dizer de prático, ou de ligado ao mundo real.
Com efeito, logo depois da primeira derrota de Lula e do PT na campanha presidencial de 1989, o PT, sob direção e mão firme dos cubanos, havia organizado o Foro de São Paulo, e logo em seguida um "governo paralelo", para vigiar o governo Collor e propor políticas alternativas.
Pois o C.N. Coutinho era o "ministro paralelo" das relações exteriores, ou seja, o chanceler do governo paralelo do PT, e como tal talvez tivesse algo de inteligente a dizer sobre as relações internacionais.
Fiquei totalmente boquiaberto, surpreendido, estupefato quando ele -- na maior demonstração de ignorância que eu já tinha visto, ou então de má-fé absoluta -- disse que a situação deplorável na qual vivia então a Somália -- que saía de mais de 25 anos de uma ditadura marxista-leninista -- se devia à dominação capitalista e imperialista sobre a África exercida pelas potências imperiais. Arregalei os olhos e prestei atenção: seria possível que esse chanceler paralelo não soubesse disso? Justamente o mais marxista-leninista dos governos da África -- junto com o Congo Brazaville e algumas outras ditaduras menores -- tinha sua situação deplorável atribuída ao imperialismo???!!!
A partir desse momento, passei a não ter nenhum respeito por esse "filósofo marxista", inclusive por várias outras barbaridades que disse na mesma palestra.
Achei que não era mais possível manter qualquer tipo de diálogo com quem deformava, mentia, mistificava, de forma tão canhestra e tão desonesta a realidade dos países, numa demonstração de anti-imperialismo primário, infantil, aliás totalmente surrealista, nesse caso da Somália.
Passe a considerar que esse tipo de gente é capaz de qualquer coisa.
Acho que, pelo que veio depois, essa gente é mesmo capaz de qualquer coisa, de mentir descaradamente, o de revelar toda a sua ignorância senil.
Paulo Roberto de Almeida 


O país se despede do filósofo Carlos Nelson Coutinho

20/9/2012 14:56,  Por Redação - do Rio de Janeiro
Morreu nesta quinta-feira o filósofo marxista e professor da Universidade Federal do Rio de JaneiroCarlos Nelson Coutinho. Uma das principais referências em Gramsci no Brasil, Carlos Nelson impactou o conjunto da esquerda em seu célebre artigo publicado em 1979 na Revista Civilização Brasileira: A democracia como valor universal. O escritor era filiado ao PSOL desde sua fundação. Segundo comunicado da direção da Escola de Serviço Social da UFRJ, o velório foi realizado no Atrium do Fórum de Ciência e Cultura.
Entre as muitas mensagens de despedida do pensador marxista, a Editora Boitempo fez publicar, em sua página, a mensagem: “Morreu o grande intelectual marxista Carlos Nelson Coutinho, depois de meses combatendo um câncer dos mais violentos. Carlito, como era chamado pelos amigos, descobriu a doença em fevereiro deste ano, quando nos comentou por e-mail: “Ainda estou perplexo, mas disposto a brigar. Também sobre isso, tenho tentado me valer do mote de Gramsci: pessimismo da inteligência, otimismo da vontade. Torçam por mim”. Foi o que fizemos esses meses todos.
No próximo sábado, 22 de setembro de 2012, a Boitempo prestará uma homenagem a ele no encerramento do III Curso Livre Marx-Engels, após a aula proferida por Michael Löwy (entrada liberada para quem não acompanhou o Curso até agora,  a aula e a homenagem serão transmitidas ao vivo pelo Ustream). Até um mês atrás, Carlito, com a coragem dos grandes, ainda cogitava estar presente para receber a homenagem. Fará uma falta enorme. Presente!
A direção da Escola de Serviço Social (ESS) da UFRJ, também em sua página eletrônica, deixou nota de pesar pelo falecimento do Professor EméritoCarlos Nelson Coutinho:
- É com profunda tristeza que comunicamos o falecimento na manhã de hoje do nosso querido professor emérito Carlos Nelson Coutinho, reconhecido dentro e fora do país como um dos mais influentes pensadores brasileiros do final do século XX e princípio do XXI. Sua atitude de vanguarda, ao introduzir, na cultura brasileira, o pensamento de dois clássicos do debate teórico filosófico europeu do século XX, G. Lukács e A. Gramsci, e a elaboração de uma obra, que tem o selo claro de uma intervenção política na defesa do socialismo e na renovação do marxismo, o revelam como um dos melhores produtos do que ele mesmo denominou a “década longa dos anos 60”, conjuntura que, aberta em 1956, no XX Congresso do PC da URSS e terminada em meado dos anos 70, favoreceu  em meio às agitações de estudantes e trabalhadores em 1968, o terceiro-mundismo, o eurocomunismo, a Primavera de Praga  os melhores anos de florescimento do marxismo.
- Docentes, técnico-administrativos e alunos da ESS da UFRJ tiveram a honra e a sorte de conviver com o brilhantismo, a generosidade e o bom humor de Carlos Nelson. Em nossa Unidade de Ensino, desde o ano de 1986, nosso querido Carlito se constituiu como uma das principais lideranças teórico-acadêmicas no processo de renovação do nosso Programa de Pós-Graduação em Serviço Social a refundação do Projeto de Mestrado em fins da década de 1980 e a criação do Curso de Doutorado em 1994 o que sagrou a ESS da UFRJ, na esteira da renovação da profissão no Brasil, um dos pilares dos avanços profissionais e acadêmicos da área no país.
- Em reconhecimento à contribuição desse grande intelectual e amigo que possibilitou a nossa Escola alçar-se a condição de agência nacional e internacional de formação de docentes e pesquisadores da área, o Conselho Diretor da ESS da UFRJ decreta a partir de hoje três dias de luto. Estarão, portanto, suspensas todas as atividades acadêmicas entre 20 e 23 de setembro do corrente, permanecendo a Unidade fechada neste período.
Conselho Diretor da ESS da UFRJ, em 20/09/12″
Carlos Nelson Coutinho, um dos intelectuais marxistas mais respeitados do Brasil, recebeu nasceu na Bahia, em uma cidade do interior chamada Itabuna, mas foi para Salvador ainda pequeno, “com uns 3 ou 4 anos”, lembrou o intelectual, em uma entrevista ao jornalista Hamilton Octávio de Souza, editor da revista Caros Amigos. Coutinho se formou em Salvador, “e as opções que eu fiz, fiz em Salvador”, assinala.
– Eu nasci em 1943, glorioso ano da batalha de Stalingrado. Me formei em filosofia na Universidade Federal da Bahia, um péssimo curso, e com meus 18 ou 19 anos sabia mais do que a maioria dos professores. Meus pais eram baianos também. Meu pai era advogado e foi deputado estadual durante três legislaturas da UDN. Publicamente ele não era de esquerda, mas dentro de casa ele tinha uma posição mais aberta. Eu me tomei comunista lendo o Manifesto Comunista que o meu pai tinha na biblioteca. Ele era um homem culto, tinha livros de poesia. Minha irmã, que é mais velha, disse que eu precisava ler o Manifesto Comunista. Foi um deslumbramento. Eu devia ter uns 13 ou 14 anos. Aí fiz faculdade de Direito por dois anos porque era a faculdade onde se fazia política, e eu estava interessado em fazer política. Me dei conta que uma maneira boa de fazer política era me tomando intelectual. Aos 17 anos entrei no Partido Comunista Brasileiro, que naquela época tinha presença. O primeiro ano da faculdade foi até interessante porque tinha teoria geral do Estado, economia política, mas quando entrou o negócio de direito penal, direito civil, ai eu vi que não era a minha e fui fazer filosofia – concluiu o professor.

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