segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Venezuela: a degringolada continua (e se acelera), cambio dispara, aperder de vista...

Adivinhe quem vai perder?
Não estou pensando só no povo venezuelano, coitado: esse vai pagar uma conta incomensurável, terrível mesmo. Mas tem outro povo que, devido à incúria de seus dirigentes, vai pagar uma conta não só mensurável, mas irrecuperável. 
Adivinhou quem vai pagar?
PRA

Venezuela retira do ar sites que informam valor do dólar paralelo

O Globo, 11/11/2013
O governo da Venezuela anunciou no sábado que decidiu retirar o ar os sites da internet que publicam a cotação do dólar paralelo com o objetivo de combater especulações em um país onde existe um forte controle cambial. Em discurso público pronunciado no final da noite de sábado, o presidente Nicolás Maduro (foto abaixo) enumerou os sites que estão sendo retirados do ar. São eles: 'dólar today', 'tucadivi.com', 'lalechugaVerde.com', 'dolarparalelovenezuela.com', 'dolarparalelo.org', 'preciodolar.info' e 'dolarparalelo.tk'.
Embora a lei venezuelana proíba, estes sites publicam de maneira permanente a cotação do chamado dólar paralelo, a moeda americana que é comercializada de maneira ilegal na Venezuela e que supera em mais de oito vezes o preço oficial do dólar.


Brasil-Uruguai: diplomacia do segredo (nao bilateral)

Nenhum tema das relações bilaterais justificaria uma reunião dessas e um segredo desse tamanho.
Só existiriam duas justificativas: Argentina, de um lado, Venezuela, de outro.
PRA

Dilma e Mujica se reúnem por 3 horas a portas fechadas em Brasília

Terra
O presidente do Uruguai, José Mujica (foto abaixo), foi recebido neste domingo em Brasília pela presidente Dilma Rousseff, num encontro a portas fechadas, ao fim do qual nenhuma das partes deu declarações. O encontro privado durou cerca de três horas e aconteceu no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência brasileira.
Mujica estava à frente de uma comitiva integrada por vários funcionários de seu governo, entre eles, o ministro das Relações Exteriores, Luis Almagro. Dilma estava acompanhada do chanceler, Luiz Alberto Figueiredo, do assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e vários ministros.



Relacoes Brasil-EUA: diplomacia ativa, altiva... e agressiva - despedida do Embaixador dos EUA

Parece que certo estilo tem se espalhado pela esplanada, ou então, certas pessoas, por excesso de zelo, precisam se mostrar em conformidade com os ares do tempo, e os espíritos da época. Que tempos, que espíritos...
Paulo Roberto de Almeida
Folha de S.Paulo, 10/11/2013

Tratamento dado por Brasil a embaixador desagrada aos EUA

PATRÍCIA CAMPOS MELLO

DE SÃO PAULO
Ouvir o texto

O governo americano considerou "humilhante" o tratamento dado a seu ex-embaixador em Brasília Thomas Shannon, que deixou o cargo quando estourava o escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA). A mágoa da diplomacia americana contribui para azedar o já desgastado clima entre Washington e Brasília, em crise desde que foi revelado que a NSA espionou a presidente Dilma Rousseff.
Após deixar o Brasil, em setembro, Shannon foi escolhido para ser o assessor especial do secretário de Estado, John Kerry. Ocupará um cargo estratégico, que já foi de George Kennan, ícone da diplomacia do país.
Em seu almoço de despedida no Itamaraty, em 5 de setembro, Shannon foi recebido por um diplomata de terceiro escalão, em vez do ministro, como era esperado.
Logo no início do almoço, o embaixador Carlos Antônio Paranhos, subsecretário-geral político 1, puxou um papel e fez um discurso com declarações agressivas, segundo pessoas presentes, referindo-se ao unilateralismo e denunciando indiretamente intervenções militares dos EUA, diante de cerca de 30 pessoas, entre elas embaixadores de Israel e da Croácia.
Esses almoços normalmente são uma forma protocolar de o ministério se despedir dos representantes estrangeiros e reconhecer o serviço prestado. O almoço para Shannon, no entanto, não foi nada disso.
"Convidar alguém e depois fazer declarações agressivas contra seu país, ainda mais alguém que se esforçou tanto pelas relações bilaterais, é inexplicável", diz uma pessoa presente.
"Poderiam ter dito a ele que não havia clima para um almoço, por causa da NSA, e fazer só uma cerimonia íntima."

domingo, 10 de novembro de 2013

Surrealismo do seculo XXI: Chavez so aparece para Maduro

Talvez o povo venezuelano nao tenha ainda amadurecido o bastante, mas a situação smeaça apodrecer rapidamente.
PRA

América Latina

Maduro afirma que Chávez apareceu em túnel do metrô de Caracas

Veja.com, 31/10/2013

Presidente venezuelano também já tinha visto o falecido caudilho em forma de passarinho

Nicolás Maduro é visto em Caracas em 21 de outubro de 2013
Nicolás Maduro anda tendo visões do fantasma de Chávez (Leo Ramirez/AFP)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, não se cansa de passar vergonha com suas invencionices. Desta vez, ele revelou mais um contato mediúnico com o além e exibiu na noite de quarta-feira uma suposta imagem do rosto do falecido Hugo Chávez, que teria aparecido nas obras de um túnel do metrô de Caracas. "Olhem a figura, um rosto. Esta foto foi feita pelos trabalhadores. Quem está neste rosto? Os trabalhadores estão ali, trabalhando e lhes aparece uma imagem na parede e, assim como apareceu, desapareceu. Chávez está em todas as partes", disse Maduro, sorrindo, em um encontro com movimentos populares no Poliedro de Caracas.
Visões - Em abril, durante a campanha para a eleição presidencial convocada após a morte de Chávez, em 5 de março, Maduro afirmou ter visto o falecido comandante encarnado em um passarinho. Desde então, em vários discursos imitou o som do pássaro para fazer referência à presença de Chávez.
Maduro foi muito criticado e alvo de piadas de opositores pela referência, mas disse que não estava preocupado. Em junho, o presidente venezuelano afirmou que Chávez "aparecia" nas montanhas que dominam a paisagem de Caracas. "Cada vez que observo a montanha, vejo Chávez aparecer na montanha. Chávez nosso de todos os dias", afirmou durante um evento público em Caracas.

Socialismo bolivariano: fascismo do seculo XXI - Armando Ribas

Socialismo do século XXI
Armado Ribas

“As sociedades que esperam sua felicidade da mão de seus governos, esperam uma coisa que é contrária à natureza"
Juan Bautista Alberdi

“O socialismo em geral tem um record de fracassos tão estrepitosos que só um intelectual pode ignorá-lo ou evitá-lo”
Thomas Sowell

Comecemos então pelo caso da Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro entranha uma política que ameaça a liberdade. Já deveríamos saber que Simón Bolívar jamais pôde distinguir a diferença entre a independência e a liberdade, e foi assim que Sarmento considerou que seu governo havia sido a primeira tirania no continente. Porém, atualmente o presidente Maduro, herdeiro do discípulo de Fidel Castro, o coronel Chávez, iniciou um processo que desafia o princípio fundamental da liberdade e que tem por finalidade justificar o poder político absoluto.


Esse desafio começa com a criação do Vice-Ministério da Felicidade Suprema. Ou seja, que supostamente o governo se encarrega de outorgar a felicidade ao povo. Essa proposta constitui a violação do princípio fundamental da liberdade, como reconheceu John Locke, e assim o reconheceu Jefferson na Declaração da Independência dos Estados Unidos, e que é o direito do homem à busca da própria felicidade. Esse direito é um princípio ético que significa que os interesses privados não são contrário de per se ao interesse geral. É em função desse princípio que parte do reconhecimento da natureza humana, que o poder judiciário se constitui na garantia do respeito aos direitos individuais.

A respeito, David Hume escreveu: “É somente pelo egoísmo e limitada generosidade do homem, em conjunto com a escassa provisão que a natureza deu para suas necessidades, que a justiça deriva sua origem”. Esse é o princípio fundamental para reconhecer que o sistema ético em que se baseia a liberdade, se sustenta na noção da natureza humana e não da pretensão da criação de um homem novo. Essa foi a noção avessa de Rousseau, da qual partiu para reconhecer o poder da soberania como um poder absoluto, ao mesmo tempo encarregado de modificar a natureza humana.

Nos conceitos anteriores podemos ver os princípios do totalitarismo que se avizinha na Venezuela, e que originou-se em Cuba pela primeira vez no continente, por mais que o que considero cinismo político universal, pretenda ignorá-lo. Maduro já não esconde seu projeto e portanto, tenta a militarização da sociedade. Com esse propósito ele assegura que: “A milícia bolivariana é uma tremenda força moral”. Certamente está rodeado de militares e compras de armas. E saibamos que a militarização não é uma força para uma guerra externa senão a garantia do poder interno. Assim, temos o nacional-socialismo que é determinante do poder absoluto para desconhecer a propriedade privada e certamente seguindo o pensamento de Rousseau ele aplica a censura.

Nesse aspecto vou me permitir lembrar que, embora se tenha ignorado, foi o exército de Batista quem outorgou poder a Fidel Castro e seus paus-mandados como Che Guevara. Assim destruiu-se a liberdade e a riqueza do país que em 1959 tinha o mais elevado nível de vida da América Latina e hoje compete pela pobreza com o Haiti. A história mostra que o poder político absoluto se sustenta na falácia de que representa o interesse geral e o bem comum, e se traduz na falta de liberdade cidadã e na riqueza da nova classe. Já Maduro é consciente dessa realidade, à qual colabora com as falácias do além e do “passarinho”, mas que basicamente entranha a clara noção de Maquiavel: “O príncipe não pode controlar o amor, mas sim o medo”.
É nessa concepção ética que se baseia o socialismo que, não obstante como assinala Sowell, tem sido a essência histórica do fracasso, apropriou-se da ética da igualdade como valor supremo no caminho para o poder, quer seja democraticamente ou ditatorialmente. Essa é a realidade que o hoje chamado mundo ocidental enfrenta, no que me atrevo a incluir a América Latina. Porém, evidentemente a esquerda se apropriou da ética e tanto é assim que liberais famosos já se auto-qualificam como liberais de esquerda. Isso pretende significar que estão a favor dos pobres, enquanto que se ignora que são esses que estão a favor dos pobres os que se enriquecem às suas custas e criam mais pobres.

A fim de entender a filosofia política que está em jogo, creio procedente lembrar a noção maniqueísta do socialismo tal como Marx a descreve em seu livro “Filosofia Alemã”. Lá ele começa por assinalar que na sociedade capitalista existe uma divisão entre o interesse comum e os interesses particulares. Por isso, considera igualmente que a divisão do trabalho implica em uma contradição entre o interesse do indivíduo e sua família, e o interesse comum. Por isso ele prevê que na sociedade comunista, onde não existe a propriedade privada e o Estado desapareceu, a sociedade regula a produção geral e possibilita que ninguém tenha uma atividade exclusiva. Assim poderá fazer uma coisa hoje e outra amanhã, caçar de manhã e pescar à tarde, cuidar do gado à tarde e criticar ao anoitecer. Ouvidas essas palavras se me torna impossível compreender que alguém de inteligência mediana, de boa-fé, possa acreditar em tal absurdo do nirvana na terra. E lembro as palavras de Popper: “A utopia gera a violência”. Por isso estou convencido da existência de duas classes de socialistas: os que acreditam a partir da inveja, e os que o usam a partir da hipocrisia para chegar ao governo, e não posso deixar de reconhecer os êxitos destes últimos sobre os primeiros.

No Manifesto Comunista, depois de reconhecer que a burguesia em apenas cem anos havia criado mais riquezas que todas as gerações anteriores juntas, chegou à conclusão de que certamente se conseguiu isso mediante a exploração do homem pelo homem. Portanto, tinha que chegar à Ditadura do proletariado, para a eliminação da propriedade privada e o Estado desapareceria (Engels), criando-se as condições expostas anteriormente. Em 1890 Eduard Bernstein, em discussão com Lenin sobre a social-democracia, escreveu “As Pré-condições do Socialismo” onde partindo da idéia de que o socialismo era o herdeiro legítimo do liberalismo, conclui que não se necessita da revolução, senão que pode-se alcançar democraticamente. Neste sentido, embora eu considere que o socialismo é a antítese filosófico-política do liberalismo, do mesmo modo reconheço que teve razão pois impera a demagogia tal como descreveu Aristóteles há 2.500 anos. Certamente também estava de acordo com a eliminação da propriedade privada, porém que não se faria mediante expropriações violentas, senão mediante o que chama de organização, e que eu me permito considerar o incremento considerável do gasto público e conseqüentemente o aumento dos impostos a tais níveis que constituem uma violação do direito de propriedade.

Dito o que antecede, creio que é óbvio que a existência de um partido socialista, tanto nos Estados Unidos como na Argentina, é inconstitucional. O projeto socialista de eliminar a propriedade privada, é uma violação dos direitos garantidos pelos artigos 14 e 17 da Constituição Nacional. Nos Estados Unidos não existem partidos socialistas, mas é evidente que a política de Obama tende nessa direção. Ou seja, segue os passos do sistema do Estado de Bem-Estar europeu aumentando o gasto e os impostos. É evidente que a partir de certo nível os impostos constituem uma violência do direito de propriedade. Já se deveria saber que é a causa da crise que padece pertinazmente a União Européia, pois tal como escreveu The Economist: “O problema da Europa é o sistema, e quem o quer mudar perde as eleições”.

Como bem disse Stefan Theil, a filosofia européia é a do fracasso, e não obstante a evidência da crise nos colégios e universidades da França e da Alemanha, se ensina a aversão ao capitalismo. Diz ele: “O capitalismo mesmo é descrito em vários pontos no texto como brutal, selvagem, neoliberal e americano”. Imagino como esse ensinamento se sentirá corroborado nos fatos ante a presente espionagem americana aos líderes europeus. Está visto que a demagogia impera sob a gesta da democracia majoritária, que é precisamente o desafio ao Rule of Law, sistema no qual as maiorias não têm o direito de violar os direitos das minorias e dos indivíduos. E é nessa gesta que se apropriou da ética, e portanto tal como disse Bernstein, o socialismo não requer a revolução e me remeto aos fatos.

A situação na América Latina difere da européia e poderia dizer: “Um espectro está rondando a América Latina: é o espectro do socialismo do século XXI”. E esse espectro que ameaça a liberdade no continente está baseado na suposta luta pela igualdade, que agora Maduro pretende consegui-la outorgando diretamente a felicidade ao povo. Não obstante os preços do petróleo, na Venezuela parece carecer-se de tudo, inclusive de papel higiênico e agora de papel de jornais, e a inflação alcança 40% anual. Porém, está visto que ele pretende outorgar a felicidade por meio de militares, assim que parece que, como em Cuba, é perigoso mostrar que não é feliz. Assim estamos ameaçados pelo que Jefferson denominou “um despotismo eletivo”.

Tradução: Graça Salgueiro

Programa nuclear iraniano: sem acordo, ate o momento - Le Monde

Quem sabe o guia genial dos povos não consegue desbloquear a situação?

Nucléaire iranien : le rôle de la France en question après l'échec des négociations

Le Monde.fr avec AFP |  • Mis à jour le 
Laurent Fabius, le 8 novembre à Genève.


Alors que les négociations sur l'avenir du programme nucléaire iranien se sont achevées sans accord dans la nuit du samedi 9 au dimanche 10 novembre, le rôle de la France dans cet échec est pointé du doigt par plusieurs observateurs. Ces derniers soulignaient notamment les multiples prises de parole de la délégation française pour insister sur les points de blocage.

Le chef de la diplomatie française a d'ailleurs été le premier à annoncer l'absence d'accord, soulignant qu'il restait beaucoup de chemin à faire. Selon Paris, des clarifications sont nécessaires sur trois points principaux : la centrale d'Arak, ledevenir du stock d'uranium enrichi à 20 % et, plus généralement, la question de l'enrichissement.
FABIUS TROP EXPOSÉ ?
Cette détermination a fini par irriter certains diplomates qui, sous couvert d'anonymat, n'ont pas caché leur agacement aux journalistes. "Les Américains, l'Union européenne et les Iraniens travaillent intensivement depuis des mois sur ce processus et il ne s'agit rien de plus que d'une tentative de Fabius de se donner une importance tardivement", avait-il dit, en évoquant les multiples interventions publiques du ministre mettant en garde contre un éventuel accord au rabais.
La propension de Laurent Fabius à s'exprimer devant les médias a peut-être joué un rôle dans cette suspicion à l'encontre de la France. Le fait qu'il soit sorti samedi soir le premier de la salle de réunion, grillant la politesse à la porte-parole du groupe des six, Catherine Ashton, a pu aussi jouer en sa défaveur.
"NOUS SOMMES D'ACCORD AVEC LES FRANÇAIS"
Mais Paris s'est défendu d'avoir été le grain de sable qui a empêché la conclusion d'un accord et, de fait, aucun des ministres qui se sont exprimés à l'issue de la réunion n'a incriminé publiquement la France, comme l'ont fait en Iran des députés et des médias.
A sa sortie de la salle de négociations, interrogé sur les critiques touchant Paris, le chef de la diplomatie allemande Guido Westerwelle a affirmé qu'il y avait eu "un excellent travail d'équipe, en particulier entre les Européens". Pressés de questions, son homologue américain John Kerry et la chef de la diplomatie de l'Union européenne Catherine Ashton se sont aussi abstenus de dénoncer la position française.
Le groupe des six puissances chargées du dossier iranien "est absolument uni", a dit le secrétaire d'Etat. "Nous travaillons très étroitement avec les Français, nous sommes d'accord avec les Français sur le fait qu'il y a certaines questions sur lesquelles il faut travailler", a-t-il insisté.
Mohammad Javad Zarif, le ministre iranien, très investi dans la négociation, a affirmé de son côté ne "pas [être] déçu", en dépit de l'absence d'accord. "Nous travaillons ensemble et heureusement nous allons être capables de parvenir à un accord quand nous nous rencontrerons à nouveau", a-t-il dit, avec un sourire un peu forcé.
Les Français gardent en tête l'échec de 2003-2004, lorsqu'un accord internationalprévoyant la suspension de l'enrichissement d'uranium par l'Iran avait volé en éclats faute d'avoir été suffisamment sécurisé. Ils n'ont eu de cesse pour les négociations en cours d'"élever le niveau de l'accord" envisagé, même si ce dernier doit êtrerepoussé dans le temps.

Venezuela: o que a Unasul teria a dizer sobre a "clausula democratica"?

Sem comentários (e não haverá comentários da Unasul, tampouco...):

América Latina

Maduro decreta data de eleição como 'Dia de Lealdade a Chávez'

Vicente Díaz, do Conselho Nacional Eleitoral, afirmou que a medida é "ato grosseiro de manipulação eleitoral"

6/11/2013
O presidente venezuelano Nicolás Maduro faz uma saudação em frente a um pôster com a imagem de Hugo Chávez
O presidente venezuelano Nicolás Maduro faz uma saudação em frente a um pôster com a imagem de Hugo Chávez (Jorge Silva/Reuters)
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou a data das eleições municipais, no próximo dia 8 de dezembro, como "Dia da Lealdade" ao ex-presidente Hugo Chávez, morto em março deste ano, informa o Diário Oficial publicado nesta terça-feira. A exótica medida, pouco tempo após a criação do curioso Ministério da Suprema Felicidade, foi imediatamente criticada pelo reitor do Conselho Nacional Eleitoral, Vicente Díaz, que a qualificou de "ato grosseiro de manipulação eleitoral". Exatamente no recém criado "Dia da Lealdade a Hugo Chávez e do Amor à Pátria" – nome oficial da data comemorativa –, a Venezuela elegerá prefeitos e vereadores em todo o país.
Durante a tarde, Maduro defendeu o decreto sob o argumento de que o 8 de dezembro marca o primeiro aniversário da última aparição pública de Chávez antes de viajar a Cuba para se tratar de um câncer. O caudilho retornaria meses depois à Venezuela, onde faleceu. "Este ano a data coincide com eleições. Vamos votar, e cada um decidirá por sua vontade política. Vocês acham que devemos anular este decreto apenas porque há eleições, esquecendo nosso comandante Chávez? Seria uma fraqueza ceder a esta chantagem de mentes perversas", disse Maduro.
Vicente Díaz afirmou que o decreto "é uma ação de intromissão clara do Poder Executivo com a realização de atos, em todo o país, exatamente quando se realiza a jornada eleitoral. Isto é uma absoluta e inaceitável manipulação" das eleições. A Mesa da Unidade Democrática, que reúne partidos opositores de distintas correntes e apoiou Henrique Capriles na eleição presidencial de abril, considera a votação para prefeitos e vereadores uma espécie de plebiscito do governo de Maduro.
Díaz é considerado a voz dissonante dentro do Conselho Eleitoral, e o único dos cinco reitores a denunciar os abusos cometidos pelo governo. Segundo a oposição, o Conselho Eleitoral é parcial e serve ao "chavismo", enquanto o governo considera o órgão "o mais limpo do mundo".
(Com agência France-Presse)

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Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...