domingo, 16 de fevereiro de 2014

Uma visao mais equilibrada do regime militar brasileiro - Daniel Aarao Reis


Em nova obra, professor da UFF analisa a participação da sociedade durante a ditadura e defende a discussão sobre a tradição autoritária brasileira


Por Leonardo Cazes
O Globo, 15/02/2014

No ano em que se completa o cinquentenário do golpe que derrubou o presidente João Goulart da presidência e deu início à ditadura, Daniel Aarão Reis, professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF), defende que é preciso aprofundar o debate sobre as conexões civis do regime militar. Em seu novo livro, “Ditadura e democracia no Brasil” (Zahar), ele avalia algumas das relações entre a sociedade e as Forças Armadas, além de propor uma diferenciação entre ditadura e estado de direito autoritário. Em entrevista ao GLOBO, Aarão Reis diz que, sem o conhecimento e a discussão sobre os fundamentos sociais e históricos da ditadura, não será possível avançar.

Quais as principais mudanças e descobertas, nos últimos dez anos, no campo dos estudos sobre a ditadura militar brasileira?

A grande novidade nessa última década é que se fortaleceu uma corrente crítica à principal tendência da historiografia sobre o período. A história da ditadura que ainda permanece hegemônica no Brasil, encarnada em grande parte pelo Arquivo Nacional e em certa medida pela Comissão Nacional da Verdade, se recusa a considerar a ditadura nas suas complexas relações com a sociedade brasileira. Imagina que a ditadura foi imposta de cima para baixo e enfatiza, quase que exclusivamente, a resistência à ditadura. Ulysses Guimarães, por exemplo, é uma grande figura da resistência democrática, foi chamado de “Senhor Diretas” e presidiu a Constituinte. Mas pouca gente sabe que ele foi um dos líderes da Marcha da Família com Deus pela Liberdade e apoiou o golpe de 1964. Ele fez parte da comissão do Congresso que tentou elaborar o primeiro Ato Institucional, mas os militares não gostaram e assumiram a responsabilidade. A própria CNBB, que exerceu um papel importante na divulgação de violações contra os direitos humanos durante a ditadura, apoiou o golpe. D. Paulo Evaristo Arns era bispo de Petrópolis e foi apoiar as tropas do General Olímpio Mourão Filho que desciam de Minas para o Rio. É preciso estudar as complexas relações que se estabeleceram. Houve muita colaboração, cumplicidade, zigue-zagues. Juscelino Kubitscheck, sobre quem até hoje há suspeitas de que foi assassinado pelos órgãos de segurança, apoiou o golpe, mesmo que com reservas. Ele cabalou o voto para a eleição de Castello Branco no Congresso. Tudo isso é silenciado. Quem sabe, não fala no assunto.

É por isso que no seu livro recém-lançado, “Ditadura e democracia no Brasil”, o senhor enfatiza a participação civil tanto no golpe quanto no regime?

Não é à toa que cada vez mais gente fala em uma ditadura civil-militar, não apenas uma ditadura militar. A noção de uma ditadura militar foi criada logo depois do golpe pelas esquerdas derrotadas. Era um recurso político legítimo na época, porque a gente queria isolar a ditadura. Fingíamos ignorar os apoios que ela tinha no mundo civil e a designávamos de militar. Essa ideia inicial, politicamente legítima, vai sendo incorporada por todos que migram de uma posição de tolerância ou cumplicidade ativa com a ditadura para as oposições. Vai haver uma migração maciça, principalmente a partir de 1973, 74, de líderes do regime e de segmentos sociais que encontraram na expressão “ditadura militar” um verdadeiro bálsamo para absolver e esconder as suas relações. A apoteose desse tipo de perspectiva foi a colocação do marco cronológico do fim da ditadura, que é construído em função de premissas e perspectivas teóricas e políticas. Fixou-se o marco em 1985, na posse de José Sarney. Ora, o Sarney foi homem da ditadura desde o início e uma de suas lideranças, mas essa cronologia ganha coerência porque a ditadura era militar e ele foi o primeiro presidente civil. Se a ditadura fosse entendida como um complexo civil e militar, seria mais problemático colocar esse marco. Creio que, passados tantos anos, embora a resistência à ditadura mereça e continuará merecendo atenção nos nossos debates, essa tendência de rever a história vai crescer. Se você assume esse ponto de vista, apontando os fundamentos sociais e históricos, há áreas incríveis que merecem estudo, como os sindicatos, que tiveram um crescimento gigantesco durante a ditadura.

Description: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2014/02/110_144-Capa-DanielAarao.jpgA ditadura sempre esteve muito preocupada em manter uma aparência de legalidade e com a sua legitimidade. Manteve o Congresso Nacional aberto e criou uma nova Constituição em 1967. Por quê?

A ditadura se instaurou em nome da democracia. Essa é uma diferença importante a se fazer entre as ditaduras anteriores e posteriores à Segunda Guerra Mundial. No Estado Novo, o Getúlio não tinha nenhum problema em dizer que aquele regime era autoritário porque a democracia estava muito desprestigiada à época. A União Soviética se desenvolvia a passos gigantescos e não era uma democracia, o nazifascismo aparecia como uma alternativa universal e recusava a democracia. Muitos regimes na Ásia, África e América Latina adotaram formas corporativistas autoritárias, como o Brasil. Já depois da Segunda Guerra, feita em nome da democracia e contra o nazifascismo, era muito mais difícil legitimar um regime contra a democracia. O movimento de 1964 foi feito em defesa da democracia e contra a corrupção. Muitas lideranças políticas que apoiaram o golpe acharam que os militares iam fazer uma intervenção rápida. Cassariam os comunistas, os trabalhistas e as esquerdas mais radicais e abririam caminho para as eleições presidenciais de 1965. O apoio de JK a Castello Branco se insere aí, porque Juscelino era um dos fortes candidatos, assim como Carlos Lacerda e Adhemar de Barros. Esses líderes civis que participam do golpe eram liberais autoritários. Tinham medo de que uma democracia ampla no Brasil incitasse as massas à luta e que isso provocasse uma revolução social no país. A farsa da Constituinte do Castello marca o início do estado de direito autoritário que vai de março de 1967 a dezembro de 1968, com o AI-5.

No livro, o senhor marca uma diferença entre esse estado de direito autoritário e a ditadura propriamente dita. Poderia explicar melhor?

Eu tento fixar um critério para conceituar um governo como ditatorial ou não. O critério que eu coloco é óbvio, o do estado de exceção. É quando o governo faz e desfaz leis a seu bel-prazer, não passando por nenhuma instância de controle nem sendo controlado por nenhuma instância. O governo inventa os meios legais como quer, como a figura jurídica do banimento, criada para permitir a libertação dos 15 presos trocados pelo embaixador americano em 1969. A república entre 1946 e 1964 era um estado de direito autoritário. Quase metade da população não votava porque era analfabeta. Ninguém chama o governo Dutra de ditadura, mas na contagem do PCB, então na ilegalidade, 51 militantes foram mortos em manifestações. No regime militar, a ditadura é reativada em dezembro de 1968, com o AI-5, e segue até 1979. Do governo Figueiredo até 1988, temos um estado de direito autoritário. Na Constituição de 1988, que sem dúvida é a nossa carta mais democrática, ainda subsistem claramente aspectos autoritários, como o direito dos militares intervirem na vida política nacional desde que sejam chamados pelo chefe de um dos três poderes. Isso é de um autoritarismo enorme e foi incluído por pressão dos milicos à época. Poderíamos mencionar outros, como a concentração de poder que cria um presidencialismo de caráter imperial e as medidas provisórias. Desde 1889, quando não tivemos ditaduras, tivemos um estado de direito autoritário no Brasil.

Muito se discute atualmente sobre as heranças da ditadura. Como essa tradição autoritária que o senhor aponta se manifesta hoje?

Uma prática que persiste é a tortura. A tortura foi política de Estado em alguns governos da Primeira República e nas ditaduras do Estado Novo e de 1964. Ela antecedeu e continuou após essas ditaduras e está aí até hoje nas delegacias, nos quartéis. É uma tradição maldita que vem da escravidão. A posição favorável à tortura encontra-se disseminada na sociedade brasileira. O Núcleo de Estudos da Violência da USP, em pesquisa de 2011, apontou que 48,5% dos entrevistados admitiam a tortura em determinados casos. Você pode presumir que esse número é muito maior, pois muita gente não assume essa posição para o pesquisador, mesmo com a garantia do anonimato. Os fundamentos sociais e históricos da ditadura precisam ser discutidos e compreendidos. O autoritarismo permeia toda a sociedade brasileira. De modo nenhum nossa democracia está a salvo de surtos autoritários. A gente viu agora mesmo nas manifestações de 2013 como políticos de diversos partidos se comprometeram com uma repressão desapiedada sobre o movimento. A Polícia Militar mata cotidianamente pessoas no Brasil todo, os índices são demenciais comparados a outros países, e isso está naturalizado. Embora haja críticas muito severas aos black blocs, as críticas à PM são muito moderadas. No Rio, o governador Sérgio Cabral, eleito democraticamente, tentou criar uma estrutura denunciada e repudiada como uma reedição do DOI-Codi, e recuou. Mas o simples fato dele ter proposto é muito simbólico. Sem lidar com a nossa tradição autoritária, as ditaduras não se explicam. O Estado Novo se instaurou em 1937 quase sem resistência e acabou em 1945 em uma transição pelo alto. Em 1964 e em 1979, foi muito parecido. É preciso discutir isso seriamente


UE-Brasil: tremeliques na parceria estrategica - Estadao

Dilma volta atrás e vai à cúpula com a UE
Lisandra Paraguassu e Jamil Chade
O Estado de S.Paulo, 15/02/2014

Irritada com questionamentos dos europeus à política industrial brasileira na OMC, presidente havia decidido não participar de reunião

BRASÍLIA/ GENEBRA - A presidente Dilma Rousseff decidiu, de última hora, comparecer à Cúpula Brasil-União Europeia, na próxima semana. Irritada com a decisão europeia de questionar a política industrial brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), Dilma havia suspendido a viagem e, consequentemente, a cúpula.
No entanto, uma conversa nesta sexta-feira, 14, com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, no caminho para Manaus, a convenceu de que era melhor conversar diretamente com os europeus. Na União Europeia, a decisão de manter a visita foi considerada positiva.
Em entrevista a rádios do Amazonas, a presidente deu indícios do porquê de ter voltado atrás. "Eu estarei na UE, farei uma visita à UE, possivelmente dia 24 de fevereiro, e um dos temas da minha pauta com a União Europeia é essa questão da Zona Franca de Manaus", afirmou.
A existência da zona franca na capital amazonense e em outras áreas da região Norte é um dos pontos que os europeus pretendem questionar na OMC. A União Europeia alega que países emergentes usam a necessidade de desenvolver regiões mais pobres como desculpa para criar zonas francas, com incentivos fiscais, que distorcem a competitividade e prejudicam os países europeus. Na mesma entrevista, Dilma afirmou que pretende ver aprovada a manutenção da zona franca até 2050.
Desculpa. A desculpa oficial do governo brasileiro para adiar a reunião de cúpula com a União Europeia era um problemas de datas. A presidente estará na Itália nos dias 22 e 23 deste mês, e queria que a reunião, inicialmente marcada para o dia 27, fosse antecipada. Segundo governo brasileiro, a UE não teria dado resposta a esse pedido. Na verdade, os europeus haviam confirmado a mudança há vários dias, mas Dilma resistia por causa da disputa comercial na OMC.
A disputa que os europeus se preparam para lançar contra a política industrial brasileira certamente será um dos principais temas da pauta. Em Genebra, ontem, os negociadores europeus terminaram o segundo dia de consultas sobre a queixa da UE contra o sistema de incentivos fiscais do Brasil e as regras da Zona Franca de Manaus.
Fontes em Brasília confirmaram ao Estado que a diplomacia europeia deve abrir um contencioso na OMC e que usará as informações prestadas pelo Brasil nas consultas para montar o caso. Mas o anúncio agora irá esperar o fim da visita de Dilma a Bruxelas para evitar criar uma nova tensão na relação.
Mercosul. Na agenda também deverá estar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Apesar de não ter mandato para falar em nome do bloco, a presidente deverá reafirmar o interesse do Mercosul em começar logo as negociações. A ideia é que a troca de ofertas aconteça até o final de março. 
Depois de um início tumultuado, especialmente pela dificuldade argentina de acertar sua proposta, os países do bloco conseguiram sair da última reunião em Caracas, realizada na quinta-feira, com suas ofertas chegando próximas aos 90% de produtos a terem suas tarifas liberadas. O acerto final deverá ser feito no dia sete de março, em um último encontro para afinar uma proposta única.

Nos próximos 20 dias, os países terão de revisar suas próprias listas para que seja possível apresentar aos europeus uma oferta única também próxima dos 90%, índice considerado ideal. Isso porque o cruzamento das listas acaba levando o índice geral para baixo. Nos próximos dias, cada país terá de ceder um pouco, mas a expectativa do governo brasileiro é que o pacote esteja fechado no início de março.

Siria: como destruir um pais na indiferenca geral do mundo externo - WP


KILIS, Turkey — The Syrians who reach this Turkish border town after escaping the northern city of Aleppo bring stories of horror about exploding barrels that fall from the sky.
The worst part is the terrifying anticipation as the barrel bombs are unleashed from warplanes roaring overhead, said one man who fled after three bombs demolished the street where he was living. The sight of rescuers scraping human remains from the sidewalk outside her home prompted another of the refugees to leave. A third Syrian, a grandmother, said she left simply because life had become unsustainable in the wrecked, rubble-strewn city, where entire neighborhoods have been almost completely depopulated.

Brasil: capitao-de-mato de escravos cubanos? - Folha de S.Paulo

Ausência de profissionais do Mais Médicos deverá ser informada à Polícia

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1412408-ausencia-de-profissionais-do-mais-medicos-devera-ser-informada-a-policia.shtml 

Folhapress

O governo e o ministerio das ilegalidades - Percival Puggina





SE DILMA NÃO FOSSE DILMA
Percival Puggina, 15/02/2014

Ao se desligar do programa "Mais Médicos", a doutora Ramona Matos Rodriguez abriu a caixa de Pandora desse suspeitíssimo convênio firmado entre o governo brasileiro e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para locação de médicos cubanos.

            Ramona exibiu à imprensa cópia do seu contrato com uma certa sociedade anônima "Comercializadora de Serviços Médicos" e informou que dos 10 mil reais por cabeça, pagos pelo Brasil, ela só recebia o equivalente a mil reais no câmbio atual. Ou seja, confirmou ganhar apenas aqueles 10% que eu, desde o início das tratativas para vinda dos médicos, afirmei que constituíam o padrão para contratos desse tipo na Castro & Castro Ltda. - antigamente conhecida como ilha de Cuba - empresa familiar com sede e foro na cidade de Havana. E ainda há quem ouse se referir a tais negociatas como evidências da "admirável solidariedade" da Cuba comunista para com os necessitados do mundo. Vê se eu posso!

            Em torno de dona Ramona se formou a primeira das encrencas que haverão de cercar esse convênio nascido nas confabulações do Foro de São Paulo (aquela supranacional esquerdista que a imprensa brasileira faz questão de solenemente desconhecer). Muitas outras encrencas virão porque tudo que é mal feito em algum momento cobra conserto.

            O problema é que Dilma, apesar de seus 40 ministros, não tem um ministério nem dirige um governo. Ela preside um clube, destinado ao lazer dos sócios, vale dizer, dos partidos políticos que compõem sua base de sustentação. Tivesse ela um bom ministro do Trabalho, este lhe diria que a situação dos cubanos é totalmente irregular perante a legislação brasileira (a doutora Ramona já anuncia que vai buscar na Justiça do Trabalho o que lhe é devido pelo Brasil). Tivesse ela um bom ministro da Saúde, ele a advertiria sobre a deficiente formação média dos profissionais médicos formados em Cuba. Tivesse ela um bom ministro da Defesa, ele haveria de alertá-la para os riscos decorrentes da importação, em larga escala, de agentes enviados por um país que, desde 1959, se caracteriza por infiltrar e subsidiar guerrilheiros no resto do mundo. Tivesse, Dilma, uma boa ministra de Direitos Humanos, menos fascinada por ideologia e mais pela humanidade, esta iria às últimas consequências para impedir que o Brasil protagonizasse escancarado ato de escravidão, trazendo os cubanos sob as condições postas por Havana. Tivesse Dilma um bom ministro da Fazenda, ele certamente lhe demonstraria o quanto é abusivo pagar um overhead de 900% em relação a cada profissional enviado pelos Castro. Tivesse ela um bom ministro da Economia, este abriria um berreiro para mostrar que a contabilidade desse convênio é altamente prejudicial ao interesse nacional diante da desproporção entre o valor do serviço prestado no Brasil e o montante enviado para a matriz cubana. Tivesse Dilma um bom ministro da Justiça, ele ficaria de cabelos em pé diante do atropelo que esse contrato produz nos mais comezinhos princípios de Justiça e na legislação nacional. Tivesse Dilma um bom ministro da Previdência Social, ele mostraria ser líquido e certo o caráter regressivo ao governo de qualquer ação dos médicos cubanos em busca de seus direitos previdenciários porque o patrão de fato desses profissionais é o governo brasileiro. Tivesse Dilma um bom ministro de Relações Exteriores, ele lhe mostraria o quanto resulta negativo à imagem do Brasil o conhecimento internacional das bases em que o país firmou esse convênio.

            Mas Dilma preside um clube. E se o clube está nem aí para suas verdadeiras ocupações, menos ainda haverá de estar para quaisquer preocupações. O clube, afinal, gosta mesmo é de festa e grana.

            Se Dilma não fosse Dilma e tivesse um bom ministério, se estivesse ocupada em solucionar problemas estruturais em vez de ficar quebrando galhos e agradando parceiros, ela teria atendido à reivindicação dos médicos brasileiros. Há muito tempo eles pedem uma carreira atrativa no serviço público, à exemplo de outras que iniciam em postos remotos e, gradualmente, promovem seus integrantes para centros maiores. Mas Dilma é apenas Dilma.

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* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, membro do grupo Pensar+

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Partido Totalitario continua zombando da Justica, e dos brasileiros... - ucho.info

Se o STF exigir comprovação da origem do dinheiro das multas do Mensalão, muitos serão presos

dolar_30Ucho.info,  | 
Chave de cadeia – Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes perde tempo dando ouvidos às lamúrias dos petistas, que estão inconformados com declaração do magistrado sobre a origem do dinheiro obtido por meio de doações para pagar as multas impostas aos réus do Mensalão do PT.
O ministro rebateu um questionamento do petista Eduardo Suplicy, o senador “maluco-beleza”, que recebeu como resposta sugestão para que o PT organize uma “vaquinha” na rede mundial de computadores com o objetivo de ressarcir parte dos mais de R$ 100 milhões desviados dos cofres públicos no maior e mais ousado escândalo de corrupção da história nacional.
Gilmar Mendes, na resposta enviada ao senador petista, destacou que sites hospedados no exterior para arrecadar fundos destinados ao pagamento das multas dos mensaleiros representam uma afronta ao Judiciário.
Dia após dia o PT vem mostrando a sua vocação para o banditismo político, por isso o ministro do STF não deve entrar no embate com os bandoleiros petistas. A melhor forma de responder a esses saltimbancos que se instalaram no poder é aplicar com firmeza a legislação vigente no País, começando pela operação sinistra de arrecadação de fundos que aponta para uma vasta lavanderia financeira, por mais que o presidente do partido, Rui Falcão, esperneie.
Basta que o Judiciário exija dos condenados na Ação Penal 470 a comprovação da origem do dinheiro que está sendo utilizado para o pagamento das respectivas multas. O esquema é tão acintoso e desafiador, que em menos de 24 horas o chefe dos mensaleiros, o Ali Babá palaciano José Dirceu, arrecadou quase R$ 100 mil em um site criado para angariar fundos.
Nos Estados Unidos, a Justiça exige a comprovação da origem do dinheiro até mesmo para o pagamento de fiança. Sem cumprir essa formalidade, o acusado continua contemplando o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta.
Faz-se necessário lembrar que o esquema de cobrança de propinas em Santo André, que culminou com o bárbaro assassinato do então prefeito Celso Daniel, arrecadou muito dinheiro, sendo que parte dos recursos criminosos foi depositada em contas bancárias no exterior. O que levou os bancos do Mensalão do PT a forjarem os empréstimos ao partido, solução encontrada para repatriar o dinheiro imundo.
Como os empréstimos tiveram de ser honrados pelo partido depois da descoberta do escândalo, o dinheiro repassado aos correspondentes internacionais dos tais bancos voltou para as contas de origem.
Se o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República decidirem investigar a origem do dinheiro que está sendo utilizado para o pagamento das multas, boa parte do PT pode acabar na cadeia. Sem contar que alguns espertalhões, já conhecidos da polícia, terão de fazer companhia. Não é preciso nenhum esforço descomunal para descobrir o fio da meada. Basta cruzar os dados do “propindoduto” de Santo André, da Operação Satiagraha e do desdobramento do Mensalão do PT. Antes disso é melhor a Polícia Federal comprar mais camburões.
Apostando na zombaria, o Partido dos Trabalhadores decidiu afrontar o Estado democrático de direito depois que adotou o discurso embusteiro de que os condenados no Mensalão são presos políticos. A parcela de bem da população deve reagir com firmeza, pois achincalhar os Poderes constituídos da República é inadmissível. Essa incursão burra e ousada mostra que os petistas estão desesperados, pois têm muito a esconder.
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Escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras esfria ação dos terroristas cibernéticos do PT

corrupcao_16No estaleiro – A tropa de choque petista que atua na rede mundial de computadores recolheu as garras nesta sexta-feira (14). Não por causa da aproximação do final de semana, mas pelo fato de o governo do PT estar envolvido em um enorme e rumoroso escândalo.
Desde que o Siemensgate veio à tona e passou a ser investigado pela Polícia Federal com base em um documento grosseira e criminosamente adulterado, entre à corporação pelo ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça), a quadrilha cibernética da legenda passou a espalhar notícias sem comprovação acerca do caso, além de fazer comparações esdrúxulas e típicas de quem foi tomado pelo desespero.
Maior fornecedora de plataformas flutuantes para a exploração de petróleo, a empresa holandesa SBM Offshore está sob investigação de autoridades da Holanda, Inglaterra e Estados Unidos por causa de pagamento de suborno a várias empresas petrolíferas ao redor do planeta, inclusive a Petrobras. Um ex-funcionário da SBM declarou que a empresa pagou US$ 250 milhões em propinas, sendo a maior parte desse valor à estatal brasileira.
De acordo com a testemunha, intermediários e funcionários da Petrobras teria recebido US$ 139 milhões em propina para favorecer a SBM Offshore na obtenção de contratos. O pagamento de suborno ocorreu, segundo a testemunha, entre 2005 e 2011, ou seja, sob a égide do Partido dos Trabalhadores, que chegou ao poder central a reboque do discurso da moralidade e da ética.
A presidente Dilma Rousseff e a diretoria da Petrobras sabiam do escândalo, mas nada fizeram para impedir que o esquema continuasse avançando. Essa denúncia, se comprovada pelas investigações em curso, confirmará o apetite do PT pela delinquência política, algo que ficou evidente ao longo da última década.
Diante de escândalo de tamanha proporção, é certo que o Palácio do Planalto atuará nos bastidores para que a notícia desapareça do noticiário nacional, até porque o governo federal é o maior anunciante do País. Caberá aos veículos que não frequentam a seara da grande imprensa acompanhar e noticiar os desdobramentos do escândalo milionário de corrupção, que em países minimamente sérios já teria provocado algumas demissões.

Procurando o proximo salvador da patria? - Luiz Felipe D'Avila

Concordo com o articulista em que o Brasil precisa de estadistas, mas se estamos procurando o proximo salvador da Patria, então nada poderá ser feito, sem os principais interessados na matéria.
Sinto dizer, mas não é o povo brasileiro, e sim os empresários. Enquanto estes não perceberem o que está errado e o que precisa ser feito, nada dará certo.
Paulo Roberto de Almeida 

Procura-se um estadista

O cientista político e especialista em gestão pública diz que o Brasil precisa de um líder capaz de fazer as reformas institucionais sem as quais estamos condenados à mediocridade
O Brasil precisa de uma nova safra de estadistas dispostos a arriscar o seu capital político em defesa de reformas capazes de retirar o país da atual trajetória decepcionante. A análise é do cientista político Luiz Felipe D’Ávila, presidente do Centro de Liderança Pública, entidade dedicada à preparação de administradores empenhados em aprimorar a eficácia na gestão da máquina governamental. “Se o país continuar no piloto automático, como estamos há mais de uma década, caminharemos para uma mediocridade terrível”, adverte.
Em seu mais recente livro, “Caráter e Liderança”, lançado no fim do ano passado, D’Ávila, de 50 anos, trata do papel essencial exercido pelos estadistas nos avanços institucionais. Inspirado no critério do cientista político americano Joseph Nye, para o qual os objetivos, os meios e as consequências das ações dos governantes devem ser avaliados do ponto de vista ético e da eficácia de suas políticas, D’Ávila escolheu os nove maiores estadistas brasileiros: José Bonifácio de Andrada e Silva, pela defesa da Independência; Joaquim Nabuco, a maior voz contra a escravidão; dom Pedro II, pela promoção das liberdades; Prudente de Morais, Campos Salles e Rodrigues Alves, os três primeiros presidentes civis, pela consolidação da República; Oswaldo Aranha, defensor da democracia nos anos da ditadura Vargas; Ulysses Guimarães, líder das Diretas Já; e Fernando Henrique Cardoso, pela estabilização da economia.
Veja: Como o senhor chegou aos nomes dos maiores estadistas da história brasileira?
Luiz Felipe D’Ávila: Os estadistas entendem quais são as travas ao desenvolvimento e ao fortalecimento das instituições democráticas. Apenas instituições sólidas asseguram a tríade da prosperidade: a confiança no país; a previsibilidade política e econômica; e a continuidade das boas ações públicas. A ascensão da burguesia, nas sociedades modernas, delimitou o fim da arbitrariedade dos monarcas e ensejou a transferência de poder para as demais instituições. Quanto mais sólidas as instituições, maiores a confiança e a previsibilidade. Aumenta o número de empreendedores dispostos a assumir riscos e a fazer investimentos. Na minha avaliação, esses nove estadistas foram essenciais para o fortalecimento das instituições democráticas, promovendo a superação de valores retrógrados.
Veja: Alguns analistas acham que basta a alternância de poder para depurar o sistema e promover as reformas necessárias. Nesse cenário os estadistas seriam desnecessários. O senhor concorda?
Luiz Felipe D’Ávila: As grandes reformas estruturais da história contemporânea sempre foram lideradas por estadistas. A liderança faz falta hoje ao mundo, e não apenas ao Brasil, diante da crescente complexidade dos problemas. Como disse o ex-primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker: “Todos sabemos como superar a crise europeia; apenas não sabemos como fazer isso e ganhar a próxima eleição”. Esse parece ser, tristemente, o espírito do tempo atual na política. As pessoas esclarecidas sabem o que deve ser feito, mas ninguém parece disposto a comprar a briga política. Daí a necessidade do verdadeiro estadista. No Brasil, precisamos hoje de um novo Joaquim Nabuco para promover a urgente revolução na educação — ou na saúde, ou na segurança.
Veja: Esses temas são sempre apontados como prioridade pelos políticos brasileiros. O que tem sido feito não basta?
Luiz Felipe D’Ávila: Os avanços graduais, lentos, dos últimos anos, não respondem plenamente às necessidades do país, diante do atraso de décadas e décadas. A importância da educação, lamentavelmente, parece ainda não ter sido devidamente compreendida. Não precisamos mais de mudanças graduais, mas de uma verdadeira revolução. Estamos sempre atrasados. O Brasil gasta 6% do PIB com educação, um porcentual superior ao do Japão e semelhante ao da Suíça. Mas o gasto efetivo por aluno no Brasil fica em 3.000 dólares, enquanto no Japão ele é de 10.000 dólares e na Suíça, de 15.000 dólares. O dinheiro brasileiro se perde na máquina e não chega ao aluno. O enorme custo do governo, sustentado por uma carga de impostos elevadíssima, e os recursos que não chegam aos que mais precisam — eis aí a grande reforma a ser feita no país.
Veja: Como escapar da “maldição de Juncker” quando fala em fazer o que é preciso e não perder votos?
Luiz Felipe D’Ávila: As pessoas, de fato, temem reformas. Para elas, reforma significa perder algo — e ninguém quer perder nada. Ninguém aceita perder privilégios, benefícios, subsídios. É preciso criar uma narrativa e mostrar os ganhos futuros para a maior parte da população. No Brasil falta uma narrativa que convença as pessoas a se envolver com as mudanças necessárias. As pessoas só estarão dispostas a fazer certo sacrifício se for criada essa narrativa. Daí a necessidade de um estadista. Existem os líderes que usam o poder apenas para fortalecer o mando pessoal, e existem aqueles que buscam reformar e fortalecer as instituições. Vivemos, hoje, de reformas feitas no passado. As instituições, porém, não suportam desaforos por muitas décadas. Precisamos de uma nova safra de estadistas virtuosos para dar sequência às reformas. Estamos há mais de uma década sem nenhuma grande reforma institucional no país. Estamos consumindo um capital importante que vai faltar. Fica evidente o descrédito das instituições, algo muito ruim, porque corrói os valores da democracia.
Veja: Qual o cenário para o país, caso não haja uma mudança de rota?
Luiz Felipe D’Ávila: Se o Brasil continuar no piloto automático, como estamos há mais de uma década, caminharemos para uma mediocridade terrível. Deixaremos para os nossos filhos um país com a educação falida. A evasão escolar entre os jovens de 15 a 17 anos é de 16%. Serão jovens sem condições de trabalhar nas profissões do futuro — e portanto veremos a desigualdade aumentar. Teremos uma previdência quebrada, com uma demografia negativa a partir de 2030. Vamos deixar para os nossos filhos um país sem as condições de sustentar os benefícios atuais e sem o preparo para a nova economia.
Veja: Qual é essa nova narrativa a ser apresentada aos eleitores?
Luiz Felipe D’Ávila: Haveria três objetivos centrais, na minha avaliação. Em primeiro lugar, estabelecer como meta dobrar a renda per capita em vinte anos. Se dobrássemos a renda em vinte anos, e depois a dobrássemos novamente no período seguinte, nossos filhos atingiriam uma renda quatro vezes maior que a atual, e os nossos netos teriam uma renda equivalente a dez vezes a nossa. O crescimento, quando mantido ao longo do tempo, tem efeito exponencial. É factual. Isso significa manter um crescimento médio de 4,5% ao ano. Uma vez estabelecido esse objetivo, é preciso saber quais as reformas e também os sacrifícios a ser feitos para chegarmos lá. O segundo objetivo seria colocar o país entre os dez primeiros no exame Pisa, de avaliação internacional de ensino. O terceiro objetivo seria atrair 4 trilhões de dólares em investimentos na infraestrutura. Só assim, alinhando essas três metas, o Brasil conseguirá escapar da barreira que o condena a ser, atualmente, um país de renda média.
Veja: Os objetivos da presidente Dilma Rousseff, no início de seu mandato, não eram muito diferentes desses. O que deu errado?
Luiz Felipe D’Ávila: A presidente acreditou que atingiria essas metas sem fazer nenhuma reforma. Houve uma melhora recentemente, com o governo sendo mais pragmático nas privatizações, mas ainda é pouco. Não adianta ir a Davos e dizer que o Brasil está aberto a investimentos. Os investidores estrangeiros sabem avaliar as perspectivas reais para a economia. E muito ruim quando o Brasil apresenta um resultado desastroso, como foi o caso nas notas do exame Pisa divulgadas recentemente, e o governo tenta enxergar melhoras que, na verdade, foram insignificantes. Trata-se de um caso de ausência de liderança, porque vai no sentido contrário ao de criar o necessário senso de urgência. A perda de credibilidade é rápida e a reconquista é lenta. Dilma agora luta para recuperar a confiança. Conseguirá isso apenas com ações concretas, não com discursos. Quando não existe uma visão maior, clara, voltamos para a política miúda da barganha de cargos e verbas.
Veja: Poderá haver uma mudança significativa a favor das reformas, caso algum dos candidatos de oposição saia vitorioso?
Luiz Felipe D’Ávila: Não consigo antever, hoje, uma grande mudança política mesmo com a vitória da oposição. Eduardo Campos e Aécio Neves passaram pelo governo estadual, deverão ser mais pragmáticos, e, por isso, deverão dar mais eficiência à administração da máquina pública. Mas não os vejo comprometidos com as reformas mais profundas. Falta a eles convicção. Parecem incapazes de mobilizar a opinião pública para defender a aprovação das reformas. Acredito que o Brasil terá uma mudança geracional importante a partir das eleições de 2018.
Veja:Por quê?
Luiz Felipe D’Ávila: Existe uma geração de políticos que descobriu que boa gestão dá voto. Um bom ex-prefeito será um deputado mais consciente. Serão políticos mais dispostos a correr riscos. Alguns governadores e prefeitos têm se mostrado mais pragmáticos para resolver problemas, deixando questões ideológicas e partidárias de lado. Minas Gerais, por exemplo, conseguiu avanços na educação depois de implementar critérios baseados na meritocracia, superando a resistência da máquina pública. A prefeitura do Rio de Janeiro seguiu no mesmo caminho. O prefeito precisou enfrentar a greve dos professores contrários à reforma com base no mérito. Canoas, no Rio Grande do Sul, praticamente acabou com as filas de atendimento médico. Graças a um sistema informatizado, foram marcadas 600 mil consultas por telefone. Existem bons exemplos que podem e devem ser replicados. Votuporanga, no interior paulista, é outro caso de sucesso na melhoria da educação — e por pouco não foi punida por isso.
Veja: O que ocorreu?
Luiz Felipe D’Ávila: O Ministério da Educação ameaçou cortar os recursos para o financiamento do programa por causa do bom desempenho da rede municipal no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). A prefeitura ficou desesperada. Chegou-se até a pensar em importar maus alunos de municípios vizinhos para baixar a média e assim preservar os recursos. Mas acabou havendo um acordo com outros municípios da região, e a verba do programa foi mantida.
Veja: Getúlio Vargas costuma encabeçar todas as listas feitas sobre os maiores brasileiros do século XX. Muitos o apontam como o maior estadista da história do país. Por que ele não mereceu um lugar na sua lista de grandes estadistas?
Luiz Felipe D’Ávila: Não adianta apenas os objetivos serem louváveis. Getúlio fez as reformas trabalhistas, ampliou os direitos sociais, incentivou a industrialização. Mas não podemos perder de vista como isso foi feito. Não podemos esquecer também as conseqüências. Getúlio conduziu a revolução de 30 com a bandeira de fortalecer as instituições brasileiras. Mas fez o contrário. Usou o poder para enfraquecer as instituições democráticas e implementar a ditadura do Estado Novo. Getúlio fez tudo a seu alcance para enfraquecer a democracia. Ele rejeitava a alternância de poder.
Veja: Lula não se mostrou um verdadeiro estadista, ao manter a política econômica de FHC e recusar um terceiro mandato?
Luiz Felipe D’Ávila: Sem dúvida, Lula teve seu momento de estadista com a divulgação da Carta ao Povo Brasileiro, na campanha eleitoral de 2002. Nela, ele se compromete a manter a política econômica de Fernando Henrique e respeitar os contratos. Ao assumir a presidência, porém, a busca incessante — e quase narcisística — pela popularidade o fez deixar de lado as reformas. Então, na minha avaliação, ele não pode ser considerado um grande estadista. Se os políticos pensarem sempre na próxima eleição, se tiverem o receio de correr riscos em benefício da próxima geração, nunca vão fazer ou liderar as reformas estruturais. Foi o que aconteceu com Lula. Ele tinha capital político para fazê-las, mas foi avaro e optou por investir apenas na própria popularidade.
Fonte: Veja (Edição de 5 de fevereiro de 2014)

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SOBRE LUIZ FELIPE D´ÁVILA


Luiz Felipe D´Ávila

É formado em ciências políticas pela Universidade Americana em Paris e mestre em administração pública pela Harvard Kennedy School. Preside o Centro de Liderança Pública (CLP). É sócio-fundador da SYKUE Bioenergya e da ACCION Microfinanças - instituição sem fins lucrativos, especializada em microcrédito, que atua na região norte do Brasil. Fundou a Editora D’Avila, que lançou as revistas “República” e “BRAVO!”. Escreveu editoriais de política para os jornais “Gazeta Mercantil” e “O Estado de S. Paulo”. Foi comentarista político das TVs "Manchete" e "Record" e da rádio "Trianon". É membro do Conselho Consultivo do Grupo Pão de Açúcar (CBD) e “Member at Large” do Conselho do Human Rights Watch. Foi diretor do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional e membro do Conselho da Associação de Apoio ao Programa Comunidade Solidária. É autor dos livros: "O crepúsculo de uma era" (Maakron Books,1995), “Dona Veridiana: a trajetória de uma dinastia paulista" (A Girafa, 2004), “Os virtuosos” (A Girafa, 2006) e “Cosimo de Médici” (Ediouro, 2008); “Memórias de um líder renascentista” (Ediouro, 2008).

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