sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Diplomacia telefônica - Rubens Barbosa (Editorial Interesse Nacional)

Diplomacia telefônica

Rubens Barbosa
Editorial Interesse Nacional, 5/12/2025
https://interessenacional.us17.list-manage.com/track/click?u=b838fc839fc674ae04ae9e142&id=0334867663&e=42320605d3

Nos últimos dias, noticiou-se que conversas telefônicas entre presidentes tentaram avançar interesses concretos nas políticas externas dos EUA em relação à Venezuela e do Brasil em relação aos EUA.

No fim de semana, o presidente Donald Trump ligou para o presidente venezuelano e deu um ultimato para Nicolás Maduro deixar o poder em Caracas. A conversa teria sido intermediada por Brasil, Catar e Turquia.

No telefonema, talvez a última tentativa de Washington de mudar o regime sem uma ação militar, Trump ofereceu uma saída da família de Maduro para um terceiro país, onde ficaria exilado, em troca da renúncia de seu cargo presidencial e a volta da democracia à Venezuela.

Do ponto de vista do Brasil, a iniciativa de Lula de ligar para Trump foi oportuna e pragmática
Por Rubens Barbosa, presidente do Grupo Interesse Nacional

Clique aqui para ler o editorial da semana:

ONU: Brasil se abstém sobre volta de crianças sequestradas pela Rússia - Claudio Dantas

PRA: Não sei o que é maior: se a hipocrisia vergonhosa, ou o desejo de NÃO desagradar o amigo Putin. Ele já foi condenado pelo TPI (do qual o Brasil é parte) pelo sequestro das crianças ucranianas como crime contra a humanidade. O Brasil de Lula pretende "dialogar" com Putin para pedir que ele devolva as milhares de crianças sequestradas?
==============
ONU: Brasil se abstém sobre volta de crianças sequestradas pela Rússia
Claudio Dantas
Brasil justificou abstenção alegando que “tom da resolução não ajuda a promover diálogo”

A delegação brasileira se absteve na votação da resolução da Assembleia Geral da ONU que cobra o retorno imediato de crianças ucranianas sequestradas pela Rússia. O texto teve 91 votos favoráveis, 12 contrários e 57 abstenções — atingindo a maioria de dois terços.
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, organizações internacionais denunciam o “deslocamento forçado” de milhares de ucranianos menores de idade pela Rússia. O tema ganhou ainda mais peso quando o Tribunal Penal Internacional, em Haia, emitiu ordem de prisão contra Vladimir Putin pelo crime de guerra relacionado à deportação das crianças.
A ONU afirma que 20 mil crianças foram deportadas e que “muitas ainda não foram localizadas” ainda. A resoução aprovada exige o retorno “imediato, seguro e incondicional” de todas.
A Rússia rejeita as acusações, classificando-as como “mentirosas”, e disse que a discussão na ONU prejudica esforços pela paz. “O objetivo deste texto, claramente, não é ajudar as crianças”, afirmou a representante russa na organização, que acusou a resolução de promover “narrativas falsas”.
O Brasil reiterou seu “firme apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia” e defendeu “a importância de repatriar crianças deportadas ou transferidas no contexto deste conflito”. Apesar disso, se absteve por considerar que “o tom do texto não contribui para fomentar o diálogo”.
A resolução, aprovada na última quarta (10), determina que a Rússia garanta o retorno das crianças transferidas à força ou deportadas.

Mini-história das crises políticas no Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Mini-história das crises políticas no Brasil 

Paulo Roberto de Almeida 

         Todas, repito TODAS, as crises político-institucionais da história da República no Brasil (e provavelmente também desde o Império) resultaram do enfrentamento entre forças divergentes dentro do Parlamento e, de forma ainda mais grave, entre o Parlamento e o Executivo (antes da República com o recurso eventual ao Poder Moderador, que depois, na República, se pretendeu encarnado nas FFAA, até recentemente, inclusive por uma interpretação distorcida do artigo 142 da CF-1988), o que nada mais era senão profundas divisões políticas na governança e na própria sociedade brasileira. 
        Foi assim no Estado Novo (inclusive antes que ele fosse implantado, em 1937), ao final do Estado Novo (com a derrocada de Vargas por aqueles mesmos, nas FFAA, que tinham sustentado seu golpe semi-fascista), foi assim na Republica de 1946, quando se enfrentaram continuamente varguistas e anti-varguistas, de que resultou o golpe militar e a ditadura de 1964-1985, novamente na Nova República, entre tucanos e petistas, depois entre petistas e diferentes forças políticas, enfrentamentos que resultaram nos impeachments de Collor e de Dilma, e novamente na sequência, até aqui, entre petistas e novas forças politicas, agora bem mais marcadas à direita e extrema-direita, na qual se distinguem os evanescentes bolsonaristas. 
        Agora com traços inéditos, com o envolvimento da Suprema Corte na luta política e na defesa das instituições, como uma espécie de novo poder moderador (até recentemente exercido pelos militares). 
    
        Tudo isso é muito ruim para nossa estabilidade institucional e até para a continuidade das políticas macro e setoriais, o que nos deixa semi- paralisados. 

Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 5/12/2025

THE END OF THE WAR IN UKRAINE - Jason Smart (UATV)

THE END OF THE WAR! 
 Jason Jay Smart names the only way to force Russia to collapse from within.


        How can Russia be forced to lose without tanks on its border? In this interview, American political strategist and advisor Jason Smart, who was permanently expelled from Russia for supporting the democratic opposition, explains why Ukraine is now the key front in the Kremlin's global war against the West. 
        He shares his experience of living in Kyiv since 2015 and working with post-Soviet countries, and explains why, despite the fatigue of its allies, Ukraine can still prevail – provided that a severe blow is dealt to the Russian economy. We discuss why some European countries (Belgium, Italy, Finland, and others) are delaying decisions on frozen Russian assets, how populism affects support for Ukraine, and why procrastination on sanctions and weapons always plays into Moscow's hands. 
        Smart explains how Russia uses Iran, North Korea, drug cartels, terrorist organisations, and the "grey economy" to wage hybrid warfare around the world – from Latin America to Africa. 
         In the finale, the guest formulates a simple but harsh answer: the fastest way to defeat the Russian regime is to deliberately collapse its economy and create an internal crisis that will cause the system to crumble from within. 

        Watch the interview to the end, write your opinion about the West's strategy in the comments, and don't forget to subscribe to the channel so you don't miss new conversations about the war, sanctions, and the future of Ukraine.

Chamada para artigos - Cadernos de Política Exterior IPRI-Funag

Cadernos de Política Exterior - IPRI-Funag 

Convidamos a comunidade acadêmica e os especialistas em Relações Internacionais a submeter artigos aos Cadernos de Política Exterior, periódico editado pelo Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e publicado pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG). 
 Os Cadernos de Política Exterior tem por linha editorial divulgar estudos e pesquisas sobre relações internacionais e política externa e possuem classificação Qualis Capes A4 (2017-2020), com publicação impressa e eletrônica (ISSN Impresso: 2359-5280; ISSN Eletrônico: 2447-228X). 

A partir do Nº 16 os Cadernos de Política Exterior passam a ser publicados também na versão em língua inglesa. 
As submissões para publicação nos Cadernos de Política Exterior ocorrem em fluxo contínuo. As datas limite para submissão de artigos são: 1 de março, para volume publicado em julho; e 1 de setembro, para volume publicado em dezembro. 

Os interessados podem enviar os artigos para o e-mail ipri@funag.gov.br 
 Para mais informações, acesse a página dos Cadernos de Política Exterior e Diretrizes para Autores 

Atenciosamente, 
Editora- Adjunta Cadernos de Política Exterior 
Annita Calmon 
Coordenadora-Geral de Pesquisa Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais

Como eu ajudei (involuntariamente) um personagem bizarro a virar um chanceler acidental - Paulo Roberto de Almeida

Como eu ajudei (involuntariamente) um personagem bizarro a virar um chanceler acidental 
 
    Eu ainda não tinha visto, mas amigos que receberam me enviaram:

        Na verdade, eu não gostei muito dessa entrevista. Quando ela foi feita (mais de 3 horas), eu estava esgotado, pois não havia dormido nada na noite anterior e tinha passado o dia correndo de um lado para outro; fiquei totalmente esquecido, trocando datas, repetindo coisas. 
        Achei ruim a minha entrevista, sinceramente, porque eu já estava quase dormindo sentado. O resto da entrevista (antes) talvez seja melhor, mas tudo o que eu disse corresponde exatamente à verdade do que ocorreu naqueles tempos loucos do início do bolsolavismo diplomático. 
        Quem quiser um relato mais circunstanciado, pode acessar o meu livro Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty, escrito e publicado digitalmente em junho de 2019, menos de seis meses do início do governo dos malucos. 
        Sorte do EA, que foi defenestrado em março de 2021: poderia estar no banco dos réus se tivesse continuado a destruir a diplomacia brasileira na companhia dos golpistas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Indigno de registro: Brasil se alinha a um criminoso de guerra: se recusa a condenar a Rússia por sequestro de crianças

 Se corresponder ao que Vitelio Brustolin suspeita, vou considerar, e já vou condenar severamente, como sendo o gesto mais SÓRDIDO da diplomacia brasileira em 2003 anos de história, sabendo, entretanto, que não se trata da diplomacia profissional, e sim da política externa enviesada, míope, vergonhosa, do Palácio do Planalto e sua subserviência exacerbada ao tirano de Moscou, uma das coisas mais execráveis já vistas desde que o lulopetismo diplomático sujeitou e deformou nossas mais caras tradições, princípios e valores de nossa identidade diplomática e até de nossos dispositivos constitucionais.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4/12/2025

==========

Queria muito ouvir o governo e o Itamaraty explicando isso:

 Vitelio Brustolin

Brasil se abstém na ONU sobre retorno de crianças ucranianas

Assembleia Geral aprova resolução que exige volta de menores de 18 anos tirados de suas casas pela Rússia. 

“A delegação brasileira se absteve na votação de uma resolução da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que exige o retorno imediato de crianças ucranianas tiradas de suas casas pela Rússia. 

O documento, intitulado “Retorno de crianças ucranianas”, foi aprovado na 4ª feira (3.dez.2025), com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, alcançando a maioria de ⅔ necessária para a aprovação.”

Leia aqui: https://lnkd.in/dWTr7uby 

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...