Eu mesmo montei a tabela abaixo totalizando a produção (parcial, porque nunca tive paciência para colocar tudo o que escrevi e publiquei no Lattes, sobretudo coisas antigas, que não existem em formato digital, sem ISBN ou ISSN), e deu nisto:
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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domingo, 28 de setembro de 2014
Curriculo Lattes: verificando a producao - Paulo Roberto de Almeida
Eu mesmo montei a tabela abaixo totalizando a produção (parcial, porque nunca tive paciência para colocar tudo o que escrevi e publiquei no Lattes, sobretudo coisas antigas, que não existem em formato digital, sem ISBN ou ISSN), e deu nisto:
Educacao superior: universidades asiaticas comecam a se distinguir
New Universities in Asia Outranking Young Colleges in the West
By CALVIN YANG
The New York Times, SEPTEMBER 28, 2014
In the firm’s annual listing of the World’s Top 50 Universities under 50, published last week, the five top spots were taken by Asian universities. The list aims to rank the best universities established in the past half-century.
Nanyang Technological University in Singapore, second in the past two editions, overtook Hong Kong University of Science and Technology to secure the top spot. The Korea Advanced Institute of Science and Technology and Pohang University of Science and Technology, another Korean institution, were third and fourth, with City University of Hong Kong placed fifth.
The president of N.T.U., Bertil Andersson, says that Asian universities are slowly catching up on the more established institutions in the global charts. “This shows that Asia is set to become the future global powerhouse of higher education and research,” he said.
Still, in Quacquarelli Symonds’s overall World UniversityRankings released two weeks earlier, N.T.U. came in just 39th.
Of the top 10 in the overall World University Rankings, which aim to compare the best of the best, six were from the United States, including the Massachusetts Institute of Technology, which retained its top spot from last year. The other four were from Britain, including the University of Cambridge, in second, and Imperial College, London, in third.
No Asian universities made it into the top 20; National University of Singapore placed highest, at 22nd.
Quacquarelli Symonds, based in London, bases its assessments on several criteria. Research clout, employer reputation and academic reputation heavily weighted, which often benefit older and more established institutions.
Both lists reflect a focus on science, technology, engineering and math, exemplified by the top schools in each.
Another list, the World University Rankings published by Times Higher Education, will be released this week.
Corrupcao na Republica Sindical Companheira: apenas mais um exemplo
Folha de S.Paulo, 28/09/2014
A Polícia Federal abriu mais uma frente de investigação na Operação Lava Jato para apurar se investimentos feitos por fundos de pensão de estatais em empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef foram negociados pelo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Dois fundos, o Petros, dos empregados da Petrobras, e o Postalis, dos Correios, aplicaram R$ 73 milhões e perderam praticamente todo o investimento. Vaccari nega ter participado desses negócios.
Segundo a polícia, parte do dinheiro foi para uma consultoria usada por Youssef para repassar propina de empreiteiras e fornecedores da Petrobras a políticos do PT e de outros partidos que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso. E-mails encontrados pela PF em computadores de pessoas ligadas a Youssef sugerem que Vaccari ajudou os operadores do doleiro a fazer contato com o Petros em 2012, quando o grupo tentava captar recursos para o Trendbank, empresa que administra fundos de investimento. Um desses fundos quebrou no fim do ano passado, deixando um rombo de cerca de R$ 400 milhões e causando prejuízos aos fundos de pensão e a outros investidores.
Segundo os e-mails, o elo entre Vaccari e Youssef era Enivaldo Quadrado, um operador do mercado financeiro que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por ter distribuído dinheiro do mensalão no início do governo Lula e que mais tarde passou a trabalhar para o doleiro. Em fevereiro de 2012, um executivo do Trendbank, Pedro Torres, disse a Quadrado que precisava falar sobre o Petros. Três dias depois, Quadrado respondeu por e-mail: “Falei hoje com João Vaccari sobre Petros, vamos ter reunião com os caras dia 28/02″.
A PF interpretou a frase como uma conquista de Quadrado: “Vale ressaltar que houve tentativas por parte de Quadrado de trazer [...] outros fundos de previdência, entre eles [...] o Petros” para os investimentos do doleiro, diz um relatório. O Trendbank investiu boa parte do dinheiro que captou em papéis podres de empresas fantasmas ligadas a Youssef, apontado pela PF como chefe de um bilionário esquema de lavagem de dinheiro.
Essas empresas ofereciam como garantia aos investidores contratos de prestação de serviços com empreiteiras, mas a PF concluiu que tudo não passou de uma fraude. Duas dessas empresas, a Rock Star Marketing e a JSM Engenharia e Terraplenagem, que receberam mais de R$ 100 milhões dos recursos aplicados pelo Trendbank, repassaram ao menos RS$ 1,5 milhão em 2010 à MO Consultoria, firma controlada por Youssef. Segundo o Ministério Público Federal, os recursos repassados à MO eram propina, já que a empresa não prestava os serviços pelos quais recebia.
Corrupcao no Brasil: ou contra ou conivente; qual a sua posicao?
Amazon.br: contra o mercado sovietico do livro no Brasil
Esqueça as livrarias ditas brasileiras, que alimentam o patrimonialismo. Sabem o que querem seus proprietários, que vivem à sombra do Estado? Matar a concorrência que favorece o leitor. A reação deles diante da saudável concorrência introduzida pela empresa norte-americana é, pasmem, fixar preço único para os livros. Livreiros soviéticos é o que são. E os editores, na maioria esquerdistas, reforçam a pressão para que o mercado fechado sobreviva.
Nunca mais comprarei livros dessas livrarias. Vou de Amazon. Viva o capitalismo!
P.S.: embora o prazo de entrega formal seja de sete dias, no terceiro a encomenda já está no seu endereço. Repito: livre dos Correios Petralhas.
Politica Externa: um discurso na AGNU para nao ser lembrado - Ricardo Ferraco
O pronunciamento não foi além do autoelogio pomposo, desconectado do Brasil real que não habita a propaganda televisiva do marqueteiro João Santana, o qual não tem cabimento em recinto solene, por onde passaram tantos ilustres brasileiros que nos orgulharam com sua firmeza de princípios em tempos de acirramento ideológico, na denúncia de injustiças e mazelas da guerra, no amor ao multilateralismo, à pluralidade de visões e aos direitos da pessoa humana.
Sua eleitoreira passagem por Nova York serviu, ainda, para mostrar que o Brasil perdeu protagonismo no debate mundial sobre mudança do clima, uma vez que sua Ministra do Meio Ambiente defendeu que o Brasil, “por não ter sido chamado a participar das negociações”, devia omitir-se na Declaração adotada sobre florestas. Por que fomos excluídos desse diálogo? Logo o Brasil que sediou a Eco-92 e a Rio+20 e que sempre ostentou posição de vanguarda nesta temática?
Como se isso não bastasse, Dilma deu declarações superficiais, simplistas, amadorísticas e inaceitáveis sobre o enfrentamento à barbárie terrorista do chamado Estado Islâmico.
A recente viagem da presidente Dilma a Nova York, contudo, não será lembrada pelo provincianismo de seu discurso perante a qualificada Assembleia-Geral da ONU. Inesquecíveis, infelizmente, são as declarações irresponsáveis que cometeu durante coletiva de imprensa. Dias após os EUA, em conjunto com coalizão de forças que reúne países de quatro continentes – algo em torno de 40 nações –, iniciaram o bombardeio de alvos do Estado Islâmico, no Iraque e na Síria, Dilma fez de sua já conhecida incontinência verbal uma arma de destruição da credibilidade do Brasil perante o concerto das Nações. Sem reflexão, sem ouvir os especialistas, sem sopesar consequências e repercussões, a Presidente confundiu episódios e conceitos, demonstrando desconhecimento da complexidade daquela problemática.
Uma frase da presidente Dilma merece destaque entre outras tantas platitudes e reducionismos simplificadores sobre o quadro altamente complexo e conflituoso que se espalhou pelo Oriente Médio após a chamada Primavera Árabe. Em retrospectiva, pode-se afirmar que os despotismos, então derrubados em movimentos de massa, foram substituídos por forças antes dormentes, sendo algumas destas altamente perigosas e radicais. Para uma plateia atônita, a Presidente Dilma “lamentou enormemente” os ataques desferidos contra alvos do grupo terroristas pelos EUA – esquecendo-se de estender a reprimenda para os demais parceiros da empreitada – e “repudiar o morticínio dos dois lados”.
A presidente Dilma repudiou a morte dos terroristas do Estado Islâmico, cujos militantes trucidam membros da minoria Yazidi, vítimas de ataques genocidas, e covardemente decapitam, diante das câmaras, reféns ocidentais? As declarações de nossa Chefe de Estado deram margem para especulações que depõem contra nossas melhores tradições. O problema é que a presidente Dilma fala por um país inteiro e deveria observar maior decoro em suas manifestações sobre questões que requerem maior estudo. Nem a mais benevolente interpretação do nonsense presidencial retira do discurso seu significado deplorável.
A indecorosa fala da Presidente Dilma ainda repercutirá por longo tempo em nossas relações, não apenas com os EUA, mas com o resto do mundo, especialmente entre alguns de nossos mais importantes parceiros. Por trás da incoerência, da ligeireza e da leviandade com que tratou de tema tão sério, identifica-se um renitente e antiquado antiamericanismo que não tem mais cabimento no século XXI.
Em questão de poucos meses, o Estado Islâmico ocupou vasto território na fronteira entre o Iraque e a Síria, reeditando práticas de crueldade como crucificações de cristãos, sequestro de mulheres e de crianças, forçando a conversão dos “infiéis”. Dados dos serviços de inteligência dos EUA estimam haver mais de 15 mil cidadãos, de 80 nacionalidades diferentes, que integram o bando criminoso. Esse contingente inclui cerca de 2 mil europeus e outros 100 norte-americanos, os quais podem retornar aos seus países para promover ataques contra inocentes no Ocidentes. Segundo denunciado por uma mãe desesperada, pelo menos um brasileiro se juntou àquelas falanges da intolerância e do radicalismo.
Os resultados da passagem da presidente Dilma por Nova York constituem mais uma evidência de que interesses ideológicos capturaram uma politica que deveria ser de Estado. Dito de outra maneira, a lógica partidária insiste em se sobrepor à generosa visão do todo nacional, o que é perigosamente antirrepublicano.
A crítica mostrou-se tão destoante que nos situou além do Governo russo, ora às voltas com grave contencioso com as potências Ocidentais, após os episódios ainda não superados na Ucrânia. Com efeito, a Rússia do presidente Putin já declarou seu apoio à intervenção militar em território iraquiano com o propósito de debelar os invasores terroristas, colocando de lado, mesmo que temporariamente, arraigadas diferenças com os EUA e a União Europeia. O próprio Secretário-Geral da ONU, Sr. Ban Ki-Moon teve oportunidade de emprestar seu apoio à inédita coalização organizada em torno do objetivo comum de destruir a ofensiva terrorista que agrava e ameaça a paz e a segurança não apenas no Oriente médio, mas de todo o mundo. Além do referido apoio, o dirigente máximo da ONU afirmou, acertadamente, que a ação deflagrada contra o Estado Islâmico prescindiria de autorização do Conselho de Segurança, por se tratar de entidade terrorista sem qualquer foro de legitimidade, portanto, perante a comunidade internacional.
Para se concordar com as declarações da presidente Dilma seria necessário acreditar na possibilidade de diálogo entre Estados nacionais com encapuzados sanguinários do Estado Islâmico. Só os muitos ingênuos ou desavisados apostariam que o Estado Islâmico seja capaz de entender linguagem que não seja da força. Tamanha ingenuidade beira a irresponsabilidade, inaceitável para um País que se pretende líder. Coincidentemente, suas declarações aconteceram horas após a decapitação de um turista francês por jihadistas argelinos ligados ao Estado Islâmico…
O Brasil é membro relevante e respeitado do sistema internacional. Essa ordem mundial é integrada por nós e dela somos beneficiários. A manutenção da ordem mundial é essencial ao nosso bem-estar e a nossas perspectivas futuras de desenvolvimento. Isto implica, porém, que também tenhamos responsabilidade na manutenção dessa ordem. Por fim, basta que se pergunte: depois da inolvidável passagem do furacão Dilma por Nova York, aumentaram ou diminuíram as chances de o Brasil ser percebido como país líder com aspiração legítima a integrar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e outras instâncias e grupos com voz na governança do sistema internacional.
sábado, 27 de setembro de 2014
O Peron de botequim vai catequisar o mundo - Augusto Nunes
Augusto Nunes
Depois da eleição, Lula terá tempo para baixar na Síria e sossegar os companheiros degoladores com meia dúzia de conversas
A Mafia, em todos os seus estados (inclusive o pior...)
Maquiavel
A versão de Lula para o roubo a banco
Livro: como os bandidos e os piedosos moldam as politicas públicas
Bootleggers and Baptists: How Economic Forces and Moral Persuasion Interact to Shape Regulatory Politics
Featuring the authors Adam Smith, Assistant Professor of Economics and Director, Center for Free Market Studies, Johnson & Wales; and Bruce Yandle, Dean Emeritus of the College of Business and Behavioral Science, and Alumni Distinguished Professor of Economics Emeritus, Clemson University; with comments by Susan Dudley, Research Professor of Public Policy and Public Administration and Director, Regulatory Studies Center, George Washington University. Moderated by John Samples, Vice President and Publisher, Cato Institute.
The “Bootlegger and Baptist” theory, an innovative public-choice theory developed more than 30 years ago, holds that for a regulation to emerge and endure, both the “bootleggers,” who seek to obtain private benefits from the regulation, and the “Baptists,” who seek to serve the public interest, must support the regulation. Economists Adam Smith and Bruce Yandle provide an accessible description of the theory and cite numerous examples of coalitions of economic and moral interests that desire a common goal. The book applies the theory’s insights to a wide range of current issues, including the recent financial crisis and environmental regulation, and provides readers with both an understanding of how regulation is a product of economic and moral interests and a fresh perspective on the ongoing debate of how special-interest groups influence politics. Please join us for an engaging discussion of why government regulation fails so often to attain the public interest.
or Watch online Oct 9 |
Politica comercial externa e os efeitos da ideologia companheira -Editorial O Globo
Editorial do jornal O Globo:
The Drama of Brazilian Politics: From Dom Joao to Marina Silva - Ted Goertzel and Paulo Roberto de Almeida (eds); Kindle ebook
Qualquer que seja o resultado dessas eleições, no primeiro ou no segundo turno, o livro se sustenta, pelo seu caráter menos conjunturalista, e mais estrutural e analítico.
Eis o esquema do livro, e o seu Prefácio e a Introdução.
Estou revisando algumas coisas, preparando o expediente, providenciando um ISBN e escolhendo a capa, com meu amigo Ted Goertzel, um brasilianista da velha escola (como eu, aliás).
Paulo Roberto de Almeida
Dedicated to all Brazilians and their Foreign friends who are actively engaged in the building up of a modern democratic nation.
Wait for the pizza...
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Um debate sobre a concentracao de renda e o distributivismo estatal - neste blog
Desigualdade: desaba a lenda da desconcentração
quinta-feira, 25 de setembro
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/09/desigualdade-desaba-lenda-da.html?google_comment_id=z12tf1grtwacfhusv22jul3hxwvkvrjet&google_view_type#gpluscommentsEuclides Vega
1 dia atrás - Compartilhada publicamentePedro Cunha
4 horas atrás - Compartilhada publicamenteMinha resposta:
Paulo Roberto de Almeida:
Pedro Cunha,
Agradeço pelo comentário, o que mais uma vez nos confirma a fiabilidade muito relativa desses estudos sobre desigualdade, concentração da renda, com base nas metodologias de indicadores (Gini, Theil, etc) e nas pesquisas tipo PNAD ou via IRPF, como criticado. Como se trata de um tema sensível politicamente, ele se presta a vieses metodologicos de diferentes naturezas, e por isso caberia um trabalho multidisplinar, por um centro de pesquisas econômicas, utilizando abordagens complementares para séries históricas mais consistentes nos últimos 20 ou 30 anos.
Parece visível que houve uma desconcentração nos últimos 10 ou 15 anos, mas caberia determinar exatamente os fatores, os mecanismos e os impactos setoriais e sobre a inserção ocupacional das várias categorias.
Uma coisa é certa: existe uma tendência, em todas as esferas e estratos sociais, a subdeclarar e a minimizar a renda monetária e os ativos de diversis tipos, inclusive porque com um Estado fascista como o nosso todos têm medo de declarar todos os seus rendimentos, inclusive os não monetários.
Em todo caso, tenho por princípio sempre desconfiar de dados e análises de governos e de certos acadêmicos. Aí sobra muito pouca gente, não é mesmo: existem consultorias empresarias (tipo McKinsey) que não teriam interesse em deformar os dados. Orgãos multilaterais (tipo PNUD) ou plurilaterais, como OCDE, também poderiam ser considerados relativamente isentos, mas os vieses políticos e burocráticos sempre existem.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 26/09/2014
Ebook: Conferencia Os Rumos da Politica de Comercio Exterior do Brasil - FGV-SP
Conferência Os Rumos da Política de Comércio Exterior do Brasil
realizada dia 09 de setembro de 2014.
Durante a Conferência foram debatidos os principais pontos de uma proposta de agenda de Política de Comércio Exterior. Foram apresentados dados sobre as oportunidades a serem exploradas, resultados de modelagem de possíveis acordos e dados sobre a posição do Brasil com relação às cadeias globais de valor. Finalmente, foram discutidas medidas que possam gerar os ajustes necessários tanto em termos de atuação diplomática, quanto de reformulação da estrutura do comércio exterior do Brasil.
O e-book é composto pelo programa, minuta dos painéis e apresentações dos palestrantes, e está disponível para download no site do CCGI:
http://ccgi.fgv.br/en/confer%C3%AAncia-os-rumos-da-pol%C3%ADtica-de-com%C3%A9rcio-exterior-do-brasil
Vera Thorstensen
CCGI
O superávit do comércio exterior brasileiro mostra declínio desde 2006. Caiu de US$ 46 bilhões em 2006 para US$ 2,5 bilhões em 2013, podendo apresentar déficit em 2014.
Algumas razões são apresentadas para esse declínio: a crise econômica de 2008, que paralisou a economia global, sem que até hoje tenha ocorrido recuperação significativa nas grandes economias; a reorientação da economia chinesa, que resultou em taxas menores de crescimento, diminuindo a demanda por commodities, os principais produtos exportados pelo Brasil; a perda de competitividade global dos produtos industrializados brasileiros, cuja participação decresceu significativamente nas exportações de nosso país.
No entanto, uma visão mais aguda do quadro ajuda a detectar questões outras que poderiam explicar a atual perda de fôlego do comércio exterior brasileiro.
Além das questões de Custo Brasil, carga tributária, encargos trabalhistas e câmbio, debate-se, nos meios acadêmicos, se a perda de ímpeto do comércio não seria consequência da opção do País pelo multilateralismo, em detrimento dos acordos preferenciais de comércio, e pela ênfase no comércio Sul-Sul, fragilizando a alternativa Norte-Sul, que envolve os países desenvolvidos, com o consequente distanciamento das cadeias globais de valor.
Diante desse quadro, o CCGI – Centro do Comércio Global e Investimento da EESP/FGV propõe a realização da Conferência Os Rumos da Política de Comércio Exterior do Brasil em que serão debatidos os principais pontos de uma proposta de agenda. Serão apresentados dados sobre as oportunidades a serem exploradas, resultados de modelagem de possíveis acordos, bem como a posição do Brasil com relação às cadeias globais de valor. Finalmente, serão discutidas medidas que possam gerar os ajustes necessários tanto em termos de atuação diplomática, quanto de reformulação da estrutura do comércio exterior do Brasil.
O E-book com o programa, minutas e apresentações pode ser conferido AQUI.