O governo, ou melhor, o Estado, tem uma agência de inteligência, certo?
Bem, é do Estado, mas digamos que, cansada de dormir, de não fazer nada, ela resolva, uma vez não é costume, trabalhar também para o governo, esse governo que está aí, e que nunca sabe de nada, e que só toma conhecimento das falcatruas, patifarias e crimes comuns de seus mais altos representantes quando algo sai na imprensa.
Vergonha, não é mesmo.
Que tal pedir para os arapongas do Estado, que trabalhem um pouco para o governo, e que eles repassem, diretamente aos órgãos da imprensa, todas as informações de falcatruas, crimes, patifarias, etc. etc. etc., cometidos por todos, digo TODOS, os personagens que frequentam e empestam o governo?
Basta isso: já que o governo não se movimenta até que a imprensa publique alguma coisa, melhor já ir passando todos os dados para a Veja, a FSP, o Estadão, o Globo, a Época, a IstoÉ, enfim, a todo mundo. Basta publicar e esperar.
Depois é só demitir...
Simples não é?
OK, não precisa agradecer. Estou a serviço das boas causas (que podem não coincidir com as dos patifes no poder, mas não se pode pedir perfeição, a quem está acostumado a chafurdar no crime).
Paulo Roberto de Almeida
“Estamos cansados de crises”, diz auxiliar de Dilma
Por João Domingos
O Estado de S.Paulo, 7/11/2011
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse ontem ao Estado que “já está ficando cansado” de administrar crises envolvendo colegas do primeiro escalão. Ele se referia às notícias de que o PDT montou um esquema de achaque para aprovar convênios firmados entre o Ministério do Trabalho e ONGs. Sua declaração foi feita em tom de desabafo.
“Teremos de ver isso amanhã (hoje). Se bem que o ministro Carlos Lupi (Trabalho) tomou providências imediatas e afastou dois assessores”, ponderou Carvalho. Lupi exonerou os dois servidores no sábado, mesmo dia em que circulou a edição da revista Veja com a notícia de que os auxiliares tinham montado um esquema de cobrança de propina contra ONGs que têm convênio com o ministério.
De junho até agora, coube a Gilberto Carvalho negociar a queda de cinco ministros envolvidos em escândalos, que vão desde as suspeitas de enriquecimento ilícito - caso de Antonio Palocci (Casa Civil) - a suposto desvio de dinheiro e cobrança de propinas, que atingiu Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esporte).
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