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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Republica Cocalera dos Vizinhos Multiculturais: nao se pode mudar a geografia...

Geografia é destino, como dizia o General De Gaulle.
Pois é, ele sabia do que falava, já que a França enfrentou o "desprazer" de ser derrotada três vezes pela Alemanha, nem todas de maneira completa pois em duas ocasiões foi salva por esses arrogantes imperialistas americanos.
E se salvou de ser derrotada uma quarta vez quando homens esclarecidos acharam de desnacionalizar o carvão e o aço, privando a pobre Alemanha de suas ferramentas guerreiras.
O Brasil não tem nenhuma a Alemanha por perto, e aliás temos a França, com sua maior fronteira terrestre, aqui no alto. Por lá são muitos os contrabandistas, traficantes, garimpeiros, prostitutas, maconheiros (ops, maconheiros não, isso tem muito na USP) e outros meliantes que cruzam continuamente as froneiras terrestres, fluviais, aéreas, marítimas, as fronteiras do pensamento, etc...
Aqui por perto temos outros elementos, que também cruzam a fronteira, mas parece que são nossos aliados, pelos menos aliados ideológicos de quem está no poder. Não são meus, mas tampouco posso escolher os vizinhos.
Geografia é destino. Pois é. O General De Gaulle tinha razão: é preciso fazer política de sua geografia, dizia ele. Ele deveria ter conhecido nossos "alemães"....

Imprecisões dificultam acordo anti-drogas Bolívia-EUA-Brasil

AFP – 20/11/2011

Imprecisões na redação referentes ao papel protagônico do Estado boliviano no combate às drogas dificultam a assinatura dos memorandos de entendimento entre Bolívia, Estados Unidos e Brasil para controlar os cultivos excedentes de coca, disse neste domingo o Governo boliviano.
“A redação do acordo tem que melhorar, para que de maneira alguma se possa entender que isso afeta as políticas públicas de luta contra as drogas lideradas pelo Estado boliviano, sob controle do Estado boliviano, um controle total e absoluto”, declarou o ministro de Governo (Interior) Wilfredo Chávez à rede Erbol.
“Não deve haver palavra alguma, conceito algum que possa de alguma maneira ser mal entendido, seja em termos jurídicos, ou inclusive em termos midiáticos. Cuidando disso, estamos trabalhando neste documento”, acrescentou.
A assinatura do acordo foi adiada duas vezes na semana passada e ainda não tem uma nova data confirmada.
O projeto piloto consiste no controle da erradicação de cultivos excedentes de coca, que inclui também a modernização das instituições estatais ligadas ao combate ao narcotráfico.
A iniciativa permitirá contar com informação “em tempo real sobre os hectares de coca erradicados”, explicou o vice-ministro de Defesa Social, Felipe Cáceres.
Segundo as Nações Unidas, a Bolívia conta com 31.000 hectares de plantações de coca, das quais apenas 12.000 são reconhecidas como legais para usos tradicionais, como infusão, mastigação e rituais religiosos andinos.
O acordo será assinado depois que a Bolívia normalizou suas relações com os Estados Unidos, após três anos de distanciamento marcado pela expulsão em 2008 da agência antidrogas DEA e do embaixador americano, acusados de apoiar um suposto complô contra o governo Evo Morales.
Bolívia e Brasil assinaram no início deste ano um acordo bilateral para controlar o tráfico de drogas com aviões não tripulados brasileiros.
Disponível em:  http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5479468-EI8140,00-Imprecisoes+dificultam+acordo+antidrogas+BoliviaEUABrasil.html Acesso em: 20-11-11



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