Nossos desejos sinceros são pelo pleno restabelecimento da saúde do caudilho, embora isso parece que se afigura difícil, a partir das últimas notícias, como abaixo.
Em todo caso, também aspiramos pela boa saúde da Venezuela, um país contaminado pelo virus do populismo, da demagogia e do autoritarismo, e que sofre, acima de tudo, de um inevitável descalabro econômico e de uma divisão terrível no corpo social, o que poderia precipitar enfrentamos dolorosos nos próximos meses.
Sem previsões quanto ao desenlace fatal, mas em qualquer hipótese ele nunca será positivo: a metástase já contaminou toda a política e a própria sociedade venezuelanas. Infelizmente...
Paulo Roberto de Almeida
Chávez toma remédio 100 vezes mais potente que morfina para a dor
Presidente sente fortes dores devido ao 'avanço do câncer nos ossos', diz jornal
02 de junho de 2012 | 15h 39
CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, toma um opiáceo "100 vezes mais forte que a morfina" para aliviar as fortes dores que sente devido ao "persistente avanço do câncer nos ossos", revelou neste sábado o jornal espanhol ABC, que cita um "relatório de inteligência".
O ABC garante ter tido acesso ao "último relatório de inteligência" elaborado a partir das recomendações médicas da equipe que atende ao líder venezuelano.
As mesmas fontes confirmam que Chávez sofre um rabdomiossarcoma, tumor maligno nos músculos aderidos aos ossos, com metástases.
A reportagem indica que pelo menos parte da equipe médica estima, de acordo com o relatório de inteligência, que, "se não houver uma recaída inesperada, o presidente Chávez poderia chegar às eleições" presidenciais de 7 de outubro.
A candidatura de Chávez para o pleito foi registrada nesta sexta-feira no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) durante o primeiro dia do prazo formal para que os partidos apresentem seus postulantes.
Segundo o relatório citado pelo ABC, os sintomas posteriores do tratamento de Chávez em Cuba - que inclui radiação e quimioterapia -, como forte dor e grande ansiedade, são "especialmente preocupantes e, em algum momento, seu corpo não será capaz de superá-lo".
O texto destaca que os tratamentos servem "para combater a propagação do câncer, não para erradicá-lo".
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