segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Agradecimentos aos meus leitores - Paulo Roberto de Almeida

Agradecimentos aos meus leitores

Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: agradecimento; finalidade: encerrar o ano] 

Este é o meu último texto (pelo menos acredito), antes de encerrar-se o ano de 2018, extremamente prolífico no plano individual, produtivo no plano profissional, prazeroso no plano intelectual, gratificante em termos de reconhecimento público e exposição nos diversos meios nos quais mantenho interação mais ou menos regular.
Esta é apenas uma nota de agradecimento aos meus leitores – que não sei exatamente quantos seriam – aos comentaristas, novos e habituais que me leram ou leem em algumas das ferramentas sociais de que fiz uso em 2018, aos visitantes ocasionais e aos novos relacionamentos que adquiri ou consolidei num ano especialmente intenso em manifestações públicas de minha parte, que alcançaram, ao que parece, certo impacto ou repercussão nos meios que frequento e nos que fui levado a me expressar (foros de debates, universidades, instituições públicas e privadas). Quero expressar publicamente meu sincero agradecimento a todos aqueles que receberam, reagiram, comentaram, dissentiram, aprovaram os meus muitos textos divulgados pelos canais mais frequentes de comunicação que utilizei neste ano de 2018, que agora vem a termo.
Meu blog, em primeiro lugar, hoje um tanto passivo, depois de um “acidente” – provocado inteiramente por inépcia do provedor anterior – que me obrigou a me transportar, com “armas e bagagens”, a um novo provedor, uma nova plataforma, com novas ferramentas, as quais, por inépcia deste escrevinhador, eu não sou capaz de dominar inteiramente ou facilmente. Assim, a plataforma www.pralmeida.org, que existe há praticamente duas décadas, nesse mesmo endereço e domínio, sofreu várias mudanças, e praticamente vem sendo utilizada mais como uma biblioteca de referência, do que como um instrumento de comunicação. Os leitores podem ali descobrir tudo o que produzi ao longo de meio século de atividade escrevinhadora, mas nem tudo estará linkado dinamicamente, embora a maior parte dos textos possa estar disponível no meu blog (Diplomatizzando) ou nas plataformas Academia.edu e Research Gate.
Os blogs, em segundo lugar, que também começaram tardiamente, cerca de duas décadas atrás, passando por várias denominações e endereços, até estabilizar, desde meados de 2006, aproximadamente no http://diplomatizzando.blogspot.com, baseado num anterior, com um “z” só (ademais de vários blogs paralelos, para objetivos mais definidos – como resenhas, aulas, eleições, textos de terceiros, etc. –, que acabaram convergindo para esse único e multitarefas. Ele é mais dinâmico, e me permite divulgar pequenos textos meus e material informativo de terceiras fontes, às quais sempre busco agregar um comentário pessoal, inicial ou final, para expressar minha concordância, ou não, com a matéria e permitir assim um debate público num ambiente que eu defino como sendo um “espaço de liberdade, com postagens inteligentes para pessoas idem”. 
Demorei para aderir a essas novas (agora velhas) ferramentas sociais, tipo Facebook e Twitter, seja porque eu não queria perder tempo, ou seja, roubar tempo às leituras, reflexões e escrita, seja porque eu sou naturalmente tímido, e hesito muito antes de interagir diretamente com um público mais vasto e desconhecido. Minhas interações públicas se dão geralmente em ambientes “controlados”, ou seja, seminários, palestras-debate, mesas-redondas e outros eventos desse tipo. O Facebook me assustava, ao início, e confesso que apenas entrei não para interagir, mas para ler informações e notícias – esse hábito terrível em que sou viciado, desde sempre –, pois julgava que eu encontraria ali, concentrado, o manancial de materiais de imprensa que, antes, eu tinha de buscar em cada um dos boletins digitais e nos sites proprietários. Ilusão, pois o que reina ali é uma grande confusão, e logo você descobre que está no meio dela, lendo e reagindo com amigos e desconhecidos, alguns perfeitamente agradáveis, ou tristemente desagradáveis. Por isso entrei e saí várias vezes do FB, do qual estou temporariamente – e não sei se definitivamente – afastado, o que só não fiz ainda em relação ao Twitter porque este me parece menos invasivo e intrusivo, ou “demanding”, que o Facebook.
Para facilitar o acesso a trabalhos meus mais “parrudos”, ou seja, coisas de dezenas de páginas, adotei, porque são de graça, as duas plataformas de interação acadêmica, Academia.edu e Research Gate – existem outras, eu sei, mas não consigo lidar com muitas ao mesmo tempo, inclusive porque seguem padrões e ferramentas bastante diferentes entre si – que estão livremente disponíveis a quem a elas se associa voluntariamente. Acredito que ambas permitiram expandir exponencialmente o acesso a meus trabalhos de corte mais tipicamente acadêmicos, uma vez que meus comentários mais ligeiros, triviais e conjunturas se limitam ao ambiente do blog, que acaba sendo um pouco efêmero e passageiro (embora possa ser uma espécie de biblioteca, ou de repositório, onde se pode buscar coisas depositadas meses, anos atrás). 
Com todas essas ferramentas e plataformas de “depósito” e “oferecimento” de textos – meus, e de terceiros – creio que ampliei um pouco minha audiência, pelo que ocasionalmente verifico nos indicadores de acesso, nas estatísticas de leitura e de download de meus textos nesses diferentes repertórios eletrônicos. Não sei dizer exatamente quanto, ou em quais dimensões, pois não sou de ficar controlando esses acessos, e se o faço, regularmente, é apenas para saber o que andam buscando os leitores e visitantes ocasionais.
Pelo que sei – por comentários de professores, colegas e estudantes –, meus textos são muito acessados por aquela categoria de demandantes tradicionais, ou seja, professores e estudantes das áreas em que atuam, e suponho que vários de meus textos se prestem a operações de “copy and paste” em trabalhos de graduação (nunca busquei saber quanto, e nem me interessa saber, pois o propósito é esse mesmo). De forma geral, o que faço é uma espécie de “serviço público”, de pedagogia à distância, usando meu conhecimento acumulado – derivado de leituras e experiência de vida – para transmitir aos mais jovens, e outros nem tão jovens assim, algo do que aprendi em mais de meio século de vida ativa dedicada fundamentalmente à leitura, à reflexão, à escrita e à divulgação de textos, temas, problemas, questões que imagino sejam de interesse público, e que se resumem basicamente numa única coisa: o Brasil, seu progresso social, seu desenvolvimento econômico, sua estabilidade política, sua elevação material e espiritual em benefício dos mais humildes (que é o meu meio de origem). Nunca esqueço que eu me formei em boas escolas públicas, complementando o estudo formal pela frequência a uma boa biblioteca pública infantil, coisas que aparentemente já nem existem mais, pelo menos em qualidade comparável a que uma criança de meio modesto como o meu teve acesso mais de meio século atrás.
O Brasil me angustia, pelo que ainda falta fazer. Eu tenho feito a minha parte no grande esforço de elevação educacional do país, e de progresso para a nação. Fiz isso até aqui, continuarei fazendo em 2019 e nos anos à frente, até onde as forças me permitirem e a vontade persistir. Continuarei lendo, refletindo, escrevendo e divulgando tudo o que for inteligente, para pessoas inteligentes, mas sem discriminação...
Vale! Bom ano a todos. Sejam felizes como eu sou feliz no que faço...

Paulo Roberto de Almeida
Curitiba, 3390: 31 dezembro 2018

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