Um comentário rápido sobre as crises econômicas que atingem o Brasil
Paulo Roberto de Almeida
A atual, da Covid-19, não pode entrar em linha de conta, pois atinge a todos os países indistintamente, com maior ou menor acuidade dependendo da gestão feita sobre os efeitos da pandemia pelos seus dirigentes. Já sabemos que os dois negacionistas maiores provocaram os MAIORES números de mortos, independentemente da maior ou menor recessão ou desemprego, que possuem outras variáveis. Estou falando do número de VIDAS PERDIDAS, grande parte podendo ser atribuídas ao comportamento IRRESPONSÁVEL dos dois dirigentes mentecaptos, Trump e Bolsonaro.
Mas 2020 é um ano perdido para o mundo inteiro, e isso ficará na História.
Com relação ao Brasil, cabe relembrar que, de 2016 a 2019, já vínhamos de uma lenta e difícil recuperação de uma trajetória de gastos públicos em aumento desde 2005, quando Dona Dilma assumiu a Casa Civil e que não era sustentável mesmo que o lulopetismo continuasse por mais dois governos, sem impeachment em 2016.
A expansão de gastos públicos era generalizada em todos os setores, era insustentável, como foi, e que terminou provocando a Grande Destruição de 2015-16, a maior recessão econômica de toda a nossa história, inteiramente “made in Brazil”, que se deve em sua maior parte a causas fiscais e que não tem nada a ver com qualquer crise externa (como alegado pela inepta dirigente e seus petistas amestrados) e que continua a ser a maior de toda a nossa história mesmo em face da pandemia, que é totalmente exógena.
Mesmo que não houvesse a pandemia, o Brasil continuaria numa trajetória de lenta e medíocre recuperação, que faria com que em 2022, o ano do bicentenário da Independência, nós estaríamos exibindo uma renda per capita menor que DEZ ANOS antes, e com uma previsão de retomada dos superávits primários (para pagar unicamente os juros da dívida pública) apenas no final da década e o prosseguimento de taxas medíocres de crescimento econômico até a década de 2030 em adiante.
Isso sem falar da mediocridade dos ganhos de produtividade, pela ausência completa de melhorias significativas na educação.
Ou seja, não estou sendo pessimista, ou minimizando a pandemia. Estou sendo realista: nossa situação é muito PIOR do que o que é normalmente falado.
Desculpem por estragar a quarta-feira, 9/12/2020.
Paulo Roberto de Almeida
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