O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Liberdade guiando o povo? Ufa! Quase demitida de seu papel... - Le Monde

L'inscription sur "La Liberté guidant le peuple" "intégralement retirée"

Le Monde.fr avec AFP | • Mis à jour le
"La Liberté guidant le peuple", d'Eugène Delacroix, au Louvre-Lens.

Une visiteuse du Louvre-Lens a écrit au marqueur, jeudi 7 février, sur le célèbre tableau de Delacroix La Liberté guidant le peuple, avant d'être interpellée. Peu avant la fermeture du musée, la jeune femme, âgée de 28 ans, a gribouillé dans la partie inférieure du tableau. Elle "a été immédiatement appréhendée par un agent de surveillance et un visiteur" puis remise à la police et placée en garde à vue.

Selon une expertise psychologique, la jeune femme serait cependant "pénalement irresponsable" et serait donc plutôt orientée vers un hôpital psychiatrique, au lieu d'une présentation devant un juge d'instruction.  Selon l'expert,le discernement de la jeune femme de 28 ans, en garde à vue depuis jeudi et dont l'identité n'a pas été révélée, est "aboli", a précisé le procureur, joint par téléphone.
Le musée s'était tout de suite montré rassurant sur l'état de l'œuvre, prévenant que "l'inscription devrait pouvoir être nettoyée facilement". Ce fut le cas : en début d'après-midi vendredi, après quelques heures de restauration, la direction du Louvre a annoncé dans un communiqué que l'inscription avait été "intégralement retirée", précisant en outre que "l'intégrité de l'œuvre n'[avait] en rien été atteinte, l'inscription étant superficielle et restée en surface du vernis sans atteindre la couche picturale". Selon France 3, l'inscription "faisait "une trentaine de centimètres", pour une œuvre de 325 cm × 260 cm.
L'INSCRIPTION "AE911"
La femme qui a vandalisé le tableau a écrit "AE911", signale, vendredi, une source judiciaire, sans vouloir commenter la signification de l'inscription, en particulier un lien hypothétique avec une polémique sur les attentats du 11 septembre 2001, tournant autour de la théorie du complot. L'inscription "AE911" renvoie, sur Internet, vers une pétition en ligne, dans laquelle "1 768 architectes et ingénieurs diplômés authentifiés, en plus de 16 421 citoyens concernés (...) exigent du Congrès américain une enquête véritablement indépendante" sur ces attentats.
"Est-ce qu'il s'agit d'une personne qui a agi sous l'emprise d'un délire quelconque ou est-ce qu'il s'agit d'une revendication quelconque ?", s'est interrogé le procureur de Béthune, Philippe Peyroux. "Il convient, a-t-il souligné, de rechercher quelle peut être la signification pour elle de ce type d'inscription. J'attends les conclusions de l'expert du ministère de la culture. [Je] souhaite, comme tout le monde, que, grâce aux épaisseurs de couche de protection, vernis ou autres produits, l'encre du marqueur n'ait pas pénétré dans la toile".
Avant l'acte de vandalisme, le chef-d'œuvre de Delacroix était protégé par une barrière de mise à distance, soit le même dispositif que celui mis en place lorsque le tableau était exposé au Louvre, à Paris.
La Liberté guidant le peuple (1830), de Delacroix, est, avec le Portrait de Balthazar Castiglione, de Raphaël, ou La Madeleine à la veilleuse, de Georges de La Tour, un des chefs-d'œuvre qui ont rejoint pour un an le nouveau musée, inauguré le 4 décembre. L'incident survenu jeudi "ne remet pas en cause la volonté de faire partager à tous les chefs-d'œuvre du Louvre à Lens, qui a déjà accueilli 205 000 visiteurs depuis son ouverture", souligne le communiqué du Louvre-Lens.

Miseria da oposicao no Brasil: preguica, incompetencia ou conivencia?

A oposição, no Brasil, não existe, de fato e de direito. O que temos é lamentável, pois são bobalhões atrapalhados que sequer sabem avaliar o processo político e cumprir seu papel de oposição.
Toda democracia legítima se articula em torno de dois, três, no máximo quatro polos políticos de posições políticas, econômicas e ideológicas (o resto é bobagem, aventureirismo ou porralouquice).
As grandes democracias costumam ter duas alternativas: os distributivistas e os mercadistas, embora nem sempre as forças políticas sejam coerentes com quem prefere mais o mercado ao Estado ou vice-versa.
No Brasil é essa geleia que a gente conhece, e mesmo os mais reacionários arautos da direita, os oligarcas, oportunistas, ladrões, se aliam ao governo, qualquer que seja ele, mesmo um alegadamente (e mentirosamente) de esquerda, como é essa coisa que nos governa.
Já escrevi há mais tempo sobre a miséria de nossa oposição: eu não a considero minha, e acho que esses caras de partidos não governistas são todos uns incompetentes, ou preguiçoso, ou então, o que é pior, coniventes com o estado de coisas.
Quem desejar ler meu artigo sobre a questão, pode ver este link:

Em abril de 2011 publiquei um texto de críticas à nossa medíocre oposição política. Parece que ela continua medíocre, e o texto mais do que atual:
A Miséria da Oposição no Brasil Da Falta de um Projeto de Poder à Irrelevância Política?
Paulo Roberto de Almeida
Revista Interesse Nacional, Abril 2011
Segue o artigo, tal como publicado na revista Interesse Nacional e disponível neste link: http://interessenacional.uol.com.br/2011/04/a-miseria-da-oposicao-no-brasil-da-falta-de-um-projeto-de-poder-a-irrelevancia-politica/#more-245

Abaixo reproduzo o artigo de um jornalista muito conhecido para ser apresentado:
Paulo Roberto de Almeida

Governo Dilma acumula fiascos, mas o fiasco da oposição, em ritmo de ziriguidum, consegue ser maior. Alalaô, ô, ô, ô…
Reinaldo Azevedo, 8/02/2013

Preste bem atenção, leitor amigo!

No dia 3 de setembro do ano passado, escrevi um texto afirmando que a oposição estava em greve havia sete anos — agora, quase oito. Quando decidiu que não iria tentar o impeachment de Lula mesmo depois de Duda Mendonça ter confessado que a campanha eleitoral de 2002 fora paga em moeda estrangeira, no exterior, com “recursos não contabilizados” e já no curso do mandato do Apedeuta, renunciava a seu papel. No dia 2 deste mês, publiquei o post “Tucanos pra quê?”. No dia 4, “Onde está a oposição que vai dizer: ‘isso não’? Para dizer ‘isso sim’ já existe a situação!” Um leitor até afirmou que ouviu de um tucano, amigo seu, a informação de que eu, na verdade, seria um perigoso esquerdista cumprindo o papel de excitar a militância vermelha. Pois é… Pelo visto, se não sou eu a fazê-lo, em companhia de mais uns dois ou três, morreremos no Brasil mais de tédio do que de bala ou de vício…

Os números da inflação de janeiro demonstram que as coisas não vão bem. Houve um aumento generalizado de preços, o que é ruim. Os preços dos alimentos, em particular, dispararam, como sabe quem vai ao supermercado. Dilma está conseguindo conjugar inflação alta, baixo crescimento e investimentos medíocres. Sabe-se agora que a contabilidade criativa de Guido Mantega teve de recorrer a uma grana do FGTS para conseguir fechar as contas. A Petrobras, a cada dia, tem uma má notícia nova, herança maldita da dupla José Sérgio Gabrielli-Luiz Inácio Lula da Silva. E, no entanto, cadê a oposição?

Ontem, lembra reportagem de Maria Lima, no Globo, era dia de a oposição deitar e rolar no Congresso. É o que a minoria faria em qualquer democracia do mundo. O governo foi acumulando notícias ruins. Mas cadê oposição? Foi pular o Carnaval antes da hora, que ninguém é de ferro, pô! Era só o que faltava, né? O Brasil em ritmo de ziriguidum, de balacobado, de telecoteco, e os oposicionistas vão ficar debatendo assuntos aborrecidos como inflação, crescimento, investimento, contabilidade criativa? E olhem que Mantega já começa a fazer inveja a Cristina Kirchner em matéria de manipulação de números, mas nada se diz por aqui. Alguém se espanta que senadores da oposição tenham traído Pedro Taques (PDT-MT) na eleição para o Senado?

Leiam um trecho do texto do Globo. Volto depois.

Quinta-feira de anúncio de novos números negativos da inflação seria, como avaliou um líder governista, dia de a oposição ocupar as tribunas e “nadar de braçada” nas críticas ao governo. Mas, no Senado, nenhum senador ou líder do PSDB ou do DEM apareceu para faturar. Só os governistas ocuparam o espaço da tribuna, com transmissão ao vivo pela TV Senado. Além da criticada omissão em relação às eleições de Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN) para os comandos do Senado e da Câmara, esta quinta-feira foi só mais um exemplo de como, num período em que o governo da presidente Dilma Rousseff enfrenta dificuldades de gestão e na condução da política econômica, a oposição se encolhe e silencia, em vez de partir para o ataque.

Ausentes desde a quarta-feira — alguns desde terça — para uma folga carnavalesca de duas semanas, os líderes da oposição fazem um mea-culpa da desarticulação, mas prometem unificar a atuação depois do carnaval. “A constatação é: o processo eleitoral do ano passado provocou um distanciamento da oposição. Mas nós do DEM, o PPS e o PSDB já superamos essas dificuldades e nos entendemos, e o diálogo voltou a ficar lubrificado. Vamos nos reunir depois do Carnaval para retomar uma ação unificada. O governo está errando e surfando sozinho porque nos distanciamos”, admitiu ontem, por telefone, o líder do DEM, senador Agripino Maia (RN).

Em conversas esta semana com colegas da oposição, o ex-líder do PSDB no Senado Álvaro Dias (PR) admitiu que o partido se perdeu na eleição do Senado. E culpa a eterna briga entre as alas ligadas ao senador Aécio Neves (MG) e ao ex-governador José Serra (SP). Ele chegou a defender que o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) abrisse mão da 1ª Secretaria da Mesa para reduzir o estrago no partido. Sem sucesso.
(…)
O professor de Filosofia Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Roberto Romano lembra que, na História recente do país, a oposição quase sempre foi minoria no Congresso Nacional, mas considera que nunca foi tão dramática a sensação de sua inexistência como na atualidade. “Em troca de um cargo na Mesa do Senado Federal, eles traíram, em sigilo, a palavra de ordem oposicionista. Essa oposição não diz a que veio, ela não tem uma alternativa de curto, médio e longo prazos para a economia do Brasil. A oposição nunca foi tão insignificante do ponto de vista político e legal como neste momento”, afirmou.

Os líderes governistas comemoram a ausência de ação do campo adversário. No plenário quase vazio do Senado, ontem, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), subiu à tribuna para defender o governo Dilma. “Hoje seria um prato cheio para a oposição, com esses números da inflação, que é uma preocupação nossa. Mas é a cabeça de cada um, né?”, comentou Eunício.
(…)

Voltei
Viram só a que ponto chegamos! O próprio líder do PMDB no Senado admite que a oposição tinha motivos para botar a boca no trombone. Mas já estava no “esquenta”, preparando-se para o alalaô… Uma oposição ausente, que não dialoga com os eleitores e que não politiza os temas que têm de ser politizados vai ser considerada alternativa de poder por quê?

Ora, se a oposição não constrói uma narrativa, não consegue contar nem a própria história. O Chile teve no ano passado uma inflação de 1,5% e cresceu quase 6% (5,4%). O Brasil cresceu 1% com uma inflação de 6,15%. Naquele país, o mandato é de quatro anos, sem reeleição. É grande a chance de Sebastián Piñera não fazer seu sucessor na eleição de dezembro. A oposição não lhe deu trégua — e isso com um baita terremoto em 2010, do qual o país se levantou de maneira notável. “Ah, mas é que lá não há os programas sociais, e os pobres estão descontentes…” Escolham o indicador social que vocês quiserem, e o dos chilenos é bem melhor. Acontece que, no Chile ou nos EUA, oposição se comporta como… oposição. Exótico, não? Podemos ir longe? A da Tunísia ou a do Egito são bem mais presentes do que a nossa, num cenário bem mais adverso…

Contas publicas: Brasil na esteira da Argentina?

Maquiar as contas públicas já foi uma especialidade brasileiríssima. Salvamo-nos pelo "rum creosotado" da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, à qual o PT se opôs ferozmente, tentando inclusive fazê-la declarar inconstitucional pelo STF. Perdeu, como sabemos, mas sempre foi contra, e ainda em 2005, salvou a prefeita petista de São Paulo de ser condenada sob a LRF, por ter gasto acima do que deveria e de forma irregular, fazendo aprovar uma lei ela sim inconstitucional, pois fazia retroagir um perdão por esses gastos, o que contraria um dos princípios básicos da CF.
A LRF é um "rum creosotado" porque a própria União não cumpre o que impõe aos estados e municípios, embora já seja um começo, e também porque nunca foi regulamentada, a ponto de contar com dispositivos para punir os maus gestores. Por exemplo, nunca, jamais, um prefeito ou governador foi preso por descumprir a LRF, como atestado pelo TCU e pelo Congresso, mas deixam passar, por coniventes que são. Vários deveriam estar atrás das grades por cinco anos ou mais.
Agora o governo do PT, cuja característica básica é sempre gastar mais do que as possibilidades, está fazendo maquiagem nas contas públicas e contabilidade criativa, para esconder esse tipo de comportamento irresponsável.
Estamos seguindo a Argentina, ponto por ponto: já aderimos a seu protecionismo primitivo dos anos 60 a 80, estamos seguindo-a nos controles anti-inflacionários típicos dos anos 80 e só não a acompanhos ainda na manipulação cambial (sim, mas levemente) e nos controles de capitais, típicos dos anos 30 (paramos no início dos anos 90, por enquanto).
Deveria haver uma sanção política para esse tipo de desvio institucional, mas de fato não vai ocorrer nada. Mais uma herança maldita em formação. Uma bomba relógio fiscal, que vai estourar algum dia.
Paulo Roberto de Almeida

Tesouro contou com R$ 7,2 bilhões que deveria ter repassado ao fundo de garantia para fechar suas contas no ano passado
Sheila D’Amorim
Folha de S.Paulo, 8/02/2013

Além da reserva extra que estava no Fundo Soberano e de dividendos dos bancos públicos, o Tesouro também contou com R$ 7,2 bilhões do FGTS -fundo que pertence aos trabalhadores- para fechar as suas contas em 2012. O montante foi obtido de duas formas diferentes. Primeiro, o Tesouro não quitou uma dívida que tem com o fundo relativa à parcela dos subsídios concedidos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV), de responsabilidade da União. Além disso, reteve a arrecadação proveniente de contribuição adicional de 10% que as empresas são obrigadas a fazer para o FGTS quando demitem sem justa causa. A dívida com o fundo vem se acumulando como uma espécie de esqueleto que terá que ser quitado um dia.

Técnicos do governo negam que isso seja um novo esqueleto que impactará a dívida pública. Argumentam tratar-se de “uma obrigação” que entrará na programação financeira do Tesouro e irá se reduzir ao longo do tempo. Dizem, ainda, que a legislação permite que essa “equação financeira” seja usada com responsabilidade e que o dinheiro voltará ao FGTS na “forma estabelecida pela lei”.

A caminho das bibliotecas totalmente digitais: EUA

EUA tentam emplacar biblioteca 'sem livros'
Por Miguel Bustillo | The Wall Street Journal
Valor Econômico, 08.02.13

Usuários poderão usar seus próprios equipamentos ou tomar aparelhos emprestados na biblioteca pública que será aberta no condado de Bexar, no Texas

Um condado do Texas vai abrir nos próximos meses uma das primeiras bibliotecas públicas dos Estados Unidos completamente virtuais, um tipo de banco de informações onde as pessoas poderão acessar livros fazendo o download em seus próprios equipamentos ou pegando emprestado esses aparelhos eletrônicos.

O ambicioso projeto do condado de Bexar, que inclui a cidade de San Antonio, está sendo acompanho de perto por bibliotecários céticos. Alguns advertem que muitos títulos populares ainda não estão disponíveis em versões digitais para bibliotecas e são frequentemente mais caros que suas versões em papel. Outros dizem que experiências semelhantes acabaram com as pessoas pressionando para preservar os livros impressos.

Nelson Wolff, principal político do condado de Bexar, é um bibliófilo que tem cerca de mil primeiras edições de livros em sua coleção particular. Ele não possui um leitor eletrônico. Mas disse que concluiu - motivado em parte ao ler a biografia do cofundador da Apple Steve Jobs - que a tecnologia está mudando rápido demais para se fazer investimentos em conhecimento impresso.

Ele sugeriu que Bexar eliminasse a presença dos livros. O condado não conta com um sistema integrado de bibliotecas, mas decidiu abrir uma instalação digital para atender seus moradores em áreas com cobertura precária de bibliotecas. "Eu sou o tipo de pessoa que gosta de ter o livro nas mãos", disse Wolff. "Mas também admito que sou meio um dinossauro."

O lugar, que será aberto nos próximos meses perto da Prefeitura de San Antonio, terá cerca de 10 mil títulos e 150 leitores eletrônicos para os clientes consultarem, incluindo 50 para crianças. A biblioteca permitirá aos usuários acessarem os livros remotamente e contará com 25 laptops e 25 tablets para uso interno, assim como 50 computadores. Terá também sua própria cafeteria.

A equipe também vai ajudar os usuários com questões técnicas, mas não contará com assistentes de pesquisa. Autoridades do condado, que estimam um custo inicial de US$ 1,5 milhão para o projeto, acreditam que o custo total será mais baixo que o de montar uma biblioteca tradicional, e analisam abrir novas unidades.

O plano da biblioteca não gerou muitas críticas por parte da população, mas criou tensão entre as autoridades de San Antonio.

"Não estamos prontos para ir em direção às chamadas bibliotecas sem livros", diz Ramiro Salazar, diretor da biblioteca pública de San Antonio, que disse ter ficado surpreso ao ser informado dos planos do condado pela imprensa local. "Nossa experiência mostra que a demanda por livros impressos continua existindo e, na verdade, está crescendo."

Algumas faculdades começaram com as bibliotecas completamente digitais, incluindo a Universidade do Texas, em San Antonio, que foi uma das primeiras a tornar-se 100% digital em 2010 com a sua Biblioteca Aplicada de Engenharia e Tecnologia.

Mais de 75% das bibliotecas públicas dos EUA oferecem alguns livros digitais e 39% emprestam leitores eletrônicos a seus usuários, de acordo com a Associação Americana de Bibliotecas. Mas a ideia de migrar completamente para os livros digitais tem avançado lentamente, em parte porque editores temerosos de perder vendas com as versões impressas estão cautelosos em oferecer às bibliotecas novos títulos no formato digital e cobram mais delas por livros digitais que podem ser emprestados.

As bibliotecas do condado de Douglas, que atendem mais de 300 mil pessoas nos subúrbios de Denver, no Estado do Colorado, compilaram uma lista de títulos populares, seus preços e sua disponibilidade no formato digital para informar a colegas bibliotecários e ao público sobre as dificuldades para migrar para os livros digitais. Um relatório do mês passado mostrou que metade dos 20 livros que encabeçam a lista da Amazon.com não é oferecida pelas editoras às bibliotecas que emprestam os títulos a seus usuários.

Os livros disponíveis custam significativamente mais que as edições físicas: o líder de vendas "50 Tons de Cinza" custa US$ 47,85 em dois grandes fornecedores de livros digitais para bibliotecas, a 3M e a OverDrive, frente aos US$ 9,57 cobrados pelo mesmo livro impresso na distribuidora Baker & Taylor, segundo o condado.

"Um dos maiores desafios que a maioria das livrarias enfrenta hoje, especialmente com livros digitais, é que os orçamentos foram mantidos ou reduzidos e a maioria dos usuários não entende porque nós não podemos oferecer esses títulos", disse Maureen Sullivan, presidente da Associação Americana de Livrarias.

A 3M e a OverDrive reconhecem que preço e disponibilidade permanecem sendo questões para as bibliotecas, mas dizem que a situação melhorou notoriamente nos últimos dois anos.

Wolff, do Condado de Bexar, disse que o esforço no Texas enfrenta desafios, como o custo de substituir os leitores eletrônicos danificados. Mas ele diz acreditar que uma biblioteca que oferece apenas livros digitais precisará de menos espaço físico. "Nunca estivemos neste negócio antes", disse. "Mas acreditamos que esse é um jeito viável de trazer mais livros para as pessoas."

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http://www.valor.com.br/empresas/3000432/eua-tentam-emplacar-biblioteca-sem-livros#ixzz2KJw1nr8k

Agricultura brasileira: boas notícias em todas as frentes...

Só podia ser: depois que o Brasil se convenceu (nem todos, ainda tem muitos stalinistas industriais) que é um país essencialmente agrícola, e terminou com as políticas insanas de controle de preços e de estoques (ou seja, anti mercado), ele se tornou a potência agrícola que é, e isso a despeito do MST, de ideólogos da reforma agrária e de um ministério do desenvolvimento agrário dominado por gente que se coloca muitas vezes contra o agronegócio, por puro preconceito político. Mesmo a dominação dos transgênicos é positiva, apesar do catastrofismo irresponsável dos novos malthusianos que são os ecologistas ingênuos.

LEVANTAMENTO. SAFRA DE GRÃOS EM 2012/2013
MAPA (08/02/2013)
SAFRA DE GRÃOS DEVE ATINGIR RECORDE DE 185 MILHÕES DE TONELADAS. A produção brasileira de grãos na safra 2012/13 deve ser de 185 milhões de toneladas. As medidas de apoio do Governo Federal ao setor produtivo contribuirão para o recorde previsto. Aumentou-se o crédito, reduziu-se as taxas de juros e os resultados colhidos não são surpreendentes. Não se espera outra coisa de um setor acostumado a superar seus próprios limites. O valor, se confirmado, será 11,3% superior ao da safra anterior, de 166,17 milhões de toneladas. O percentual representa a maior alta de uma temporada para a outra desde a elevação de 27,2% da safra 2001/02 (96,799 milhões de toneladas) para a de 2002/03 (123,168 milhões de toneladas). A soja será o principal produto em volume, com crescimento previsto de 25,7% e produção estimada em 83,42 milhões de toneladas. Outro destaque deve ser o milho 2ª safra, que também apresentou aumento de 4,6%, passando de 39,1 para 40,9 milhões de toneladas. Se confirmada, essa será a maior safra da cultura, superando a produção do milho 1ª safra – estimada em 35,1 milhões de toneladas.
ÁREA. As culturas de soja e milho também apresentaram os maiores crescimentos em relação à área plantada. No caso da soja, o aumento foi de 10,4%, passando de 25 milhões para 27,6 milhões de hectares. Já o milho 2ª safra teve uma ampliação de área de 8,5%, passando de 7,6 para 8,3 milhões de hectares. Outras culturas também devem ter acréscimos em relação à área, como o amendoim 1ª safra, aveia, canola, cevada e triticale. Como a área total prevista é de 52,98 milhões de hectares, a produtividade deve ser a maior já registrada na história, de 3,5 toneladas por hectare. Os estudos para o levantamento da safra foram realizados no período de 21 a 26 de janeiro. Mais de 60 técnicos da Conab estiveram em campo para atualizar as informações de área, produção e comportamento climático nos estados da região Centro-Sul, em Rondônia e Tocantins, e ainda no oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão.
PRODUÇÃO NO RS AUMENTA 30% NA SAFRA DE GRÃOS ATUAL. AS REGIÕES NORDESTE E SUL APRESENTAM MAIOR PERCENTUAL DE CRESCIMENTO. O quinto levantamento da safra de grãos 2012/13 aponta crescimento na produção de grãos nas regiões Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. De acordo com a estimativa, as regiões Nordeste e Sul terão maior crescimento percentual dentre outras regiões do País. O Nordeste apresenta alta de 27,7% em relação à temporada anterior, sendo a Bahia o destaque da região, com produção prevista de 7,16 milhões de toneladas na safra 2012/13 (aumento de 13,2% sobre 2011/12). Já o Sul deve apresentar aumento de 20,9%. Estima-se que o Rio Grande do Sul terá a maior alta de produção da região, de 30% sobre a safra passada. O Centro-Oeste aparece nas pesquisas com acréscimo de 5,3%, alcançando a maior produção entre todas as regiões: cerca de 75 milhões de toneladas. A região Norte possui uma perspectiva de crescimento de 7,6%, cujo estado de Tocantins se destaca com alta de 11,6% na produção. A estimativa para o Sudeste permanece estável, com exceção para o estado do Espírito Santo, que aponta um aumento de 5,8% na safra de grãos. A previsão de crescimento anunciada pelo Mapa tem por base, principalmente, a recuperação na produção de culturas nas regiões Sul e Centro-Oeste – que foram prejudicadas na última safra pelas condições climáticas desfavoráveis – e ao acréscimo de 2,6 milhões de hectares na área de soja, e de 8,5% (647,8 mil hectares) no milho segunda safra.

EMBRAPA. FAO. CONSULTORIA CÉLERES. (08/02/2013) – PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS NO BRASIL
MAPA. IBGE
PELA 1ª VEZ, TRANSGÊNICOS OCUPAM MAIS DA METADE DA ÁREA PLANTADA NO BRASIL. CULTIVOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (GM) ATINGEM 54% DA SAFRA TOTAL A SER COLHIDA NO PAÍS EM 2013. Em 2013, pela primeira vez os cultivos geneticamente modificados devem ultrapassar, em área ocupada, os não transgênicos no Brasil. O total da área plantada com cultivos geneticamente modificadas neste ano chega a 37,1 milhões de hectares, o que representa um aumento de 14% em relação ao ano anterior (que por sua vez, já tinha registrado um aumento de mais de 21% em relação à safra de 2010/2011) - ou seja, 4,6 milhões de novos hectares dedicados a variedades transgênicas. O IBGE prevê, para 2013, uma área recorde dedicada à atividade agrícola no país de 67,7 milhões de hectares. Cruzando o dado do IBGE com o da consultoria Céleres, chega-se à conclusão de que os transgênicos responderão por 54,8% de toda a área cultivada na safra 2012/2013 no país. No ano passado, as lavouras transgênicas cobriram 31,8 milhões de hectares (segundo a Céleres) e a safra total (incluindo transgênicos e não transgênicos) atingiu 63,7 milhões de hectares (segundo o IBGE), ou seja, as lavouras não transgênicas ainda ocupavam uma área maior que as transgênicas. Esse avanço impressiona, ainda mais considerando-se que há cinco anos, segundo a Céleres, o cultivo total com transgênicos no país era de apenas 1,2 milhão de hectares.
SOJA É A GRANDE ESTRELA DOS CULTIVOS TRANGÊNICOS. A grande estrela nessa façanha é a soja modificada, tolerante a herbicidas - uma das cinco variantes aprovadas no país também é resistente a insetos. Seu cultivo foi autorizado pela CTNBio em 1998, mas liberado apenas em 2004, quando já vinha sendo plantada ilegalmente havia anos. Já em 2012 ela respondia por 85% de toda a soja plantada no país, ocupando mais de 21 milhões de hectares. A previsão para 2013 da Céleres é de que a proporção da soja transgênica suba para 88,8%, equivalente a uma área de 24,4 milhões de hectares, de longe, a maior dedicada a cultivares transgênicos no país. Nos Estados Unidos, 94% dos feijões de soja colhidos nos EUA em 2011 eram transgênicos, o mesmo pode ser dito de 88% do algodão - modificado para resistir a insetos - plantado no mesmo ano na Índia. A soja transgênica foi introduzida nos Estados Unidos - o grande pioneiro do cultivos de GMs - em 1996, e já em 2001 ela respondia por 68% de toda a soja plantada no país. O Brasil é hoje o segundo maior semeador de transgênicos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos - onde, em 2011/2012, os transgênicos ocupavam 70 milhões de hectares. Nas suas estatísticas comparativas mais recentes - reunindo dados de 2010 - a FAO, a agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar estima que 'quase 150 milhões de hectares no mundo' são plantados com cultivares geneticamente modificados. O grosso dessa área é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usada em forragem/ração) e algodão nas Américas, e de algodão na Ásia e na África. Os maiores produtores entre os países em desenvolvimento são Brasil, Argentina, Índia e China. 'Variedades de algodão resistente a insetos são os cultivares transgênicos comercialmente mais importantes na Ásia e na África', diz a FAO. Na América Latina, 'são a soja resistente a herbicidas seguida pelo milho resistente a inseto'. A FAO reconhece que o cultivo de transgênicos cresceu 'principalmente por causa dos benefícios da redução de custos de trabalho e produção, da redução no uso de químicos e dos ganhos econômicos'.

A Journey Inside the Whale: literalmente (brrrr!!!)

Como estão anunciando uma tempestade de neve "potencialmente histórica", ou "nunca antes vista nestepaiz", como diria alguém, com uma duração de pelo menos dois dias e vários centímetros de neve acumulada, eu estou me preparando para passar três dias dentro da baleia, sem botar o nariz para fora, sequer para apreciar o branco da neve. Já estoquei comida (e, mais importante, bebida) para pelo menos uma semana de sobrevivência alimentar. E tenho leitura suficiente para duas semanas, se por acaso decidir me isolar do mundo.
Na verdade, hoje em dia, com Kindle, iBooks, Nook, eReader e outros gadgets, nao falta leitura nem no submarino do Capitao Nemo.
Bachibozouk! Deixa eu ler as notícias do dia...
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, CT, New England - USA

‘Historic’ Blizzard Cancels Flights, Triggers Warnings
By Brian K. Sullivan and Jim Polson
Bloomberg News, Fevereiro 07, 2013 7:19 PM EST

A “historic” winter storm that has caused at least 2,000 U.S. flights to be scrubbed has triggered a blizzard warning in New York City and may drop more than 2 feet of snow on Boston, leaving thousands without power.
Snow will start early tomorrow in New York, where the blizzard warning begins at 6 a.m., before changing to rain or sleet. The storm may bring 12 inches (30 centimeters) of snow driven by gusts of 45 miles (72 kilometers) per hour as it lashes the city into the night, said Joe Pollina, a National Weather Service meteorologist in Upton, New York.
N.Y. State Officials on Preparations for Snowstorm (11:25)
“We’re taking this storm very seriously and you should take this storm very seriously,” said Jerome Hauer, commissioner of New York’s division of Homeland Security and Emergency Services. “This is a dangerous storm with a lot of blowing snow, and very significant winds that will make travel Friday night into Saturday almost impossible.”
The snow will probably spread through Connecticut and Rhode Island by midmorning and reach Boston by early afternoon, said Carl Erickson, an expert senior meteorologist with AccuWeather Inc. in State College, Pennsylvania. The snow isn’t expected to change to rain in the New England states, which is why the accumulations will be higher, he said.
National Grid Plc expects more than 100,000 customers on Long Island to lose power, according to a statement on the Long Island Power Authority’s website.
“What we’re looking for in and around New York City is on average about a foot,” Pollina said. “Southern portions of the city, like Staten Island, may get 9 inches to a foot.”
Erickson said the entire Interstate 95 corridor from New York to Maine will be covered with snow by tomorrow night.
Blizzard warnings stretch from Maine to New Jersey, and winter storm warnings and advisories reach south to West Virginia and west to Wisconsin. New York City’s blizzard warning is scheduled to end at 1 p.m. Saturday.
The forecast nor’easter is the product of two low-pressure systems expected to merge off the coast of the U.S. and combine with arctic air pumped in via the jet stream.
In Boston, Mayor Thomas Menino canceled school across the city of 625,087 tomorrow and asked people to work at home.
“We have a significant storm heading this way,” Menino said at a city hall news conference. “Stay home, stay off the streets.”
The Massachusetts Bay Transit Authority, which runs the city’s buses, commuter rail and subways, will close at 3:30 p.m. tomorrow, according to Governor Deval Patrick. Amtrak will end rail service out of Boston at 1:40 p.m.
“I am telling people to get where you’ve got to go around noon on Friday because from there after, everything goes downhill,” said Alan Dunham, a weather service meteorologist in Taunton, Massachusetts. “The potential is there for this to be a historic winter storm for southern New England.”
Patrick has said he may order the state’s roads closed to make sure people stay off them.
More than 24 inches of snow are expected in Boston and Providence, Rhode Island, according to the weather service.
“For Boston, this is going to be a top-five storm, this could come in at Number 3 all-time in records going back to the 1880s,” said Rob Carolan, owner and meteorologist of Hometown Forecast Services in Nashua, New Hampshire. “Boston usually doesn’t see 2 feet of snow and it has a good chance of doing it this time around.”
United Continental Holdings Inc., Delta Air Lines Inc., AMR Corp.’s American Airlines and other carriers issued travel waivers that allow passengers to change their plans without penalty. At least 2,000 flights have been canceled tomorrow, according to information tabulated by Bloomberg.
The snow that falls along the coast may be heavy and wet sticking to tree branches and power lines like “plaster,” Carolan said. With gusting from 50 mph to 70 mph across the region there is a good chance lines and trees will topple, he said.
“There is the possibility of widespread power outages,” Dunham said. “People should go ahead and make sure they have batteries and go to the ATM and make sure they have some cash. Some of these power outages could be prolonged.”
Utilities from New Jersey to Massachusetts urged customers to stock bottled water as well as canned or dried food to endure long blackouts. Blizzards and ice storms block roads, impeding repair crews, Public Service Enterprise Group’s PSE&G utility in New Jersey said in a statement.
“Depending on the severity of the storm, outage could last for one to three days,” Kristine Snodgrass, a spokeswoman for the company, said today in an e-mail.
Connecticut Light & Power, a unit of Northeast Utilities and that state’s largest utility, hasn’t estimated low long blackouts may last, Tricia Taskey Modifica, a spokeswoman, said today in an interview.
Boston utility NStar, another Northeast Utilities unit, is moving crews, trucks and replacement poles and wires to Cape Cod and the island of Martha’s Vineyard expecting travel will be difficult tomorrow, Michael Durand, a spokesman, said in an a message. It has ordered electrical line crews and tree-trimmers from six states including Wisconsin and Georgia, he said.
“There’s no way to accurately predict the level of damage that will be caused by this or future storms,” Durand said. All damage caused by Hurricane Sandy in October has been permanently repaired, so that the power system is “in top working condition,” he said.
Public Service also has repaired all equipment damaged by Sandy, Snodgrass said.
As the storm intensifies it is expected to produce bands of snow that will make travel dangerous and difficult, said Tim Morrin, a weather service meteorologist. The snow may accumulate at 3 inches per hour, causing conditions to deterioriate rapidly by dark.
Snow plows can’t keep up with accumulations of more than an inch an hour, Carolan said. All that cities and towns can do then is try to keep major roadways open.
Dunham said roads that run from west to east, such as the Massachusetts Turnpike, also known as Interstate 90, will be hard to keep open because the wind will be blowing the snow across the pavement.
Hints of the storm’s strength are apparent in the two major components, Carolan said. The southern segment is creating thunderstorms across the U.S. Gulf Coast and the other portion is causing intense weather in the Midwest.
“That is usually indicative of the kind of energy you need to come up the coast,” Carolan said. “Once that hits the Atlantic, you have enough energy to produce what we call a bomb.”
Erickson said it's probable that thunder storms will be embedded in the blizzard as it crosses New England.

To contact the reporters on this story: Brian K. Sullivan in Boston at bsullivan10@bloomberg.net; Jim Polson in New York at jpolson@bloomberg.net
To contact the editor responsible for this story: Dan Stets at dstets@bloomberg.net

Mulher "bruxa" queimada viva em fogueira popular...

Não, não é da Idade Média, que estou falando. Nem do início da era moderna, quando também era disseminada a prática de se queimar as "bruxas" por acaso denunciadas pelos demais habitante de alguma aldeia recuada.
Estamos falando do século 21, neste nosso mundo redondinho, da globalização, TV a cabo, internet e tudo o mais...
Notícia bizarra, por certo,  para ser postada neste blog.
Mas é que sua vocação é mesmo para as ideias inteligentes, e para as desinteligentes, que possam incitar a pensar por que o nosso mundo é como é, cheio de irracionalidades, sobretudo as de políticas econômicas.
Pensando bem, nossos dirigentes econômicos também são chegados a algumas "bruxarias" macroeconômicas, fazendo previsões equivocadas, políticas mágicas, encantações e invocações a forças superiores, capazes de erradicar todo mal, e trazer a bondade de volta para a sua casa, se possível com muito amor e mais dinheiro (mas isso é fácil: basta acionar o Tesouro ou gastar por conta).
Esse tipo de bruxaria eu aposto que a pobre coitada que morreu queimada não sabia fazer. No máximo ela atingia, com suas poções, unguentos e promessas alguns poucos coitados. Nossos dirigentes são capazes de fazer evaporar, num passe de mágica, a fortuna de milhões e milhões. Eles já nos estão roubando 5 ou 6% ao ano de poder de compra, por exemplo, graças a suas previsões malucas sobre inflação. Depois tem a mania de fazer políticas setoriais e as tais de inclusões digitais. Depois da bolsa-cultura, parece que vem aí a bolsa-novela, para fazer os pobres assistirem suas novelinhas em alta definição. São ou não são os bruxos do nosso dinheiro? Eles vão fazê-lo desaparecer rapidamente de nossos bolsos e contas bancárias...
Paulo Roberto de Almeida

7 de febrero de 2013

Muchedumbre impidió intervención de la Policía
Sydney, Australia | AFP

Quemada viva una mujer acusada de brujería en Papúa Nueva- Guinea

Joven de 20 años, acusada de brujería fue desnudada, rociada con petróleo y quemada viva ante una muchedumbre

Por elnuevodiario.com.ni | Globo

Quemada viva una mujer acusada de brujería en Papúa Nueva- Guinea
Fotografía que muestra uno de los pies de la mujer que fue quemada en Papúa, acusada por cometer brujería. AFP / END
Parte de la muchedumbre de la ciudad de Mount Hagen, en la provincia de Western Highlands, en Papúa Nueva Guinea. AFP / END 
Un joven de 20 años acusada de brujería fue desnudada, rociada con petróleo y quemada viva ante una muchedumbre en Papúa Nueva-Guinea, informó este jueves la prensa. 
Esta joven madre de familia, identificada por el diario The National como Kepari Leniata, fue torturada y luego quemada viva en una hoguera de viejos neumáticos.
La muchedumbre habría impedido intervenir a la Policía, según otro diario, el Post-Courier.

Los hechos se produjeron este miércoles en la ciudad de Mount Hagen, en la provincia de Western Highlands. Un camión de bomberos, que acudió al lugar, fue expulsado por la muchedumbre.


Las creencias en brujería sigue siendo comunes en este pobre país del Pacífico.

E por falar na Venezuela: faltava uma informacao objetiva...

Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Brasília, 7 de fevereiro de 2013

Informações Básicas
Visita do Ministro das Relações Exteriores à Venezuela
Caracas, 9 de fevereiro de 2013


RELAÇÕES BILATERAIS
A relação com a Venezuela é prioritária para o Brasil. Existem diversas e inovadoras linhas de cooperação bilateral; o comércio é sólido e apresenta trajetória ascendente nos últimos anos; o intercâmbio político é intenso, marcado por constantes visitas de altas autoridades. A incorporação definitiva da Venezuela no MERCOSUL eleva a relação entre os dois países a novo patamar.
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da Venezuela, o Brasil implementa uma série de iniciativas de cooperação bilateral, sobretudo, nas áreas de saúde, agricultura e habitação. A relação com a Venezuela também abriga linha de iniciativas inovadoras de cooperação, apoiada pela presença de escritórios de órgãos brasileiros em Caracas, como são os casos de IPEA, EMBRAPA e CAIXA.
Na área comercial, as relações têm avançado. Em 2012, a Venezuela foi o oitavo principal mercado brasileiro de bens e importante destino das exportações de serviços nacionais, ao passo que o Brasil foi o terceiro principal fornecedor venezuelano. No ano passado, pela primeira vez, o comércio bilateral superou a cifra de US$ 6 bilhões (exportações brasileiras de US$ 5,05 bilhões e importações de US$ 996 milhões), tendo-se verificado ampliação das vendas brasileiras de maior valor agregado. A Venezuela foi responsável pelo terceiro maior saldo comercial bilateral do Brasil, depois de China e União Europeia.
Há, ainda, importante atuação de empresas brasileiras na Venezuela (especialmente aquelas dedicadas à construção civil, como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht e Queiroz Galvão), responsáveis por obras de grande vulto de valor total superior a US$ 20 bilhões. Recentemente, observa-se tendência à recontratação e à expansão dos negócios, fruto tanto do bom desempenho das empresas brasileiras como do especial momento do relacionamento político bilateral.
No que se refere a novos desafios, desponta como prioridade a criação de novas linhas de financiamento que garantam a continuidade de empreendimentos brasileiros na Venezuela. A ampliação da presença brasileira na economia venezuelana deverá depender fortemente da identificação de fontes de financiamento ao comércio e ao investimento.
Brasil e Venezuela também mantêm importante diálogo sobre temas da agenda internacional, com destaque para a atuação em organizações de integração regional como MERCOSUL, UNASUL e CELAC e em fóruns de concertação regionais como as iniciativas ASA e ASPA.

CÚPULA AMÉRICA DO SUL-ÁFRICA (ASA)
            Desde a I Cúpula da América do Sul-África, realizada em novembro de 2006, em Abuja, a Venezuela apresenta alto perfil de participação no Mecanismo. Ofereceu-se, inclusive, para sediar a II Cúpula, que ocorreu em Isla Margarita, em setembro de 2009.
Após a superação de vários obstáculos ao longo dos últimos dois anos, será realizada em Malabo, Guiné Equatorial, de 20 a 23 de fevereiro, a III Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da ASA. A realização da Cúpula constitui oportunidade para a renovação da ASA: a escolha do tema “Estratégias e Mecanismos para o reforço da Cooperação Sul-Sul” para a Cúpula contribui para fixar, de modo inequívoco, a identidade do Mecanismo birregional como vocacionado à cooperação.

Desde 2003, o comércio bilateral cresceu 585%, saltando de US$ 883 milhões para US$ 6,05 bilhões em 2012. Essa trajetória recente pode ser dividida em três fases: 2003-2008; 2009 e 2010 em diante.
Entre 2003 e 2008, as exportações brasileiras para a Venezuela cresceram a uma taxa média anualizada de 53,3%. Puxaram esse índice o aumento das importações venezuelanas de alimentos, telefones celulares e automóveis. Como resultado, em 2008, a Venezuela representou o maior saldo comercial do Brasil (US$ 4,6 bilhões).
Após forte expansão, o comércio bilateral sofreu retração em 2009, em função dos efeitos da crise internacional nas duas economias. Naquele ano, a corrente de comércio alcançou US$ 4,19 bilhões, redução significativa em relação ao ano de 2008, quando o intercâmbio bilateral registrou US$ 5,68 bilhões. Ainda assim, em 2009, o superávit com a Venezuela foi o terceiro maior (atrás apenas dos Países Baixos e da China) da pauta brasileira: cerca de US$ 3 bilhões. Como se sabe, o porto de Roterdã é porta de entrada de mercadorias para toda a Europa e não apenas para os Países Baixos. Assim, se descontado o superávit registrado com esse país, o saldo alcançado com a Venezuela ficaria atrás apenas da China.
Em 2010, iniciou-se trajetória de recuperação do intercâmbio comercial bilateral, que totalizou US$ 4,68 bilhões (crescimento de 11,8%). Em 2011, manteve-se trajetória ascendente do intercâmbio bilateral, cuja cifra alcançou US$ 5,86 bilhões (crescimento de 25%). Em 2012, o comércio bilateral continuou em expansão, atingindo recorde histórico de US$ 6,05. Novamente, em 2012, o saldo comercial alcançado com a Venezuela perde apenas para aquele registrado com a China, não se levando em consideração a cifra relativa aos Países Baixos (que agrega volume importante do comércio europeu).

Exportações
Em 2007, as exportações de manufaturados brasileiros para a Venezuela atingiram seu pico: US$3,9 bilhões (83% da pauta) – a partir de apenas US$ 560 milhões em 2003. Nos anos seguintes, esse valor caiu, tanto em termos absolutos como relativos, chegando a apenas US$2 bilhões em 2010. A partir de 2011, tem sido observada tendência de recuperação gradual da importância dos produtos manufaturados na pauta bilateral. Naquele ano, a venda de manufaturados brasileiros para a Venezuela cresceu 25%, atingindo 55% da pauta bilateral, totalizando US$ 2,5 bilhões. Em 2012, a exportação de manufaturados cresceu 29,84%, atingindo de US$ 3,2 bilhões (ou 65% da pauta).
A pauta de exportação do Brasil para a Venezuela é bastante diversificada: em 2012, os cem principais produtos exportados corresponderam a 75,29% do total. Os dez principais produtos foram: 1) carnes desossadas de bovino, congeladas (8,86%); 2) animais vivos da espécie bovina (8,08%); 3) açúcares de cana (5,65%); 4) carnes de frango, congeladas (4,03%); 5) aparelhos de destilação de álcool (2,83%); 6) máquinas e aparelhos para a fabricação de papeis (2,72%); 7) preparações para elaboração de bebidas (2,43%); 8) pneus novos para ônibus (2,25%); 9) aviões/veículos aéreos (2,16%); 10) construções pré-fabricadas de ferro ou aço (1,77%). Hoje, o Brasil é a terceira principal origem de importações da Venezuela, depois de Estados Unidos e China.
Em 2012, as exportações brasileiras para a Venezuela totalizaram US$ 5,05 bilhões, aumento de 10% em relação ao ano anterior. O incremento pode ser atribuído, sobretudo, à venda de gado vivo, açúcares, máquinas e aparelhos para a fabricação de papel e aviões, produtos que não fizeram parte da pauta exportadora em 2011, mas que em 2012 representaram mais de 18% do total.

Importações
De 2003 a 2012, as importações brasileiras provenientes da Venezuela passaram de US$ 275 milhões para US$ 996 milhões.
A pauta de importações brasileiras provenientes da Venezuela é fortemente concentrada – os 5 principais produtos perfazem 75% do total importado do país vizinho. Em 2012, foram os seguintes os cinco primeiros produtos da pauta venezuelana: 1) naftas para petroquímica (46,26%); 2) coque de petróleo não calcinado (13,55%); 3) metanol (6,92%); 4) energia elétrica (4,60%); 5) ureia (3,98%).
É digna de nota a retomada, após o gerenciamento da crise de abastecimento de energia elétrica no país vizinho, das exportações de energia elétrica a partir da Usina Hidrelétrica de Guri para o Estado de Roraima. Em 2012, essa rubrica das vendas venezuelanas totalizou US$ 45,8 milhões.

Construção civil
A Venezuela é importante mercado para as empresas brasileiras de construção civil. Estima-se que os contratos das empresas brasileiras do setor no país vizinho totalizem cerca de US$ 22 bilhões. Como resultado, a carteira de créditos do BNDES para o país, com garantia do Governo brasileiro, totaliza US$ 2,6 bilhões.
A grande demanda por financiamento e investimentos para os projetos de infraestrutura e de desenvolvimento na Venezuela é tema importante no relacionamento atual. À conformação de fundo binacional conjunto para o pagamento de empresas brasileiras que atuam em projetos prioritários no país convencionou-se denominar equação energético-financeira.

COOPERAÇÃO BILATERAL
Cooperação prestada pela CAIXA
Desde a instalação do escritório da CAIXA na Venezuela, projetos de cooperação foram desenvolvidos, com êxito destacado, particularmente nos casos seguintes, nos quais a cooperação técnica prestada pela CAIXA contou com recursos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC):
a) Assessoria ao Programa "Gran Misión Vivienda". O programa, cuja meta é construir 2 milhões de habitações populares até 2017, contou com cooperação da CAIXA.
b) Programa de Recuperação de Favelas de Caracas. Também foi concluído o projeto de cooperação técnica (com recursos da ABC) "Apoio ao Plano de Desenvolvimento Sustentável para as Favelas de Caracas".
c) Cooperação em Inclusão Bancária. O projeto foi desenvolvido de 2008 a 2010, com foco na transferência de metodologia e tecnologia para instalação de terminais bancários não tradicionais em comunidades de baixa renda, de forma a facilitar o acesso da população aos serviços bancários. Como resultado do projeto, até o final de 2011, o Banco da Venezuela já tinha inaugurado 200 terminais em diferentes comunidades.

Cooperação prestada pela EMBRAPA
O escritório da Embrapa em Caracas, inaugurado em março de 2008, vem atuando em três frentes principais na Venezuela:
a)    a assessoria a empreendimentos de produção agrícola, executados por empresas privadas brasileiras;
b)   a prestação de cooperação técnica “Sul-Sul”, em parceria com seu homólogo venezuelano (Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria, INIA);
c)    a prestação de assessoria ao INIA para, de um ponto de vista mais amplo, apoiar a estruturação da política agrícola na Venezuela, inclusive em polo de produção de soja para ração animal.

Cooperação prestada pelo IPEA
Em setembro de 2010, o IPEA inaugurou, em Caracas, seu primeiro escritório fora do Brasil, onde já chegaram a trabalhar até seis pesquisadores simultaneamente.
As principais atividades desenvolvidas pelo Escritório do IPEA na Venezuela foram as seguintes: a) Assessoria para o Plano “Siembra Petrolera”, voltado ao Desenvolvimento Integral da Faixa Petrolífera do Orinoco e do estado Sucre; b) Assessoria para Criação da Autoridade Única para a Faixa Petrolífera do Orinoco; c) Curso (para Funcionários da PDVSA e do MCTII) “Políticas Públicas e Planejamento Estratégico Participativo”; d) Curso “Sistemas de Inovação e Políticas Públicas” em parceria com a CEPAL e financiado pelo MCT-Brasil; e) Integração entre o Norte do Brasil e o Sul da Venezuela; f) Curso de capacitação, com vistas à familiarização de funcionários do Banco Central da Venezuela (BCV) sobre aspectos do funcionamento do MERCOSUL (set/2012).

Integração produtiva
Reconhece-se que o aumento do comércio não gera, necessariamente, maior integração produtiva, razão pela qual deveriam ser estudados projetos que potencializem, no médio e no longo prazos, a integração das cadeias industriais dos dois países. Com esse objetivo, foram identificadas 11 áreas em que se pode conjugar o aumento das exportações, inclusive para terceiros mercados, com o objetivo de maior integração das cadeias produtivas, com agregação de valor.
As áreas identificadas resultam de levantamento preliminar e não exaustivo das possibilidades de ampliação da cooperação bilateral. Considerou-se que projetos nessas áreas devem estar pautados pelo princípio de integração das cadeias produtivas dos dois países e agregação de valor.

Cooperação em defesa
É importante aumentar a cooperação entre os dois países e explorar novas oportunidades de parceria na região, especialmente no que se refere à capacitação técnica dos quadros, ao desenvolvimento conjunto de novas tecnologias, ao aumento do intercâmbio entre as indústrias de defesa dos dois países e à promoção de ações tanto de defesa quanto de interesse humanitário na área fronteiriça.

Cooperação técnica
Atualmente, existem 7 projetos de cooperação técnica com a Venezuela em execução, 4 na área agropecuária (cítricos, café, mandioca e sanidade agropecuária) e 3 na área de saúde (banco de leite humano, controle de resíduos em alimentos, vigilância sanitária).

Cooperação em ciência e tecnologia
A cooperação em ciência e tecnologia é vertente importante do relacionamento atual, com três linhas principais de atuação, firmadas pelos seguintes instrumentos bilaterais de cooperação:
a) Programa de Trabalho para transferência de conhecimentos sobre TV Digital (Ministério das Comunicações) – Cúpula de Caracas (1º/12/11);
b) Memorando de Entendimento para possibilitar intercâmbio e capacitação científica nas áreas de geomática, engenharia espacial e geociência (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação) – Cúpula de Caracas (1º/12/11);
c) Memorando de Entendimento para cooperação científica e tecnológica na área de biotecnologia (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação) – Cúpula de Brasília (16/6/12).

Cooperação trilateral: Caribe
Identificam-se setores passíveis de cooperação trilateral, como agricultura, especialmente na dimensão social do campo, mediante o incentivo de políticas voltadas para a agricultura familiar.

Comissao orwelliana da verdade: estilo chavista-bolivariano

A verdade é relativa, certo? Cada um tem a sua, por certo.
E existem verdades mais verdadeiras do que outras verdades, que também podem se revelar mentiras, dependendo de quem está escrevendo a história.
Como escreveria George Orwell, aquele que controla o passado, controla o presente, e quem controla o presente, controla o futuro, pelo menos acredita que pode fazê-lo.
Os aprendizes de feiticeiro do chavismo-zumbi estão aplicando na prática estes ensinamentos de George Orwell, formulados primeiro no seu pioneiro Hommage to Catalonia (Lutando na Espanha), quando ele descobriu que as verdades do stalinismo eram mais contundentes, digamos assim, depois abordadas metaforicamente no Animal Farm (A Revolução dos Bichos), quando alguns animais passaram a ser mais iguais do que outros, e desenvolvidas magistralmente no 1984, onde justamente aprendemos uma nova linguagem, na qual a mentira é verdade, e vice-versa.
Pois é isso que estão fazendo os companheiros chavistas, sem precisar ter lido Orwell, Arthur Koestler, Ignazio Silone, e outros renegados, e sem sequer precisar ler Marx, Lênin, Gramsci, enfim toda essa chatice, que ninguém mais lê, e se lesse tampouco compreenderiam.
O importante é a praxis, certo? E a praxis recomenda botar a oposição na cadeia, mesmo se para isso eles precisam fazer como o lobo e o cordeiro da fábula, onde este contaminava a água que aliás provinha do primeiro. Não importa, alguém da familia do cordeiro contaminou primeiro a água do lobo, por isso ele vai adotar uma justa reprimenda, que na prática significa comer o cordeiro, despedaçá-lo, esquartejá-los, estripá-lo, enfim, eliminar os inimigos de classe da face da terra, como Chávez prometeu fazer com a burguesia, certo?
Enfim, cada um com a sua verdade, mas a do mais forte é mais verdadeira, como vocês já perceberam.
Paulo Roberto de Almeida 

Caracas, Venezuela | AFP y EFE

Venezuela creará comisión de la verdad

El 54% de los ciudadanos opina por extender el permiso de ausencia del presidente

Por elnuevodiario.com.ni | Globo

Venezuela creará comisión de la verdad
El vicepresidente Nicolás Maduro llamó a “instalar la comisión de la verdad para que en Venezuela se investiguen todos los crímenes y asesinatos cometidos por… la democracia representativa burguesa, represora y asesina”. AFP / END
El vicepresidente venezolano, Nicolás Maduro, anunció este martes una “comisión de la verdad” para investigar los “crímenes y asesinatos” políticos cometidos entre 1958 y la llegada al poder de Hugo Chávez en 1999, al tiempo que volvió a identificar al líder opositor, Henrique Capriles, con la “burguesía” gobernante que precedió al actual mandatario.
Maduro hizo un llamamiento a los chavistas para que el próximo 27 de febrero salgan a la calle a “instalar la comisión de la verdad para que en Venezuela se investiguen todos los crímenes y asesinatos cometidos por el puntofijismo, por la democracia representativa burguesa, represora y asesina”.
El ‘puntofijismo’ fue la alternancia en el poder de los partidos Copei y Acción Democrática, desde el fin de la dictadura militar en 1958 hasta que Chávez ganó sus primeras elecciones en 1998.
Maduro, que habló desde la Asamblea Nacional en cadena de radio y televisión, no dio detalles sobre la futura comisión, pero la justificó “para que haya justicia” y “sea un proceso pedagógico de formación de las generaciones que están por venir”.
A finales de 2011, la Asamblea Nacional aprobó una ley para “sancionar los crímenes, desapariciones, torturas y otras violaciones de los Derechos Humanos por razones políticas” en ese periodo.
Según la historiadora Margarita López Maya, la mayoría de esos episodios se dieron durante los años 1960, cuando el gobierno se enfrentó a la lucha armada de grupos izquierdistas, mientras que más tarde se dieron también “casos puntuales”.
“Hay que reescribir las páginas de la verdad de esta época horrorosa donde la barbarie burguesa se ensañó contra la humanidad de una juventud idealista”, defendió Maduro, la cara más visible del gobierno durante la ausencia de Chávez, hospitalizado en Cuba desde el 10 de diciembre.
El gobierno de Chávez identifica con la burguesía a los ejecutivos que le precedieron y a la oposición actual, liderada por Capriles, del joven partido socialcristiano Primero Justicia, que se define de centro.
Maduro incrementó en las últimas semanas las acusaciones contra Capriles, a quien acusó el sábado de conspirar contra el gobierno desde Colombia, donde se reunió con el expresidente del gobierno español Felipe González.

Fuego contra Capriles

“Si en algún momento de los últimos 50 años la burguesía rancia, heredera del mantuanaje, puso a un candidato de sus apellidos, con sus cuentas bancarias y sus grandes empresas (...) fue el 7 de octubre” pasado, cuando el opositor Henrique Capriles perdió las elecciones contra Chávez, dijo Maduro.

Mayoría por prolongar permiso a Chávez

 Un 54% de los venezolanos cree que “lo mejor para el país es prolongar el permiso” del cual goza el presidente del país, Hugo Chávez, para que atienda sus problemas de salud en Cuba, según un sondeo revelado ayer.
El director de la encuestadora GIS XXI, Jesse Chacón, indicó que el sondeo, realizado entre el 19 y el 23 de enero, reveló que al ser preguntados por “lo mejor para el país en esta coyuntura” otro 38% de encuestados opinó que Chávez “debería renunciar” y un 5% pidió una junta médica que evaluara la condición del gobernante en Cuba.
La encuesta “Barómetro enero de 2013” tiene un margen de error de +/- 2% y fue elaborado tras consultar a 2,500 personas, agregó en una rueda de prensa.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Ainda a Petrossauro: presa no arqueozoico do governo (era carbonifera)

Coitada da Petrossauro: tentaram faze-la dar dois passos maiores do que suas quatro patas. E ela ainda tem um cerebro de galinha, num corpo de mastodonte. Mas o cerebro do governo e' ainda menor: do tamanho de uma lagartixa, senao de uma barata. As baratas existem desde milhoes de anos, e vao sobreviver por mais alguns bilhoes de anos. Sempre nojentas, mas incontornaveis. Como certos governos...
Paulo Roberto de Almeida

Areia demais
07 de fevereiro de 2013
Celso Ming - O Estado de S.Paulo

Depois que a própria direção reconheceu o desastre de 2012 e previu que resultados ainda piores podem vir em 2013, é preciso entender que a Petrobrás não está dando conta das tarefas de que foi investida.

É areia demais para seu caminhão. Não consegue cumprir todas as metas impostas pelo governo. Não se mostra capaz de, ao mesmo tempo, aumentar a produção, ajudar no combate à inflação, fazer caixa para o enorme programa de investimentos, servir de alavanca para a indústria nacional de fornecimentos e, ainda, contribuir decisivamente para as contas públicas de Estados e municípios, com polpudos pagamentos de royalties.

Essa múltipla trombada entre objetivos de política econômica é recorrente no governo Dilma - que também quer derrubar os juros a níveis recordes, puxar o câmbio para dar competitividade à indústria, emplacar um "pibão grandão" a cada ano, manter a inflação mais ou menos controlada, investir centenas de bilhões de dólares por ano sem ter poupança para isso e continuar gastando à vontade para fazer uma política anticíclica e, além disso, tentar ostentar um mínimo de austeridade fiscal.

O resultado é a progressiva desarrumação da economia, provavelmente nas mesmas proporções em que estão sendo desarrumadas as finanças da Petrobrás. Pelo menos a presidente, Graça Foster é mais sincera sobre estragos na área dela do que tem sido o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre os estragos na área dele.

A política de congelamento de preços dos derivados de petróleo é da mesma qualidade que a política de congelamento de preços e salários imposta pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Mas não é só por isso que ela é condenável. É, também, por sabotar a capacidade de investimentos da Petrobrás. Ou o governo Dilma revê o Plano de Negócios da Petrobrás ou revoga esse regime de preços dos combustíveis.

Há seis anos não é realizada nova licitação de áreas para exploração de petróleo. O governo Dilma finalmente concordou em fazer mais duas: uma na área do pós-sal (acima da camada de sal), agendada para maio, e outra, no pré-sal, prevista para novembro.

O novo marco regulatório exige que, nas licitações do pré-sal, onde o regime de concessão será de partilha, a Petrobrás será obrigada a entrar em todos os projetos com participação de, ao menos, 30% em cada um. Entre as áreas a serem licitadas está o Campo de Franco, comprovadamente uma jazida gigantesca de óleo e gás. Significa que o prêmio a ser pago pelos vencedores da licitação dessa área pode chegar a dezenas de bilhões de dólares. Ou a Petrobrás será obrigada a concorrer com novos e enormes desembolsos ou a licitação será novamente adiada - até que a capacidade de investimentos da Petrobrás seja recomposta. Outra hipótese será a revogação da exigência dos 30%.

Não só os governos Dilma e Lula devem ser responsabilizados pelo desmanche da Petrobrás. Seus funcionários, sempre grandes parceiros no processo de engrandecimento da empresa, hoje se omitem. Mobilizam-se para greves com o objetivo de elevar sua participação nos lucros da empresa. Mas não se mostram empenhados em que a Petrobrás se restabeleça e volte a apresentar bons resultados.

Instituicao Paralamentar e Para Negocios Variados do Brasil (ufa!...)

Um artigo desabafo, que transmite exatamente o que todos nós, que não somos parlamentares, nem funcionários de uma das duas casas do poder legislativo, tudo em diminutivo, tudo o que nós sentimos, normalmente, e agora especialmente, no momento da eleição de dois representantes com currículos recheados de irregularidades (que provavelmente em instituições similares de outros países, renderiam perda de mandatos e talvez cadeia).
Meus cumprimentos ao economista Roberto Macedo, que veicula o sentimento coletivo da população, em face de uma deterioração tão visível dessa instituição central de qualquer regime democrático digno desse nome.
Paulo Roberto de Almeida

O Congresso Nacional, de mal a pior

07 de fevereiro de 2013 | 2h 08
Roberto Macedo *
 
Pensei em falar do Congresso como um lixão político. Mas refleti que estaria ofendendo os coitados que nos de lixo mesmo trabalham em condições abjetas e a duras penas em busca de algo aproveitável para sua sobrevivência. No Congresso há trabalho sujo na fartura, ressalvadas exceções cada vez mais excepcionais.

Não há maior diferença na troca de José Sarney por Renan Calheiros, no Senado, e de Marco Maia por Henrique Alves, na Câmara. Os substitutos não mostram credenciais capazes de reverter a decadência política, ética e funcional das instituições que vão presidir. O que segue mal cumulativamente tenderá a piorar.

O novo presidente da Câmara começou assim, com a ameaça de desrespeitar o Supremo Tribunal Federal (STF) e deixar à Casa a decisão de cassar o mandato dos deputados condenados no julgamento do "mensalão". O assunto nem deveria estar em discussão, pois os próprios condenados deveriam sair por si mesmos. Mas falta vergonha. Poderiam, também, seguir a recomendação que torcedores perto de alambrados costumam fazer aos maus jogadores de futebol: "Pede para sair...". Nas reticências, nomes e adjetivos fortes.

No Congresso há torcedores de outro tipo, a torcer evidências para lhes dar versões de sua conveniência. Os dirigentes eleitos fizeram isso quanto aos malfeitos apontados em suas carreiras. A recente e pízzica CPI do caso Carlinhos Cachoeira também usou e abusou de artifícios para salvar colegas de partido e trocar favores. Agora, em discursos solenes, vem a conversa fiada de ética e transparência, porque o que se vê são dissimulações de comportamentos em contrário.

Em questões como essas merece atenção o conhecimento profundo de Fernando Gabeira, que por 16 anos foi deputado federal. Neste espaço (300 picaretas e uma pá de cal, 1.º/2) tratou do "mensalão" e dos parlamentares que pegam carona nas autoritárias medidas provisórias que passam pelo Congresso, pendurando-lhes emendas que fogem ao caminho democrático e servem a interesses econômicos. E diz que os negócios são o centro de tudo. Além de emendas como essas, sei que há as orçamentárias, que atendem também a interesses eleitoreiros. E há as votações secretas, como nas recentes eleições, que escondem votos inconfessáveis a colegas e eleitores traídos. Gabeira conclui que o Congresso se perdeu para o ramo dos secos e molhados. Leitura imperdível, o artigo está em www.estadao.com.br/noticias/impresso,300-picaretas--e-uma-pa-de-cal-,991634,0.htm.

E mais: seu plenário trabalha em regime de zorra total. A Mesa Diretora costuma ser rodeada de parlamentares posando de papagaios de pirata. No plenário, muitos de pé, e o som dos oradores cai em ouvidos surdos por desatenção e por tagarelice em conversas paralelas. Não há debates profundos de grandes temas nacionais.

Como economista, vejo também o lado nada econômico. O Congresso é indispensável, mas não precisava custar tanto, pois boa parte do muito dinheiro que absorve poderia ser destinada a outras finalidades, mais meritórias em seus benefícios, e de forma mais eficaz e eficiente.

A maioria dos congressistas não mostra a preocupação republicana de buscar o bem comum nem se condói do contribuinte que sustenta a festa com enorme carga tributária, que destaca o Brasil entre seus pares de renda per capita semelhante. Ao pagar, o brasileiro como que tosse impostos, porque o esforço é enorme.

Com o debate sobre os novos presidentes, absurdas cifras vieram à tona Conforme a Folha de S.Paulo de 1.º e 4 deste mês, o orçamento do Congresso para 2013 deve alcançar a elevadíssima cifra de R$ 8,5 bilhões (!), superior aos recursos de vários Estados da Federação. Funcionários: 22 mil (!), com salário médio de R$ 13,6 mil (!) no Senado. Na Câmara, os de servidores efetivos estão entre R$ 4,8 mil e R$ 19,5 mil (!). Salário dos parlamentares, R$ 26.700 (!) por mês, mais a gestão de verbas mensais que na Câmara alcançam R$ 97.200(!) e no Senado, R$ 52.970 (!). Parte delas vai para assessores que trabalham na caça de votos para reeleição, um financiamento público de campanha a privilegiados pelo mandato. E mesmo o salário alto não explica casos de enriquecimento na política.

E o trabalho na sua produtividade? Para que 517 deputados e 81 senadores? Dois terços destes e um terço daqueles seriam mais baratos, produtivos e mais que suficientes. Entre os senadores há ainda os que vieram do nada, pois exercem o mandato como suplentes, "escolhidos" em eleição casada com a do titular. Na última contagem que vi, de outubro de 2012, havia 19 nessa condição, quase um quarto do total. O leitor sabe quem são os suplentes dos três senadores eleitos pelo seu Estado?

O ano de 2012 foi típico do descaso pelo empenho. O Orçamento da União de 2013 segue sem aprovação. E permaneceu a omissão quanto a um imenso orçamento paralelo, o do BNDES, que escapa ao escrutínio parlamentar. O impasse dos royalties do petróleo não foi resolvido e o debate sobre o assunto revelou uma fila com perto de 3 mil (!) vetos presidenciais que se acumularam porque o Congresso deixou de examiná-los. Tampouco foi cumprida a obrigação de fixar novas regras para o repasse dos impostos federais aos Estados, que tinha prazo "final" em 2012 por "determinação" do STF.

O desenvolvimento econômico de um país depende da qualidade de suas instituições, conforme ressaltou Douglass North, Nobel de Economia. Michael Porter, um dos maiores especialistas mundiais em competitividade de empresas e nações, ressalta que a falta de efetividade legislativa também atrapalha.

E assim segue o Brasil, devagar na corrida mundial da competitividade, amarrado por instituições como essa que acaba de dar mais um show do mal que faz ao País.

* Roberto Macedo é economista (UFMG, USP e Harvard), professor associado à Faap e consultor econômico e de ensino superior.

Ciencia sem Fronteiras: candidatos tropecam no Ingles

Governo reduz exigência de inglês para bolsas do Ciência Sem Fronteiras

07 de fevereiro de 2013 | 2h 03
DAVI LIRA - O Estado de S.Paulo
 
A alta taxa de reprovação dos estudantes que concorreram a uma bolsa do programa Ciência Sem Fronteiras (CsF) na Grã-Bretanha, em decorrência principalmente do nível insatisfatório do inglês, levou o governo brasileiro, a embaixada britânica e a Universities UK (entidade que intermedeia a relação dos bolsistas com as instituições) a reduzir a pontuação mínima exigida nos exames de certificação.
"Gostaríamos de ver ocupada a maior parte das vagas ofertadas pelas 110 universidades britânicas. Por isso, a partir deste ano, os alunos que atenderem aos requisitos do programa, mas não atingirem a nota mínima em seus exames de proficiência, serão beneficiados com cursos de inglês intensivos na Grã-Bretanha", afirmou Jaqueline Wilkins, consultora em Educação da embaixada britânica.
Das 4 mil bolsas destinadas até agora pelo Ciência Sem Fronteiras para brasileiros estudarem no país, apenas 1,8 mil, ou 45%, foram preenchidas.
A redução da pontuação mínima consta em uma das retificações do edital do CsF, que teve suas inscrições encerradas no dia 25 de janeiro.
Antes, para o Toefl - um dos exames de certificação aceitos pelo programa -, era necessário que o estudante atingisse 72 pontos nas quatro modalidades da prova (compreensão auditiva, leitura, escrita e fala). Com a flexibilização, a exigência mínima caiu para uma pontuação de 42, uma diferença de 30 pontos.
No caso do Ielts - o outro exame aceito na seleção -, era necessário que o estudante atingisse a pontuação de 5,5 nas quatro modalidades. Com a mudança, ele pode, por exemplo, obter 4,5 em duas habilidades e ser considerado apto ao intercâmbio.
O candidato que não conseguir a nota necessária terá de participar de um curso intensivo de inglês na Grã-Bretanha, com duração de três ou seis meses, bancado pelo governo brasileiro (mais informações nesta pág.).
As aulas da língua estrangeira ocorrerão antes e durante os estudos acadêmicos. Ao final do curso, os candidatos precisarão se submeter a um novo teste de proficiência. Quem não conseguir as pontuações originariamente estabelecidas será obrigado a retornar ao Brasil.
Custo-benefício. O vice-reitor e pró-reitor de Coordenação Acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Rui Vicente Oppermann, elogia o programa, mas questiona o fato de o aluno aprender o idioma no exterior.
"O governo tem de avaliar muito bem o custo-benefício de enviar alunos brasileiros para aprender inglês na Grã-Bretanha. Temos capacidade para preparar os aluno com um custo menor aqui no Brasil", diz.
Segundo Oppermann, "os alunos deveriam ser enviados para estudar no exterior da maneira como o programa foi originalmente concebido, para que se aperfeiçoem em tecnologia".
A realização dos cursos intensivos é criticada por Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
"Quando analisamos a educação no Brasil, vemos que é comum trocarmos o pneu enquanto o carro anda. Eu duvido que na década de 80 as universidades da Grã-Bretanha aceitariam essa flexibilização. Hoje elas precisam dos bolsistas brasileiros, pois o ensino superior britânico está falido."
Consultado, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um dos órgãos que administram o programa, informou que a "flexibilização dos requisitos linguísticos, associada à participação em cursos de idioma intensivo no país de destino, faz parte das estratégias do programa para a ampliação da participação dos alunos".
O CNPq ainda ressaltou que é necessário que os alunos tenham um nível de proficiência mínimo para o acompanhamento das aulas nas universidades.
Para a próxima oferta de vaga na Grã-Bretanha - com previsão para início dos estudos no exterior em setembro de 2013 -, a embaixada britânica espera preencher a "maioria" das 2 mil bolsas previstas por semestre.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Revista Politica Externa: indices remissivos

A revista Política Externa é uma iniciativa que já comemorou 20 anos. Quando ela fez 15 anos, os organizadores prepararam diversos índices remissivos que figuram em seu site. Destaquei desses índices apenas aqueles que me dizem respeito e que transcrevo aqui.

Índice de autores:

Almeida, Paulo Roberto de
- (res.) Contribuições à história diplomática – Pierre Renouvin ou a aspiração total: Renouvin,
Pierre (org.). Histoire des relations internationales – v.3 n.3 p.183-194, 1994/1995
- O Brasil e o Mercosul em face do NAFTA – v.3 n.1 p.84-96 1994
- O Mercosul no contexto regional e internacional – v.2 n.2 p.86-103 1993
- (res.) Garcia, Eugênio Vargas. Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de
1920 – v.15 n.2 p.145-148 2006
- (res.) Vigevani, Tullo; Mariano, Marcello Passini. Alca: o gigante e os anões – v.12 n.2 p.154-158
2003
- (res.) Barreto, Fernando de Mello. Os sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil, 1964-1985, v.15 n.3 p.191-196 2006/2007
- (res.) A volta ao fatual de qualidade: Barreto. Fernando P. de Mello. Os sucessores do Barão:
relações exteriores do Brasil. (pref.) Lafer, Celso – v.10 n.3 p.174-177 2001/2002
- (res.) Nasser, Rabih Ali: A OMC e os países em desenvolvimento – v.12 n.1 p.146-148 2003
- (res.) Cervo, Amado Luiz; Bueno, Clodoaldo: Anova história diplomática – v.1 n.2 p.198-206 1992

Índice onomástico:

-  Almeida, Paulo Roberto de – v.3 n.3 p.183-194 1994/1995
- Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas no império – v.11 n.1
p.131-134 2002

ONDE ESTA' JANER CRISTALDO? (desculpem a caixa alta, mas e' necessario)

Desde 26 de janeiro de 2013, há quase duas semanas, portanto, que Janer Cristaldo já não posta mais nada em seu blog.
Nós, seus leitores habituais, reclamamos notícias e sobretudo uma nota tranquilizadora, para saber que ele está bem, alive and kicking, produzindo textos, com sua verve mordaz, seu pensamento atilado, sua mente penetrante, sua linguagem irônica, levemente arrogante e profundamente verdadeira.
O último post em que ele dava notícia de si mesmo, foi este:

sexta-feira, janeiro 25, 2013
CRONISTA NO ESTALEIRO
Volto em breve.

E agora José? Onde estás, que não respondes? Tropeçaste numa pedra? Comeste algo indigesto? Brigaste com algum companheiro da igreja (qualquer igreja)? Discutiste com algum companheiro estrito senso? E lato senso?
Exigimos sua volta, no bom sentido claro, não para trabalhar para nós, mas para nos deixar tranquilos quanto à sua saúde...
Vou criar o movimento de busca a Janer Cristaldo: vizinhos, amigos, conhecidos, ex-amantes, leitores, saí em busca do nosso heroi iconoclasta.
Não poderemos sobreviver muito tempo sem seus petardos eletrônicos, mais certeiros que um míssil Patriot, mais pesados que um SS-20 soviético, mais elegantes do que qualquer texto da Académie Française, mais abrangentes do que uma bomba de fragmentação, mais inesperados do que a ética em certos políticos, enfim, mais várias outras coisas que costuma estar em seus textos...
Paulo Roberto de Almeida

Petrossauro: cada vez menos petro, cada vez mais sauro... (graças a companheiros quadrupedes...)

Triste fim da sexta ou sétima companhia mundial de petróleo do mundo, a segunda ou terceira da América Latina, e uma das grandes revelações de empresas gigantes do chamado mundo em desenvolvimento. Certamente não será o fim da companhia, tanto porque ela tem a quem recorrer (e nós pagamos), mas se fosse uma companhia como as outras, a assembleia de acionistas já teria demitido toda a sua diretoria, colocaria o conselho para investigar a origem das besteiras cometidas nos últimos anos e designaria uma nova direção, tecnicamente competente, profissionalmente dedicada, comprometida com resultados, não com conversa fiada (e financiamento de sindicatos).
Se ela tivesse sido privatizada nos anos 1990, como a CSN, a Vale, a Embraer o foram, ela já estaria entre os primeiros lugares do mundo, e o Brasil não estaria enfrentando todas essas dificuldades na oferta de combustíveis e em matéria de transações correntes como ocorre atualmente.
Lamento a sorte (financeira) de todos aqueles que adquiriram ações da Petrobras, mas elas só têm a culpar a gestão companheira da companhia e as lideranças políticas que a arrastaram para essa triste situação nos últimos anos. Lamento os que trabalham na companhia, e gostaria de vê-la exibindo outros resultados, mas esses tampouco concordariam com a sua privatização, como seria melhor para todos: para os acionistas, para os empregados, para o público em geral, para o Brasil.
Ainda vamos amargar várias "heranças malditas" do voluntarismo em economia, típico da gestão companheira, que combina preconceitos políticos e incompetência gerencial.
Paulo Roberto de Almeida

O desmonte da Petrobrás

06 de fevereiro de 2013

Editorial O Estado de S.Paulo
Com lucro de R$ 21,18 bilhões em 2012, 36% menor que o do ano anterior e o mais baixo em oito anos, a Petrobrás paga um preço devastador pela sujeição aos interesses político-partidários do Palácio do Planalto. Investimentos mal planejados, orientação ideológica, loteamento de cargos e controle de preços de combustíveis comprometeram a eficiência e a rentabilidade da empresa e a desviaram de seus objetivos principais. Os danos impostos à companhia são parte da herança desastrosa deixada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sua sucessora.
Desde o ano passado a nova presidente da estatal, Maria das Graças Foster, vem tentando corrigir seu rumo. Mas a interferência nos preços permanece, os reajustes são insuficientes e a geração de caixa continua prejudicada. Mais dificuldades surgirão neste ano, avisaram ao mercado, nessa terça-feira, dois dos principais dirigentes da Petrobrás. Pelo menos esse dado positivo acompanhou a divulgação das más notícias: a presidente da empresa e o diretor financeiro, Almir Barbassa, falaram sobre a situação e as perspectivas da companhia com uma franqueza incomum durante a maior parte dos últimos dez anos.
Os problemas vão muito além de uma piora temporária das condições financeiras. A produção de petróleo e gás no Brasil, no ano passado, equivalente a 2,35 milhões de barris diários, foi 0,9% menor que a de 2011. Com a parcela produzida no exterior a média diária alcançou 2,59 milhões de barris equivalentes, volume 0,8% inferior ao do ano anterior. A meta de 2,02 milhões de barris diários, fixada para 2012, continuará valendo para este ano, com possibilidade de desvio de 2% para mais ou para menos. Se o desvio ocorrer, advertiu a presidente, será provavelmente para baixo. Não há possibilidade física, deixou claro a presidente, de um aumento de produção.
As previsões para o ano incluem também, segundo Maria das Graças Foster, mais R$ 6 bilhões de baixas correspondentes a poços secos. Além disso, nenhum novo projeto deverá ser iniciado em 2013. A empresa continuará empenhada em realizar os investimentos já programados, mas o total aplicado, de R$ 97,7 bilhões, deverá ser R$ 5 bilhões maior que o anteriormente previsto. A empresa continua analisando a qualidade econômica dos projetos enquadrados em 2012 como "em avaliação". Ao assumir o posto, a nova presidente anunciou no ano passado a intenção de rever os planos e prioridades. Não se anunciou, na ocasião, o abandono de nenhum projeto, mas ficou clara a disposição de submeter o programa da empresa a uma revisão crítica.
Sem perspectiva de maior produção a curto prazo, a empresa terá de continuar importando grandes volumes para atender à demanda crescente de combustíveis. Isso será inevitável mesmo com o aumento da parcela de álcool misturada com a gasolina. A necessidade de maior importação foi uma das causas da redução do lucro no ano passado. O controle de preços foi um complicador a mais. A presidente da empresa reafirmou a intenção de continuar buscando o realinhamento de preços. Mas isso dependerá de como o governo pretenda enfrentar a inflação. Se insistir na manipulação de preços, os problemas da Petrobrás poderão agravar-se.
Com dificuldades de geração de recursos, a companhia foi forçada a aumentar seu endividamento. Com problemas de caixa, a diretoria decidiu pagar dividendos menores aos detentores de ações ordinárias do que aos demais acionistas, explicou Barbassa. Disso resultará uma economia de R$ 3 bilhões para investimentos, acrescentou.
A Petrobrás necessitará de novo aumento de capital, segundo alguns analistas. A presidente da empresa negou essa possibilidade neste ano. Seja como for, o passo mais importante deve ser a consolidação de um novo estilo administrativo, moldado segundo objetivos típicos de uma empresa de energia. A Petrobrás será beneficiada, também, se as suas encomendas de equipamentos e serviços forem decididas com base em critérios empresariais. Não é sua função assumir os custos de uma política industrial. Ter sucesso como uma gigante do petróleo já é um desafio mais que suficiente.
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Água na Petrobrás

06 de fevereiro de 2013 | 2h 11

Celso Ming - O Estado de S.Paulo
A presidente da Petrobrás, Graça Foster, reconheceu ontem que 2012 "foi difícil" e que "no primeiro semestre de 2013 será ainda mais difícil". Os termos mais adequados seriam: 2012 foi desastroso e o primeiro semestre de 2013 será ainda mais.

A observação imediata provém de uma comparação. No início do ano passado, Graça reconhecia que os resultados da Petrobrás já eram ruins e debitou tudo à conta da administração anterior. Mas garantiu que, em 2012, a saúde da empresa seria restabelecida. Se agora avisa que 2013 "será ainda mais difícil", imagine-se então o que será o resultado da Petrobrás neste ano.

Análise do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, preferiu dizer que os resultados da Petrobrás "são horrorosos". E o mercado financeiro pareceu concordar. As cotações das ações ordinárias da empresa caíram 8,3% - veja o Confira.

Não é novidade que o governo Dilma tem feito política de controle da inflação à custa do caixa da Petrobrás. Somente na área de Abastecimento, o rombo foi de R$ 22,9 bilhões, maior do que o lucro anual. E isso aconteceu porque a empresa foi obrigada a importar derivados para garantir o aumento do consumo interno que ela não conseguiu suprir. Pagou preços mais altos no mercado internacional e teve de revender esses combustíveis internamente a preços mais baixos. A distorção já é conhecida: os reajustes de preços concedidos ao longo do ano foram de longe insuficientes para cobrir a diferença.

Agora, a própria empresa revela que não é só o governo que saca do seu caixa. A diretoria decidiu fazer caixa com redução de dividendos (em cerca de R$ 3 bilhões) concedidos às suas ações ordinárias. Não é apenas o acionista estrangeiro que está sendo punido. Está sendo punido, também, o próprio Tesouro (o acionista majoritário), que receberá menos.

Parte do lucro do último trimestre, de R$ 7,7 bilhões, foi providenciada com operações extraordinárias, caso da liquidação de estoques da Refinaria de Pasadena (Estados Unidos). Logo, não se repetirão.

O dado mais inquietante é a forte deterioração da capacidade de endividamento da Petrobrás (alavancagem). Sua situação financeira pode ser vista como ainda mais aguada do que a de antes de 2010, quando houve o maior aumento de capital de todos os tempos (R$ 120 bilhões). Em 2012, a dívida líquida cresceu 43%, para R$ 148 bilhões.

Tecnicamente, a Petrobrás precisaria de nova injeção de capital para enfrentar os rombos e a enorme necessidade de investimentos. Mas, ontem, Graça negou veementemente projetos nessa direção. Significa que a Petrobrás terá progressiva dificuldade para se financiar e para cumprir seu programa de investimentos, de R$ 98 bilhões, só em 2013. O diretor de Finanças, Almir Barbassa, disse esperar a reversão do problema. Não disse como.

Outro problema é a queda de produção, de 2,4% em 2012. Não se deve só ao esgotamento de poços no pós-sal (Bacia de Campos) e a atrasos no desenvolvimento de outros, mas também à perda de eficiência operacional da empresa - reconhecida pela própria direção. Embora seis sistemas devam começar a operar em 2013, Graça avisa que não se pode contar com aumento de produção, devido à paralisação para reparos técnicos.

Miseria educacional brasileira: uma luz no fim do tunel?

Acho que ainda não; os autores deste artigo esperam que as coisas possam mudar, mas eu tenho a impressão de que as corporações sindicais que dominam as associações de professores se opõem a muitas mudanças necessárias, sem falar da ideologia freireana do MEC, oposta a qualquer cobrança de resultados dos professores.
Paulo Roberto de Almeida

À espera de um currículo de padrão internacional
Ilona Becskeházy, consultora em Educação
João Batista Araújo de Oliveira, presidente do Instituto Alfa e Beto
O Estado de São Paulo, 6/02/2013

 A população brasileira, em geral - e, em particular, a que depende da escola pública -, está à espera de políticas que efetivamente façam a educação avançar no País. Nada mais eloquente do que o depoimento da mãe de um aluno matriculado no primeiro ano de uma escola do interior fluminense, porque ele representa a aflição de muitas outras mães que dependem das escolas públicas: "A Secretaria Municipal de Educação de Cachoeiras de Macacu (RJ) está interpretando que a alfabetização começa ou pode ser estendida aos oito anos. Isso é um retrocesso, pois, nos anos 80/90, os alunos ao final do primeiro ano já sabiam ler e, no terceiro ano, já tinham acesso a um currículo muito diversificado. É necessário que a sociedade exija que a alfabetização ocorra aos 6 anos de idade, como é na rede particular. Se não for assim, como fica o princípio republicano da isonomia? O Estado acaba ajudando a diferenciar seus pequenos cidadãos?".

É natural que uma nação que viu o Brasil melhorar em tantas áreas espere que seu governo faça o mesmo pela educação. Tanto quanto é natural que a população tenha a expectativa de que as autoridades educacionais já estejam caminhando nessa direção. Infelizmente, não é o caso do nosso país, cujas lideranças educacionais insistem em perseguir um caminho próprio e equivocado, que não leva em conta as evidências científicas sobre o que funciona no processo pedagógico e as principais experiências internacionais de políticas educacionais públicas e eficazes.

Nos últimos anos, especialmente a partir das informações de dois grandes programas de avaliação estudantil em nível internacional - o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e o Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência (Timms) - os países desenvolvidos vêm reformulando seus currículos nas áreas de matemática e de ciências e as orientações sobre o ensino da língua e sobre a alfabetização. Há um ambiente de colaboração internacional entre as autoridades educacionais, do qual os nossos representantes têm escolhido não fazer parte.

A demonstração mais recente do isolamento educacional brasileiro está em duas iniciativas do governo federal a respeito da alfabetização escolar das crianças: a Medida Provisória n.º 586/12 e uma proposta de normativa para garantir "direitos de aprendizagem". São duas peças que, uma vez aprovadas respectivamente pelo Poder Legislativo e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), servirão de base legal para garantir aos brasileiros o "direto de aprender a ler aos oito anos". O problema, muito bem apresentado pela mãe de Cachoeiras de Macacu, é que continuamos sem ter a definição clara do que é "saber ler" e colocamos um padrão difuso que está servindo para facilitar a vida de quem não sabe "ensinar a ler".

A medida provisória trata essencialmente de recursos para compra de materiais paradidáticos, formação de alfabetizadores e premiação para quem der conta do recado. Para se ter uma ideia de como o assunto é tratado por quem estabelece as políticas educacionais, foram enviadas mais de 60 emendas - e duas delas propunham estabelecer a alfabetização como direito a ser assegurado aos 6 anos, ao final do primeiro ano do ensino fundamental, como se faz nas escolas privadas e no mundo desenvolvido. Essas duas emendas foram rejeitadas. Outra, que dispensa os tomadores de crédito estudantil de ter ficha de crédito limpa, foi aprovada, apesar de nem estar relacionada com a matéria em pauta.

Para ilustrar a dimensão do fosso que nos separa do resto do mundo, fazemos uma comparação de fácil digestão para os brasileiros - com Portugal.

Recentemente, o currículo de Língua Portuguesa e o de Matemática para o ensino fundamental foram reformulados com o objetivo explícito de melhorar a qualidade e se aproximarem dos demais países da Europa. Esses currículos, disponíveis na internet, são detalhados e simples o suficiente para que as famílias possam acompanhar a sua implementação nas escolas de seus filhos. Lá até as escolas particulares tiveram de fazer adequações para atenderem aos novos padrões, que, além de detalhados, são desafiadores para os alunos e seus professores.

Alguns exemplos do que o documento da terra de Camões apresenta: no primeiro ano o aluno deve ler, num texto simples, 55 palavras por minuto; no segundo ano, 90 palavras por minuto e no terceiro ano, 110 palavras por minuto. Também no terceiro ano os portugueses devem "escrever pequenas narrativas, incluindo os seus elementos constituintes: quem, quando, onde, o quê, como". E vão "introduzir diálogos em textos narrativos". Fica fácil imaginar que, daqui a dez anos, seremos nós os protagonistas das piadas de português...

Sempre há esperança. No caso da Medida Provisória n.º 586/12, os legisladores poderiam abrir espaço para ouvir outras vozes, analisar a experiência internacional e avaliar políticas públicas que efetivamente possam promover avanços na alfabetização das crianças. Poderiam, por exemplo, começar ouvindo o que a Academia Brasileira de Ciências tem a dizer - inclusive saberiam que, se existe um ciclo de alfabetização, ele deveria começar na educação infantil e terminar no primeiro ano do ensino fundamental. No caso do documento enviado ao CNE, sempre é tempo para retirar da pauta, rever e incorporar, de maneira consistente, o que o conhecimento científico acumulado e a experiência de outros países teriam a nos ensinar.

Quem sabe o nosso ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se disponha a ter um curto diálogo com seu colega Nuno Crato, de Portugal? Ou a presidente Dilma Rousseff se sensibilize com padrões educacionais que, apesar de nada populares em alguns setores da educação local, são ambiciosos o suficiente para tornar o Brasil um país realmente cosmopolita?