O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sábado, 5 de outubro de 2013

Mais um pouco de fascismo ordinario, para variar: livros retidos nas alfandegas...

Veja.com, sábado, 5 de outubro de 2013
7:13 \ Cultura

Custo Brasil: livros e leitores digitais travados na burocracia das alfândegas

Livros: mais de um mês na alfândega
A burocracia brasileira já fez mais uma vítima – o mercado editorial. Livros físicos e leitores digitais importados têm ficado travados em alfândegas por até um mês esperando a liberação da Receita.
Normalmente, o prazo é de até dez dias. Além de não conseguir vender os produtos, editoras e livrarias ainda têm que pagar pela armazenagem .
A lentidão tem a ver com o lobby da indústria de brinquedos. O setor reclamaram na Receita que várias obras infantis são, na verdade, jogos disfarçados de livros. A fiscalização aumentou desde então.
Por Lauro Jardim

A diplomacia financeira do Brasil no Imperio - Paulo Roberto de Almeida (Historia Economica)

Descubro hoje que a revista da associação da qual faço parte (mas inadimplente, involuntariamente, o que pretendo remediar) está de roupa nova e endereço novo.
Também constato, que um artigo que publiquei alguns (dez) anos atrás encontra-se disponível, e por isso o torno disponível aqui aos interessados. A despeito do formato padronizado, não existe resumo, mas o artigo está disponível no link abaixo, ainda que seja difícil ler no formato disponível.
Paulo Roberto de Almeida

Revista de História Econômica e de História de Empresas
http://www.revistaabphe.uff.br/index.php?journal=rabphe

Paulo Roberto de Almeida:

v. 4, n. 1 (2001)A diplomacia financeira do Brasil no ImpérioRESUMO PDF
neste link: 

História Econômica & História de Empresas é uma publicação semestral da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE).

A mistica politica da nao-politica, para chegar ao poder, irracionalmente... - Reinaldo Azevedo

A ex-senadora, ex-ministra, ex-várias outras coisas, e atual líder espiritual da conurbação etérea dos sustentáveis sempre me pareceu totalmente alienada, no sentido em que nós, jovens marxistas, dávamos, nos anos 1960, às pessoas que pairavam no ar, sem uma noção precisa do que seja o mundo e do que elas fazem ali, naquela atmosfera terrena contaminada por más intenções, mas que não atingem os alienados, pois eles são ingênuos, no sentido cristão primitivo da palavra.
A Marina Silva seria um desastre como governante, mas corre o risco de ser eleita, se conseguir se candidatar, por qualquer coisa que se chame partido.
Vai ser um desastre, mas talvez menor do que o produzido pelos companheiros, pois ela, não tendo uma organização stalinista como os petralhas, seria obrigado a se compor com os políticos profissionais e outros idealistas que a seguem, mas que não são tão etéreos quanto ela.
Partilho da visão do Reinaldo Azevedo e também do Alfredo Sirkis, ainda que discordando de ambos em várias outras coisas.
Mas, o Brasil atual é um país de alienados, das elites aos pobres matutos do interior. Todos eles podem eleger a alienada maior do Brasil.
É, vai demorar para consertar o Brasil: entre petralhas e místicos...
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 4/10/2013

Volta e meia escrevo sobre as tentações messiânicas de Marina Silva. Atenção! A crítica nada tem a ver com o fato de ela ser evangélica. O problema da ex-senadora, entendo, não é seu milenarismo religioso — fosse, ela deixaria algumas questões para a segunda volta do Cristo… O que me incomoda nela é seu milenarismo supostamente científico, que avança para a irracionalidade. Líder carismática, ao menos entre os seus fanáticos, não junta, com frequência, lé com lé, cré com cré, mas seus seguidores atuam como se ela já tivesse feito uma viagem ao futuro e atuasse, então, no presente, para nos salvar das ameaças escatológicas. As suas prefigurações apocalípticas não têm nada a ver com o Cristo — atribuir à sua religiosidade o seu discurso impreciso é só uma forma de preconceito antirreligioso. Marina é, no Brasil, a expressão mais acabada — e, como todas, mal acabada — de uma dita agenda global: o mundo teria descoberto o caminho da paz perpétua. Essa agenda totalista, de viés docemente totalitário, não frutifica, por exemplo, em ditaduras. Vejam lá se a China está preocupada com as prefigurações apocalípticas de Marina. Ou a Rússia. Ou os países islâmicos. Perguntem, por exemplo, se George Soros se ocupa de financiar ONGs em Pequim… É preciso haver democracia para que se tenha a liberdade de tentar destruir a democracia. Enquanto os revoltosos não vencerem, a gente via levando…
Não estou aqui a dizer que Marina não acredita nas coisas que diz. Ela é uma profetisa que se leva a sério, sim. Desculpem ser literalmente “rasteiro” quando trato de Marina, vale dizer: ter de chegar ao chão propriamente. Eu ainda me pergunto o que aconteceria com o Brasil — que já está vendo sua balança comercial ir para a cucuia e que amarga os piores resultados nas contas externas — se o Código Florestal que ela brandiu como quem tivesse recebido as Tábuas da Lei tivesse sido aprovado. Resultaria em quê? Numa brutal redução da área plantada. “Ah, não simplifique, não é assim!” É assim, sim, senhores! Demonstrei à farta essa questão por ocasião do debate do tal código.
Pois bem! O deputado Alfredo Sirkis (RJ), do Rio, é um dos mais vistosos aliados de Marina Silva. Está entre aqueles que defendem que o grupo se organize, inclusive ela própria, para disputar as eleições de 2014. Há caminhos para isso. Legendas foram oferecidas à líder. Mas ela resiste. A questão foi debatida ontem à noite. O confronto entre os dois beirou o bate-boca. Marina acha que sua força simbólica diminui caso dispute a Presidência por outra sigla. De certo modo, tem razão: afinal, isso traria à luz o que ela faz de tudo para esconder: é obcecada pelo poder — embora, claro!, seja vista hoje em dia como uma pessoa quase etérea, que se preocupa apenas com a luz, como se suas ambições, à diferença da de outros políticos, não fosse constituída de matéria, mas apenas de energia. É mesmo, é?
Ora, ela pertencia ao maior partido do país. Poderia, por exemplo, ter lutado para arrebanhar forças internas e disputar posições de comando. Ocorre que Marina não queria ser mais uma; pretendia ser “a” protagonista. Seu grupo se mudou de mala e cuia para o PV. Finda a disputa presidencial, tentaram dar um golpe e tomar a legenda. Ela fez à direção do partido a mesma acusação que fez ontem ao TSE: arcaísmo, legalismo regressivo, burocracia… Comandou a debandada rumo à tal Rede. Alguém então indagou: “Para ser presidente?”. Nãããooo!!! Isso é coisa da “velha política”, das pessoas vulgares, dizia-se. Nunca um partido em formação teve tanto espaço na imprensa e nas redes sociais. A turma só se esqueceu, vamos dizer, de cuidar da cozinha. Com Marina, é assim: mordomos invisíveis sempre administram a casa, enquanto ela flana e vive de luz. Com todo o respeito ao doutor Torquato Jardim, um profissional de respeito, a argumentação no TSE beirou o ridículo: o que se pedia ali é que se descumprisse a lei. No estado democrático e de direito, quando uma lei é ruim, o que se deve fazer é mudá-la. Mas essa tarefa não cabe aos tribunais.
Sirkis escreveu um duro texto em seu blog intitulado “Cartório, auto-complacência…e sincericídio”, que reproduzo abaixo. Atenção! Eu sou um duro crítico de Marina e não estou tentando usar as palavras de um aliado seu para provar que estou certo. Não o conheço, e é provável que discordemos de uma porção de coisas. Não endosso algumas das coisas que vão ali, com destaque para a crítica nada sutil à religiosidade da ex-senadora. O texto serve, de todo modo, como evidência de que Marina, cercada por adoradores, exerce uma doce e iluminada autocracia. Se um dia for eleita presidente, das duas uma: ou será obrigada a renunciar às próprias convicções porque a governabilidade impõe limites racionais que seu discurso não reconhece ou empurra o país para uma crise. Essa conclusão é minha, não de Sirkis. Fiquem com seu desabafo. Chamo especial atenção para o trecho em que ele aborda a “diversidade ideológica” da Rede. Alguém dirá: “Que bom!”. Huuummm… Eu até hoje me pergunto como se conciliariam vocações francamente liberais lá abrigadas — ou “neoliberais”, como querem alguns — com convicções que, às vezes, estão bem à esquerda do petismo. Quem as unirá num único cálice? Bastará a força mística de Marina?
Reinaldo Azevedo
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Cartório, auto-complacência…e sincericídio
Alfredo Sirkis

O Brasil da secular burocracia pombalina, do corporativismo estreito e da hipocrisia politico cartorial falou pela voz da maioria esmagadora do tribunal. A voz solitária de Gilmar Mendes botou o dedo na ferida na forma do juz esperneandi. O direito de, literalmente, espernear.
Para mim não foi surpresa alguma, nunca foi uma questão de fé –Deus não joga nesta liga– mas de lucidez e conhecimento baseado na experiência pregressa. Eu tinha certeza absoluta que se não tivéssemos uma a uma as assinaturas certificadas, carimbadas, validadas pela repartição cartórios de zonas eleitorais íamos levar bomba.
A ministra relatoria fez uma defesa quase sindicalista da “lisura” de seus cartórios. Gilmar Mendes mostrou claramente o anacronismo deles na era digital. Prevaleceu a suposta “dura lex sed lex” mas que pode também ser traduzido, no caso, pelo mote: “aos amigos, tudo, aos inimigos, a Lei”. E o PT já tinha avisado que “abateria o avião de Marina na pista de decolagem”.
Mas não ter entendido que o jogo seria assim e ter se precavido a tempo e horas foi uma das muitas auto complacências resultantes de uma mística de auto ilusão.
Para ser direto em bom carioquês: “demos mole”.
Marina é uma extraordinária líder popular, profundamente dedicada a uma causa da qual compartilhamos e certamente a pessoa no país que melhor projeta o discurso da sustentabilidade, da ética e da justiça socioambiental. Possui, no entanto, limitações, como todos nós. As vezes falha com operadora política comete equívocos de avaliação estratégica e tática, cultiva um processo decisório ad hoc e caótico e acaba só conseguindo trabalhar direito com seus incondicionais. Reage mal a críticas e opiniões fortes discordantes e não estabelece alianças estratégicas com seus pares. Tem certas características dos lideres populistas embora deles se distinga por uma generosidade e uma pureza d’alma que em geral eles não têm.
Não tenho mais idade nem paciência para fazer parte de séquitos incondicionais e discordei bastante de diversos movimentos que foram operados desde 2010. A saída do PV foi precipitada por uma tragédia de erros de parte a parte. Agora, ironicamente, ficamos a mercê de algum outro partido, possivelmente ainda pior do que o PV.
Quanto à Rede, precisa ser vista de forma lúcida. Sua extrema diversidade ideológica faz dela um difícil partido para um dia governar. Funcionaria melhor como rede propriamente dita –o Brasil precisa de uma rede para a sustentabilidade, de fato– mas, nesse particular, querer ser partido atrapalha.
Ficarei com Marina como candidata presidencial porque ela é a nossa voz para milhões de brasileiros mas não esperem de mim a renúncia à lucidez e uma adesão mística incondicional, acrítica.

Minha tendência ao “sincericidio” é compulsiva e patológica. Nesse sentido não sou um “bom politico”. Desculpem o mau jeito. Hoje tenho oito horas para enfrentar um leque de decisões, todas ruins em relação ao que fazer com uma trajetória limpa de 43 anos de vida política. Mas vou fazê-lo sem angústia de coração leve e mente aberta.

Brasil se equivocou ao suspender Paraguai, diz presidente da CREDN-SF

Dizer que o Brasil se equivocou supõe pensar que o Governo simplesmente se enganou, praticou um gesto sem querer, fazendo uma coisa pensando que estava fazendo outra. Ora, não foi absolutamente o que ocorreu.
O governo brasileiro queria, sim, deliberadamente e de caso pensado, suspender o Paraguai. Não foi um ato falho, mas uma decisão refletida e que veio a calhar, pois também havia essa vontade coçando há muito tempo de colocar a Venezuela dentro do Mercosul, mesmo com ela não preenchendo os requisitos.
Ou seja, não houve qualquer equívoco: todos os atos do governo foram friamente calculados, mas sempre com essa improvisação típica do Chapolin Colorado. 
Paulo Roberto de Almeida


Boletim do Senado Federal, 04/10/2013

Brasil se equivocó al apoyar suspensión de Paraguay, dice Ferraço

Brasil actuó precipitadamente al apoyar la suspensión de Paraguay del Mercosur, dijo el jueves (3) el presidente de la Comisión de Relaciones Exteriores y Defensa Nacional (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Al abrir la reunión de la comisión, tres días después de la visita a Brasilia del nuevo presidente de Paraguay, Horacio Cartes, lamentó que el gobierno brasileño haya, en este episodio, actuado “en remolque del voluntarismo de otras naciones suramericanas, motivadas por los intereses más inmediatos de una alianza ideológica que ha echado raíces en el continente suramericano”.
Paraguay fue suspendido del bloque tras la destitución del entonces presidente Fernando Lugo, en un movimiento político considerado demasiado rápido y poco democrático por los demás países del Mercosur. Lugo acaba de ser elegido senador en Paraguay, como lo señaló el presidente de la comisión, en la misma elección que llevó al poder Cartes. La participación en la elección de Lugo, a su juicio, sería una “atestación cabal” de la normalización democrática del país vecino.
–Nos precipitamos y nos equivocamos en nuestras evaluaciones. Espero que, en el ejercicio de reflexión que Brasil eventualmente haga sobre el episodio, ya sin las presiones de la situación mal resuelta, tenga destaque la preocupación de comprender por qué, en aquella crisis, en vez de liderar el proceso, seguimos nuestros vecinos más radicales e ideológicos –afirmó Ferraço.
La senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) no estuvo de acuerdo con la evaluación del presidente de la comisión. Para ella, Brasil y los demás países del Mercosur no se equivocaron al suspender Paraguay. Ahora, tras la toma de posesión del nuevo presidente, argumentó, es el momento adecuado para el regreso del país al bloque. En respuesta, Ferraço dijo que lo importante es “mirar por el parabrisas y no por el retrovisor” y fortalecer el Mercosur en el momento de negociaciones de un acuerdo comercial con la Unión Europea.
La senadora Ana Amélia (PP-RS) expresó satisfacción por Paraguay haber aceptado la “mano tendida” de Brasil en un momento que calificó como “especie de reencuentro de una vieja amistad”. El senador Osvaldo Sobrino (PTB-MT) afirmó que los brasileños tienen que “tratar con cariño” los vecinos paraguayos. A su vez, el senador Eduardo Suplicy (PT-SP) recordó que la destitución de Lugo fue mal vista no solo en Mercosur, sino también en la Unión de Países Sudamericanos (Unasur). La elección de Cartes, a su juicio, “abre camino para el diálogo”.

O segredo bancario suico ainda tem futuro? Uma analise de um corretor de investimentos

A Suíça não é mais aquela: pressionada de todos os lados, teve de entrar em "acordo" com os principais países europeus e, principalmente, com os Estados Unidos, para que seus bancos não fossem punidos e ela mesma fosse inscrita na lista negra dos paraísos fiscais. Agora, pode haver transferência de informações bancárias, desde que haja algum fundamento legal para a requisição do Estado demandante.
Melhor salvar os dedos, entregando os anéis, portanto...
Vejamos o que diz este operador de mercado de investimentos mais ou menos legais...
Paulo Roberto de Almeida


Is France Preparing to Invade Switzerland?
By Bob Bauman JD, Offshore and Asset Protection Editor
The Sovereign Investor

Dear Paulo Roberto,

For the third time in 25 years, the people of Switzerland have overwhelmingly voted to maintain their conscription army.

On September 22, 73% of voters from 26 Swiss cantons rejected a referendum that pacifists and left-wing parties advocated to abolish mandatory military service, which requires part-time army service from each male citizen between the ages of 18 to 34. Women may serve voluntarily.

To believe Swiss military officials, that army may be needed to defend against an invasion by France. Days after the referendum, it was revealed that the Swiss army earlier in August had conducted a military exercise/war game based on a hypothetical invasion by a bankrupt France trying to get back their “stolen” money hidden in Swiss bank accounts.

Taking into account recent events, should the Swiss be more wary of France … or U.S. Attorney General Eric Holder? 

Beginning in the 1930s, Swiss banking practices and laws ensured complete privacy – and, thus, secrecy – for clients, regardless of nationality or the laws of the client’s home country. That era effectively came to an end a few days ago, when the governments of the U.S. and Switzerland struck a deal that allows some Swiss banks to pay fines to avoid or defer prosecution for their U.S. customers’ tax evasion.

As longtime readers will know, this reform process was promoted because of a 2009 lawsuit by Eric Holder’s U.S. Department of Justice against Swiss banking giant UBS for helping Americans keep assets in undisclosed Swiss accounts. The threat of U.S. lawsuits even destroyed the oldest bank in Switzerland, Wegelin & Co., founded in 1741.

Holder forced change on the reluctant Swiss, and the unintended consequence of his strong-arm tactics is probably to their benefit. The reality is that the bullying U.S. could have frozen Switzerland out of the global financial system had it not complied. The uncertainty caused by that possibility effectively ruled Switzerland out as a recommended destination for offshore banking.

A global survey by PricewaterhouseCoopers found that the major attraction for a private bank’s new customers is its reputation. Fortunately, in spite of the UBS scandal, Switzerland’s solid financial reputation still allows this alpine nation to serve as “banker to the world.” Indeed, these days, good judgment and reliability are banking traits more sought after than ever before.

Even considering its many recent international difficulties, Switzerland remains as one of the best all-around asset and financial havens in the world. 
The Gold Standard in Asset Protection
For centuries, the Swiss have acted as banker to the world, acquiring a reputation for integrity and financial privacy. It is also an attractive residence for wealthy people to reside, which may explain why Switzerland is home to nearly 10% of all millionaires in the world.

All these Swiss reforms have produced what Sovereign Society Executive Publisher Erika Nolan has rightfully called “a silver lining” for Americans banking in Switzerland. Freedom Alliance members received a July special report explaining this new world of private banking.

My considered opinion of Switzerland is that it remains the best place for investment management, U.S. tax-deferred annuities and life insurance – all aspects of sound asset protection. In these services and many others, the Swiss excel.

The Sovereign Society respects U.S. tax laws and U.S. reporting requirements. We also value financial privacy, a concept that died in America with the PATRIOT Act.

Switzerland still offers a statutory guarantee of privacy for law abiding and tax paying persons from all nations. The Sovereign Society has existing arrangements with reputable, independent, SEC-registered Swiss asset managers who are able to place American accounts at leading Swiss banks.

Switzerland may be neutral in politics, but it’s far from flavorless. The fusion of German, French and Italian influence has formed a robust national culture, and the country’s alpine landscapes have enough zing to reinvigorate even the most jaded traveler.

My two youngest children, Vicky and Jim, and I will never forget traveling by car from Dijon, France, to Geneva on a frigid, snowy January morning, in awe of the hundreds of rainbows produced by snow showers falling from a million tree branches as the sun arose.

Goethe summed up Switzerland succinctly as a combination of “the colossal and the well-ordered.” You can be sure that your clean, impressive train will be on time. The tidy, “just-so” precision of the Swiss is tempered by the lofty splendor of those landscapes. There’s a lot more here than just trillions of dollars and euros.

The Confederation of Switzerland and its people are survivors, and rich ones at that. This nation manages nearly one-tenth of the world’s offshore cash and assets, over US$4 trillion for people all over the world, and they have done this successfully for centuries.

Despite two World Wars, for 215 years, as European empires rose and fell, Switzerland’s official neutrality, defense of its sovereignty and banking prowess have created a world-recognized island of financial stability. 
Faithfully yours,

Bob Bauman JD
Editor, Offshore Confidential
The Sovereign Investor

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Brasil-Bolivia: inquisicao do Itamaraty (Diario do Poder; Veja)

Ex-chanceler depõe na inquisição contra Sabóia
Diário do Poder, 4 de outubro de 2013
O ex-chanceler Antônio Patriota foi convocado para depor nesta sexta-feira (5) no “tribunal de inquisição”, criado pelo governo federal nos moldes do regime militar, para “apurar a atitude” do diplomata humanitário Eduardo Sabóia, que ajudou o senador boliviano Roger Molina, asilado há 455 dias na embaixada brasileira em La Paz, a sair do país. Na época, Molina andava depressivo e ameaçava se matar.

  • Espera-se que Patriota assuma a ordem para segregar o senador em um cubículo sem janelas, na embaixada, e proibir visitas até da família.
  • Patriota teria ordenado o confisco do celular e do laptop de Molina, mas os diplomatas exigiram isso por escrito, e a determinação foi ignorada.
  • O corregedor do Itamaraty, Heraldo Póvoas de Arruda, prorrogou o prazo para que a comissão de sindicância contra Eduardo Sabóia.
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    Coluna de Lauro Jardim, na Veja, 4/10/2013, 12:22 \ Governo
    Preparando a defesa

    Eduardo Saboia anda focado na preparação defesa do processo administrativo disciplinar a que responde no Itamaraty, aberto depois da operação de resgate do senador boliviano Roger Molina para o Brasil. Ontem, Saboia ligou para Ricardo Ferraço perguntando se poderia testemunhar a seu favor. Convite aceito.
    Chamado para depôr, Ferraço vai reforçar a versão de que o Ministério das Relações Exteriores recebeu diversos de Saboia comunicados sobre a gravidade da situação de confinamento de Molina na embaixada brasileira na Bolívia .
    Começam na sexta-feira as oitivas da sindicância feita pelo governo sobre a conduta de Eduardo Saboia no episódio da fuga do  senador Roger Molina. O primeiro a ser ouvido será Antonio Patriota.

    Por Lauro Jardim
  • Brasil dos brasileiros e dos economistas - Marcelo Neri e Monica Baumgarten De Bolle

    Pequena introducao de Mauricio David:

    Marcelo Neri, ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, briga para ficar no cargo. Para tal, publicou no O Globo de hoje artigo dizendo que os dados do IBGE que mostram um PIB praticamente estagnado ( crescimento de 0.9% em 2012, vai pelo mesmo caminho em 2013) não mostram a realidade. A realidade, estaria, pelo contrário, nas artes mágicas de mostrar o contrário, manipulando os dados da PNAD dada a conhecer recentemente... Este ministro vai longe... Já conseguiu ficar interinamente como ministro, agora briga para ficar definitivamente no posto. Será que vai conseguir ?
    MD
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    Pnad mostra que Brasil cresceu em ritmo chinês, diz ministro


    Os números divulgados hoje (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes ao ano passado, mostram que existem dois Brasis: um que gerou Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%, apelidado de “pibinho”, e outro, mostrado pela pesquisa, que revelou crescimento de 8% na renda média dos trabalhadores, “um desempenho de nível chinês”. A análise foi feita secretário de Assuntos Estratégicos, ministro Marcelo Neri, que também acumula a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    “A Pnad 2012 surpreende muito, porque foi o ano do ‘pibinho’ – o PIB cresceu 0,9%, mas a renda média dos brasileiros cresceu 8,9%. Ou seja, uma diferença de 8 pontos percentuais. O Brasil dos economistas está indo muito pior que o Brasil dos brasileiros. A desigualdade deu uma estabilizada [descendente] em 2012, mas, com certeza, a pobreza teve uma queda espetacular por conta do crescimento”, afirmou Neri.

    Segundo o ministro, em todos os extratos da população, a renda aumentou bastante, “em ritmo chinês”, e “isso está em completa dissonância com os dados das contas nacionais do PIB”.

    Marcelo Neri atribuiu o avanço registrado pela Pnad ao forte crescimento do mercado de trabalho, principalmente pelo aumento do salário e não tanto pelo crescimento na ocupação, pois o país está vivendo quase um momento de pleno emprego. “Houve uma melhora em termos de formalidade e mais acesso a direitos trabalhistas. Fundamentalmente, é uma economia em que o mercado de trabalho está descolado do crescimento do PIB. São dois Brasis completamente diferentes.”

    Outros fatores que contribuíram para o bom momento da economia brasileira demonstrado na Pnad foram a melhor distribuição de renda e os ganhos reais do salário mínimo, destacou o ministro, que apontou nova queda na desigualdade: “de 2003 até 2011, tivemos um crescimento da renda na Pnad de 40,5% no acumulado. E o PIB per capita cresceu 27,7% nesse período.”

    O ministro Marcelo Neri falou com a imprensa durante o 13º Encontro Nacional de Estudos Estratégicos, promovido pela secretaria, em parceria com o Ministério da Defesa. O evento foi na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
    Veja a crítica a Marcelo Neri :
    No Reino dos Pnadianos e Pnadianas... (Blog Monica Baumgarten de Bolle)
    Por Monica Baumgarten de Bolle - 4 de outubro de 2013 11:36

    …há o Brasil dos brasileiros em suas casas e o Brasil dos economistas. O Brasil dos brasileiros em suas casas só pode ser visto pela janela da PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios do IBGE. A PNAD, por sua vez, só pode ser compreendida por uns poucos afortunados que conseguem enxergar a verdade nas suas estatísticas. Isso não é tarefa para amadores. Não é tarefa para economistas. Ou, ao menos, não é para qualquer economista.
    Assim nos disse o Presidente do IPEA, Marcelo Neri, em artigo publicado para o Jornal O Globo em 4/10. Há o Brasil dos brasileiros em suas casas. Esse Brasil cresceu extraordinariamente no ano passado, uns 8% descontada a inflação, uns 14% quando a levamos em conta. Disse-nos o IPEA que isso foi maior do que a expansão do PIB chinês no ano passado, salientando o feito realmente extraordinário. Esqueçam-se do detalhe anódino de que o PIB chinês não é comparável à PNAD brasileira porque… Bem, para início de conversa porque não sabemos como o PIB chinês é compilado. Já a comparação com o Brasil dos economistas, esta sim é válida. E, esse Brasil, o medido pelo PIB, cresceu apenas 0,9% em termos reais, ou pouco mais de 6,5% quando se leva em conta a variação dos preços.
    O Brasil dos brasileiros em suas casas e o Brasil dos economistas – leia-se, o PIB – são definidos e avaliados pelo mesmo instituto, pelo IBGE. O IBGE conduz a PNAD. O IBGE compila as Contas Nacionais. O Presidente do IPEA disse que o Brasil não é para amadores, parafraseando Tom Jobim. Estaria ele, portanto, insinuando que uma parte do IBGE é amadora? Afinal, uma parte do IBGE, a que lida com as Contas Nacionais, constatou que a renda por habitante do País praticamente estagnou no ano passado. Ou seria o caso dele estar nos dizendo que nós economistas – uma categoria à qual ele próprio pertence – não somos capazes de decifrar a esfinge pnadiana? Pnadiana, seria um neologismo ou um termo que compõe o idioma correntemente falado pelos integrantes do atual governo brasileiro, o Dilmês?
    E, será mesmo que a PNAD é um enigma que apenas aqueles dotados de uma habilidade inata para destrinchar as mensagens contidas nos microdados são capazes de resolver? A renda medida pela PNAD aumentou 14% no ano passado, levando em conta a inflação. O salário mínimo cresceu 14% em 2012 levando em conta a inflação. Será uma mera coincidência?
    Suponhamos que o enigma pnadiano seja explicado pela regra anacrônica de reajuste do salário mínimo, essa que o eleva todo ano com base na expansão do PIB de dois anos anteriores e na inflação de um ano atrás. Em 2012, o salário mínimo foi favorecido pela extraordinária expansão do PIB de 2010, de 7,5%, e pela não menos extraordinária elevação da inflação, que bateu no teto da meta, nos 6,5%. Afora o fato de que a regra aumenta o grau de indexação da economia, algo que levamos anos para desmontar, e que não faz o menor sentido econômico reajustar o salário mínimo pelo PIB, há outros problemas. O salário mínimo reajustado na marreta desse modo prejudica as contas públicas brasileiras, essas mesmas contas públicas que viraram o alvo de críticas das agências internacionais de risco e de certos semanários britânicos que gostam de foguetes religiosos. O salário mínimo reajustado na marreta tende a reduzir os incentivos para que as pessoas busquem na educação a melhoria de suas perspectivas futuras. Afinal, com tantas bolsas isso e aquilo por aí, além do maná do salário mínimo distribuído generosamente pelo governo todos os anos, para que almejar algo mais? Enterrar-se na mediocridade já é suficiente. E, é claro, aprender Dilmês.
    No reino dos Pnadianos e Pnadianas, há… Bem há Pnadianos e Pnadianas. Esses são os guerreiros do governo que usam qualquer artifício, inclusive um manuseio peculiar dos dados, para sustentar os seus argumentos. Poderiam também ser chamados de Pnadilmos e Pnadilmas. Qualquer semelhança com os Paladinos de Carlos Magno não é mera coincidência. Afinal, quem não concorda com eles (e elas) só pode ser membro daquelas hordas de Sarracenos hereges…

    Irresponsabilidade parlamentar nao tem limites: aposentadorias especiais - Editorial Estadao

    Como eu dizia, num post precedente, Brasil e França disputam uma concorrência feroz para saber qual o país que consegue aprovar mais leis idiotas e prejudiciais à economia e à própria população.
    Acho que o Brasil ganha facilmente e por um motivo muito simples: em lugar de leis ordinárias, podendo ser eliminadas ou substituídas por outras leis ordinárias, nossos parlamentares aprovam emendas constitucionais ordinárias numa Constituição ordinária.
    Paulo Roberto de Almeida

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    Aposentadorias especiais

    04 de outubro de 2013 | 2h 13

    Editorial O Estado de S.Paulo
    De nada adiantaram as advertências feitas há pouco mais de dois meses pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, ao presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de que a aprovação de projetos concedendo aposentadorias especiais a algumas categorias profissionais abrirá perigosas brechas para que outras categorias reivindiquem igual benefício, o que pode levar ao colapso financeiro do sistema previdenciário. Na ocasião, a Câmara se preparava para iniciar o exame de um projeto dessa natureza aprovado pelo Senado.
    Mesmo tendo sido advertido sobre os impactos negativos desses benefícios sobre as contas da Previdência, o presidente da Câmara decidiu facilitar o exame de propostas sobre o assunto. Destacou três das dezenas de projetos que antes tramitavam em conjunto e autorizou seu exame em separado, o que deverá acelerar sua tramitação.
    O que já era preocupante para o governo e para os contribuintes ficou mais grave. Não se trata mais de uma só categoria profissional, mas de pelo menos três. Aprovados esses benefícios, outros poderão vir.
    Há quase duas décadas o Brasil parecia ter resolvido os excessos que se cometiam em nome das aposentadorias especiais - legitimamente devidas apenas em casos especiais, como é óbvio -, que beneficiavam categorias inteiras. Isso incluía os trabalhadores de escritórios, que não se sujeitavam aos riscos a que estavam expostos trabalhadores em atividades de alto risco ou insalubridade.
    Esse regra foi extinta em 1995, quando a aposentadoria especial foi definida como o benefício concedido a quem tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física.
    Trata-se de um benefício pessoal, não para a categoria, e sua concessão está condicionada à comprovação, pelo beneficiado, do tempo de trabalho e da efetiva exposição aos agentes nocivos (químicos, físicos, biológicos ou uma combinação de agentes) à sua saúde por um período mínimo (15, 20 ou 25 anos). Além disso, a exposição aos agentes nocivos deve ter ocorrido de modo habitual e permanente, como explica o Ministério da Previdência em sua página na internet.
    Até há pouco, todos os projetos de lei complementar de concessão de aposentadorias especiais tramitavam na Câmara anexados a uma proposta do então deputado e hoje senador Paulo Paim (PT-RS) que trata da aposentadoria especial a quem trabalhe sob condições prejudiciais à saúde ou à sua integridade física. O fato de esses projetos estarem agrupados dificultava sua tramitação.
    O presidente da Câmara destacou três deles, que concedem aposentadoria especial depois de 25 anos de contribuição aos garçons (a medida beneficia também maîtres, cozinheiros e confeiteiros), aos frentistas de posto de gasolina e aos trabalhadores da construção civil.
    O projeto aprovado pelo Senado concede esse benefício aos garçons e foi anexado a outro, de origem na Câmara. O relator, deputado Roberto Santiago (PSD-SP), já se manifestou favoravelmente ao projeto.
    No ano passado, a Previdência Social gastou R$ 7,67 bilhões com o pagamento de aposentadorias especiais, o que representou 2,7% do total de suas despesas. Neste ano, os gastos até julho alcançaram R$ 4,4 bilhões. Projeções do Ministério da Previdência indicam que, se aprovados os novos benefícios, os gastos com aposentadorias especiais aumentariam R$ 21 bilhões nos próximos quatro anos.
    É claro que, aprovadas as aposentadorias para essas categorias, outras passariam a reivindicá-las, com grande possibilidade de terem sua reivindicação encampada pelo Congresso, pois 2014 é ano de eleição de deputados e senadores (além de presidente da República e governadores).
    O movimento de formalização do mercado de trabalho nos últimos anos evitou uma expansão mais rápida do déficit da Previdência. Mesmo assim, nos oito primeiros meses do ano, o resultado negativo alcançou R$ 36,2 bilhões, 19,7% maior em termos reais do que o de igual período do ano passado. Novas aposentadorias especiais tornariam o quadro muito pior.

    Idiotice parlamentar nao tem fronteiras e nao conhece limites...

    Direita e esquerda, na França, estão de acordo: se é para resistir contra qualquer assédio concorrencial de uma empresa imperial, mesmo prejudicando os consumidores franceses, seus parlamentares não hesitam, e estão sempre prontos a aprovar alguma lei idiota e nociva para a economia. Mais: também aprovam novos subsídios estatais para setores não competitivos, jogando a conta para todos os franceses, mesmo os que não se beneficiam do subsídio aprovado. Com isso a dívida pública vai para o espaço e a economia do país vai para o buraco.
    Paulo Roberto de Almeida

    Prix du livre : droite et gauche unies pour défendre les libraires face à Amazon

    LE MONDE |  • Mis à jour le  |Par 

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    La gratuité des frais de port, composante importante de la stratégie d'Amazon, coûte 5,1 milliards de dollars (3,7 milliards d'euros) au niveau mondial au géant américain, selon le SLF.

    La défense de la librairie est un des rares sujets qui fasse consensus sur les bancs de l'Assemblée nationale, entre élus de droite et de gauche. Jeudi 3 octobre, les députés ont adopté une proposition de loi de Christian Jacob (UMP, Seine-et Marne), Christian Kert (UMP, Bouche-du-Rhône) et Hervé Gaymard (UMP, Savoie), qui modernise la loi dite Lang sur le prix unique du livre, adoptée en 1981.

    Cette proposition de loi vise à ne pas intégrer les frais de port dans le prix des ouvrages. Au final, les députés ont adopté un amendement qui prévoit qu'à l'avenir les acteurs du commerce du livre ne pourront pas cumuler le rabais autorisé de 5 % sur la vente des livres neufs et la gratuité des frais de port. Actuellement, seules les entreprises Amazon et la Fnac pratiquent cette double réduction pour la vente en ligne de livres.

    Jusqu'en début de soirée, mercredi 2 octobre, à la veille du débat en séance, les tractations se sont poursuivies entre le gouvernement et le rapporteur UMP du texte, Christian Kert. "Le gouvernement est emmerdé depuis le début, car ils sont d'accord sur le texte", raillait-on du côté du groupe UMP à l'Assemblée nationale. Pour autant pas question pour lui de voter telle quelle une proposition de loi de l'opposition. De fait, lors du débat en commission, le 18 septembre, celle-ci avait inhabituellement décidé "de ne pas présenter de conclusions", espérant trouver une voie de compromis avant l'examen en séance. C'est chose faite : le gouvernement a donc présenté l'amendement qui empêche l'abattement de 5 % si les frais de port sont gratuits.

    "COMPORTEMENTS PRÉDATEURS"

    Si, côté majorité, l'on veut croire que cet amendement du gouvernement "réécrit tout le texte ", M. Kert assure que l'objectif reste le même : "Faire en sorte que le prix du livre vendu en ligne soit plus élevé que celui vendu par le détaillant en librairie indépendante." Et c'est la raison pour laquelle il indiquait au Monde, mercredi, qu'il voterait cet amendement. Non sans avoir préalablement défendu le sien qui "verrouillait beaucoup mieux le dispositif", dit-il.

    Du côté du gouvernement, on explique surtout que l'intérêt de ce texte est "delimiter les comportements prédateurs". Aujourd'hui, le commerce en ligne de livres s'est imposé comme le troisième réseau commercial derrière les librairies indépendantes et les grandes surfaces culturelles, qui font jeu égal à 23 % de parts de marché. Internet représentait 17 % des ventes de livres de littérature générale en 2012 et Amazon capte à lui seul 70 % de ce marché, loin devant la Fnac et les autres sites marchands.

    Pour le chercheur Vincent Chabault, auteur de l'ouvrage Librairies en ligne(Presses de SciencesPo, mai 2013) "le commerce électronique détient 20 % du marché du livre imprimé aujourd'hui et exerce une pression croissante sur les librairies".

    De fait, la librairie française n'a pas su prendre en marche le train du Web. Jaloux de leur indépendance, les libraires, fédérés au sein du syndicat de la librairie française (SLF), n'ont jamais réussi à s'entendre pour créer un site commun de vente. Leur seule tentative, le lancement du site 1001 libraires.com en 2011, a été un échec commercial retentissant qui a coûté près de 2 millions d'euros à la profession.

    TOUS LES LIBRAIRES PERDENT DE L'ARGENT

    Or, aujourd'hui le ticket d'entrée sur Internet est devenu beaucoup trop élevé pour la trésorerie des librairies indépendantes. D'un côté, les grandes librairies de province ont certes créé leur propre site comme Mollat à Bordeaux, Sauramps à Montpellier, ainsi que les groupes comme Gibert à Paris, Decitre à Lyon ou le Furet du nord. De l'autre, deux tentatives pour regrouper les énergies individuelles ont vu le jour, celle du collectif Librest, réunissant des libraires de l'est parisien et celle de Charles Kermarec, ex-patron de la librairie Dialogues à Brest qui a lancé le portail les libraires.fr. "Mais, aujourd'hui, tous les libraires perdent de l'argent, quand ils sont sur Internet et dans le même temps, ils ne peuvent pas se permettre de ne pas y être", explique Guillaume Husson, délégué général du SLF.

    Si l'actuelle proposition de loi est votée, elle devrait réduire l'avantage concurrentiel d'Amazon et soulager aussi financièrement la Fnac. La gratuité des frais de port, composante importante de la stratégie d'Amazon, coûte 5,1 milliards de dollars (3,7 milliards d'euros) au niveau mondial au géant américain, selon le SLF. Pour le syndicat, cette pratique s'apparente à une stratégie de dumping.

    Face à ces accusations, la direction d'Amazon France a réagi, en expliquant qu'elle réalisait "plus de 70 % de ses ventes sur les livres de fond de catalogue"et que, par conséquent, l'entreprise américaine était plus "complémentaire" que"concurrente" de la librairie française, qui vend davantage de nouveautés. Elle a aussi estimé que l'adoption de cette loi, en renchérissant le prix des livres, serait une mauvaise nouvelle pour les consommateurs.

    Petrobras: os companheiros conseguiram destrui-la - Reinaldo Azevedo

    Uma das poucas obras completas dos petralhas. Geralmente, o desempenho deles, em qualquer obra em que sua incompetência é posta à prova, não passa de 20 ou 30% de acabamento do projeto.
    No caso da Petrobras, os petralhas conseguiram destruir a companhia numa proporção bem mais alta, talvez 70%.
    Mais dois anos, a companhia vai à falência...
    Petrobras

    Reinaldo Azevedo, 4/10/2013
    Como esquecer estas fotos? Já volto a elas (no post original)

    Nos 11 anos de gestão petista, muito especialmente nos oito em que Lula esteve à frente do governo, nenhuma área do governo ou empresa estatal teve uma gestão tão arrogante, tão autoritária e, ao mesmo tempo, tão ineficiente quanto a Petrobras — e olhem que não se está falando exatamente de uma estatal. Como se sabe, trata-se de uma empresa de economia mista. Os desacertos foram se acumulando. Em vez de dar explicações quando confrontado com os problemas, o petista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da gigante, demitido pela presidente Dilma em janeiro de 2012, respondia com grosserias e desaforos. Muito bem: a empresa está fazendo 60 anos. No seu aniversário, duas péssimas notícias: 1) a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas de crédito da estatal de A3 para Baa1 em razão do elevado endividamento (e, nesse particular, o governo Dilma tem uma parcela enorme de responsabilidade); 2) segundo relatório do TCU, o atraso na entrega do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj), no Rio, pode gerar um prejuízo para a empresa de R$ 1,4 bilhão.
    A Petrobras encerrou 2010 devendo R$ 118 bilhões; em junho deste ano, já devia R$ 249 bilhões — parte desse rombo decorre de a Petrobras importar gasolina a um preço superior ao de venda no mercado interno. Como a economia degringolou, é preciso segurar o preço dos combustíveis para que a inflação não dispare. E então voltamos às fotos. No dia 21 de abril de 2006, durante a inauguração da Plataforma P 50, em Campos, Lula repetiu o gesto de Getúlio Vargas, em 1952, e sujou as mãos de petróleo. O populista marcava o início da extração no Brasil; o petista comemorava a suposta autossuficiência do Brasil. Pois é…
    Na gestão petista, a Petrobras, que nunca foi exatamente um exemplo de transparência, transformou-se, de fato, numa caixa-preta. Exemplos escandalosos de má gestão e de uso político da empresa foram se acumulando. Em 2006, por exemplo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, tomou duas refinarias da Petrobras no país — de arma na mão. Se a empresa recebeu alguma compensação justa, ninguém sabe, ninguém viu Nem por isso o índio de araque deixou de ser uma aliado e, na expressão de Lula, “um querido”.
    Também em 2006, a Petrobras resolveu comprar uma refinaria em Pasadena, nos EUA. A história toda, enroladíssima, atualmente sob investigação do Ministério Púbico, está explicada aqui. Prejuízo da operação comandada por Gabrielli: aproximadamente US$ 1,2 bilhão.
    Acima, vão algumas das evidências de que a Petrobras foi mergulhando numa rotina de má governança. Não para por aí: com a mudança do regime de exploração do petróleo de concessão para partilha, no caso do pré-sal, a empresa é obrigada a ser sócia das explorações, o que lhe impõe pesados investimentos. Como investir se enfrenta um grave problema de caixa, que vai se agravar nos próximos anos, segundo a Moody’s?
    Complexo Petroquímico
    A Petrobras deveria ter inaugurado no mês passado o Complexo Petroquímico de Itaboraí, no Rio. A previsão, agora, é que o empreendimento seja entregue só em agosto de 2016 — com quatro anos de atraso. Segundo o Tribunal de Contas da União, isso acarretará um prejuízo de R$ 1,4 bilhão. A obra, inicialmente orçada em R$ 19 bilhões, não ficará por menos de R$ 26,6 bilhões, segundo reportagem do Jornal da Globo.
    Entre os motivos do atraso, o tribunal aponta irregularidades na instalação das tubulações, que ficou a cargo de uma empresa chamada MPE. Só essa parte da obra foi orçada em R$ 730 milhões. Até abril, apenas 15% do trabalho havia sido realizado — quando deveria estar em 42%. Mais: o cadastro da MPE nos arquivos da empresa não recomendava a sua contratação. Mesmo assim, na licitação, ela venceu as concorrentes, embora tenha apresentado um sobrepreço, em relação às outras, de R$ 162 milhões.
    Um pouco de memória
    O PT foi fundo na impostura, e a Petrobras serviu ao uso eleitoreiro mais descarado. Em dezembro de 2009, Gabrielli teve a cara de pau de conceder uma entrevista afirmando que FHC havia tentado privatizar a Petrobras. Trata-se de uma mentira escandalosa, escancarada, vergonhosa. Nunca houve, INFELIZMENTE, nenhuma iniciativa de governo nenhum nesse sentido. Já seria um despropósito que o presidente de uma empresa mista, nomeado pelo governo, fizesse proselitismo eleitoral. Fazê-lo com mentiras era ainda pior. Ficou por isso mesmo.
    Já candidata, durante o debate eleitoral, em 2010, Dilma insistiu naquela cascata de Lula de que o pré-sal era o “bilhete premiado”. Acusou José Serra, seu adversário tucano, que criticou o modelo da partilha porque impunha pesados desembolsos à Petrobras, de estar querendo entregar o “filé-mignon” para os estrangeiros. E chamou, então, 57 anos de história da Petrobras de “carne de pescoço”. Vejam o filme.

    Observem com que energia ela fala, com que convicção, com que sabedoria. Vocês viram, na licitação do campo de Libra, quanta gente estava interessada no nosso “filé-mignon”…
    Uma Petrobras rebaixada, endividada e encalacrada num modelo de exploração do pré-sal que lhe impõe um custo com o qual não pode arcar é, sem dúvida, uma obra inequívoca do PT. As barbaridades maiores foram cometidas, sim, na gestão Lula, mas não se pode esquecer de que a gerentona do setor de energia era Dilma.
    Para encerrar: tentou-se fazer um enorme escarcéu com os delírios de Edward Snowden e Glenn Greenwald, segundo os quais o governo americano teria espionado segredos da Petrobras. Escrevi, então, que não havia mal que os gringos pudessem fazer à empresa que os governantes brasileiros não fariam, algumas vezes multiplicado, por sua própria conta.
    Eis aí.