terça-feira, 25 de maio de 2010

Como afundar a economia de um pais - Venezuela

Again, and again. É que o coronel-presidente, não especialmente graduado em alguma área acadêmica, é o melhor professor de economia que possamos ter, al revés, como sempre digo.

SOCIALISMO DE CHÁVEZ NIVELA POR BAIXO

EDITORIAL
O GLOBO, 23/5/2010

No mundo de Hugo Chávez, a luta contra o capitalismo continua intensa..
Caudilho se enreda no modelo bolivariano às portas das eleições

“Tremei burguesia, nós iremos atrás de vocês”, bradou o coronel, depois de tirar das corretoras e casas de câmbio privadas, e passar ao Banco Central, a tarefa de administrar o mercado paralelo de dólares na Venezuela. No mundo real, o dólar saltou para oito bolívares no paralelo — cerca do dobro das taxas oficiais — e o mercado está parado enquanto o BC tenta se organizar para sua nova atribuição de gerir o câmbio negro, tarefa inexequível.

Como as empresas recorrem a esse mercado para obter divisas, pois no oficial o dólar anda escasso, a cambaleante economia do país entrou em parafuso. Já existia um forte desabastecimento de produtos alimentícios, e a piora é inevitável, pois a Venezuela importa 70% do que consome.

A quatro meses das eleições legislativas de setembro, a popularidade do caudilho caiu abaixo de 50% (44,4%). A população critica fortemente a gestão — melhor dizer nacionalização — do setor alimentício pelo governo.

O slogan chavista “Tanto Estado quanto possível, tanto mercado quanto inevitável” só podia resultar em desabastecimento, pois é notória a falta de eficiência das estatais, e não só as venezuelanas.

— Já votei em Chávez, hoje não voto mais. Como é possível eu demorar tanto para conseguir comprar farinha de milho para preparar as minhas arepas? — indagou o aposentado Benjamin Cornejo Ugarte, de 75 anos, ouvido semana passada pelo GLOBO na fila de um supermercado no centro de Caracas. A arepa, uma espécie de panqueca recheada, é o alimento mais popular na mesa venezuelana. Um dos grandes problemas de Chávez é que a falta de produtos nas prateleiras do país e a carestia (a inflação é a mais alta da América Latina, 5,2% em abril) atingem mais fortemente o eleitorado chavista — as classes D (38% da população) e E (41%), além da classe média. Os 3% no topo da pirâmide social são, por óbvio, menos afetados.

Os áureos tempos do petróleo ao redor dos US$ 100 o barril passaram. Enquanto durou a bonança, Chávez construiu seu “socialismo bolivariano do século XXI” com um grande programa assistencialista que assegurou seu prestígio junto às classes menos favorecidas. E passou a exportar o modelo, mergulhado em barris de petróleo, para países que entraram em sua órbita de influência, como Bolívia, Equador e Nicarágua.

Mas os bons tempos acabaram e o “socialismo bolivariano” deu com os burros n’água, só tendo agora a oferecer prateleiras vazias, cortes de luz e a perspectiva de a Venezuela ser o único país latino-americano cuja economia não crescerá este ano (ela encolheu 3,3% em 2009).

Ainda assim, não se pode minimizar a capacidade já amplamente demonstrada por Chávez de vencer eleições. Ao menos, este ano, a oposição não repetirá o grande erro de 2005, quando boicotou o pleito e acabou sem representação legislativa, entregando a faca e o queijo ao coronel. O problema é que a oposição venezuelana ainda não conseguiu produzir um líder capaz de enfrentar e derrotar o caudilho.

Um livro de que participei: Emerging Powers (Canada)


Percorrendo a web para buscar outras coisas, acabei caindo sobre o anúncio de um livro de uma editora canadense do qual participei, como abaixo.

Emerging Powers in Global Governance: Lessons from the Heiligendamm Process
edited by Andrew F. Cooper and Agata Antkiewicz
(Waterloo, Canada: Wilfrid Laurier University Press, 2008)
Studies in International Governance
$39.95 Paper, 285 pp.
ISBN13: 978-1-55458-057-6
Release Date: October 2008

Table of Contents
Foreword | Dirk Messner

Preface | Yoginder Alagh

Acknowledgements

Abbreviations and Acronyms

1 The Heiligendamm Process: Structural Reordering and Diplomatic Agency | Andrew F. Cooper

2 The Logic of the B(R)ICSAM Model for Global Governance | Timothy M. Shaw, Agata Antkiewicz, and Andrew F. Cooper

3 From G8 2003 to G13 2010? The Heiligendamm Process’s Past, Present, and Future | John Kirton

B(R)ICSAM CASE STUDIES

4 China’s Evolving G8 Engagement: Complex Interests and Multiple Identity in Global Governance Reform | Gregory T. Chin

5 India and the G8: Reaching Out or Out of Reach? | Abdul Nafey

6 Brazil and the G8 Heiligendamm Process | Denise Gregory and Paulo Roberto de Almeida

7 South Africa: Global Reformism, Global Apartheid, and the Heiligendamm Process | Brendan Vickers

8 A Break with the Past or a Natural Progression? Mexico and the Heiligendamm Process | Duncan Wood

9 ASEAN and the G8: Potentially Productive Partners or Two Ships Passing in the Night? | Paul Bowles

THE EVOLVING ARCHITECTURE OF CHANGE

10 Germany and the Heiligendamm Process | Thomas Fues and Julia Leininger

11 Why Is the OECD Involved in the Heiligendamm Process? | Richard Woodward

12 Russia and Evolution of the Heiligendamm Process | Victoria V. Panova

13 The United States and Summit Reform in a Transformational Era | Colin I. Bradford, Jr.

14 Enhanced Engagement: The Heiligendamm Process and Beyond | Alan S. Alexandroff

List of Contributors

Index

CONTRIBUTORS
Alan S. Alexandroff is a Research Director at the Munk Centre for International Studies at the University of Toronto. He recently launched the Global Institutional Reform (GIR) Workshop at CIGI, a project designed to evaluate the adequacy of institutional reform proposals for the international system, leading to his edited volume, Can the World Be Governed? Possibilities for Effective Multilateralism (WLUP, 2008). In collaboration with Andrew F. Cooper, he is working on a second volume, Can the World Be Governed? Rising States; Rising Institutions.

Paulo Roberto de Almeida is Professor of International Political Economy at Uniceub-Brasilia, and Associate Professor at Instituto Rio Branco, the Brazilian diplomatic academy. He is also a career diplomat since 1977 and previously served as Minister-Counselor at the Brazilian Embassy in Washington (1999—2003). He holds a Ph.D. in Social Sciences from the University of Brussels and an M.A. in International Economy from the University of Antwerpen. Besides his professional duties, he has engaged in academic activities in Brazil and abroad. Dr. Almeida is also a researcher in economic history and international economic relations of Brazil, and has authored many books in those areas.

Agata Antkiewicz is Senior Researcher and Program Leader at CIGI, where she oversees the Shifting Global Order research theme as well as the BRICSAM and economic governance projects. She holds an M.A. in Economics, specializing in International Trade and International Relations, from the University of Economics in Wroclaw, Poland. Ms Antkiewicz’s authored or co-authored articles have been published by: The World Economy, Review of International Organizations, Journal of European Integration, Third World Quarterly, International Studies Review, Canadian Public Policy Journal, and National Bureau of Economic Research.

Paul Bowles is Professor of Economics at the University of Northern British Columbia. He is a past-President of the Canadian Society for the Study of International Development and is also affiliated with universities in China and Mexico. He specializes in globalization, regionalism, and East Asian development. His most recent book is Globalization and National Currencies: Endangered Species? (Routledge, 2008). His current research projects include the political economy of China’s currency choices and the political economy of labour and globalization.

Colin I. Bradford, Jr., is Research Professor of Economics and International Relations at American University and a Non-Resident Senior Fellow at the Brookings Institution and at CIGI. He has held several positions, including Chief Economist at the United States Agency for International Development, Head of Research of the Development Centre of the OECD, Senior Staff of the Strategic Planning Unit of the World Bank, and Associate Professor in the Practice of International Economics and Management at the School of Organization and Management, Yale University.

Gregory T. Chin teaches global politics, comparative politics, and East Asian political economy in the Department of Political Science and the Faculty of Graduate Studies at York University. He is a Senior Fellow at CIGI, and a member of the Advisory Board of the North Korea Research Group at the University of Toronto. He is a member of the Editorial Board of Rowman & Littlefield’s New Millennium Books Series, and an academic member of the Editorial Board of the China and International Organization Books Series, jointly published by Shanghai People’s Press and Shanghai International Studies University. He has held a visiting fellowship at Peking University (1997—98). His forthcoming book is entitled China’s Automotive Modernization: Industrial Policy and Rival Firms (Palgrave, 2009).

Andrew F. Cooper is Associate Director and Distinguished Fellow at CIGI and Professor of Political Science at the University of Waterloo, where he teaches in the areas of International Political Economy, Global Governance, Comparative and Canadian Foreign Policy, and the Practice of Diplomacy. He has been a Visiting Professor at Harvard University, the Australian National University, and in 2009 a Fulbright Visiting Chair of Public Diplomacy at the University of Southern California. Dr. Cooper’s recent publications include Global Governance and Diplomacy: Worlds Apart? (Palgrave, 2008), Celebrity Diplomacy (Paradigm, 2007), and Regionalisation and Global Governance: The Taming of Globalisation? (Routledge, 2007).

Thomas Fues is Senior Research Fellow at the German Development Institute (DIE). His main research interests are global governance, emerging powers, United Nations, and international development cooperation. Recent publications include articles on G8 reform, the role of China and India in the global system, the UN development sector, as well as human rights and global governance. In addition to his research tasks, Dr. Fues is responsible for the Global Governance School at DIE as part of the training and dialogue programme “Managing Global Governance” with young professionals from governments and think tanks of emerging economies.

Denise Gregory is a specialist in international relations and business administration, with experience in the areas of foreign trade, integration, and international trade negotiations. She was named Executive Director of the Brazilian Center for International Relations (CEBRI) in December 2004. Previously, she acted as Institutional Relations Director of Investe Brasil, and was Chief of Staff to the President of the Brazilian Economic and Social Development Bank (BNDES). Ms. Gregory has also held positions with the Executive Secretariat of the Foreign Trade Chamber (CAMEX), and Department of Foreign Trade Policy within the Foreign Trade Secretariat.

John J. Kirton is a professor of Political Science at the University of Toronto, where he is a Fellow of Trinity College. Dr. Kirton is the director of the G8 Research Group, established at the University of Toronto in 1987. He is also a Research Associate of the Centre for International Studies, where he leads the Program on Global Health Diplomacy and the G20 Research Group. He has advised the Canadian and Russian governments and the World Health Organization on G7/8 participation, international trade, and sustainable development, and has written widely on G7/G8 summitry.

Julia Leininger is Research Fellow at the German Development Institute (DIE) in the Competitiveness and Social Development department. She is also an associate of the Peace Research Institute Frankfurt as part of the PRIF/ Research Associate Project: Democracy Promotion through International Organisations. She has also held research positions with both the German Federal Ministry For Economic Cooperation and Development (BMZ) and the United Nations Development Programme. Her current research activities are in global governance, international institutions, and democracy promotion.

Abdul Nafey is Professor at the Centre for Canadian, US and Latin American Studies, Jawaharal Nehru University (JNU). Before joining JNU, Dr. Nafey taught at the Universities of Delhi and Goa. He was Head of the Centre for Latin American Studies, Goa University in 1989—90. His areas of research include dynamics of democratic development in Latin America, state and civil society, structural adjustment and its consequences, social movements, political and cultural dynamics of Indian diaspora in the Caribbean, regional integration in Latin America, and security and foreign policy dynamics of major Latin American and Caribbean countries.

Victoria Panova is Senior Lecturer in International Relations and Foreign Policy at the Moscow State Institute of International Relations. She is also Regional Director for Russia of the G8 Research Group based at the University of Toronto. Dr. Panova is a member of the National Working Group of the Advisory Council of the Civil G8 project, and was responsible for the substance and organization of the Civil G8 working group on Human Security during Russia’s 2006 G8 presidency. Her research focuses on regional conflicts, non-proliferation, terrorism, energy security and sustainability, as well as global governance (notably the G8) in relation to Russian civil society.

Timothy M. Shaw is Director and Professor at the Institute of International Relations, the University of the West Indies St. Augustine. He previously directed the Institute of Commonwealth Studies at the University of London, the Centre for Foreign Policy Studies and International Development Studies programmes at Dalhousie University, where he taught for three decades. Dr. Shaw holds degrees from three continents and is visiting professor in South Africa and Uganda. His latest monograph is Commonwealth: Inter- and Non-State Contributions to Global Governance (Routledge, 2007). He is general editor for the International Political Economy series for Ashgate and for Palgrave Macmillan.

Brendan Vickers is Senior Researcher in the multilateral programme at the Institute for Global Dialogue (IGD). Prior to joining the IGD, he was employed as the Deputy Director responsible for International Relations and Trade in the Office of the President of South Africa. He recently completed a Ph.D. with the University of London, focusing on international trade. Dr. Vicker’s research interests are international trade, the WTO, trade law and diplomacy, regional integration, South African foreign policy, and international relations.

Duncan Wood is Director of the Undergraduate Program in International Relations and Acting Head of the Department of International Studies at the Instituto Tecnológico Autónomo de México (ITAM). He is a member of the Mexican National Research System, a member of the editorial board of Foreign Affairs en Español and has been an editorial advisor to Reforma newspaper and was a non-resident Fulbright Fellow. Dr. Wood’s research focuses on the Mexican energy sector, Latin American energy policy, migration and remittances, the political economy of international finance, and Canada-Mexico relations. In 2009 he will direct the Energy Policy Studies Center, to be based at ITAM.

Richard Woodward is a lecturer in the Department of Politics and International Studies at the University of Hull. He has written extensively on different facets of the OECD’s role in global governance and his book on the organization will shortly be published by Routledge. Currently he is finalizing his Ph.D. thesis on the governance of the City of London’s financial markets since 1997 and is co-writing (with Simon Lee) Understanding States and Markets: An Introduction to the History of Ideas in Political Economy (Palgrave, 2009). His other research interests include the financial crime, offshore financial centres, and development in small states.

Wilfrid Laurier University Press, 75 University Avenue West, Waterloo, ON, Canada, N2L 3C5 - Phone: 519-884-0710 x6124 — Fax: 519-725-1399 — Email: press@wlu.ca

Adam Smith, Keynes, Hayek e os outros..

Do blog:

Super-Economy
Kurdish-Swedish perspectives on the American Economy


Hayek defeats Marx once again
Wednesday, March 17, 2010
Tino Sanandaji *

Justin Wolfers, a clever up and coming economist, thinks that Friedrich von Hayek was not an important enough economist to be included in the company of Adam Smith, Karl Marx, John Maynard Keynes and Milton Friedman.

He basis this on a search on JSTOR, that shows Hayek to have the same influence as Larry Summers.

But Wolfers methodology is faulty. First of all, it seems to be very sensitive to wording. Second, it does not tell us the influence of the most important idea.

I instead use Google Scholar to look at the number of citations for the 20 most cited works of each economist. Since I can see exactly who wrote what, this does not have the problem associated with Wolfer's method.

The result confirms what (at least my) common sense tells me, Hayek is very influential.

First, number of citations of most cited work (regardless of spelling):

1. Adam Smith (15616).
2. John Maynard Keynes (11445)
3. Friedrich von Hayek (5397)
4. Milton Friedman (3528)
5. Karl Marx (3210)
6. Larry Summers (2082)

Which confirms another point, Hayek's theory on dispersed knowledge is more important than any *single* article Milton Friedman wrote, even though Friedman was a broad guy who made contributions in several parts of economics. Marx does not do as well here, because his followers made their strongest impression conducting revolutions (and more recently analyzing language as a tool of oppression) rather than doing mainstream economics.

Second, number of citations of 20 most cited work:

1. Milton Friedman (35867)
2. Adam Smith (22997)
3. Friedrich von Hayek (22668)
4. John Maynard Keynes (21679)
5. Karl Marx (19695)
6. Larry Summers (13039)

(for those curious, and as a measure of how much a "normal" top economist gets, Wolfers himself has 3170 citations).

By Wolfer's own criteria, a quantitative measure of scholarly influence, Hayek beats or ties with Keynes and with Milton Friedman, and beats Marx in both measures. He is far above Larry Summers (an unfair comparison, since prolific Summers is contemporary, which boosts you in this type of count.).

What Wolfers also fails to take into account is the diversity of the idea. Hayek is extremely original, and his insights about decentralized knowledge and spontaneous order are quite different from mainstream neoclassical arguments for the market.

This is a *plus* for putting him in the textbooks. You don't want a dozen more neoclassical intellectuals who make the exact same argument Adam Smith and Milton Friedman made. Hayek had a unique mind and offered unique insights.

* Tino Sanandaji is a 29 year old PhD student in Public Policy at the University of Chicago, and the Chief Economist of the free-market think tank Captus.

Reforma Agraria: chamando as coisas pelos nomes (Katia Abreu)

O Brasil exibe, atualmente, uma completa inversão de valores, e a sociedade assiste, estupefata, a cenas explícitas de ilegalidades, sancionadas pelo governo.
O texto abaixo restabelece algumas verdades que precisam ser ditas.

A esquerda não quer a reforma agrária
KÁTIA ABREU
O Estado de S.Paulo, 25 de maio de 2010

Nada obsta mais a reforma agrária no Brasil que a manipulação político-partidária que dela se faz. A estratégia criminosa de invasões de terras é a ponta de lança desse processo. Transforma o produtor rural em vilão e o invasor em vítima, numa espantosa inversão de valores. A entidade que tudo patrocina, o Movimento dos Sem-Terra (MST), inexiste juridicamente, o que impede reparações judiciais.

O governo, que deveria garantir a segurança dos contribuintes, faz vista grossa, emite declarações simpáticas aos invasores e chega ao requinte de produzir um decreto, o PNDH-3, em que os considera parte a ser ouvida antes de o invadido recorrer à Justiça para reclamar a reintegração de posse. Pior: financia os invasores, via ONGs constituídas com a única finalidade de gerir uma entidade abstrata, embora concreta em seu objetivo predatório. Acumulam-se aí ilícitos: além da invasão, há o ato irregular governamental, denunciado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, de financiar entidades que burlam a lei.

Quanto já foi gasto - sabe-se que são centenas de milhões de reais - a pretexto da reforma agrária, em dinheiro repassado a essas ONGs? E o que de concreto foi feito para realizá-la? Qual a produtividade dos assentamentos do MST? São perguntas sem resposta, que justificaram a instalação de uma CPI mista no Congresso Nacional, sistematicamente sabotada pela maioria governista.

Em vez de respondê-las, os agentes partidários, travestidos de funcionários públicos, empenham-se em difundir a infâmia de que a maioria dos produtores rurais ou é predadora do meio ambiente ou escravagista. A manipulação de causas contra as quais ninguém, na essência, se opõe é um dos truques de que se vale uma certa esquerda fundamentalista, adversária da livre-iniciativa, para manter como reféns os produtores rurais, difamando-os.

Nenhuma pessoa de bem - e a imensa maioria dos produtores rurais o é - é a favor do trabalho escravo ou da destruição do meio ambiente. Mas isso não significa que concorde com qualquer proposta que se apresente a pretexto de defender tais postulados. Não basta pôr na lei punições contra o "trabalho degradante". É preciso que se defina o que é e o que o configura concretamente, princípio elementar da técnica jurídica.

A lei não pode ser meramente adjetiva, o que a torna, por extensão, subjetiva, permitindo que seja aplicada conforme o critério pessoal do agente público. Foi esse o ponto que me fez, como deputada federal e depois como senadora, exigir emendas a uma proposta legislativa de punição por trabalho escravo. Não o defendo e o considero uma abjeção inominável. Quem o promove deve ser preso e submetido aos rigores da lei, sem exceção, sem complacência. Mas tão absurdo e repugnante quanto o trabalho escravo é manipulá-lo com fins ideológicos.

O que se quer é o fim da livre-iniciativa no meio rural, pela sabotagem ao agronegócio, hoje o segmento da economia que mais contribui para o superávit da balança comercial do País.

A fiscalização das propriedades rurais está regulada pela Norma Regulamentar n.º 31 do Ministério do Trabalho (MT), que tem 252 itens e desce a detalhes absurdos, como estabelecer a espessura do pé do beliche e do colchão.

Afirmei, em razão desses excessos, ser impossível cumpri-la em sua totalidade e que havia sido concebida exatamente com essa finalidade. Tanto bastou para que fosse acusada de defender o trabalho escravo, recusando-me a cumprir práticas elementares, como o fornecimento de água potável e condições básicas de higiene. Desonestidade intelectual pura.

A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que presido, tem sido bem mais eficaz que o Estado na fiscalização trabalhista nas propriedades rurais. Basta conferir os números: os grupos móveis de fiscalização do MT percorreram, em sete anos - de 2003 até hoje -, 1.800 fazendas. A CNA, em 90 dias, percorreu mil fazendas e já está promovendo o circuito de retorno, para averiguar as providências tomadas.

A CNA, com o objetivo de aprimorar o trabalho no meio rural, vai criar um selo social - uma espécie de ISO 9000 trabalhista - para qualificar as propriedades-modelo, qualificando também sua produção. Esse selo indicará não só zelo social, mas respeito ao meio ambiente e adoção de práticas produtivas adequadas. Não queremos responder às injúrias com injúrias, mas com demonstrações concretas de nosso empenho em contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País.

É preciso que se saiba que 80% dos produtores rurais brasileiros são de pequeno e médio portes e não suportam economicamente esse tipo de sabotagem, que se insere no rol de crimes contra o patrimônio, de que as invasões de terras são a ponta de lança.

Em quase todos os casos, os enquadrados como escravagistas não são processados. E por um motivo simples: não o são. As autuações trabalhistas que apontam prática de trabalho escravo são insuficientes para levar o Ministério Público a oferecer denúncias pela prática de infrações criminais. O resultado é que, enquanto isso não ocorre, o produtor tachado de escravagista fica impedido de prosseguir em seu negócio e acaba falido ou tendo de abrir mão de sua propriedade. A agressão, como se vê, não é somente contra o grande proprietário, mas também contra a agricultura familiar, cuja defesa é o pretexto de que se valem os invasores e difamadores.

Diante disso tudo, não hesito em afirmar que se hoje o processo de reforma agrária não avança no País a responsabilidade é dessa esquerda fundamentalista, que manobra o MST, consome verbas milionárias do Estado e proclama a criminalização dos movimentos sociais. Não há criminalização: há crimes, com autoria explícita. O MST, braço rural do PT, não quer a reforma agrária, mas sim a tensão agrária, de preferência com cadáveres em seu caminho, de modo a dar substância emocional a um discurso retrógrado e decadente. Reforma agrária não é postulado ideológico, é imperativo do desenvolvimento sustentado. Por isso a CNA a apoia. Por isso o MST e a esquerda fundamentalista não a querem.

SENADORA (DEM-TO), É PRESIDENTE DA CNA

Argentina: da leniencia à retaliacao?

Dificilmente se adotarão medidas punitivas contra o crescente (constante, regular, intenso) protecionismo argentino contra a importação de produtos estrangeiros, o que atinge não só os interesses do Brasil, mas os próprios fundamentos do Mercosul.
Mas os empresários brasileiros começam a falar em medidas de retorsão contra o protecionismo ilegal, abusivo e discriminatório da Argentina.
Não acredito que essa via prospere, pelo menos não neste governo.
Mas os interlocutores estão começando a perder a paciência...

Empresários exigem resposta dura contra barreira argentina
Renato Carvalho
DCI, 25 de maio de 2010

Os empresários brasileiros, representados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), vão entregar nesta semana um documento que propõe respostas duras à barreira imposta pela Argentina contra a importação de alimentos brasileiros. Em um primeiro momento será sugerido ao governo que utilize as cláusulas do tratado que deu origem ao Mercosul, que veta este tipo de impedimento imposto pelo governo argentino. Mas já se fala até em usar o mesmo instrumento para bloquear as importações de alimentos argentinos.

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mostra que as exportações de alimentos do Brasil para a Argentina em 2010, até abril, somaram US$ 182 milhões. Enquanto isso, as importações brasileiras somaram US$ 1,072 bilhões no mesmo período.

A Argentina só tem a perder com essa barreira. Nossas importações são cinco vezes maiores que as importações. Os próprios empresários argentinos já estão muito preocupados em perder um mercado como o Brasil, afirma Roberto Segatto, presidente da Abracex.

Segatto chama a atenção para a possibilidade de substituir a Argentina por outros mercados, tanto no que diz respeito a exportação como a importação. Podemos importar vinho do Chile, por exemplo, e farinha de trigo dos Estados Unidos e Canadá. Já os exportadores podem procurar outros mercados, e também direcionar para o mercado interno, que está com uma demanda muito forte, afirma.

Problema político

Somente na semana passada, os atacadistas argentinos cancelaram 25% das compras de alimentos e bebidas dos produtores brasileiros, segundo informações vindas de Buenos Aires. Na opinião de Segatto, a questão política é o principal fator que incentiva o governo a levantar as barreiras, e o brasileiro a não tomar iniciativas duras em resposta. Empresários brasileiros e argentinos são radicalmente contra estas medidas.

A presidente Cristina Kirchner desmente medidas de restrição à entrada alimentos. De fato, não existe nenhuma medida escrita que restrinja a entrada dos alimentos estrangeiros similares aos da produção local. A ausência de uma medida formal inibe os países prejudicados em suas reclamações contra a Argentina.

As restrições foram transmitidas verbalmente pelo secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, aos importadores e supermercadistas, nos primeiros dias de maio. Na ocasião, Moreno afirmou que ninguém poderia mais comprar de outros países alimentos que são produzidos pela indústria local. Moreno ameaçou com inspeções da Receita Federal nas empresas que desobedecerem a suas sugestões.

As mercadorias que haviam sido despachadas antes da ordem de Moreno ainda fazem filas nos portos e nas fronteiras da Argentina com o Brasil, Paraguai, Uruguai e Chile. Informações vindas das associações empresariais uruguaias dão conta de que os exportadores do país vizinho não recebem pedidos de compras da Argentina há mais de 10 dias.

O presidente José Pepe Mujica pediu explicações ao governo de Cristina e vai discutir o assunto pessoalmente com a colega em um encontro marcado para o dia 4. No Chile, a situação é similar. Tanto que a pressão dos empresários chilenos ao presidente Sebastián Piñera levou o governo a tirar dos arquivos o único problema pendente de seu país com a Argentina na Cordilheira. Piñera reclamou uma disputa territorial com a Argentina.

O presidente do México, Felipe Calderón, enviou uma carta ao seu embaixador em Buenos Aires pedindo detalhes sobre as barreiras das quais os empresários mexicanos se queixam ao governo. As restrições contra os alimentos também despertaram a fúria da UE e da China.

Não só alimentos e bebidas sofrem restrições para entrar no mercado argentino. Pneus, disjuntores, aparelhos de ar condicionado, roupas, linhas, pisos, rodas, ventiladores, talheres de aço inoxidável, eletrodomésticos e vários outros fazem parte de uma lista de quase mil itens de origem de outros países que são barrados pelo governo têxteis.

A Argentina desencadeou 97 processos de antidumping contra a China. Mais de 400 produtos chineses estão sujeitos ao licenciamento não automático. Anunciado no final do mês passado, o contra-ataque chinês começou a ser executado na quinta-feira. O país asiático impôs restrições ao óleo de soja argentino e no porto de Rosário, principal complexo exportador de soja do país, os embarques estão cancelados.

Os empresários brasileiros, representados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), vão entregar nesta semana um documento que propõe respostas duras contra a barreira imposta pela Argentina à importação de alimentos brasileiros.

Em um primeiro momento será sugerido ao governo que utilize as cláusulas do tratado que deu origem ao Mercosul, que veta este tipo de impedimento imposto pelo governo argentino. Mas já se fala até em usar o mesmo instrumento para bloquear as importações de alimentos argentinos.

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), mostra que as exportações de alimentos do Brasil à Argentina em 2010, até abril, somaram US$ 182 milhões. As importações brasileiras de alimentos argentinos somaram US$ 1,072 bilhão no período.

A Argentina só tem a perder com essa barreira. Nossas importações são cinco vezes maiores que as importações. Os próprios empresários argentinos já estão muito preocupados por poder vir a perder um mercado como o Brasil, afirma Roberto Segatto, presidente da Abracex.

Segatto chama a atenção para a possibilidade de substituir a Argentina por outros mercados. Podemos importar vinho do Chile, por exemplo, e farinha de trigo dos Estados Unidos e do Canadá. Já os exportadores podem procurar outros mercados, e também direcionar para o mercado interno, afirma.

A China também enfrenta problemas com o governo argentino, e já iniciou retaliação. O país asiático impôs restrições ao óleo de soja argentino, e no Porto de Rosário, principal complexo exportador de soja do país, os embarques foram cancelados.

Politica Nuclear do Iran (9): retificando a retórica do "acordo"

Um comentário recebido de Paulo Araujo, em postagem anterior da mesma temática, merece o devido destaque, uma vez que traz observações e reflexões pertinentes sobre o caso, e informa sobre material informativo e analítico importante, para se fazer uma ideia mais abrangente sobre essa importante questão.

Paulo Araújo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Politica Externa brasileira: pro e contra o "acord...":

Caro,

Algumas observações. Depois do constrangedor “pra traz” que a iniciativa da diplomacia brasileira recebeu do CS da ONU, a retórica governista e dos seus apoiadores nos meios de comunicação em torno do “Acordo de Teerã" aos poucos vai dando lugar à dura realidade. Ontem o presidente Lula, em evidente manifestação de recuo na retórica, tratou de relativizar o que antes era um tido como um absoluto: a “vitória da diplomacia”. Disse Lula em seu programa de rádio Café com o Presidente, ao analisar os fatos de Teerã nos seguintes termos:

“Nós não fomos lá [ao Irã] para negociar acordo nuclear. Nós não temos procuração para isso. Nós fomos lá foi para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar à mesa de negociações, e isso nós conseguimos”. (Lula em 24/05/2010).

Áudio está disponível aqui:=
http://blog.planalto.gov.br/precisamos-falar-mais-em-paz-do-que-em-desavencas/

Ontem o Itamaraty divulgou nota que segue no mesmo diapasão presidencial:
“O Governo brasileiro manifesta a expectativa de que esse primeiro passo para a implementação da Declaração de Teerã ajude a construir um ambiente de confiança e contribua para uma solução negociada sobre a questão do programa nuclear iraniano.”
http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/entrega-de-carta-do-ira-ao-diretor-geral-da-aiea

Ora, se o governo brasileiro “não foi lá para negociar um acordo” por que então somente se falava por aqui justamente o contrário?

Não se trata de torcer contra o Brasil, como dizem os propagandistas do governo, mas sim do direito sagrado de manifestar livremente opinião e análise dos fatos e, principalmente, chamar as coisas pelos seus nomes certos.

A inflexão no discurso governamental fica evidente se confrontarmos as declarações acima com as primeiras manifestações de Celso Amorim sobre a assinatura da Declaração de Teerã: Do Blog do Planalto em 18/08/2010:

“Entrevista exclusiva do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) ao Blog do Planalto concedida no voo de volta ao Brasil após visita presidencial a Teerã. Na entrevista, Amorim comemora o resultado da reunião tríplice Brasil-Turquia-Irã em que foi firmado o ACORDO sobre o enriquecimento do urânio iraniano na Turquia”. [Grifo meu]:
http://blog.planalto.gov.br/entrevista-com-o-ministro-celso-amorim-persuasao-foi-mais-eficiente-do-que-a-pressao/

PS: Essa elevação retórica para efeito de propaganda da Declaração de Teerã à categoria de Acordo não ocorreu no Irã. Em todas as notas publicadas no site da agencia governamental de notícias iraniana (IRNA) a coisa desde o inicio é chamada pelo seu nome: a “Tehran Declaration”.

“Acordo” nuclear com o Irã - Paulo R. Almeida

Saudando o mensageiro, esquecendo a mensagem...
Paulo Roberto de Almeida

A análise e as reflexões seguintes me vieram à mente ao ler as declarações de responsáveis políticos e matérias de imprensa (geralmente artigos opinativos de comentaristas políticos) a respeito da questão iraniana e seus desdobramentos, depois da iniciativa turco-brasileira de buscar um “acordo” com o governo iraniano a propósito da política nuclear deste último e seus impasses atuais. O que surpreende, desde o início, é que a maior parte das matérias e comentários foca não tanto o fundo da questão, ou seja, a natureza do programa nuclear iraniano, em si, quanto a qualidade dos novos interlocutores nesse caso específico, o Brasil e a Turquia.
Em outros termos, o que se destacou e se discutiu intensamente foi menos a política nuclear do Irã, enquanto tal, e mais a emergência dos emergentes – com perdão pela redundância –, numa questão que sempre foi considerada terreno de caça exclusivo dos grandes, a saber, a proliferação nuclear (e seus eventuais infratores). Grande parte dos comentários, começar pela própria imprensa brasileira, saudou a “irrupção” de novos atores políticos numa agenda que estaria supostamente monopolizada pelos grandes atores.
Caberia, talvez, deixar, por um momento, a identidade dos personagens envolvidos nesta questão, o presidente Lula e o primeiro-ministro Erdogan, e também a suposta condição dos seus países enquanto “potências emergentes”. Não é isso que estava primariamente em causa no dossiê iraniano, não é esse o problema que deveria ocupar a atenção dos observadores, e sim a natureza do processo, ou seja, o teor mesmo do acordo supostamente alcançado.
Aliás, essa qualificação de “potência emergente” pode ter algum sentido na realidade, mas no momento ela tem mais conteúdo jornalístico do que propriamente diplomático: afinal em que se distingue uma “potência emergente” de um país normal?; talvez pela sua suposta capacidade de “influenciar” de modo mais decisivo do que um “país normal” a vida internacional, ou seja, a agenda dos principais organismos internacionais de relacionamento inter-estatal. Se essa capacidade é comprovada, então eles se tornam de alguma forma emergentes, mas isso não tem tanto a ver com o tamanho, em si, e sim com a capacidade de iniciativa e de influência dos países em causa.
Consideremos, por hipótese, que as iniciativas tomadas por Brasil e Turquia pudessem ter sido sugeridas, digamos, por dois países menores, tipo Tuvalu e República Centro-Africana, eventuais membros temporários do CSNU. Estariam elas recebendo o mesmo nível de atenção por parte da imprensa? Talvez não, devido à “pequena capacidade de influência internacional” dos interlocutores em questão. Mas não deveria causar nenhuma espécie esse tipo de inversão, pois supostamente o que interessa, para o encaminhamento do problema, é a qualidade da interlocução e o realismo da proposição, do ponto de vista dos agentes intervenientes em torno do problema em causa, qual seja: a resolução do conflito entre o Irã, de um lado, e a AIEA e o CSNU, de outro (este eventualmente representado pelo P5+1, ou seja, os cinco membros permanentes mais a Alemanha).
Se a intenção é efetivamente a de resolver um problema objetivo, com contornos muito bem definidos – quais sejam, a natureza das atividades de enriquecimento de urânio por parte do Irã e sua utilização ulterior –, a identidade dos “propositores” não deveria ter a mínima importância: se os dois países citados fossem, ou não, membros temporários do CSNU, suas propostas, objetivas como deveriam ser, tem a mesma chance de serem consideradas em qualquer arranjo bilateral com o Irã, ou no plano plurilateral ou multilateral, do que quaisquer outras propostas sugeridas por interlocutores desejosos de restabelecer condições de normalidade entre o Irã e as entidades supracitadas.
Admitida essa hipótese, o suposto “acordo” alcançado em Teheran, em meados de maio, deveria ser avaliado, não tanto com base na condição dos interlocutores, mas com base nos critérios relevantes para tal efeito, quais sejam: a capacidade de o Irã atender às demandas da AIEA e da comunidade internacional (neste caso identificada com os cinco membros permanentes do CSNU e os países que gravitam em volta). Se o acordo atender a esses padrões, ele pode entrar na agenda internacional e servir de base para novos desenvolvimentos em torno da questão iraniana, independentemente de quem o tenha formulado ou proposto.
Dito isto, apreciaria ler matérias na imprensa que se refiram, exatamente, ao teor do acordo, não à qualidade de seus propositores. Como se diz, deve-se prestar mais atenção na mensagem do que no seu mensageiro. Este é o critério básico sob o qual deve ser avaliado o “acordo” de Teheran.

Shanghai, 25 de maio de 2010

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