sábado, 5 de junho de 2010

Cotas raciais: efeitos nefastos - Editorial O Globo

PESQUISA MOSTRA DANOS DAS COTAS RACIAIS
Editorial O Globo, 3 de junho de 2010
Blog Contra a Racialização do Brasil
sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quanto mais se usam dados objetivos e referências históricas em debates contaminados por emoção, partidarismo, política e ideologia, menor o risco de se cometer graves equívocos na hora de tomar decisões. No caso da proposta de instituição de cotas raciais visando à criação de uma reserva de vagas para negros no ensino superior, este cuidado é imprescindível, pois estão em jogo questões-chave: da qualificação de profissionais, imprescindível para o país poder competir no mundo globalizado, à preservação de características saudáveis na formação de uma sociedade miscigenada, como a brasileira, sem as tensões raciais verificadas, por exemplo, nos Estados Unidos.

Esta proposta, importada ainda na Era FH dentro das chamadas ações afirmativas, ganhou mais força na gestão Lula, porque, nela, a militância racialista aumentou a presença no Executivo em Brasília. Com articulações no Congresso, o lobby conseguiu fazer tramitar entre deputados e senadores uma lei específica de criação dessas cotas e um projeto de estatuto, o qual estende a reserva de mercado em função da cor da pele à publicidade, à concessão de emprego no setor público, entre outras aberrações.

Na discussão que se trava de maneira mais acesa desde o início do atual governo, já existe um rico acervo de argumentos fundamentados contra as cotas raciais, mecanismo, inclusive, já revisto pela Justiça dos Estados Unidos, onde elas surgiram e se firmaram.

Pesquisa feita pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), primeiro estabelecimento de ensino superior do país a aderir ao sistema de cotas raciais, contribui para este acervo. Realizado a partir dos dados do vestibular feito pela universidade em 2009, o levantamento comprova uma das mais cortantes críticas às cotas: criadas para supostamente corrigir injustiças, as cotas impedem a entrada no ensino superior de pessoas mais bem preparadas. É a confirmação do perigoso abandono do princípio do mérito.

Das 2.396 vagas abertas naquele vestibular para cotistas, apenas 1.384 foram preenchidas, pois os candidatos não conseguiram obter a nota mínima: 2. Mesmo que a relação entre candidatos cotistas e vagas fosse quase um para um, enquanto entre os não cotistas 11 disputaram cada vaga. Entenda-se: se não são exigidas maiores qualificações aos cotistas, muitos merecedores de entrar na universidade ficaram de fora. Ainda com base na mesma pesquisa, a Uerj tenta justificar as cotas afirmando que o índice de reprovação é maior entre os não cotistas. A constatação, no entanto, tem importância relativa, pois o dano maior, o de impedir o desenvolvimento de talentos apenas porque eles não são negros, já foi causado no vestibular.

Também não surpreende que, em várias disciplinas, cotistas tenham notas inferiores às dos demais estudantes. Até o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro, em entrevista ao “Jornal Nacional”, admitiu que ficam de fora estudantes mais bem preparados. Mas ele continua a defender as cotas, mesmo que haja tantas evidências de que, ao reduzir a importância do princípio do mérito em nome da “raça”, o Brasil não terá profissionais qualificados como a realidade requer e, como inadmissível subproduto, já começa a inocular o racismo no convívio cotidiano da juventude.

Que esta pesquisa ajude o Congresso e o STF, onde o tema tramita, a refletir.

"Ao menos, permaneci decente. Não participei" - um romance de resistencia

A frase acima expressa a consciência moral do personagem central de um romance de desespero, que foi traduzido para o inglês e publicado na Inglaterra, depois de 62 anos de sua primeira edição em alemão:

Hans Fallada:
Alone in Berlin
(Jeder stirbt für sich allein, 1947)
translated by Michael Hofmann
London: Penguin, 2009, 608pp, £20

Segundo as resenhas que li desse livro, de cuja publicação em inglês tomei conhecimento através de um programa literário da BBC, trata-se de um romance anti-fascista baseado na história verdadeira de um casal de alemães ordinários, ele um marceneiro, ela uma dona de casa, ambos desprovidos de educação refinada e completamente apolíticos. Otto e Elise Hampel recebem a triste notícia da morte do filho único, na invasão da França em 1940, e começam a distribuir postais e panfletos com propaganda anti-nazista, até serem descobertos e executados em Berlim em 1944.
Hans Fallada escreveu esse romance em apenas 24 dias e morreu pouco antes de sua publicação.

A frase que eu selecionei em epígrafe não figura em nenhuma das resenhas que li (The Guardian, Daily Telegraph), mas estava em destaque no programa da BBC, com dois autores e críticos literários (possivelmente o tradutor), a que assisti apenas de relance, em busca de notícias do mundo.
Por vezes, pequenas frases são altamente significativas do momento em que se vive...

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)

Mais sobre Hans Fallada nesta mini-biografia na Wikipedia.
Mais sobre o seu romance e seu sucesso na edição inglesa, nesta matéria:
Hans Fallada's anti-Nazi classic becomes surprise UK bestseller
Dalya Alberge
The Observer, Sunday 23 May 2010
First English translation of novel about Gestapo hunt for German couple who defied Hitler enjoys record sales

Primeiro Congresso da Associacao Internacional dos Trabalhadores - mensagem de Karl Marx

Abaixo seguem trechos selecionados da mensagem enviada por Karl Marx ao primeiro congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores, em sua versão em espanhol.
Eu faço a seleção e indico o que me parece serem os pontos fracos, controversos ou totalmente equivocados dessa mensagem.
Paulo Roberto de Almeida

Manifiesto inaugural de la Iª Internacional
Karl Marx (1864)

Trabajadores:
Es un hecho notabilísimo el que la miseria de las masas trabajadoras no haya disminuido desde 1848 hasta 1864, y, sin embargo, este período ofrece un desarrollo incomparable de la industria y el comercio.

PRA: Erradíssimo; não apenas graças à bondade dos capitalistas, que obviamente não existiu, mas sobretudo suas próprias lutas e ao aumento geral da produtividade, os salários e outros benefícios dos trabalhadores foram aumentando continuamente.
Mais adiante em sua mensagem, Marx reconhece a melhoria de condições de vida de alguns trabalhadores, mas traça um quadro pavoroso para a grande maioria.

(...)
Desde 1848 ha tenido lugar en estos países [europeus] un desarrollo inaudito de la industria y una expansión ni siquiera soñada de las exportaciones y de las importaciones. En todos ellos “el aumento de la riqueza y el poder, restringido exclusivamente a las clases poseedoras” ha sido en realidad “embriagador”. En todos ellos, lo mismo que en Inglaterra, una pequeña minoría de la clase trabajadora ha obtenido cierto aumento de su salario real; pero para la mayoría de los trabajadores, el aumento nominal de los salarios no representa un aumento real del bienestar, ni más ni menos que el aumento del coste del mantenimiento de los internados en el asilo para pobres o en el orfelinato de Londres... Por todas partes, la gran masa de las clases laboriosas descendía cada vez más bajo, en la misma proporción, por lo menos, en que los que están por encima de ella subían más alto en la escala social. En todos los países de Europa –y esto ha llegado a ser actualmente una verdad incontestable para todo entendimiento no enturbiado por los prejuicios y negada tan sólo por aquellos cuyo interés consiste en adormecer a los demás con falsas esperanzas, ni el perfeccionamiento de las máquinas, ni la aplicación de la ciencia a la producción, ni el mejoramiento de los medios de comunicación, ni las nuevas colonias, ni la emigración, ni la creación de nuevos mercados, ni el libre cambio, ni todas estas cosas juntas están en condiciones de suprimir la miseria de las clases laboriosas; al contrario, mientras exista la base falsa de hoy, cada nuevo desarrollo de las fuerzas productivas del trabajo ahondará necesariamente los contrastes sociales y agudizará más cada día los antagonismos sociales. Durante esta embriagadora época de progreso económico, la muerte por inanición se ha elevado a la categoría de una institución en la capital del imperio británico. Esta época está marcada en los anales del mundo por la repetición cada vez más frecuente, por la extensión cada vez mayor y por los efectos cada vez más mortíferos de esa plaga de la sociedad que se llama crisis comercial e industrial.

PRA: O fato é que as condições de vida foram melhorando para o conjunto da classe operária européia. Quanto à crise comercial e industrial, nada mais é do que as flutuações da atividade econômica, tipicas do sistema capitalista, que não o impediram de crescer sempre mais e trazer progresso, renda e riqueza.

Después del fracaso de las revoluciones de 1848, todas las organizaciones del partido y todos los periódicos de partido de las clases trabajadoras fueron destruidos en el continente por la fuerza bruta. (...) El descubrimiento de nuevos terrenos auríferos produjo una inmensa emigración y un vacío irreparable en las filas del proletariado de la Gran Bretaña.
PRA: Marx lamenta que operários emigrem em busca de melhores salários ou novas oportunidades para ficar rico nos Estados Unidos, o que é um contrasenso formidável para um economista, ou para um simples cidadão.

Sin embargo, este período transcurrido desde las revoluciones de 1848 ha tenido también sus compensaciones. No indicaremos aquí más que dos hechos importantes. Después de una lucha de treinta años, sostenida con una tenacidad admirable, la clase obrera inglesa, aprovechándose de una disidencia momentánea entre los señores de la tierra y los señores del dinero, consiguió arrancar la ley de la jornada de 10 horas. (...) Por eso, la ley de la jornada de 10 horas no fue tan sólo un gran triunfo práctico, fue también el triunfo de un principio: por primera vez la Economía política de la burguesía había sido derrotada en pleno día por la Economía política de la clase obrera.
PRA: Marx se contradiz claramente, em relação ao que havia dito antes. Se houve melhorias, como negar esse fato?

Pero estaba reservado a la Economía política del trabajo el alcanzar un triunfo más completo todavía sobre la Economía política de la propiedad. Nos referimos al movimiento cooperativo, y, sobre todo, a las fábricas cooperativas creadas, sin apoyo alguno, por la iniciativa de algunas “manos” audaces. Es imposible exagerar la importancia de estos grandes experimentos sociales que han mostrado con hechos, no con simples argumentos, que la producción en gran escala y al nivel de las exigencias de la ciencia moderna, puede prescindir de la clase de los patronos, que utiliza el trabajo de la clase de las “manos”; han mostrado también que no es necesario a la producción que los instrumentos de trabajo estén monopolizados como instrumentos de dominación y de explotación contra el trabajador mismo; y han mostrado, por fin, que lo mismo que el trabajo esclavo, lo mismo que el trabajo siervo, el trabajo asalariado no es sino una forma transitoria inferior, destinada a desaparecer ante el trabajo asociado que cumple su tarea con gusto, entusiasmo y alegría.
PRA: Ilusão completa. O movimento cooperativo não prescindiu da "Economia Política da Propriedade", como Marx chama o sistema capitalista de apropriação privada dos meios de produção. As cooperativas operárias e outras formas coletivas de apropriação convivem ao lado, geralmente à margem e com papel muito restrito, em relação às grandes empresas capitalistas, que são o grande motor da economia moderna.

Al mismo tiempo, la experiencia del período comprendido entre 1848 y 1864 ha probado hasta la evidencia que, por excelente que sea en principio, por útil que se muestre en la práctica, el trabajo cooperativo, limitado estrechamente a los esfuerzos accidentales y particulares de los obreros, no podrá detener jamás el crecimiento en progresión geométrica del monopolio, ni emancipar a las masas, ni aliviar siquiera un poco la carga de sus miserias.
PRA: Marx reconhece, implicitamente, o papel secundário do movimento cooperativo, mas se engana totalmente quando fala de monopólio. O próprio da economia capitalista é ficar aberta a novas iniciativas e empreendimentos, que vão destruindo velhos monopólios, sempre temporários e instáveis, em favor de desenvolvimentos novos, inéditos, muitas vezes trazidos por pequenas empresas individuais ou feitas em associação com empresários inovadores. Isso Marx deixou de reconhecer.

Para emancipar a las masas trabajadoras, la cooperación debe alcanzar un desarrollo nacional y, por consecuencia, ser fomentada por medios nacionales. Pero los señores de la tierra y los señores del capital se valdrán siempre de sus privilegios políticos para defender y perpetuar sus monopolios económicos.
PRA: Ou seja, Marx queria ajuda estatal para as cooperativas, o que seria totalmente contraditória com seus princípios de que toda a riqueza deriva do trabalho. É certo que capitalistas dominantes tentem preservar seus monopólios, mas trata-se de uma tentantiva sempre frustrada pela própria dinâmica da economia capitalista.

(...)
La clase obrera posee ya un elemento de triunfo: el número. Pero el número no pesa en la balanza si no está unido por la asociación y guiado por el saber. La experiencia del pasado nos enseña cómo el olvido de los lazos fraternales que deben existir entre los trabajadores de los diferentes países y que deben incitarles a sostenerse unos a otros en todas sus luchas por la emancipación, es castigado con la derrota común de sus esfuerzos aislados.

PRA: Marx se enganou quanto ao número, ao considerar, equivocadamente, que os trabalhadores industriais logo fariam a maioria na sociedade, desconsiderando o setor agrícola e mais ainda o de serviços, que ele, absurdamente, considerava "improdutivo". Quanto à solidariedade dos trabalhadores, as guerras entre os países europeus logo demonstrariam que se tratava de mais uma ilusão.

(...)
Si la emancipación de la clase obrera exige su fraternal unión y colaboración, ¿cómo van a poder cumplir esta gran misión con una política exterior que persigue designios criminales, que pone en juego prejuicios nacionales y dilapida en guerras de piratería la sangre y las riquezas del pueblo? No ha sido la prudencia de las clases dominantes, sino la heroica resistencia de la clase obrera de Inglaterra a la criminal locura de aquéllas, la que ha evitado a la Europa Occidental el verse precipitada a una infame cruzada para perpetuar y propagar la esclavitud allende el océano Atlántico.

PRA: Marx deforma completamente o sentido da ação inglesa em relação à Guerra Civil nos EUA, que opôs estados escravocratas aos partidários da emancipação. Desde o começo do século 19, a Inglaterra se batia pela eliminação do tráfico e pela abolição da escravidão.

(...) los trabajadores [tienen] el deber de iniciarse en los misterios de la política internacional, de vigilar la actividad diplomática de sus gobiernos respectivos, de combatirla, en caso necesario, por todos los medios de que dispongan; y cuando no se pueda impedir, unirse para lanzar una protesta común y reivindicar que las sencillas leyes de la moral y de la justicia, que deben presidir las relaciones entre los individuos, sean las leyes supremas de las relaciones entre las naciones. La lucha por una política exterior de este género forma parte de la lucha general por la emancipación de la clase obrera.
PRA: A luta por uma política externa com fundamentos morais não foi exclusiva de trabalhadores, e sim de toda uma categoria de trabalhadores intelectuais -- como Marx, aliás -- e de movimentos progressistas, vários deles de inspiração cristã, que contribuiram para moldar princípios de direito internacional sensivelmente diferentes daqueles mobilizados pelos velhos imperialismos.

¡Proletarios de todos los países, uníos!
PRA: Bem, acho que isso ocorreu, mas com enormes limitações e rupturas, como as guerras do século 20 puderam demonstrar. A internet, atualmente, une bem mais os povos do planeta, sem distinções classistas como as que Marx pretendia demarcar.

Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 5 de junho de 2010)

Congresso Internacional da Brazilian Studies Association

Deverá realizar-se proximamente em Brasília o Décimo Congresso Internacional da Brazilian Studies Association.
O congresso da BRASA será realizado no Centro de Convenções e Eventos “Brasil 21”, localizado no Setor Hoteleiro Sul, entre 22 e 24 de julho.

A BRASA constitui um grupo internacional e interdisciplinar de estudiosos que apóiam e promovem estudos brasileiros em todos os campos, em especial nas humanidades e nas ciências sociais. A BRASA se dedica à pesquisa de temas brasileiros em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos, onde a associação tem sua sede na Vanderbilt University. Em 2007, a BRASA firmou uma parceria com o CEPPAC-UnB para organizar seu décimo congresso bienal.

A escolha de Brasília, como sede do evento, está diretamente vinculada ao cinquentenário da capital em 2010. O congresso, que vai trazer aproximadamente 250 “brasilianistas” diretamente dos Estados Unidos, será um dos maiores eventos acadêmicos internacionais já realizados nos 50 anos de história do Distrito Federal. São esperados cerca de 1000 acadêmicos brasileiros e estrangeiros, divididos em aproximadamente 150 painéis de discussão. A cerimônia de abertura será realizada no Museu Nacional no dia 22 de julho, e o encerramento no Memorial JK no dia 24 de julho.

As inscrições já estão abertas pelo site da Finatec, e há descontos de 20% para inscrições feitas até 15 de junho. Para mais informações sobre a BRASA e o evento, por favor visite o site www.brasa.org.
A programação completa do evento já se encontra no site.

Itamaraty abre novas embaixadas nos quatro pontos cardeais

Diplomacia
A cruzada do Itamaraty
Luís Guilherme Barrucho
Revista Veja, edição 2168 - 9 de junho de 2010

Em busca de apoio às suas ambições internacionais, Lula já abriu 68 novas embaixadas e consulados
Resort onde funciona a embaixada brasileira em Basseterre: sete novos escritórios no Caribe

O Arquipélago de São Cristóvão e Névis, no Caribe, é um paraíso para poucos. Tem praias de águas translúcidas, relevo desenhado pela atividade vulcânica e uma população que não ultrapassa 55 000 habitantes. Vive do turismo, atraindo europeus e americanos com seus resorts cinco-estrelas e campos de golfe à beira-mar. Ali foi constituída uma das mais recentes embaixadas brasileiras. Desde o ano passado, o país possui um embaixador em Basseterre, a capital do arquipélago. Sem escritório definitivo, o diplomata despacha de sua suíte do Marriott, na Frigate Bay (foto acima). Essa é uma das 68 representações diplomáticas, entre embaixadas e consulados, que foram abertas desde 2003. Sob Lula e sua pretensão de ampliar a participação brasileira na diplomacia internacional, o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, tornou-se uma das pastas mais valorizadas no Planalto. Não se pouparam recursos na contratação de diplomatas, na melhoria de seus salários e também na abertura de representações. O Brasil possui atualmente embaixadas em 133 nações.

A maior parte dessas novas representações foi aberta em países pequenos e pouco relevantes no cenário político e econômico mundial, quase todos ex-comunistas, nações africanas paupérrimas ou ilhotas caribenhas. São lugares como Albânia e Coreia do Norte, esta uma das nações mais fechadas do planeta; os africanos Benin e Togo; ou Dominica, Bahamas e Santa Lúcia, no Caribe. Por trás dessa multiplicação global dos "itamaratecas" (como são apelidados os alunos formados pelo Instituto Rio Branco, a escola pública de diplomatas) há um misto de ideologia e ambição do governo brasileiro. Pela cartilha da diplomacia, a instalação de representações no exterior se justifica pelos interesses econômicos em jogo, pelo papel geopolítico ou pela presença de uma grande comunidade de imigrantes. Nada disso parece fundamentar as decisões recentes do governo. Explica o especialista em relações internacionais Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington: "Esse aumento do número de embaixadas se deve às prioridades da atual política externa. Uma delas é o incentivo ao relacionamento com os emergentes, em detrimento dos desenvolvidos. Outra é a vontade do país de possuir um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas".

Quem conduziu as reformulações na diplomacia brasileira foi o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty até 2009 e agora chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (aquela antes ocupada por Roberto Mangabeira Unger). Guimarães é um dos principais mentores da política externa petista, ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. A ideia do trio foi transformar o Brasil num porta-voz dos fracos e oprimidos do planeta – oferecendo um contrapeso às nações mais ricas – e, ao mesmo tempo, estreitar as transações comerciais com nações emergentes. A obsessão, manifestada desde o início do governo Lula, é conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, hoje um privilégio de Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. Pelos cálculos do Itamaraty, a ampliação do número de embaixadas traria mais votos favoráveis ao Brasil. Até agora, a iniciativa foi em vão.

Do ponto de vista econômico, a estratégia também colheu poucos frutos. As trocas entre o país e nações africanas e caribenhas respondem por menos de 10% da balança comercial brasileira. As vendas do Brasil para São Cristóvão e Névis foram de apenas 1 milhão de dólares no ano passado, uma insignificância ante os 153 bilhões de dólares do total das exportações. "Há uma desproporção evidente entre as prioridades da política externa brasileira. A eficácia da diplomacia não se avalia pelo número de embaixadas abertas. Quando a seleção não é feita de maneira criteriosa, o país acaba por desperdiçar recursos financeiros e humanos", afirma o diplomata aposentado José Botafogo Gonçalves. Além disso, todo esse investimento não se traduz necessariamente em apoio político. Diz o ex-secretário-geral do Itamaraty Luiz Felipe Lampreia: "Uma representação diplomática cria muitas expectativas nesses países, como ajuda financeira. Nem sempre o Brasil tem condições de prestar essa generosidade".

Desde o século XIX, o Itamaraty tem sido sinônimo de competência e profissionalismo. O concurso de ingresso à carreira diplomática é disputadíssimo e exige uma formação de elite, abrangendo conhecimentos que vão de música clássica a história de civilizações antigas e assuntos da geopolítica contemporânea. Resta torcer para que os interesses de um partido e a proliferação de embaixadas, do Azerbaijão à Zâmbia, não maculem essa tradição.

Brasil precisa de instituicoes solidas - Daron Acemoglu

O economista do MIT está certo no atacado, mas ele é muito otimista quanto à situação no Brasil. Claro, dando entrevista para uma revista brasileira, ele não quis ser rude, talvez, mas provavelmente não conhece a má qualidade das nossas instituições democráticas. Elas existem, não vão ser destruídas, mas são de péssima qualidade, no sentido em que se prestam a ser manipuladas por grupos no poder, ou funcionam mal, seja porque são tomadas de assalto por mandarins corporativos, seja porque os cidadãos em geral não possuem cultura cívica e não existe o que se chama de accountability, ou seja, responsabilização e cobrança de resultados.
Paulo Roberto de Almeida

Entrevista: Daron Acemoglu
É a destruição criativa
André Petry, de Boston
Revista Veja, edição 2168 - 9 de junho de 2010

Otimista, o economista do MIT diz que o Brasil encontrou seu caminho institucional, mas adverte que o futuro só será melhor sem os dinossauros e com a economia aberta

"Sem instituições saudáveis, um país simplesmente não consegue reunir a melhor tecnologia nem a melhor educação"

O economista Daron Acemoglu tem 42 anos, mas um currículo de quem já viveu o dobro. Nascido em Istambul, na Turquia, e educado na Inglaterra, ele começou a dar aulas no prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) aos 25 anos. Ganhou doze prêmios, publicou dois livros e está escrevendo mais dois em parceria com colegas – um sobre princípios da economia, outro sobre o que leva as nações a fracassar, já com editora no Brasil. Seu mote central é que os países crescem, ou deixam de crescer, em razão de suas instituições políticas e econômicas. A boa notícia é que, segundo ele, o Brasil encontrou seu caminho institucional. Quanto mais destruição criativa, processo tão próprio de um capitalismo dinâmico, melhor. A seguir, a entrevista.

Se um país pudesse optar por ter a melhor tecnologia, a melhor educação ou as melhores instituições, o que o senhor recomendaria?
As melhores instituições. A tecnologia e a educação são fundamentais para o crescimento econômico, mas, sem instituições saudáveis, um país não consegue reunir a melhor tecnologia nem a melhor educação.

O que são instituições saudáveis?
Grosso modo, são instituições políticas e econômicas. As econômicas precisam garantir o direito de propriedade e uma ordem legal que permita que as pessoas comprem, vendam, contratem etc. O empresário tem de saber que pode contratar alguém sem o risco de ser roubado pelo empregado, e o empregado precisa saber que pode ser contratado com a segurança de que receberá seu salário e não será escravizado. Sem essas instituições, não há mercado. As instituições políticas, em certa medida, confundem-se com as econômicas porque também precisam garantir uma ordem legal homogênea, em que a lei seja aplicada a todos. O importante não são leis duras, mas leis que valham para todos. Há países com punições duríssimas contra roubo, como cortar a mão fora, mas a lei não vale para a elite dirigente, que pode esbaldar-se roubando quanto quiser sem perder mão nenhuma. Num sentido mais específico, instituições políticas saudáveis garantem a partilha do poder político. É o sistema em que o dirigente que não está agradando à sociedade é substituído por outro sem ruptura.

Isso não é democracia?
É parecido, mas não é democracia. As instituições saudáveis, que meu colega James Robinson e eu chamamos de "instituições inclusivas", porque incluem todas as pessoas, não surgiram na democracia. Elas foram um grande passo para a democracia, mas vieram à luz na Inglaterra da Revolução Gloriosa, em 1688. O rei não era eleito. O voto não era universal. Só 2% dos ingleses votavam, quase todos os membros do Parlamento eram riquíssimos. Foi nesse ambiente não democrático que começaram a surgir instituições inclusivas. A mudança-chave ocorreu quando o Parlamento passou a controlar o poder do rei, atribuindo-se a prerrogativa de tributar, declarar guerra, definir gastos militares. Com isso, mais a aprovação de uma carta de direitos, a Inglaterra começou a criar um sistema de controle e vigilância do poder e do Parlamento.

Mais de 300 anos depois da Revolução Gloriosa, a democracia não virou condição para criar boas instituições?
A democracia não é necessária, nem suficiente. Veja o caso da Venezuela e da Argentina. Hugo Chávez assumiu em 1999, Néstor Kirchner em 2003. Ambos chegaram ao poder democraticamente, nenhum virou presidente com fraude eleitoral. Chávez, para ficar no caso mais agudo, não é um ditador maluco. É um megalomaníaco. Mas eu entendo de onde ele veio. A Venezuela, país profundamente desigual, tinha uma larga fatia da sociedade sem direitos políticos ou econômicos. Chávez chegou querendo dar voz a esse vasto segmento social. Mas, assim que assumiu, o que fez? Começou a centralizar o poder e a violar os direitos de propriedade, criando um clima de insegurança. Na Argentina, Kirchner, o marido, não fez igual, mas fez parecido. Trouxe de volta a retórica populista e tomou medidas arbitrárias na economia. A democracia não controlou Chávez nem Kirchner. Não é o que acontece no Brasil.

O que acontece no Brasil?
O caráter ou a personalidade do dirigente não estão em jogo. Não estou dizendo que Kirchner é mau e Lula é bom, nem estou dizendo o contrário. A questão é institucional. As instituições informam o presidente de que ele não pode governar como bem entender. Há pesos e contrapesos. O próximo presidente do Brasil, seja quem for, vai governar num ambiente já inteiramente diferente do da Venezuela. O Brasil está encontrando seu caminho, e essa moldura institucional é a melhor garantia de que o país poderá seguir avançando.

Existe uma receita básica para criar e manter boas instituições?
Entendemos melhor o que dificulta o florescimento das instituições do que o mecanismo que as faz nascer. Mas é um processo sem fórmula mágica. A democracia brasileira hoje é mais sólida do que era 25 anos atrás, quando acabou a ditadura. Fortaleceu-se no processo. Acho que o surgimento das instituições conta com um elemento de sorte. Na Inglaterra do século XVII, houve uma confluência de fatores que favoreceram o nascimento de instituições inclusivas. Nessa época, a França não tinha as mesmas condições. A Alemanha não as teve nem 100 anos depois. Existe um componente de sorte.

O Brasil e os EUA tiveram um começo parecido. Eram ambos colônias europeias, de economia agrícola e escravocrata, com extensão continental. O salto à frente dos EUA também foi um golpe de sorte?
A sorte teve um papel, mas foi mais que isso. Nos EUA, a escravidão ficou mais restrita ao sul. No norte, havia pequenos fazendeiros, pequenos empresários, uma economia mais independente da escravidão. No Mississippi, o algodão era o rei do pedaço, mas no norte, em Massachusetts ou Nova York, o papel econômico do algodão era quase nenhum. No Brasil, a economia escravocrata teve dimensão mais nacional, uma influência estrutural. Nos EUA, como o norte não foi tão contaminado, houve condições de empurrar o país para a frente, com a adoção das tecnologias que chegavam da Inglaterra no século XIX. O norte só cumpriu esse papel porque quase a metade da sua economia era aberta, não era monopolizada por políticos, nem por meia dúzia de famílias, nem por empresas protegidas da concorrência por todo tipo de barreira. Os EUA já eram excepcionalmente bons em abrir espaço para gente nova, como Eli Whitney e Thomas Edison, que tinham origem modesta e apostaram num negócio. É incrível que, já naquela época, gente assim pudesse abrir uma empresa e explorar nova tecnologia. Esse foi o elemento decisivo para a ascensão meteórica dos Estados Unidos.

Como os EUA conseguiram superar as desigualdades entre o norte e o sul?
Com duas instituições nacionais: a polícia e a imprensa. A polícia nacional, ou o exército, serve para pôr as coisas em ordem. Nos EUA, o poder de polícia foi amplamente usado no sul para proteger os negros que lutavam contra a opressão racial e combater o monopólio do poder político. Sem o exército, talvez o sul chegasse aonde está hoje, mas o ritmo avassalador das reformas deveu-se à intervenção federal. O outro polo é a imprensa. Havia um movimento pelos direitos civis, parte no sul e parte no norte, mas o movimento no norte era muito mais vibrante. Até 1900, o norte pouco sabia do sul, mas, quando a mídia começou a se fortalecer, informando a todos o que se passava, o movimento dos direitos civis tornou-se muito mais poderoso. A imprensa, em qualquer democracia funcional, é central. Por isso, é tão atacada. Quem vai impedir o governante de exercer o poder de modo arbitrário, beneficiar seu primo ou cunhado, e silenciar o rival em potencial? A única força capaz de fazer isso é a sociedade, que só saberá do que se passa pela imprensa.

No Brasil, os políticos de estados menos desenvolvidos são os donos do jornal, da rádio ou da TV local, que não têm nenhum interesse em minar seu próprio poder.
Isso é um problema sério, mas não é incomum. No caso americano, os sulistas não liam o The New York Times. Liam os jornais locais, que estavam no bolso da elite local que controlava o Partido Democrata, a polícia e a Ku Klux Klan. Essa desigualdade entre regiões acontece mesmo. É comum uma região ficar para trás em termos de instituições econômicas, respeito aos direitos humanos, aplicação homogênea da lei, combate à corrupção. Em todos os países de certa extensão territorial – excluo lugares minúsculos como Singapura, Hong Kong – houve, em algum momento, uma situação de desigualdade interna. Mas, nos casos mais bem-sucedidos, a imprensa quase sempre foi um dado fundamental. A televisão, por ter dimensão nacional, poderia fazer um trabalho excepcional nesse campo, mas nunca o faz. Talvez a TV seja um veículo mais próprio para entreter do que para noticiar e informar. Sempre que um regime é ameaçado por uma revelação incômoda, pode apostar: a revelação sempre sai num jornal ou numa revista.

O senhor vê o futuro com otimismo?
Sou otimista. Acredito que mais países conseguirão construir instituições inclusivas e abraçarão o crescimento econômico. Só não sou tão otimista quanto ao meio ambiente. Em algum momento, dentro dos próximos quinze anos, China, Rússia, França, Alemanha, EUA, Inglaterra, Brasil e Índia terão de fazer algum sacrifício em nome do meio ambiente. Não sei o que acontecerá se algum desses países simplesmente se negar a qualquer sacrifício. Hoje, não estamos preocupados com isso, mas acho que deveríamos estar.

Com a crise financeira mundial, o capitalismo de estado chegou para ficar?
É cedo para dizer. Nos EUA, o estado terá maior interferência no setor financeiro, mas não acredito que vá além disso. O governo americano salvou a GM e a Chrysler, é verdade, mas isso não é tão raro assim. Há muitas indústrias que nem teriam existido sem o governo. Nem a internet existiria. A questão central é se os governos estarão envolvidos na economia como coadjuvantes ou protagonistas.

Qual a sua aposta para o futuro do Brasil?
Acredito que, dentro de cinquenta anos, não teremos grandes mudanças no mundo. Não veremos países como França ou Inglaterra ficar subitamente pobres, por exemplo, mas tudo sugere que Brasil, Índia e China estarão no primeiro pelotão. Serão nações poderosas pelo seu impacto econômico e terão atingido níveis de renda próximos aos dos países mais pobres da União Europeia de hoje, como Portugal.

O que pode impedir que isso aconteça?
A economia se fechar. A globalização não é perfeita, ela produz desigualdade, mas eliminou enormes bolsões de pobreza. A China jamais estaria tendo desempenho miraculoso com uma economia fechada, apostando só no mercado doméstico. O mesmo vale para o Brasil. Crescimento econômico nunca é fácil, há muitos obstáculos para remover. A China terá de se livrar de todas aquelas estatais e das barreiras comerciais, terá de abrir seu sistema político. Vai acontecer? É fundamental um processo contínuo de destruição criativa, gente nova chegando com novas ideias, novos produtos, nova energia, deslocando quem já está dentro. O Brasil dos anos 60 ou 70 tinha grandes empresas cujas conexões políticas as protegiam de disputas com a concorrência. O Brasil estagnou. Hoje, a economia não é rósea, mas é mais competitiva, mais dinâmica. Continuará? Ou os dinossauros vão parar tudo outra vez? Essa é a questão-chave.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O samba do diplomata doido: eles estao chegando...

Bem, como acontece com qualquer mortal ligado na internet, hoje em dia, recebi mais uma dessas mensagens apocalípticas. Sempre chegam, por mais que você se esconda.
Essa aqui acho que apresenta um interesse especial para os candidatos à diplomacia, pois ela trata da "Nova Ordem Mundial", não aquela velha, dos anos 1970, que demandava uma nova relação de forças no plano multilateral, uma nova geografia comercial, essas coisas velhas...
Não, essa aqui é muito mais séria, muito mais importante, muito mais diplomática, pois trata até da "agenda oculta da ONU" (que aposto que vocês não conhecem, e confesso que eu tampouco; claro, ela é oculta e secreta...). Enfim, um ensaio perfeito sobre a paranóia e um convite a voltar para a verdadeira religião.
Só ficou faltando dizer quem são "eles". Estou curioso. Quem tiver sugestões sobre a identidade desses sacripantas, favor escrever para este blog. Não prometo recompensa, pois o mundo pode acabar antes...
Não estou enganando ninguém, por isso transcrevo esta mensagem que todo candidato à carreira diplomática deveria ler, meditar e se preparar para o que der e vier...
Paulo Roberto de Almeida

NÃO SEJA ENGANADO!

Muito em breve, logo mesmo, os dirigentes do mundo juntamente com a ajuda da O.N.U. e de algumas sociedades discretas, vão estabelecer a Nova Ordem Mundial. Eles querem e vão conseguir, eles terão sucesso; não tenha dúvida disso, acredite ou não isso vai acontecer! Por favor, entenda bem, isso não é uma teoria da conspiração, é um fato! Países como os E.U.A., Inglaterra, França, Alemanha, Brasil, etc perderão a soberania nacional e entregarão todo o poder na mão de um só governo mundial. As igrejas cristãs não mais existirão (o papa vai existir, porém, a igreja católica não). Essa governança mundial estabelecerá uma única religião para o planeta.

A Nova Ordem Mundial já estava predita há muito, pelo menos desde 1776, na nota de um dólar americano existe uma menção a ela “Novus Ordo Seclorum” do latim Nova Ordem mundial. Essa inscrição faz parte de um conjunto de emblemas de uma sociedade discreta que estão gravados nessa nota. O ex-presidente dos EUA George Bush disse que eles vão implantar a Nova Ordem Mundial e eles terão sucesso. Após a crise mundial de 2008/2009 os países mais influentes do mundo conhecidos como G20 se reuniram para tentar salvar o mundo de um iminente colapso financeiro e a conclusão foi que o mundo precisa de um único sistema financeiro mundial. A China pediu uma nova ordem mundial, a França também pediu e pasmem, até o presidente do Brasil, Lula, no tradicional discurso de abertura da ONU em setembro de 2009 pediu a instalação de uma nova ordem mundial.

A O.N.U. é a organização que existe para implantar a Nova Ordem Mundial. Ela envia aos países filados a sua agenda com os eventos, política e leis e esses países simplesmente implantam em seus ordenamentos jurídicos adaptados a realidade de cada um. No Brasil, no início de 2010 entrou em vigor o Codex Alimentarius, no começo ninguém vai sentir diferença alguma mas, logo não existirá mais alimento saudável nas gôndolas dos supermercados. Em dezembro de 2009 o governo Federal, Ministério da Saúde lançou o sistema conhecido como Hórus (O deus egípsio que tem somente um olho, o olho que tudo vê, o olho do iníquo). Trata-se de um sistema de controle e distribuição de medicamentos para os usuários do SUS no qual é possível saber qual remédio foi receitado ao paciente, se ele tomou a medicação ou não, controle financeiro para evitar corrupção, etc. O sistema foi implantado a princípio somente em 16 municípios mas, logo será instalado em todo o território nacional. No final de 2009 o presidente Lula assinou um decreto sobre os direitos humanos, o PNDH (PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3) decreto nº 7.037 de 21 de Dezembro de 2009. Transcrevemos aqui o item “d” do Objetivo estratégico V: “d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade” pag. 99. Esse decreto traz ainda normatizações para diversas áreas como propriedade particular, religião, imprensa, etc. Essas normas servem para preparar os países para a implantação da Nova Ordem Mundial.

Temas como: Globalização, aquecimento global, direitos humanos, ecumenismo (união das igrejas), carta da mãe terra, big brother, codex alimentarius, engenharia genética, alimentos transgênicos, desenvolvimento sustentável, dentre outros, são os favoritos que eles usam para difundir seus intentos. Na copa de 2010 na áfrica do Sul eles usarão uma bola chamada “jabulani”, da marca adidas para influenciar as pessoas a aceitarem o novo governo mundial. Esse nome da bola não é por acaso, seu radical jubulon é o nome de um deus pagão, obviamente eles vão dar um outro significado a esse nome. Será associado a um clima de paz e harmonia entre os povos. Ultimamente eles vêm alarmando o mundo dizendo que o planeta será destruído em 2012. Grande farsa, mentira. Quando chegar esse ano muitos estarão esperando o fim do mundo e então, eles poderão apresentar a salvação do mundo: A instalação da Nova Ordem Mundial (A imagem da besta de Apoc. 13) um governo de paz, segurança e união entre os povos. Não haverá mais guerra entre as nações pois só haverá um exército no mundo todo.

Quando estabelecerem essa nova governança mundial eles vão implantar um chip nas pessoas para que ninguém possa comprar, vender nem receber salário, senão aquele que tiver o chip. Com isso, eles vão supostamente “resolver” o problema da violência, corrupção e outros crimes, pois, não haverá mais dinheiro em circulação, o dinheiro em espécie não existirá mais. Não haverá dinheiro para o ladrão roubar. Eles vão apresentar somente as vantagens desse sistema. Mas por trás disso está o efetivo controle do sistema financeiro mundial.

Eles vão controlar tudo na vida das pessoas, esse novo governo mundial controlará a política, a economia, a religião, a alimentação desde a produção no campo até a venda para o consumidor final, e outras áreas da vida humana. Muito embora eles apresentem tudo isso como algo benéfico, uma coisa boa, algo vantajoso, não se iluda. É tudo para te enganar, o governo será tirano, ditatorial, absoluto, não admitirá opositores. Ele fará calar com a morte todo aquele que ousar se levantar contra seus ditames.

Bom, se você chegou até aqui é porque você não é um cidadão comum e está realmente interessado em saber mais, então, preste bem atenção, NÃO SEJA ENGANADO!

Eles vão criar várias leis para regular todos os aspectos da vida humana, inclusive um dia para o descanso semanal. Aqui vai uma dica: O verdadeiro dia de descanso, segundo a bíblia, é o sábado, Êxodo 20:8

Tudo isso que vai acontecer já estava predito na bíblia, leia Apocalipse 13, esse capítulo fala de dois poderes que existirão na terra e que a prepararão para o governo do iníquo, aquele que a vinda é segundo a eficácia do inimigo do Deus Todo-Poderoso.

O dragão irou-se contra a igreja de Jesus e foi fazer guerra contra os santos, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. Apocalipse 12:17

Somente em Jesus seremos salvos, mesmo com a grande perseguição que se avizinha, podemos contar com a segurança do nosso Senhor, podemos sempre encontrar abrigo seguro sob Suas asas.

Para mais informações pesquise no google e no youtube sobre nova ordem mundial , codex alimentarius, agenda oculta da ONU e outros. Existem muitos artigos sobre esses assuntos, saiba analisar criteriosamente para ver se estão de acordo com a bíblia. Pesquise enquanto ainda é permitido, pois logo todo esse material será retirado da internet pela censura ditatorial desse sistema.

Deus o abençoe!

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