quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Mais uma bobagem: pagar para saber como o imperio americano vai decair...

Alguns acadêmicos americanos -- Noam Schomsky, Immanuel Wallerstein, e alguns outros menos conhecidos -- adorariam ver o império, o seu império, declinar, e desaparecer no mesmo pó de outros impérios do passado.
Não sei se é anti-imperialismo compulsivo, ingenuidade primária ou apenas idiotice costumeira, mas essa epidemia, a do declinismo imperial, está contaminando espíritos aqui mesmo, na periferia, com a desculpa de que somos os explorados, a materialização da teoria da dependência, e portanto, temos todo o direito de ficar contentes com o declínio imperial, já que isso vai significar nossa liberação do império, a autonomia soberana, e outras bobagens do gênero. Estaremos muito melhor, claro, com um mundo chinês, ou russo, ou brasileiro, do que com esse detestável mundo dos McDonalds e dos iPads. Que horror, não é mesmo?
Quem se disporia a pagar para ouvir bobagens desse quilate?
Aqui o anúncio de um desses cursos:


Curso a distância. 
"Decadência Americana", "O Pouso da Águia" e outras afirmações fazem parte da tentativa de explicar a perda da hegemonia dos EUA nos últimos trinta anos. Immanuel Wallerstein se debruça há algumas décadas sobre tal processo alicerçado na Análise dos Sistemas-Mundo (ASM) elaborada a partir das contribuições de Fernand Braudel e de Nicolai Kondratieff. Ao mesmo tempo, a ASM surgiu como uma critica à Teoria do Desenvolvimento no final dos anos 1950.
I. Wallerstein desde então, vem provocando um grande debate nas Ciências Humanas com sua abordagem que, segundo ele, não é uma teoria.
É o scholar norte-americano que desde meados dos anos 1990 aponta para o declínio dos EUA, fato que vem se comprovando nos últimos anos. O presente curso a distância tem como objetivo apresentar o trabalho intelectual de Immmanuel Wallerstein na construção da Análise dos Sistemas-Mundo e na compreensão da crise capitalista atual.
Carga horária: 20h (quatro semanas)


Programa do Curso
Módulo 1 - As Origens das Análises dos Sistemas-Mundo
Módulo 2 - A Análise dos Sistemas-Mundo e os Ciclos Sistêmicos de Acumulação
Módulo 3 - O Declínio da Hegemonia dos EUA
Módulo 4 - A Utopística

Bem, não tenho nada a acrescentar, a não ser desejar aos pagantes um bom curso. E depois, muita paciência. Acho que vai demorar mais uns 150 anos para vermos o declínio do império. Mas, enfim, tem gente com tempo para esperar pela decadência imperial...
Paulo Roberto de Almeida 

Outra bobagem, desta vez do Congresso americano: Lei da Moeda Desalinhada (pois é...)

Creio que a "lei da moeda desalinhada" vai contribuir para desalinhar um pouco o comércio dos EUA com aA China...



Congresso americano caminha para uma crise comercial com o principal parceiro dos EUA.

E a definição:

(2) DESIGNATION OF FUNDAMENTALLY MISALIGNED CURRENCIES.
—With respect to the currencies of countries that have significant bilateral trade flows with the United States, and currencies that are otherwise significant to the operation, stability, or orderly development of regional or global capital markets, the Secretary shall determine whether any such currency is in fundamental mis-alignment and shall designate such currency as a fundamentally misaligned currency. 

Grandes idiotas agradam outros idiotas: sim, ele mesmo:

Eu até ia colocar o discurso desse idiota aqui, mas acho que não vale a pena. Afinal de contas este blog é suposto discutir apenas ideias inteligentes e ele não entra nesse critério sob nenhum critério, por mais que abaixemos os critérios.
Da última vez que chamei esse filósofo de araque de grande idiota, outros idiotas vieram aqui em seu socorro.
Por isso mesmo, não vou fazer. Vai o link para quem gosta de perder tempo ou ler estupidezes sem fim:
http://boitempoeditorial.wordpress.com/2011/10/11/a-tinta-vermelha-discurso-de-slavoj-zizek-aos-manifestantes-do-movimento-occupy-wall-street/
Já perdi preciosos minutos tentando entender se havia alguma ideia racional em toda a sua algaravia da Praça Tahir dos bobalhões de Wall Street e não encontrei nada, absolutamente nada.
Como é que pessoas normais conseguem elogiar o que não entendem?
Confesso que eu não entendo.
Só podem ser idiotas, talvez não como ele, mas submetidos a bobalhões como esse supremo idiota do pensamento alternativo.
Paulo Roberto de Almeida

Os BRICS e a Crise na Europa - BRICS Policy Center


Os BRICS e a Crise na Europa

BRICS Policy Center (Rio de Janeiro)

Mundorama, 11/10/2011


No dia 22 de setembro, às margens do Encontro de Cúpula do G-20, realizado em Washington na véspera do Encontro do FMI e do Banco Mundial, os Ministros de Finanças dos BRICS se reuniram para tratar da situação econômica mundial e debater alternativas para a crise da dívida na zona do Euro. Antes mesmo do início da reunião, especulava-se que os BRICS – que têm puxado o crescimento mundial e passaram quase imunes à crise global desde 2008 – ajudariam Europa a superar a crise comprando títulos de sua dívida. A idéia, sugerida pelo governo brasileiro, provocou reações diversas: seria esta uma legítima oferta de assistência, ou uma mera tentativa de marketing dos países BRICS? O debate não teve oportunidade de chegar a uma conclusão: no final da reunião, sem ter alcançado grande definição, os BRICS declararam timidamente que, se a Europa articulasse alguma necessidade de ajuda, poderiam colaborar por intermédio do FMI.
Na verdade, a desarticulação dos BRICS em relação a esta idéia já se tornara evidente mesmo antes do início da reunião.  O ministro Mantega já havia mudado o seu discurso, afirmando a importância do G-20 para a solução da crise. E, durante a reunião, uma série de divergências vieram à tona. A Índia não se mostrou disposta a aderir ao plano; o seu ministro das finanças afirmou que a prioridade indiana é o combate à pobreza no país. O Ministro de Finanças da África do Sul manifestou que seu país não tem condições de participar de tal esforço, dada a pequena quantidade de reservas internacionais de que dispõe. Em um primeiro momento, o então Ministro de Finanças russo demonstrou simpatia pela oferta brasileira, mas logo mudou seu discurso, afirmando não haver mais espaço para a Rússia comprometer-se com a Europa, tendo em vista que 45% de suas reservas já estariam em Euro. Posteriormente, o Ministro do Exterior russo caracterizou a compra dos títulos pelo grupo de “impossível.”
E a China, talvez o único membro do agrupamento verdadeiramente em condições de ajudar a Europa? Seu representante argumentou que o passo essencial consistiria em aumentar os recursos do FMI, em vez de oferecer uma proposta dos BRICS. Ou seja: com a exceção do Brasil, nenhum BRICS se mostrou disposto a coordenar uma solução por meio do agrupamento. Além das preocupações internas, as posturas dos outros BRICS sugeriam que a crise internacional talvez já supere qualquer capacidade de atuação dos BRICS, mesmo que coordenada. Isso explicaria o receio dos demais países em comprometer suas reservas para tentar salvar a Europa.
A falta de uma posição comum sobre o tema é refletida no comunicado conjunto emitido pelos Ministros de Finanças dos BRICS. Além de reiterar, em termos gerais já expressos em declarações anteriores, a necessidade de reestruturação da governança global por intermédio de mudanças na distribuição de quotas no FMI, o documento restringe-se a indicar que “esforços adicionais” podem ser empreendidos com outros países e instituições internacionais na tentativa de resolver o problema. O documento não estabelece passos concretos.
O fracasso da “proposta brasileira” parece mais acentuado quando contrastado com o discurso da presidenta Dilma Roussef na Assembléia das Nações Unidas, em Nova Iorque, no qual a presidenta apontou a solução do problema da dívida soberana como a prioridade para a economia mundial, e indicou a possibilidade de ajuda dos países emergentes aos países desenvolvidos em dificuldades. O contraste entre a posição do governo e a falta de diálogo com os outros BRICS indica que a falta de articulação manifestada durante o encontro em Washington pode ter-se originado no próprio governo brasileiro.
Nesse contexto, a pressa em sugerir a compra de títulos pelos BRICS pode ter o efeito contrário ao esperado: além de evidenciar o descompasso dos países em relação a possíveis iniciativas para fazer frente ao agravamento da recessão mundial, o episódio de Nova Iorque pode enfraquecer o potencial de participação coordenada dos BRICS no enfrentamento da crise financeira  européia – assim como de outras,  dentro e fora do âmbito econômico. Para que os BRICS tenham um papel relevante enquanto players na correção dos rumos da economia global,  deverão buscar fortalecer a comunicação entre os membros do grupo, esclarecendo suas posições e estabelecendo prioridades em comum.
BRICS Policy Center / Centro de Estudos e Pesquisas BRICS é uma iniciativa conjunta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), dedicado ao estudo dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul). O Centro é administrado pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio (bpc@bricspolicycenter.org).

Um retrato do socialismo no Brasil...

?!?!?
Não é o que vocês esperavam, não é mesmo?
Infelizmente, o Brasil é isso: conseguiram avacalhar até o socialismo...
Paulo Roberto de Almeida

Filho de Tiririca se filia ao PSB do Ceará


Estadão.com.br
O filho do deputado Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca,  vai concorrer nas eleições municipais de 2012. Ele acaba de se filiar ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) e disputará uma vaga para vereador em Fortaleza (CE) nas próximas eleições.
Everson Silva, também humorista, chegou a ser convidado pelo PRB (Partido Republicano Brasileiro) e pelo partido do pai, PR (Partido Republicano).
À Folha de S.Paulo Silva, que trabalha como o palhaço Tirulipa, na Rede Record, afirmou que se filiou ao partido por influência do deputado mais votado no Estado, Domingos Neto (PSB-CE).

Subsidios agricolas: os paises mais subvencionistas

Informação factual, apenas: 
Parte dos subsídios agrícolas sobre o valor da produção agrícola total em países selecionados:
63% Japão
43% EUA
33% na UE
18% India
10% China
6% Brasil
Fontes: OECD, WTO, World Bank


Mas, parece que os europeus se cansaram de gastar mais da metade do orçamento comunitário com um punhado de agricultores chantagistas. Ou se cansaram, ou já não podem mais pagar, com a dimensão da crise fiscal que atinge todos os governos. Cada europeu paga 106 euros por ano pela Loucura Agrícola Comum. Não seria melhor dar esse dinheiro aos europeus, ou simplesmente não cobrar isso de impostos, e deixar que eles comprem o que quiserem em mercados livres?

EU Proposes New Limits on Farm Subsidies



BRUSSELS—Officials here kicked off what promises to be more than a year of bitter wrangling over how to revise its $75 billion-a-year program to aid Europe's farmers, and the sniping began almost immediately.
The European Commission on Wednesday released its proposals to limit subsidies for big farms and oblige them to set aside more land for preservation, as part of an effort to rein in spending.
Disagreements over the world's biggest agricultural subsidy pit environmentalists and wealthy Europeans willing to pay higher food prices in exchange for more green space against consumers and farmers.



Marcha contra a corrupcao: Brasil comeca a se mover...

Infelizmente, eu não estava lá. Concordo inteiramente com os objetivos, mas não acredito que o Brasil vai se livrar da corrupção com esse tipo de manifestação.
Enquanto persistir o Estado grande, o ogro famélico que consome 40% da renda nacional, vai persistir a corrupção.
Quando é que os brasileiros vão perceber que o Estado grande alimenta a corrupção?
Quando é que eles vão privilegiar a concorrência em lugar do monopólio?
Quando é que eles vão favorecer o empreendedorismo em lugar do emprego público?
Até lá, sinto muito dizer, a corrupção vai continuar...
Paulo Roberto de Almeida

Marcha contra a corrupção reúne cerca de 20 mil pessoas em Brasília

Esta é a 2ª edição do protesto realizado na Esplanada dos Ministérios e em outras 18 cidades

12 de outubro de 2011 | 12h 44
Célia Froufe, BRASÍLIAUma mancha escura formada por cerca de 20 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar, percorreu um quilômetro de distância na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, seguindo do Museu da República até chegar à Praça dos Três Poderes, na manhã desta quarta-feira, 12.
Manifestantes protestam no DF com vassouras, nariz de palhaço e roupas de presidiários - Ed Ferreira/AE
Ed Ferreira/AE
Manifestantes protestam no DF com vassouras, nariz de palhaço e roupas de presidiários
Os três pontos principais da 2ª edição da Marcha contra a Corrupção, realizada também em outras 18 cidades, são a regulamentação da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a aprovação do projeto de lei que estabelece o voto aberto dos parlamentares no Congresso, e a preservação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de órgão de controle externo do Judiciário.
PM elevou para 20 mil pessoas a estimativa do número de participantes da segunda edição da Marcha contra a Corrupção, em Brasília, na manhã de hoje. O primeiro levantamento dava conta de 13 mil manifestantes que percorreram a Esplanada dos Ministérios, do Museu da República até a Praça dos Três Poderes e depois seguiram mais alguns metros até o Ministério do Exército, onde ocorreu a dispersão.
Mesmo assim, o volume de participantes foi inferior à contagem feita pela PM na primeira edição do evento, em 7 de Setembro. Na ocasião, foram contabilizadas as participações de 25 mil pessoas. De acordo com o tenente Marcos Braga, o outro evento acabou ganhando adesão de última hora da população de Brasília, que saiu de suas casas para assistir ao desfile militar.
Com bicicletas, vassouras, nariz de palhaço e roupas de presidiários, ou empunhando faixas, os manifestantes fizeram uma pequena pausa no percurso, em frente ao Congresso Nacional, onde foi cantado o Hino Nacional.
O número de participantes está menor do que o estimado pela PM na primeira edição do evento, em 7 de setembro, quando a PM contou 25 mil pessoas. O tenente Marcos Braga, da PM do DF, explicou que naquela ocasião o evento ganhou apoio de última hora da população de Brasília, que saiu de suas casas para assistir ao desfile de 7 de setembro.
Desta vez, os manifestantes também carregam uma faixa com uma pizza de 15 metros de diâmetro. Aos grados, gritam: "Não sou otário, do meu bolso é que sai o seu salário", "Ô Dilma, presta atenção, o brasileiro não quer mais corrupção", "Voto secreto não, eu quero é ver a cara do ladrão".


Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...