sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seminario do Barao: convite feito: estou inclinado a aceitar

A FUNAG e o IHGB me convidam para o seminário do Barão.
Como se trata do Barão, estou considerando aceitar...
Não sei se vou conseguir participar de ao menos quatro sessões, para ganhar um certificado, mas quem sabe eu fique?
Paulo Roberto de Almeida 



Brasília, 20 de abril de 2012.

Prezado(a) Senhor(a), 
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB),  têm a honra de convidar Vossa Senhoria para participar do Seminário Internacional "Barão do Rio Branco – 100 anos de memória", a ser realizado nos dias 8 e 10 de maio de 2012, no Palácio Itamaraty Rio de Janeiro (Avenida Marechal Floriano, 196, Centro) e no dia 9 de maio, na sede do IHGB (Avenida Augusto Severo, 8, 12º andar, Glória, Rio de Janeiro).
2. O Seminário é parte da celebração do centenário de falecimento do Barão do Rio Branco e consistirá de uma série de palestras de reflexão sobre a vida e a obra do patrono da diplomacia brasileira. A abertura será feita pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, Embaixador Antonio de Aguiar Patriota.
3. As inscrições deverão ser feitas em separado para cada uma das seis sessões do Seminário pelo site da FUNAG (http://www.funag.gov.br), com a possível brevidade e não após 30 de abril de 2012.
4. Serão emitidos certificados para aqueles que participarem de pelo menos quatro sessões.

Cordialmente,

Embaixador Gilberto Vergne Saboia
Presidente
Fundação Alexandre de Gusmão
Professor Arno Wehling
Presidente
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
 

No aniversario do Barao, mais um pouco de suas memorias...

Vejamos: se o Barão estivesse hoje conosco, estaria comemorando seu aniversario de número 167. 
Excelente saúde talvez não tivesse para assoprar 167 velinhas, mas poderíamos fazer apenas três, com os três algarismos. Ainda assim, ele teria de se esforçar um pouco.
Mas, comemorando à minha maneira, ou seja, sempre com escritos, permito-me oferecer aqui mais um trecho de suas memórias, que estou decifrando -- êta letrinha ruim, a do Barão -- e tentando colocar numa versão mais clara, para os leitores de hoje.
Viva o Barão!
Eu acho que sei o que ele estaria pensando sobre a política externa atual. Mas isso fica para outro dia...
Paulo Roberto de Almeida 



Memórias do Barão do Rio Branco
Los hermanos, siempre tan hermosos...

Transcrição e modernização da ortografia  destas “memórias” por Paulo Roberto de Almeida, a partir de manuscritos encontrados nos papéis deixados pelo próprio.

Rio de Janeiro, 2 de maio de 1910

Pronto! Acabo de confirmar ao Senhor Presidente, que me havia interrogado a esse respeito, que o Brasil participará das comemorações do assim chamado “centenário da independência argentina” (com aspas, comme il faut), neste próximo 10 de maio, com uma delegação normal, isto é, por meio do nosso próprio ministro em Buenos Aires, e não com alguma embaixada especial ou enviado extraordinário. A decisão, é bom que se diga, foi só minha, e a considero plenamente justificada, como expliquei ao Senhor Presidente. Meus auxiliares, todavia, me dizem, desde já algum tempo atrás, quando, refletidamente, tomei tal decisão, que se trata de um erro monumental. Alguns deles, inclusive, parecem ter ficado abalados com o que chamam de descortesia gratuita de minha parte, enfim, mais uma demonstração de birra pouco diplomática vis-à-vis nuestros hermanos...
Curiosa essa menção a erro, porque isto me lembra de uma frase à propos, que já ouvi há muito tempo, de um desses nuestros hermanos justamente, mas já não sei dizer de quem, de onde ou quando: He cometido un error fatal! Y el peor es que no sé cual...
Talvez eu também tenha cometido algum erro fatal, mas não sei dizer exatamente qual, embora minha impressão sincera é a de que o equívoco está com eles, não comigo. O erro, terrível, no dizer de meus auxiliares – que se desesperam com esta minha decisão – teria sido representado pelo fato de não termos enviado nenhuma delegação especial, representando a nação brasileira, às comemorações oficiais do centésimo aniversário do 10 de maio argentino, quando tantos países o fizeram. Muitos outros países, justamente, designaram plenipotenciários especiais, alguns a nível de ministros de relações exteriores, uns poucos até com o deslocamento de seus chefes de governo, o que me parece um pouco exagerado, mais laissons cela à leur critère. Chacun est maître de ses décisions...
Descarto qualquer erro de minha parte, mas como não posso externar minha opinião au grand large, o faço aqui para a posteridade (e a devida fidelidade a esta musa sempre tão conspurcada que atende pelo nome de História). A sinceridade é uma dessas virtudes que, infelizmente, poucos homens públicos podem externar em todas as circunstâncias.
Qual erro cometi, afinal, já que não vejo nenhum em minha decisão de não ver nesse dia nada de realmente extraordinário? Seria o 10 de maio uma efeméride suscetível de mudar dramaticamente o curso da História, na mesma categoria dessas de que me ocupei largamente no passado? (É bem verdade que me ocupei também, nas efemérides, de fatos corriqueiros, mas isso foi mais por distração do que por verdadeiro culto a essa musa, que no entanto respeito e venero, como uma das minhas preferidas, ao lado daquela que comanda aos prazeres da mesa, se por acaso existir uma tão gourmande quanto eu...)
Os argentinos estão festejando, com orgulho indevido em minha opinião, o 10 de maio de 1810, que é quando nossos vizinhos acreditam que “conquistaram” a sua independência da Espanha (ou de Napoleão, sejamos mais claros). O fato, absolutamente verdadeiro, é que no 10 de maio de 1810, não foi proclamada nenhuma independência argentina. Nada aconteceu nesse dia, a não ser o reconhecimento, pelo cabildo de Buenos Aires, de algo absolutamente fáctico, tão evidente que sequer havia necessidade de qualquer proclamação em torno disso: o trono de Espanha, o legítimo, tornou-se obviamente vacante – mas não foi nesse dia – em função da “destituição”, de seu real cargo, de um desses Bourbons que os próprios franceses tinham se esforçado para colocar no trono de Espanha um século antes. Mais uma querela dos Pirineus...
 Eles, os argentinos, que nisso são equivocadamente seguidos por meus auxiliares, acreditam que sua independência começou nesse dia – eles comemoram, na verdade, duas ou três datas, dependendo da utilidade – quando ela só se firmou, de verdade, muito tempo depois, mais até do que seu orgulho nacional o permitiria. Ela de fato só ocorreu, e mesmo assim de maneira passavelmente confusa, depois que San Martin andou fazendo valer o que de fato vale na vida das nações: a crítica das armas, não as armas da crítica. Estas, como grande parte do palavrório dos diplomatas, se traduzem muitas vezes em declarações chorosas, que falam da “opressão dos invasores”, ou da “usurpação do trono”, enfim, essas frases ocas, em que comprazem nossos colegas de carreira.
Todas essas construções intencionais, de uma pré-ciência de “momentos históricos”, de fato delineados a posteriori, servem apenas para alimentar os mitos nacionais, quando a realidade é que a soberania e a independência de uma nação só se garantem na ponta dos sabres, como afirmava o velho Bismarck, ou numa eventual carga de cavalaria, como parecia preferir seu colega de conquistas, o general Moltke. Seja como for, esses nuestros hermanos, siempre tan hermosos, inventaram o mito do 10 de maio apenas para ter precedência sobre nossa própria independência, e querem que acreditemos nisso. Sinto muito, mas não caio nessa peta!
Se me permito aqui parafrasear o general Roca, nosso amigo sincero – dos poucos que temos naquele país de arrogantes gaúchos que se creem ingleses dos pampas – eu diria que muitas coisas nos unem, mas algumas nos separam (mas isso eu não posso afirmar de público). Já não me refiro ao esporte bretão, que parece começar a empolgar multidões dos dois lados do Prata, mas sim a interesses concretos, com destaque para o equilíbrio de nossas forças navais, cruciais na nova conformação dos fatores de guerra que teve início pela construção dos primeiros dreadnoughts pela Royal Navy. Não acredito que possamos levar muito longe essa insana competição por encouraçados cada vez maiores e poderosos, inclusive porque o nosso pobre orçamento não o suportaria (e esta é uma das poucas razões pelas quais apoio esse difícil pacto ABC, quando preferia ter apenas o Chile como aliado constante e fiel, junto a nosso grande irmão do norte, um pouco inconstante, este).
Os argentinos são, sem sombra de dúvida, muito mais ricos do que nós; aliás, mais até do que vários europeus (e, ouvi dizer, até mais do que os franceses, que cunharam a frase, muito frequente em suas operetas, de riche comme un argentin...). Nossos vizinhos podem, portanto, se permitir essas loucuras com seus orçamentos militares, ainda que a quebra do Barings – quando eu começava a me ocupar, justamente, do nosso conflito em torno de Palmas – comprove que, mesmo assim, nem tudo é possível de se fazer com o dinheiro alheio. Os pobres venezuelanos, aliás, sabem muito bem disso, ao terem tido de suportar o peso de canhoneiras estrangeiras, porque um desses coronéis malucos que frequentemente se apossam do poder naquele confuso país andino e caribenho se recusou a cumprir com suas obrigações financeiras, algo que nosso Império, sempre tão endividado, jamais chegou a cogitar. Se tivemos de negociar nosso último funding loan em termos que não foram certamente os mais flâteurs para nossa dignidade nacional, foi porque um bando de bárbaros do sertão nos obrigou a levar uma guerra frustrante, em quatro sucessivas expedições, que consumiu nossos parcos recursos do café, como antes já tinha ocorrido com a maldita guerra contra o ditador Solano Lopez.

Pois bem, voltando às “comemorações do 10 de maio”, imagino que um dos meus críticos argentinos – me refiro ao inacreditável Estanislao Zeballos – possa estar agora falando de mim: “Maldito barón” – com b minúsculo, para me diminuir um pouco mais – “siempre depreciando a nuestra patria, como si Brasil no fuera una porqueria, un cambalache, yá lo sé...”. Foi ele mesmo que nos levou a esta situação absurda de competição naval, com sua agressividade militarista tão desproporcional quanto às supostas ameaças do Brasil e do Chile, que o próprio presidente José Figueroa Alcorta teve de demiti-lo em meio ao seu mandato. Zeballos nunca engoliu o que continua a chamar de “desmembración” do território argentino, mas que foi apenas um laudo impecável do presidente americano, em face de meus argumentos absolutamente fundamentados na história – e na nossa boa cartografia lusitana – em defesa do nosso pedaço das Missões. O mesmo belicoso Zeballos, quando ministro, queria controlar nossas aquisições de fragatas na Europa, e até “dividi-las” com eles (o absurdo!), mas nunca hesitou em exigir de seu próprio presidente aumentos fabulosos das compras militares argentinas, como tampouco se eximiu de propor a preparação de suas forças navais para eventualmente ocupar o Rio de Janeiro pela força.
Como querem, agora, que eu conceda em enviar uma delegação de alto nível a um país que falseia sua história, que mantém sonhos ridículos de grande potência e que, além do mais, reincide num protecionismo renitente, que prejudica nossas legítimas exportações de açúcar e de algodão? Como querem meus auxiliares que eu me disponha a assinar um acordo de comércio preferencial com nossos vizinhos – concedendo-lhes as mesmas vantagens que eu concedi às farinhas americanas – se eles continuam a comprar quantidades ínfimas do nosso precioso café? Não! No que depender de mim, não haverá acordo comercial de nenhum tipo com os argentinos, até que eles nos reconheçam como uma nação tão merecedora de consideração como aquela que eles estão sempre tão dispostos a conceder à velha Albion, que eles, também ridiculamente, estimam ser o seu modelo a imitar, ainda que não exibam toda a pompa e circunstância da Corte de St. James.
Sei que o dileto amigo Julio Roca sempre propugnou por uma estreita união dos dois países, afirmando, ao nosso Campos Salles que, ao desenvolver “laços da mais íntima amizade”, Brasil e Argentina, juntos, seriam “ricos, fortes, poderosos e livres”. Pode ser que, um dia, de fato cheguemos a essa situação, de sólidos vínculos entre nossas duas economias, mas não antes que nuestros hermanos abandonem sua ideia de preeminência militar, mesmo que continuem mais ricos do que nós por certo tempo ainda. Atualmente, eles quase se igualam à riqueza americana, mas essa situação pode não perdurar, e o Brasil chegará a ser também, um dia, rico e poderoso, se para tal lhe ajudarem o descortino e a capacidade intelectual de nossos líderes, hoje, infelizmente, tão carentes de educação econômica e tão pouco propensos a educar o povo, como preconizou para a Argentina, tão justamente, o genial Sarmiento. Quando teremos um intelectual como ele, entre nós?
Esse dia chegará, estou seguro, mas certamente não será do meu tempo; talvez dos meus netos, mas sobre isso falarei um outro dia...
Rio de Janeiro, 2 de Maio de 1910

Seminario Rio Branco no Rio: 8 a 10 de maio


Seminário Internacional "Barão do Rio Branco – 100 anos de memória"
Como parte da celebração do centenário de falecimento do Barão do Rio Branco, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) e seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), organizarão o Seminário Internacional "Barão do Rio Branco – 100 anos de memória", a ser realizado no Rio de Janeiro nos dias 8, 9 e 10 de maio de 2012, no Palácio Itamaraty (8 e 10) e na sede do IHGB (9).
O Seminário, que será aberto pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, Embaixador Antonio de Aguiar Patriota, consistirá de uma série de palestras de reflexão sobre a vida e a obra do patrono da diplomacia brasileira.
José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi Ministro das Relações Exteriores do Brasil entre 3 de dezembro de 1902 e 10 de fevereiro de 1912, quando faleceu em seu gabinete no Palácio Itamaraty. Entre os legados deixados pelo Barão à diplomacia brasileira, destacam-se a consolidação pacífica das fronteiras do Brasil com os países vizinhos, pelas vias diplomática e arbitral; o pragmatismo da atuação internacional do Brasil; a defesa da soberania nacional; o respeito ao princípio da não intervenção; a solução pacífica de controvérsias; a busca da estabilidade da América do Sul e a aproximação com os Estados Unidos da América.


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Onde os russos honestos colocam o seu dinheiro (o deles, mas pode ser o seu tambem...)

Passeando por Lugano, na aprazível região suíça do Ticino, com um lago maravilhoso, restaurantes apetitosos, museus convidativos, paisagem esplendorosa (etc., etc., etc.), encontrei este cartaz, escrito em russo, presumivelmente dedicado a atrair esses fabulosos capitalistas russos, que ficaram milionários -- êpa!, isso não vale mais nada: BILIONÁRIOS, quero dizer -- trabalhando duramente e construindo aquele maravilhoso capitalismo putinesco e que precisam investir todo esse dinheiro honesto em coisas sólidas, como um condomínio de luxo na Suíça.
Não preciso dizer que também encontrei muitos brasileiros, especialmente mulheres, comprando nas butiques e lojas de Lugano: eu só passava, pois a única coisa que comprei foram dois livros do Herman Hesse...

Politica economica no Brasil: o desmantelamento do tripe estabelecido em 1999

O Brasil tem uma longa trajetória de luta pela estabilização de sua economia, uma história pouco exemplar que passa por seis moedas, REPITO: SEIS MOEDAS, no último meio século ou pouco mais.
Poucos países tiveram ritmos de inflação que se medem em números astronômicos, ou geológicos: bilhões, no caso do Brasil mais exatamente quatrilhões, ou zilhões de % de aumento de custo de vida, e corte de não sei quantos zeros desde a substituição do mil-réis pelo cruzeiro.
Chegamos, finalmente, com o Plano Real a uma estabilização ainda precária, pois que o presidente de então não quis assumir o ônus de um forte ajuste fiscal, e assim tivemos que basear o plano numa ancoragem cambial (sempre precária e perigosa), num forte aumento de juros e num ainda mais vigoroso aumento de impostos.
Pois bem, isso veio a termo nos desequilíbrios acumulados ao longo da segunda metade dos anos 1990, considerando-se ainda a forte contração financeira externa com as crises financeiras iniciando-se pelo México, prolongando-se nas turbulências asiáticas e culminando na moratória russa. 
A solução foi adotar um novo modelo de estabilização, não mais baseado na ancoragem cambial, mas na flutuação cambial (1999), nas metas de inflação (1999) e na responsabilidade fiscal (LRF, de 2000), com a continuidade do ajuste iniciado em 1998 com a cooperação do FMI e a realização de superavits fiscais compatíveis com o controle do endividamento público.


Tudo isso ameaça desmoronar agora, com a continuidade da gastança pública, absolutamente irresponsável, e os ataques ao regime cambial em vigor e o total desprezo pelo controle inflacionário. Os responsáveis econômicos não se sentem constrangidos em jogar o ônus nas costas do povo brasileiro, e parece que vão perseverar nesse caminho.
Recebo o seguinte comentário a propósito de minha postagem sobre a redução da taxa de juros pelo Copom-BC (mais abaixo): 


Bom dia Paulo! O BACEN já descartou o sistema de metas de inflação. A cada dia fica mais óbvio que tal sistema inexiste no país. Ainda nesta semana, o BACEN atuou fortemente no mercado cambial. A atuação do BACEN deixou evidente seu propósito: desvalorizar o real. Isto é, o BACEN também está tentando bicar para escanteio a taxa de câmbio flutuante. Isto é, dos três pilares macroeconômicos que sustentaram a economia brasileira nos últimos 10 anos (taxa de câmbio flutuante, sistema de metas de inflação, e responsabilidade fiscal), o BACEN está prestes a destruir dois deles. Do lado fiscal, o governo tem feito sua parte para desequilibrar ainda mais a situação das contas públicas. Em resumo: em menos de 1 ano e meio o governo Dilma já descartou a fórmula que garantiu a precária estabilidade brasileira nos últimos anos. A taxa Selic alta atrai investidores, diminuindo este fluxo, como o governo vai financiar o pagamento (só de juros 250 bi $) da divida publica? Ou empréstimo ou em Brasil chega aos juros "normais" do capitalismo: demorou...


Pois é, parece que tudo vai para o brejo.
Depois não poderão dizer que não foram avisados...
Paulo Roberto de Almeida 

Herman Hesse: em suas pegadas no Ticino suico...

O passeio de hoje: 

The Herman Hesse Museum

The Museum hosts precious evidence of Hermann Hesse’s last 43 years in Montagnola up until his death.
The small but important Herman Hesse Museum is situated in the Camuzzi Tower, an integral part of the historical ensemble of buildings of the Camuzzi House, a wonderful example of the prestigious work that architects from Ticino carried out in 19th Century Saint Petersburg. 
In 1919, when Herman Hesse was forty-two, he rented a modest apartment here. After a period of crisis motivated by the separation from his family and by the terrible consequences that he had foreseen for the first world war, Herman Hesse started writing again and discovered painting as a source of serenity and peace of mind. It is at the Camuzzi House that “Klingor’s Last Summer”, “Siddharta”, “Death and the Lover”, “Steppenwolf” numerous poems and short stories were written and many watercolours painted. 
In 1931, Herman Hesse moved with his third wife, Ninon, into the Pink House, in whose garden he took pleasure in growing flowers and vegetables. His creativity was further confirmed by later works such as “Time in the Vegetable Garden” and “Magister Ludi”, for which he was awarded the Nobel Prize for literature in 1946 and “Letters”. 
Many important people (among whom Theodor Heuss, Thomas Mann e Bertolt Brecht) came to visit the writer in Montagnola. 
Herman Hesse became a Swiss citizen in 1924 and felt very much at home in Montagnola: the incredible landscape and the special conditions of light on the Golden Hill fascinated the artist. To this, we must add, the friendly welcome he received by the people of Ticino whom he continuously praised in his stories. Tolerance, straightforwardness, integrity, farsightedness, these are some of the characteristics that have made him one of the most widely read German writers. 
His works have been translated in 54 languages; 100 million copies have been published globally. The Herman Hesse Museum in Montagnola, the first of its kind and the only one in Switzerland, was inaugurated on July 2, 1997 in occasion of the 120th anniversary of the writer’s birth and preserves precious tokens of the last 43 years of life of the artist and painter, who died in Montagnola in 1962.
The museum is a place of encounter for visitors from all over the world. In the video room a documentary is projected in Italian, German and French; books in different languages exhibited at the entrance and in the garden invite one to read and think. 
Along the route called “On Herman Hesse’s Footsteps”, one can admire the unique landscape of the Golden Hill.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Brasil chega aos juros "normais" do capitalismo: demorou...

Ufa! Finalmente o Brasil chega aos juros que, historicamente, sempre foram os do capitalismo industrial, na média: 3,5% ao ano. Demorou um bocado e resta saber se é sustentável (a palavra da moda, mas com outro sentido).
Agora são os países capitalistas "normais" que não exibem juros normais, ou seja, de mercado. Estão anormalmente baixos, o que é uma punição ao poupador e um prêmio (indevido) ao devedor, ainda que sirva ao investidor.
Parabéns ao Banco Central, e a Alexandre Tombini em particular, por este desempenho, mas muitos acreditam, a começar por certos comentaristas internacionais que isso foi alcançado mais por razões políticas do que por real condição econômica.
Em todo caso, cabe esperar que se mantenham nesse nível.
O trabalho a ser feito, agora, está com o resto do governo, especialmente na área fiscal e de ambiente macro e microeconômico para o crescimento.
Paulo Roberto de Almeida 


SELIC

Brasil não tem mais os maiores juros do mundo

Com a nova redução da Selic o Brasil deixa de ter a maior taxa de juros reais do mundo

Opinião e Notícia, 19/04/2012
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu nesta quarta-feira, 18, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 0,75 ponto percentual, confirmando a tendência de baixa que vem sendo adotada no governo Dilma Rousseff.
Com a Selic agora a 9% ao ano, os juros no Brasil estão no seu menor patamar desde março de 2010, quando eram de 8,75%. É também a menor taxa do governo Dilma.

Rússia agora tem os maiores juros

Segundo o analista internacional Jason Vieira, da Apregoa.com – Cruzeiro do Sul, e o analista de mercado Thiago Davino, da Weisul Agrícola, com a nova redução da Selic o Brasil deixa de ter a maior taxa de juros reais do mundo.
Os cálculos dos analistas apontam que, com a Selic a 9% ao ano, os juros reais do Brasil — descontando a inflação projetada para os próximos 12 meses — são hoje de 3,4%. O primeiro posto, segundo eles, agora é da Rússia, que tem juros reais de 4,2%.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...