domingo, 5 de maio de 2013

O maior criminoso da historia diminuido: Hitler como gnomo de jardim (Der Spiegel)


Hitler's Little Helpers: Nazi Garden Gnomes Invade German Town

Visitors to the Bavarian town of Straubing will be startled at the sight of a mass of black gnomes standing in military formation and doing the Hitler salute this week. It is a temporary art installation by a German sculptor who wants to portray the little figures as "symptoms of a political disease."
One of artist Otmar Hörl's Nazi garden gnomes. Zoom
dpa
One of artist Otmar Hörl's Nazi garden gnomes.
A total of 1,250 gnomes with their little arms outstretched in the Hitler salute will be placed in a Bavarian town square this week as an art installation. Made of black plastic, they will stand to attention in tight military formation on Ludwigsplatz square in the town of Straubing from Oct 15 to 19.
While locals are referring to the art installation as the "Hitler dwarves," their creator, artist Ottmar Hörl, prefers to call his work "Dance With the Devil."

The gnomes, he says, are a "historical societal gesture" and the "the symptom of a political disease."
25 Million Garden Gnomes
Earlier this year Hörl, 59, attracted attention by exhibiting a golden gnome making the Hitler salute in an art gallery in Nuremberg. Someone filed a complaint against him but the public prosecutor's office said it would not press any charges because the 40-centimeter sculpture was clearly meant as satire.
Garden gnomes remain a firm fixture in Teutonic gardens and the gnome population is estimated at 25 million. However, there is a growing trend towards gnomes that make obscene gestures, commit suicide or engage in sexual activity, and courts have ordered figures to be removed if they offend neighbors.
Hörl has a predilection for mass reproductions and once put up 7,000 hare figures that copied Albrecht Dürer's famous hare.
SPIEGEL Staff

O filosofo como farsa: Marx transformado em gnomo de jardim (Der Spiegel)


Philosopher as Farce: Artist Immortalizes Marx as Garden Gnome

Photo Gallery: Gnomes of the World, Unite!
Photos
DPA
Ottmar Hörl gained international notoriety in 2009 by designing garden gnomes giving Nazi salutes. Now he hopes to stimulate debate with 500 gnome-like figurines of Karl Marx in Trier, but he might not hit his mark.
Pedestrian shopping areas in Germany are usually filled with people pondering such mundane issues as which nail polish to buy or whether to grab a pretzel. But who says that these bargain hunters couldn't wrangle with more lofty and abstract philosophical questions, such as Marx's critique of capitalism, especially if they come packaged in something as down-to-earth as the good ol' German garden gnome?

ANZEIGE
Political artist Ottmar Hörl captured headlines far away from his hometown of Nuremberg in 2009 when he created garden gnomes performing Nazi salutes. And now he's back to making what he hopes will be another controversial statement. In honor of Karl Marx's 195th birthday, Hörl has spread out 500 plastic figurines of the famous thinker in Trier, the western German city near the border with Luxembourg where Marx was born. Each miniature sculpture, which stands less than a meter (3.3 feet) tall, portrays Marx in the exact same pose, but in different shades of red.
A nifty idea, sure. But what could it possibly mean? "I want to inspire pedestrians to think about Karl Marx in a different way," Hörl explains while his installation is being set up next to Trier's historic Roman city gate, Porta Nigra, adding that the German philosopher has often been misinterpreted.
Still, one could say that Hörl himself has fallen pray to this fallacy himself. No matter what we personally think about Marx and his philosophy of history, if he is reduced to the figure of a bearded little chap, the great thinker joins the ranks of other city mascots like the Berlin bear or Hamburg's Hans Hummel. The Marx-gnome may become a popular subject for tourist photos or a favorite for children to climb around on, but it will hardly stir a debate about Marx' ideas -- at least not about anything that goes beyond the simplistic message of Hörl's artwork, which claims that not every shade of red is the same and that Marxism can be interpreted in myriad ways.
The primary insight that Hörl's Marx-gnome communicates is that if Marx is trivialized to the maximum, he hardly even disrupts the consumerist landscape on the shopping mall. Four different shades of red give less food for thought than any nail polish section. Indeed, it would hardly have been possible to ridicule the man who once tried to overcome capitalism more thoroughly.

Fracasso da reforma agraria dos companheiros, de qualquer reforma agraria...

Na verdade, não é por falta de assistência técnica que esse projeto, como tantos outros, aliás a maioria, fracassou. Mesmo se houvesse assistência técnica ele teria fracassado três vezes. Simplesmente, os militantes do MST que forçaram a reforma numa grande propriedade capitalista não tinham capacidade, competência, nenhuma cultura camponesa, ou simplesmente rurícola, para tocar o projeto adiante. Se tratava apenas de uma tese política, a luta contra o capitalismo e o agronegócio, não de reforma agrária, que já tinha ficado ultrapassada no final dos anos 1960. Os companheiros nunca perceberam que o futuro do Brasil está no agronegócio, não na reforma agrária, e a pequena propriedade poderia conviver tranquilamente com esquemas de mercado do agronegócio (do qual também faz parte, na sua escala especializada), desde que princípios de mercado tivessem sido aplicados.
Ninguém pode achar que assistência permanente -- o que significa dependência -- é a solução para os pobres do campo, manipulados por esse partido político neobolchevique que se chama MST.
O Brasil perdeu anos e anos com bobagens, e milhões de reais foram consumidos inutilmente, com as fantasias esquizofrênicas dos companheiros e dos criminosos do MST.
Paulo Roberto de Almeida


De antigo império da soja à maior favela rural no interior do Brasil

GERMANO OLIVEIRA, ENVIADO ESPECIAL
O Globo, 5 Maio 2013

  • Assentamento em MS é símbolo de reforma agrária fracassada, sem assistência técnica



Itamarati é alvo de especulação imobiliária e não garante renda aos trabalhadores rurais
Foto: Michel Filho / O Globo
Itamarati é alvo de especulação imobiliária e não garante renda aos trabalhadores rurais Michel Filho / O Globo
PONTA PORÃ (MS) — O ex-militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Ilmo Ivo Braun, um catarinense de 64 anos, mal consegue caminhar. O pé inchado não o deixa andar pela lavoura de milho, plantada em seu pequeno lote de seis hectares, recebido a título de reforma agrária. Ele mora sozinho, sem filhos, na casinha sem reboco, construída com os R$ 15 mil recebidos do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), há 11 anos. Esse foi o único subsídio recebido desde que ele obteve a terra, depois de passar um ano acampado numa barraca de lona à espera do tão sonhado quinhão de terras. Sem apoio para plantar, Ilmo arrenda o lote para grandes fazendeiros da região. Dinheiro que complementa os R$ 678 que ganha de aposentadoria.
O arrendamento é ilegal. Mas foi a alternativa que encontrou para não cometer o mesmo crime de vizinhos, que aceitaram a tentadora oferta de R$ 150 mil para vender a propriedade.
— Lutei para ter este lote. Não vendo por nada. Seria pior se estivesse na cidade. Já teria morrido de fome. Aqui tenho uns porquinhos e umas galinhas. Vou morrer aqui — prevê Ilmo, um dos agricultores que receberam lotes no Assentamento Itamarati, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, na divisa com o Paraguai, como parte do maior projeto de reforma agrária implantado no país.
Pequenos agricultores não têm crédito e assistência
Ilmo é um exemplo acabado de que a reforma agrária fracassou no local. O governo gastou R$ 245 milhões para desapropriar a área de 50 mil hectares da Fazenda Itamarati, que pertencia ao então “rei da soja” Olacyr de Moraes. Com o empresário à beira da falência, o local foi invadido pelos sem-terra em 2000 e lá foram assentadas pelo Incra a partir de 2002 um total de 2.837 famílias ligadas ao MST, à CUT, à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e à associação dos ex-funcionários da propriedade. O Incra perdeu o controle da imensa área, jogando as 16 mil pessoas que lá habitam hoje a toda sorte de infortúnios.
Sem financiamentos ou assistência técnica, os pequenos agricultores não conseguem sobreviver da lida no campo. Até traficantes de drogas arrendam terras por lá. Tem fazendeiro que arrenda até 15 lotes. Para sobreviver, pelo menos 2.000 famílias de assentados recebem Bolsa Família, segundo o prefeito de Ponta Porã, Ludimar Novaes (PPS).
A pobreza do campo ganhou ares de favela na área de 400 hectares que o Incra reservou para ser a vila urbana do assentamento, hoje administrada pela Associação dos Moradores do Assentamento Itamarati (Ampai), com 360 famílias, que moram em barracos sem luz, sem água encanada e com ruas esburacadas. Quase todos ali são invasores, como diz o presidente da Ampai, José Roberto Roberval Barbosa Leila.
— O problema maior é a falta de apoio do Incra. Estou assentado aqui há oito anos e só no ano passado consegui um financiamento de R$ 21 mil do Pronaf. Muitos passam fome, vivem de Bolsa Família ou cestas básicas dadas pelas igrejas e acabam vendendo os lotes para morar na cidade e lá trabalhar como ajudante de pedreiro — resume Barbosa Leila.
O Incra promete iniciar este ano, com atraso de três anos, a titulação das terras, que ainda pertencem à União. Sem documentação, os bancos não liberam financiamentos.
Esse é o caso de José Brasil dos Santos, há oito anos no lote. Nunca conseguiu financiamentos.
— Meu pai pensa em arrendar a terra. Este ano meu tio plantou milho aqui, o que deu uma pequena renda, mas só para a gente não passar fome — diz seu filho José Carlos dos Santos.
MPF denunciou “imobiliária”
Além da dificuldade para a obtenção de empréstimos, o próprio Incra paralisou a análise de novos projetos no estado há três anos, depois que o órgão mergulhou numa profunda crise. O ex-superintendente Waldir Cipriano Nascimento, demitido em agosto de 2010, chegou a ser preso na “Operação Tellus”, desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) contra a venda de lotes da reforma agrária no Sul do estado. O desvio apurado no esquema é de R$ 12 milhões. No Itamarati, o escritório do Incra está inativo há dois anos.
Os que conseguem sobreviver da agricultura e ter renda melhor são os que se dedicam à produção de gado e leite. Muitos venderam seus lotes. Estima-se que 1.200 famílias, ou 40% do total assentadas, já comercializaram lotes, mas o Incra só admite que 550 negociaram as terras. No fim do ano passado, o MPF denunciou integrantes do que chamou de uma “imobiliária” que comercializava lotes.
A antiga fazenda Itamarati, transformada no maior assentamento agrário do país, foi praticamente destruída. Silos e armazéns de grãos estão apodrecendo. A casa-sede da fazenda hoje é ocupada pelos padres do assentamento. A prefeitura de Ponta Porã aguarda até o dia em que o Incra conceda a área para o município. Ali, quer que nasça uma nova cidade.
 http://oglobo.globo.com/pais/de-antigo-imperio-da-soja-maior-favela-rural-no-interior-do-brasil-8294519#ixzz2SR1D60JR
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Criticas ao governo, nao ao pais - Merval Pereira

Autoritários em geral, companheiros em particular, não admitem que se possa criticar suas políticas esquizofrênicas, erradas, simplesmente danosas ao país e a sua população, e confundem isso, muitas vezes de má-fé ou por desonestidade, com críticas ao país.
Continuarei denunciando as falcatruas, justamente por querer bem ao Brasil, pretendendo defender a verdade e revelar os golpes mentirosos, de maneira perfeitamente transparente e democrática.
Transcrevo apenas um trecho deste artigo de Merval Pereira que permite denunciar algumas das muitas, imensas, fraudes companheiras, de suas mentiras asquerosas, como a que pretende que foram eles que "terminaram" com a inflação no Brasil:
"Para se ter uma ideia de como a atuação oposicionista radical do PT se reflete hoje no governo, basta lembrar que o PT votou contra o Fundef, que mudou radicalmente o financiamento do ensino fundamental no país; contra a criação da CPMF; contra a Lei de Responsabilidade Fiscal; contra a reforma da Previdência; contra a privatização das telecomunicações, entre muitos outros votos não. E hoje é a favor de todas eles."
Leiam a íntegra.
Paulo Roberto de Almeida

Governo e país
Merval Pereira
O Globo, 4/05/2013

Outro dia, o ex-presidente Lula deu uma entrevista e lá pelas tantas disse que ficava “com pena” quando via o ex-presidente Fernando Henrique, aos 80 anos, falando mal do Brasil no exterior.

Na mesma toada, a presidente Dilma Rousseff desabafou recentemente para repórteres: “Tem gente torcendo para o país dar errado”. Na verdade, tanto Lula quanto Dilma se referiam a oposicionistas que criticam a atuação do governo, e não o país.

Lula chegou a uma espécie de desabafo, pedindo a Fernando Henrique que deixasse a presidente Dilma “trabalhar em paz”.

O que deixa especialmente irritada a presidente Dilma é a demonstração dos erros de seu governo, notadamente agora que a inflação voltou a ser um tema relevante, saindo da esfera meramente econômica para o campo político.

Apontar os erros da equipe econômica do governo tem rendido bons momentos aos oposicionistas de diversos quilates, desde o senador Aécio Neves, provável candidato tucano à sucessão de Dilma, até o governador de Pernambuco Eduardo Campos, aspirante a oposicionista que ainda busca seu lugar no campo oposto ao que se encontra hoje.

São críticas ao governo Dilma, não ao país. Um governo representa o país, é fato, mas pode representar mal e merecer críticas. E as críticas vêm de uma oposição que, há quase unanimidade sobre isso, é muito fraca no enfrentamento do governo, além de numericamente insignificante no Congresso.

Agora mesmo, quando o PT e a presidente se confundiram em mensagens partidárias e institucionais pela televisão num claro abuso de poder, não há uma manifestação maciça da oposição de crítica a essa postura, muito menos uma análise crítica das mensagens.

Imaginem se a oposição fosse tão aguerrida hoje quanto era o PT nos governos tucanos, a tal ponto que criticava até mesmo medidas que considerava acertadas, como veremos mais adiante.

É mais um exemplo de como confundem o público com o privado, como se consideram donos dos cargos que ocupam transitoriamente ou, no caso de Lula, como não consegue se desapegar da Presidência da República.

Logo ele que criticava a atuação de Fernando Henrique e dizia que daria o exemplo de como um ex-presidente da República deve se comportar.

Não é preciso comentar o que Lula vem fazendo fora do governo para mais uma vez se constatar que o que Lula diz não se escreve. Esse já foi tema de várias colunas, e continua inesgotável. Vale a pena ler de novo.

Afinal, o que fazia o PT quando estava na oposição? Deixava Fernando Henrique governar com tranquilidade ou tentava por todos os meios boicotar sua administração?

Para se ter uma ideia de como a atuação oposicionista radical do PT se reflete hoje no governo, basta lembrar que o PT votou contra o Fundef, que mudou radicalmente o financiamento do ensino fundamental no país; contra a criação da CPMF; contra a Lei de Responsabilidade Fiscal; contra a reforma da Previdência; contra a privatização das telecomunicações, entre muitos outros votos não. E hoje é a favor de todas eles.

Já contei como logo no início do governo Lula, quando ele assumiu surpreendentemente como tarefa de seu governo prosseguir a reforma da Previdência, conversei com o então presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha, hoje condenado pela participação no mensalão, e perguntei a ele por que o PT se batera tanto contra a reforma quando o PSDB estava no governo se agora se mostrava favorável a ela. Ele, candidamente, respondeu: “Luta política”. Simples assim.

A “luta política” justificava tudo, até mesmo trabalhar contra medidas que consideravam acertadas. Fora os erros propriamente ditos, como apostar que o Plano Real era apenas eleitoreiro, e não daria certo.

O hoje ministro da Educação, Aloizio Mercadante, era a cabeça econômica do PT, e apostava nisso. Hoje, diz que a oposição, ao criticar o governo, parece-se com o PT quando criticava o Plano Real.

Um mentiroso bem sucedido no antiterrorismo - Le Monde

James McCormick, détecteur gadget
Par Christophe Ayad et Eric Albert
Le Monde, 04.05.2013

A Londres,
La défense de James McCormick s'est finalement révélée aussi vide que ses détecteurs d'explosifs. Après trois ans et demi d'enquête de la police du comté de Somerset, le mensonge de ce Britannique de 57 ans a fini par être dévoilé. Jeudi 2 mai, il a été condamné à dix années de prison pour fraude. Mais combien de morts a-t-il sur la conscience ?

Comme tous les bons mensonges, celui de James McCormick était suffisamment énorme pour être crédible. L'homme d'affaires déclarait avoir inventé une technologie révolutionnaire qui permettait de détecter des explosifs dans un rayon d'un kilomètre. Un véritable rêve pour les services de sécurité du monde entier. Il suffisait de tenir dans ses mains un boîtier semblable à un gros allume-gaz, et sa longue antenne, similaire à celle d'un poste de radio, se dirigeait irrésistiblement là où se trouvait la bombe. Mieux encore, l'Advanced Detecting Equipment (ADE), un nom suffisamment abscons pour paraître réaliste, pouvait aussi détecter de la drogue, de l'ivoire, des billets de banque ou toute autre substance, voire des êtres humains.
Le tout avec une simplicité d'utilisation désarçonnante. Il suffisait de mettre un petit morceau du type d'explosif ou du matériau à détecter dans une jarre en verre ; placer un petit autocollant dedans, pour qu'il en absorbe les vapeurs ; coller l'autocollant sur une carte en plastique à glisser dans l'appareil ; et voilà, c'était prêt ! Ne restait plus qu'aux agents de sécurité à se promener, boîtier en main, pour déjouer aisément toute tentative d'assassinat ou de contrebande.

RADIESTHÉSIE
La science derrière ce boîtier révolutionnaire ? "C'est assez similaire à [celle] de la radiesthésie", affirmait sans rire M. McCormick dans un rare entretien qu'il a donné à la BBC en 2009. La radiesthésie ? En clair, le même principe qui se trouve derrière la baguette de sourcier, une croyance sans fondement qui pense pouvoir détecter les radiations. Mais, à 5 000 dollars pièce pour les moins chers, et 40 000 dollars pour les plus sophistiqués, l'ADE en imposait : il n'était pas question de mettre en doute le sérieux de la trouvaille.

Résultat, des services de sécurité du monde entier se sont arraché l'invention. L'Irak, traumatisé par des attentats quotidiens, a été le principal client, suivi par l'Afghanistan, en proie aux attentats-suicides. Le Niger, l'Arabie saoudite, la Géorgie, l'Algérie, la police et l'armée thaïlandaises ont aussi sorti leurs chéquiers, tout comme la Libye de Kadhafi ou les rangers kenyans. Même les Nations unies au Liban se sont équipées, à l'instar de Michel Aoun, dont les gardes du corps usaient de l'ADE avec le plus grand sérieux en 2006. De quoi permettre à M. McCormick de vendre au moins 7 000 appareils, dégageant des bénéfices de plus de 50 millions d'euros.

Avec sa petite moustache grise, son large embonpoint et ses cheveux tirés en arrière, l'homme était tout simplement un charlatan. Ses boîtiers étaient entièrement vides. Dedans, ni pile pour les faire fonctionner ni aucun principe actif. L'antenne n'était reliée à rien. La prétendue carte électronique qu'il fallait glisser dans l'appareil n'était qu'un petit circuit imprimé similaire aux alarmes antivols utilisées dans les magasins.

Inévitablement, des attentats ont eu lieu, sans que les ADE détectent quoi que ce soit. "Votre conduite frauduleuse pour vendre des appareils inutiles simplement pour un énorme profit a apporté un faux sens de sécurité et, selon toute probabilité, a contribué à tuer et blesser des personnes innocentes", a asséné le juge Richard Hone, quand il a lu son verdict. M. McCormick devrait cependant échapper à toute poursuite criminelle, parce qu'il sera très difficile de prouver le lien entre un attentat non évité et la vente de ces équipements.

L'IRAK, PREMIER CLIENT
C'est en Irak que le boîtier a été le plus populaire. Le pays en a acheté pour 45 millions d'euros entre 2008 et 2010. L'armée américaine avait bien donné plusieurs avis défavorables à cet achat, expliquant aux responsables irakiens, avant de quitter le pays, que seuls les chiens dressés à la détection d'explosifs étaient efficaces. En vain. A l'époque, les responsables irakiens voyaient dans l'ADE la panacée à la vague d'attentats sans précédent qu'a connue le pays de 2006 à 2008.

Pour mettre en échec les kamikazes qui sillonnaient Bagdad en voiture à la recherche d'une cible, les autorités, aidées par l'armée américaine, ont mis en place un maillage serré de checkpoints dans la capitale. Chaque policier a sa méthode : l'air concentré ou faussement décontracté, l'un fait ouvrir les fenêtres, l'autre demande que l'on coupe le moteur, voire le téléphone portable, avant de promener le fameux ADE de M. McCormick. Il y a ceux qui déplacent l'appareil et ceux, plus feignants, qui le tiennent à bout de bras, laissant les voitures défiler. En fait, rien ne vibre sauf la main du policier ou son intime conviction, désignant - par instinct ou autosuggestion - les voitures suspectes à une fouille plus poussée, à l'ancienne.

ENQUÊTE OUVERTE EN 2009
Dès 2009, l'inspecteur général du ministère de l'Intérieur irakien, Akil Al-Turehi, a ouvert une enquête. Dix à quinze hauts responsables du pays auraient touché des pots-de-vin pour acquérir des milliers d'exemplaires de l'appareil miraculeux de James McCormick. Trois sont aujourd'hui sous les verrous, dont l'ex-responsable des démineurs de Bagdad, le général Jihad Al-Jabari. Depuis, l'ADE est devenu le symbole du cynisme et de la corruption des dirigeants irakiens. L'appareil, synonyme d'embouteillages, exaspère les automobilistes.

Plus personne n'y croit dans le pays, sauf les policiers qui continuent de l'utiliser, imperturbables. Interrogés lors d'un séjour à Bagdad, début avril, la plupart d'entre eux continuent de nier l'évidence, sans qu'on sache si c'est l'effet d'une fierté mal placée ou du désarroi d'avoir été ainsi bernés par leurs supérieurs. Comment autant de monde a ainsi pu se laisser berner pendant des années ? "C'est dur à croire. M. McCormick était un fraudeur sophistiqué, qui a développé sa tricherie pendant des années. Il était fort à ce jeu-là", répond, laconique, Nigel Rock, le policier britannique qui a mené l'enquête. Il prétendait posséder quatre laboratoires secrets au Royaume-Uni et en Roumanie.

L'homme arborait tous les signes extérieurs du parfait businessman. Ses brochures en papier glacé présentaient les avantages des différents appareils, dans des termes apparemment savants. La vidéo de démonstration ne lésine pas sur les effets spectaculaires : une voiture explose, s'envolant dans les airs au ralenti ; quelques instants plus tard, une maison est déchiquetée par une bombe de grande puissance. "Evitez ça !", clame le slogan, dans une ambiance digne d'un épisode de James Bond.

EFFICACE MÊME SOUS L'EAU
L'aplomb du Britannique impressionne. Dans une vidéo de formation qui se trouve encore sur YouTube, dans laquelle il explique le fonctionnement de l'appareil, l'homme affirme sans ciller que la technologie fonctionne aussi sous l'eau. Selon ses dires, dans la même vidéo, il aurait commencé à mettre au point l'ADE dès 1997. Mais c'est en 2001, après les attentats du World Trade Center, que les ventes ont vraiment décollé. "Les Twin Towers ont inséré la peur dans l'esprit des gens", explique-t-il.

James McCormick saura parfaitement exploiter cette anxiété. Pour mettre au point son engin, il achète aux Etats-Unis des détecteurs de balles de golf. Il transforme à peine ces gadgets à vingt dollars et les revend vingt-cinq fois le prix. Pour cet homme originaire d'une famille modeste de Liverpool, qui a quitté l'école sans autre diplôme que quelques épreuves du brevet des collèges, l'argent coule à flots. La belle vie commence. Il achète pour sa fille des chevaux de dressage. Il roule en Porsche Cayenne. A Bath, il acquiert la maison de l'acteur Nicolas Cage, pour plus de 5 millions d'euros. Dans la campagne verte de l'ouest de l'Angleterre, il se paye une ferme près du charmant village de Taunton, pour près de 2 millions d'euros, où il réside. Sans compter une villa à Chypre, une autre en Floride et un yacht, le Sunseeker. Des photos le montrent au volant de son bolide, en polo blanc, sirotant un verre de vin rouge.

Désormais, la police britannique cherche à confisquer sa fortune. Elle a déjà gelé près de 18 millions d'euros, mais estime qu'une somme équivalente aurait été blanchie via Chypre, le Belize et Beyrouth. La fraude est donc désormais terminée. Mais en Irak, malgré le procès, les détecteurs continuent à être utilisés. "On ne peut pas les abandonner du jour au lendemain, nous confiait début avril à Bagdad l'un des rares policiers à reconnaître qu'ils ne servent à rien. Ce serait avouer qu'on s'est fait avoir. Et puis ils n'empêchent peut-être pas les attentats mais c'est une manière comme une autre de faire des fouilles au hasard."

Christophe Ayad et Eric Albert

Sob o dominio da mentira...

Existem muitos povos que vivem sob o domínio das mentiras oficiais, alguns com consequências desastrosas até para sua sobrevivência física ou conforto material; outros, apenas (ou ainda) para sua saúde mental, ou simples bem-estar social e convivial, pois as mentiras oficiais também trazem desconforto nas relaçöes sociais ou raciais, entre outras esquizofrenias coletivas.
Listo apenas alguns exemplos:
Coreia do Norte, Cuba, China, Rússia, Síria, Somália, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, República dos Companheiros...
Paulo Roberto de Almeida

Franceses do governo atiram uns contra os outros...

Um esporte muito praticado num governo confuso...

Dailymotion ne doit pas rester "franco-français", selon Fleur Pellerin
Le Monde.fr avec AFP | 04.05.2013 à 23h57

Convoité par l'Américain Yahoo!, le site Dailymotion (filiale de Orange/France Telecom) n'a pas vocation à rester "franco-français", estime la ministre de l'économie numérique Fleur Pellerin. "Ce serait une impasse économique et industrielle, dit-elle au Journal du Dimanche. Mais l'entreprise, sa technologie, ses ingénieurs et ses emplois doivent rester ancrés en France".
L'intérêt manifesté par le géant de l'Internet Yahoo! pour le site a suscité une polémique au sein du gouvernement et parmi la classe politique après que le ministre du redressement productif Arnaud Montebourg s'est officiellement opposé à ce projet. Pour Fleur Pellerin, "l'Etat était légitime à faire connaître sa position dans ce dossier parce qu'il est l'actionnaire de référence d'Orange", mais les concessions que Arnaud Montebourg cherchait à obtenir de l'Américain "aurait dû rester dans le secret des négociations commerciales".

CACOPHONIE
Sur le fond du dossier, la ministre reconnaît que "les pépites (françaises) ont du mal à grossir, il faut les aider", ajoutant ne pas être contre l'arrivée d'investisseurs étrangers aux côtés d'Orange, d'autant que le marché américain est "incontournable quand on veut devenir un acteur de référence international".

Réfutant les critiques d'antiaméricanisme de la presse outre-Altantique, elle a souligné que l'"économie numérique n'est pas un village gaulois ! Après, lorsqu'un deal ne nous convient pas et que nous sommes actionnaires, nous le disons". Quant aux divergences de communication entre M. Arnaud Montebourg et le ministre de l'économie Pierre Moscovici, elle a indiqué que "99 % du temps cela fonctionne bien" mais parfois "la communication n'est pas exactement alignée comme il aurait fallu qu'elle le soit".

Lire (édition abonnés) : Dailymotion : l'intervention de Bercy crée la polémique y compris... à Bercy et Le patron de Dailymotion regrette le blocage gouvernemental

Yahoo! souhaitait racheter à France Télécom 75 % du capital de sa filiale Dailymotion mais l'Etat, qui détient encore 27 % du capital de l'opérateur historique, ne voulait pas aller plus loin que 50 %.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...