quarta-feira, 23 de julho de 2014

A vocacao bolivariana dos companheiros totalitarios - Ives Gandra S. Martins

Vocação bolivariana

Ives Gandra

O Estado de S.Paulo, 22/07/2014 

A edição do Decreto n.º 8.243/14 pela presidente Dilma Rousseff, instituindo conselhos junto aos diversos ministérios, com funções nitidamente de imposição às políticas governamentais, está na linha do aparelhamento do Estado, que pretende criar uma nova classe dirigente no estilo denunciado por Milovan Djilas em “A Nova Classe”, quando o fantasma soviético preocupava o mundo ocidental. Esse decreto objetiva tornar o Poder Executivo o verdadeiro e único poder, reduzindo o Congresso Nacional a um organismo acólito.
Tive a oportunidade de ler as Constituições da Venezuela, da Bolívia e do Equador, a pedido da Fundação Alexandre de Gusmão, quando era presidida pelo embaixador Jerônimo Moscardo, que veiculou o texto de todas as Constituições das Américas, com estudos de constitucionalistas de diversos países. Impressionou-me a imensa diferença entre os três textos e o da Constituição brasileira, que, no artigo 2.º, assegura a independência dos Poderes.
A totalidade da representação popular está no Parlamento
É de lembrar que o Poder Executivo, politicamente, não representa o povo por inteiro, mas apenas a sua maioria. E nos casos em que o chefe do Executivo foi eleito em segundo turno, nem a maioria. Por outro lado, o Poder Judiciário é apenas um poder técnico, sendo a Suprema Corte escolhida por uma pessoa só, o presidente da República.
A totalidade da representação popular está no Parlamento, constituído que é por representantes do povo, tanto os favoráveis ao governo como os contrários a seus detentores. Pode não ser o ideal, contudo representa a vontade de toda a sociedade.
Ora, nas três Constituições bolivarianas o Poder Legislativo é amesquinhado, ao ponto de, na Carta venezuelana, poder declinar de sua competência, transferindo-a para o chefe do Executivo. Os plebiscitos e referendos, nessas Constituições, podem ser convocados pelo presidente. No Equador, o presidente pode dissolver o Parlamento, mas se este o destituir, dissolve-se automaticamente. Na Bolívia, a Suprema Corte é eleita pelo povo, cuja manipulação pelo Poder Executivo não é difícil.
É que tais modelos conformam um sistema político de dois Poderes principais e três Poderes secundários, a saber: o Executivo e o povo são os principais; o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público, os secundários. Por conseguinte, como o povo é facilmente manipulado em regimes de Executivo forte, os modelos dos três países têm um único Poder – e a população é facilmente enganada.
Não se pode esquecer que o culto povo alemão foi envolvido por Adolf Hitler, o mesmo tendo acontecido com o povo italiano, por Benito Mussolini, para não falar dos russos nos tempos de Josef Stalin.
Voltando ao referido Decreto 8.243/14, pretende ele substituir a democracia das urnas por outra dirigida pelo Poder Executivo, com seus grupos enquistados em cada ministério. Então, se o Conselho da Comunicação Social, por exemplo, entender que deve haver controle da mídia, o Executivo, prazerosamente, dirá que o fará, pois essa é a “vontade dos representantes da sociedade civil organizada”!
A veiculação do decreto, em momento no qual se torna evidente o clamoroso fracasso da política econômica do governo Dilma, obrigará um futuro presidente da República, se sério e competente, a realizar um forte ajuste de contas. Caso decida extinguir os conselhos, poderá ser acusado de estar “agindo contra o povo”; e se os mantiver, terá dificuldades para governar.
Na eventualidade de ser a presidente reeleita, poderá impor os seus sonhos guerrilheiros, que ficaram claros quando, em atitude de adoração cívica, em recente visita a Fidel Castro, teve estampada a sua fotografia com o sangrento ditador cubano.
É isso o que me preocupa, em face da permanente proteção da atual presidente aos falidos governos boliviano, venezuelano e argentino, assim como a resistência em firmar acordos bilaterais com países desenvolvidos, sobre dar sinais de constante aversão à lucratividade das empresas, seja nas licitações, seja por meio de esdrúxula política tributária, indecente para um país como o Brasil.
Além do mais, o seu governo tornou a Petrobras e a Eletrobras instrumentos de combate à inflação pelo caminho equivocado do controle de preços. Tal política sinaliza que dificilmente ela fará os necessários reajustes na esclerosada máquina administrativa.
Com os tais conselhos criados, sempre que o governo tomar uma medida demagógica, poderá dizer que a “sociedade civil organizada” é que a está exigindo…
Por essa razão, é de compreender o discurso ultrapassado, do século 19, de luta contra as elites, apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preparando o terreno para medidas “a favor do povo” e contra “os geradores de empregos”, que, na sua visão, são os ricos. Por isso também Vladimir Putin, que deseja restaurar o Império Soviético, é para a presidente Dilma Rousseff um parceiro melhor do que Barack Obama (EUA), representante, para ela, da “oligarquia econômica”.
Como cidadão, respeitando a presidente pelo cargo que ocupa em razão de uma eleição democrática, tenho, todavia, cada vez mais receio de que o eventual risco de perder o poder leve seu grupo a ser dirigido pelos mais radicais, que se utilizarão dos ditos conselhos para, definitivamente, semear a cizânia, na renascida democracia brasileira.

Jornais americanos: piadas sobre os proprios - Carlos Brickman e Paulo Roberto de Almeida

O jornalista Carlos Brickmann, cuja coluna eu recebo e leio todos os dias, não é o autor do que vai abaixo, e pede para que seus leitores façam o mesmo com os jornais brasileiros. Posso tentar...
Paulo Roberto de Almeida

Esta brincadeira sobre jornais circula na Internet americana:

1 - O Wall Street Journal é lido pelos que dirigem o país.

2 - O Washington Post é lido pelos que pensam que dirigem o país.

3 - O New York Times é lido por quem acha que deveria dirigir o país e que é muito bom em palavras cruzadas.

4 - O USA Today é lido por quem acha que deveria dirigir o país mas não entende o New York Times. E adora estatísticas mostradas sob o formato de pedaços de pizza.

5 - O Los Angeles Times é lido por quem não se importaria em dirigir o país, se tivesse tempo, e não precisasse sair da Califórnia.

6 - O Boston Globe é lido por quem teve antepassados que dirigiram o país.
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Será que dá para fazer o mesmo com os jornais brasileiros? Vamos ver...

1 - O Estado de São Paulo é lido por quem tem poder de fato, mas não tem votos, e gostaria de dirigir o país. Na falta dessa possibilidade, seus editoriais ensinam como deveria ser dirigido o país.

2 - O Globo é lido por gente que já comandou os destinos do país, sente saudades daqueles tempos, mas agora só tem de administrar o populismo de uma classe política que se perdeu irremediavelmente nos desvãos da história.

3- A Folha de São Paulo é lida por quem se acha progressista, avançado, e que pretende dar lições de moral para todo mundo, especialmente aos conservadores, que são todos aqueles que estão no poder, mesmo quando se pretendem avançado e progressista,  é apenas conservador.

4 - O Correio Braziliense é lido por todos aqueles que pretendem fazer concurso para o serviço público federal, e quer saber quando será o próximo que vai anunciar novas "boquinhas" abertas...

5 - O Jornal do Brasil já foi lido por todos os membros das elites políticas, culturais, diplomáticas e tutti quanti se achavam importantes na capital da República quando esta era na cidade maravilhosa. Como esta foi ficando cada vez menos maravilhosa, e as novas elites políticas não coincidiam exatamente com as elites culturais e diplomáticas, o jornal entrou em irremediável decadência, sobretudo econômica, pois empresas familiares sofrem as agruras da degeneração geracional...

Acho que é isso, pelo menos é minha opinião.
Paulo Roberto de Almeida

Mercosul: as vesperas de mais uma reuniao de cupula... na Venezuela (vai dar certo?)

Procurando informações sobre a próxima realização da reunião de cúpula do Mercosul, que já deveria ter sido realizada muitos meses atrás, com a Venezuela na presidência pró-tempore (eh, oui...), acabei deparando com uma entrevista que eu mesmo havia dado, algum tempo atrás, sobre o ingresso da Venezuela no bloco, na qual eu expressava minhas dúvidas sobre se a Venezuela, admitida politicamente, seria capaz de cumprir os requisitos da união aduaneira. Não acreditava e continuo não acreditando, e isso não é uma opinião, é apenas uma constatação feita a partir de fatos que vejo.
A despeito de alguns problemas de linguagem (e de um erro de concordância), a entrevista permanece válida, mesmo sendo de dezembro de 2012, por isso a reproduzo aqui abaixo.
Não espero grandes resultados dessa nova reunião de cúpula, inclusive porque o Mercosul, mais uma vez, foi capaz de realizar a proeza de não conseguir fechar uma oferta para negociar um acordo de liberalização comercial com a UE, aqui mais por resistência da Argentina do que pelo caos econômico venezuelano.
Em todo caso, seria uma surpresa se houvesse, além de discursos, algum avanço no processo de integração.
O Mercosul tem futuro?
Não sei; até aqui ele só tem passado...
Paulo Roberto de Almeida


Foto oficial dos presidentes que participam da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados (Foto: Wilson Dias / ABr)
Brasília - Apesar de reconhecer a importância da adesão da Venezuela ao Mercosul, principal tema da reunião de cúpula do bloco, ocorrida esta semana em Brasília, o diplomata Paulo Roberto de Almeida, doutor em Ciências Sociais, mestre em Planejamento Econômico e autor de livros sobre o tema, disse que tem dúvidas sobre a capacidade de o país conseguir, no prazo estipulado, implementar as normativas necessárias para se tornar membro pleno da região.
Segundo Almeida, o decreto presidencial que promulgou a adesão da Venezuela ao Mercosul, conforme processo iniciado em 2006, marca o início de um prazo de quatro anos para que o país  se torne membro pleno do bloco. Mas esse não é o primeiro prazo estabelecido, segundo lembrou o diplomata, autor de livros como O Mercosul no Contexto Regional e Internacional e Mercosul: Fundamentos e Perspectivas.
De acordo com Almeida, também em 2006, foi criado um grupo de trabalho que deveria elaborar uma agenda de integração da Venezuela e foi fixado o mesmo prazo de quatro anos para que Argentina e Brasil liberalizassem  o comércio para o país, o que deveria acontecer até 2010. Até janeiro de 2012, a Venezuela deveria fazer o mesmo.
“O que aconteceu agora é que se está dando prazo de mais quatro anos para que se faça algo que não foi feito nos último seis anos. Não sei se a Venezuela conseguirá cumprir o novo prazo, porque tem uma economia fragilizada”. Segundo ele, o petróleo é o principal produto de exportação venezuelano e a economia ainda depende da importação de uma série de produtos.
Almeida disse que os produtos importados anteriormente dos Estados Unidos e da Colômbia, pela proximidade e facilidade de acesso, passou a ser comprado do Brasil. De acordo com o diplomata, o interesse pelo Mercosul vem, entre outros fatores, da afinidade do governo do presidente venezuelano Hugo Chávez com o regime brasileiro. O diplomata disse ainda que não é possível garantir que a relação com o bloco seja mantida pela Venezuela sem a presença do líder.
A dificuldade da Venezuela, de acordo com Almeida, se estende também à Bolívia, cujo protocolo de adesão foi anunciado durante a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul  e Estados Associados, na última sexta-feira (7).  Para ele, o país poderia ter dificuldades em aplicar a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul. Além disso, o presidente boliviano, Evo Morales, não estaria interessando em deixar de se beneficiar de certas regras da Comunidade Andina (CAN), da qual o país faz parte.
“Há uma incompatibilidade em fazer parte dos dois acordos. Trata-se de uniões aduaneiras, logo excludentes e exclusivas. É preciso uma unidade na política comercial”, disse Almeida.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai – que está suspenso do bloco até pelo menos abril de 2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados. A Comunidade Andina (CAN) é formada por Bolívia, Equador, Colômbia e Peru.
O bloco, com a entrada dos venezuelanos, passa a contar com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões, o que equivale a aproximadamente 82,2% do PIB sul-americano. A população soma 275 milhões de habitantes. Se Guiana, Suriname, Bolívia e Equador, países que manifestaram interesse em entrar na região, passarem a integrar o bloco, mais US$ 200 bilhões serão acrescidos ao PIB.
A Cúpula do Mercosul, foi iniciada do dia 4 e encerrada ontem (7). Participaram do evento, além da presidenta Dilma Rousseff, os presidentes Cristina Kirchner, da Argentina; José Pepe Mujica, do Uruguai; Rafael Correa, do Equador; Evo Morales, da Bolívia; Donald Ramotar, da Guiana; e Desi Bouterse, do Suriname; além da vice-presidenta do Peru, Marisol Cruz; dos vice-chanceleres Alfonso Silva, do Chile; e Monica Lanzetta, da Colômbia; e do ministro de Minas e Energia da Venezuela, Rafael Ramírez.
Edição: Davi Oliveira
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

U.S. Intelligence with a lack of... Intelligence? - Foreign Policy

Percorrendo o noticiário internacional nesta manhã, encontro esta "pérola" no site da Foreign Policy:

U.S. Intelligence No Closer to Pinning MH17 Downing on Russia
by Shane Harris
 Foreign Policy, July 23, 2014
Five days after Malaysia Airlines Flight 17 was shot down over eastern Ukraine, U.S. intelligence officials are still not certain who fired the missile that felled the doomed airliner, nor have they conclusively linked the attack to Russian military forces, according to senior intelligence officials.


Não sei se é auto-ironia, ou apenas excesso de zelo com os cuidados que se deve ter com o novo czar do Kremlin, mas algumas perguntas são de rigor:
Os "rebeldes" pró-russos do leste da Ucrânia dispunham de baterias anti-aéreas ou de mísseis sofisticados quando se "rebeleram"?
Eles compraram esses artefatos no mercado livre de armas?
Sua intenção é formar um novo estado independente, tipo Ucrânia oriental, ou Ucrânia russa?
Onde estão os radares que certamente seguiram a trajetória de todos os objetos voadores no fatídico dia do acidente?
Por que não começar respondendo essas questões?
A Inteligência americana sofreu um apagão?
Paulo Roberto de Almeida

PS.: Quase todos os países que contam na comunidade internacional soltaram notas e enviaram pêsames aos governos da Ucrâna, da Malásia, dos Países Baixos, pela tragédia. Ainda não vi nada no gênero vindo do Brasil. Estamos esperando o final das investigações para dar pêsames?

Reformas economicas no Brasil dos anos 1990 - Roberto Ellery (UnB, 24/07)

Apesar de não poder assistir, recomendo vivamente a todos os interessados:

QUINTA-FEIRA, 24/07, 19h, na Sala de Seminários do IPOL (UnB)

REFORMAS ECONÔMICAS DOS ANOS 90 NO BRASIL

PROF. DR. ROBERTO ELLERY.

GRUPO DE ESTUDOS LIBERAIS LOBOS DA CAPITAL convida a todos para exposição e discussão a respeito das reformas econômicas da década de1990(em especial as privatizações e o Plano Real) com o Prof. Roberto Ellery, Doutor em Economia pela Universidade de Brasília - UnB, Mestre em Economia pela University of Pennsylvania - UPENN e Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.

O Professor também escreve em seu excelente blog (http://rgellery.blogspot.com.br/). Leitura recomendadíssima.

Como usual, além dos estudos, teremos também deliciosas coxinhas.

Esperamos todos lá!

Nunca Antes na Diplomacia: todos os links disponíveis, e as livrarias

Apresento abaixo os links direcionando os interessados tanto à disponibilidade do livro nas livrarias de venda online, quanto a uma apresentação mais completa do livro e os textos abertos:

Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais 
Curitiba: Appris, 2014, p. 289; ISBN: 978-85-8192-429-8
Relação de originais n. 2596
Relação de publicados n. 1133


Página do livro no site do autor: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/NuncaAntes2014.html

Informação no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-novo-livro.html

Disponibilidade no site da Editora: http://www.editoraappris.com.br/produto/4308511/Nunca-Antes-na-Diplomacia-a-politica-externa-brasileira-em-tempos-nao-convencionais#

Livraria Saraiva online: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7865017

Livraria Cultura online: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42274547&termo=nunca%20antes%20na%20diplomacia

Capa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-politica.html
Quarta capa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-politica_15.html

Prefácio do Emb. Rubens Barbosa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-prefacio-do.html
Apresentação no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-politica.html
Introdução PRA no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-apresentacao.html

E nas livrarias:
Rio de Janeiro, RJ: Cultura e da Travessa
São Paulo, SP: Cultura e Martins Fontes
Belo Horizonte, MG: Cultura e Mineriana
Brasília, DF: Cultura e Saraiva (da Uniceub)
Curitiba, PR – Cultura e Livraria do Chaim
 

Propaganda governamental: sempre inutil, sempre dispensavel

Esses aumentos chegam a ser pornográficos.
Em todo caso, minha proposta é simples:
"Artigo 1 (de um primeirissimo decreto governamental): Está extinta a Secretaria de Comunicação do Governo e ficam proibidos quaisquer gastos governamentasis em publicidade oficial".
Ponto acabou.
Governo só anuncia programa de vacinação, e mesmo assim com a ajuda dos meios de comunicação privados. Todo o resto fica simplesmente extinto.
Agora vejam o que motivou minha postagem:

Perto das eleições, os Governos não podem fazer propaganda. Mas compensam: nos últimos meses, governos estaduais dos mais diversos partidos e o Governo Federal multiplicaram gastos publicitários (o levantamento é do Ibope Media). Nosso dinheiro foi amplamente utilizado para mostrar como temos governos maravilhosos, realizadores, padrão FIFA.

Em maio, o Governo Federal gastou R$ 379 milhões em propaganda - 97% mais que em maio do ano passado, quando não havia eleições. Em junho, torrou R$ 419 milhões, 93% mais que em junho de 2013. Os governos estaduais gastaram R$ 163 milhões em maio (54% mais que em maio de 2013) e R$ 196 milhões em junho (130% mais que em junho do ano anterior).

Quando vierem as histórias sobre falta de verbas para segurança, para salários de professores, para abastecer hospitais com remédios, para fazer aquilo que governos foram eleitos para fazer, parte da explicação é esta.


Coluna diária do jornalista Carlos Brickmann
22/07/2014

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...