Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Economia brasileira: confianca baixando, eleicoes mais disputadas - The Economist
Indice Big Mac: Real continua valorizado em relaçao ao dolar - The Economist
Os iguais e os mais iguais: Brics e políticas economicas do Brasil - Marcelo de Paiva Abreu
Russia: "A mafia state should be treated as such." - Michael Weiss (Financial Times)
Russia/Ukraine: FP columnist Michael Weiss explains how Europe and the United States could impose sanctions on Russian President Vladimir Putin that would leave him hurting: "Let's give Putin a clear choice: Either he can continue subventing and enabling the bloodletting in eastern Ukraine, or we can expose the enormous global network of offshore bank accounts, dummy companies, and real estate holdings that belong to him and his criminal elite. A mafia state should be treated as such. And information should once again be weaponized as it was during the Cold War. Moscow has already gotten a head start, by leaking compromised telephone calls between members of our State Department and between Eurocrats and NATO-allied state officials.
A Política Comercial Brasileira e o Acesso a Mercados - Seminario Aduaneiras (5/08/2014, SP)
Proposta:
Debater sobre os desafios de acesso ao mercado brasileiro e mercados estrangeiros e apresentar os métodos para superá-los.
Contexto:
A política comercial brasileira teve poucas mudanças na última década, focando na integração do país no Mercosul e nas negociações multilaterais de comércio, além de pouco avanço em negociações de acordos comerciais. Apesar do esforço do governo em assinar tais acordos, diversos obstáculos têm dificultado esse caminho. Enquanto boa parte da indústria brasileira tem permanecido satisfeita com essa situação, alguns setores têm sido mais proativos e buscado abrir novos mercados estrangeiros usando inteligência e ferramentas adequadas. O agronegócio e alguns setores industriais e de serviços conseguiram mapear os melhores mercados para suas exportações, disputaram e superaram os principais empecilhos.
De forma semelhante, a política protecionista e a forma com que a defesa comercial tem sido aplicada tem prejudicado parte da indústria brasileira com o aumento dos custos dos insumos importados e o consequente encarecimento das exportações. Assim, a melhor saída para as empresas seria atuar no comércio exterior com inteligência, planejando a logística, tributação e parcerias comerciais. Sendo especialistas nessas ferramentas, a UNO e a Aduaneiras estão organizando esse seminário para debater os métodos para as empresas superarem esses desafios e conseguirem operar no comércio exterior com eficiência e de forma planejada.
As seguintes questões serão discutidas:
► Os riscos da política comercial protecionista para a indústria brasileira e como as empresas podem minimizar seu prejuízo;
► A importância de alinhar a política comercial com a integração da indústria nas cadeias globais de produção;
► Exemplos da diplomacia comercial usada pelo setor privado brasileiro para aumentar suas exportações; e
► Setores brasileiros que podem aumentar suas exportações através das técnicas existentes para questionar as barreiras comerciais estrangeiras.
Data: 5 de agosto de 2014
Local: Auditório da Aduaneiras, Av. Paulista, 1.337 - 23º andar - São Paulo - SP
Agenda
Abertura:
9h Representante da Aduaneiras e Roberto Kanitz
Painel 1: Planejamento e riscos na importação
9h15-10h30
o Roberto Kanitz (Uno Trade) – Riscos ao importador, dumping, revisões e retroatividade
o Representante da Aduaneiras
o Renata Sucupira Duarte (Uno Trade) – Planejamento na importação
o Eduardo Mangabeira* (Cotia Trading)
Desproporcional pode ser o 7 a 1; se Israel nao tivesse anti-misseis a proporcionalidade de mortos seria aceitavel para o Brasil?
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, rebateu ementrevista ao Jornal Nacional, exibida na noite desta quinta-feira (24), as críticas feitas pelo governo brasileiro de uso "desproporcional" da força israelense na Faixa de Gaza.
Ele ironizou a declaração do Brasil e fez referência à derrota sofrida pela seleção brasileira por 7 a 1 em partida contra a Alemanha na semifinal da Copa.
"A resposta de Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real e sob a lei internacional", disse Palmor.
Na quarta (23), em nota oficial, o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta".
A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.
Nesta quinta, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor questiona a retirada do embaixador e chama o Brasil de "anão diplomático".
Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.
Em entrevista à TV Globo, Yigal Palmor afirmou ainda que desproporcional seria deixar "centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel".
Quase 800 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 30 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em duas semanas de ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza.
O porta-voz destacou que o que desequilibrou o número de mortos na guerra foi o sistema antimísseis do país.
"A única razão para não termos centenas de mortos nas ruas de Israel é termos desenvolvido um sistema antimíssil e não vamos nos desculpar por isso. Se não tivéssemos esse sistema haveria centenas de pessoas mortas nas ruas de Israel. Isso seria considerado proporcional?", questionou.
Ao ser perguntado sobre se Israel vê possibilidade de um cessar-fogo com a iniciativa de discussão liderada pelos Estados Unidos, o porta-voz voltou a alfinetar o Brasil.
"Há muitos contatos diplomáticos sendo feitos. [...] Infelizmente o Brasil não faz parte. O Brasil se afastou de todos os movimentos diplomáticos ao convocar seu embaixador. Mas há outros países envolvidos. Um dia desses vai haver um cessar-fogo. A questão é saber quantas pessoas vão pagar com suas vidas pela teimosia e extremismo do Hamas."
O Golias anao e o David gigante: apenas um conflito de egos em torno do conflito Israel-Palestina? (sic)
Por Redação, com agências internacionais - de Jerusalém
Além das mortes de mais de 700 palestinos, o governo de Israel conseguiu, nesta quinta-feira, ferir gravemente a diplomacia brasileira ao afirmar, por intermédio de sua Chancelaria, que o “comportamento” do Brasil “ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante”. Além disso, o governo disse que o país escolhe “ser parte do problema, em vez de integrar a solução” e, segundo o porta-voz israelense Yigal Palmor, o Brasil não passa de um “anão diplomático”. O “comportamento” que mereceu as duras críticas de Tel Aviv trata-se do comunicado distribuído na noite passada, no qual o Itamaraty condena o “uso desproporcional da força” por parte de Israel e não faz referência às agressões de palestinos contra israelenses.
– Essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático – afirmou Palmor ao diário israelense The Jerusalem Post.
Outra medida que irritou o Estado judeu foi a reprimenda diplomática brasileira ao chamar o embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, para expressar seu protesto, e convocar o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Henrique Pinto, de volta a Brasília. Segundo as regras da diplomacia, o protesto feito a Eldad e a convocação de Pinto mostram sinais de forte desagrado. Em sua página na internet, a diplomacia israelense acusou o Brasil de “impulsionar o terrorismo” e afirmou que isso, “naturalmente”, afeta a “capacidade do Brasil de impulsionar influência”.
Na nota, Israel se diz “decepcionado” com a convocação do embaixador brasileiro e observa que a atitude “não reflete” o nível das relações bilaterais, além de “ignorar o direito de Israel de se defender”. “Israel espera apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, reconhecido como uma organização terroristas por muitos países”, afirma o documento.
Apenas algumas horas após a crítica sem precedentes do governo israelense, o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, colocou panos quentes na crise ao afirmar que a “discordância entre amigos é natural”. Figueiredo acrescentou que o comunicado do Itamaraty na noite passada, que recebeu o aval da presidenta Dilma Rousseff, segundo apurou o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, “não apaga as críticas feitas anteriormente ao Hamas só porque não as menciona”.
– O gesto que tinha que ser feito foi feito. O Brasil entende o direito de Israel de se defender, mas não está contente com a morte de mulheres e crianças – explicou.
Fontes citadas pela Folha afirmam que o Itamaraty e o Palácio do Planalto ainda estudam a melhor reação para um comentário considerado “tão duro”. “Se, de um lado, alguns diplomatas brasileiros alertam para que não se ‘bata boca’ com Tel Aviv, outros analisam ser necessário uma resposta enérgica da própria presidente da República para responder a crítica à altura. Em Gaza, o gesto brasileiro foi recebido com festa. Palestinos se aproximaram da reportagem da FSP para expressar gratidão ao governo Dilma Rousseff”.
– Obrigado por convocar seu embaixador. O Brasil é melhor do que os países árabes, como o Egito, que não fazem nada – disse Tawfiq Abu Jamaa, em Khan Yunis.
Desde que começou a operação israelense Margem Protetora, no dia 8 deste mês, mais de 700 palestinos, na grande maioria civis, foram mortos. Do lado israelense, morreram 32 militares e três civis, sendo um cidadão tailandês. O intuito da operação é desmantelar o movimento radical islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
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