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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Retratos da irrealidade cotidiana (ou idiotas nunca desistem...)

O próprio de seres racionais é reconhecer os dados fundamentais da realidade e ajustar em consequência sua conduta, suas ações, suas iniciativas, procurando extrair o máximo de retorno possível dos insumos ou fatores de produção colocados à sua disposição, num determinado ambiente de trabalho ou contexto geográfico determinado, cujas variáveis não são, e não podem ser, controladas por ninguém em particular, já que resultantes de processos impessoais de caráter sistêmico ou estrutural.


O próprio dos idiotas é tomar sua vontade, e suas aspirações, pela realidade, e achar que basta incitar a vontade que a realidade vai se dobrar.
É o que eu chamo de "método Barão de Munchausen", ou seja, puxe pelos cabelos que você acabará se deslocando nos ares...



Chomsky debate o futuro dos novos movimentos
Diante do Occupy Boston, ele revela esperança nos protestos anticapitalistas, mas lembra: “há muito pela frente; vocês não vencerão amanhã”
Zizek vê horizonte aberto
Em nova entrevista, filósofo esloveno analisa:
 capitalismo perdeu legitimidade e já não é sinônimo de democracia, mas o que virá não está definido -- nem será, necessariamente, melhor.

Nem preciso dizer de onde retirei essas pérolas da suprema idiotice corrente.
Paulo Roberto de Almeida 

4 comentários:

Anônimo disse...

ele estava certo
http://www.politicaldick.org/wp-content/uploads/2011/10/karl-marx-theory-of-i-told-you-so.jpg

Paulo Roberto de Almeida disse...

Anônimo marxista,
Qualquer idiota pode vir com a famosa frase: "Eu avisei"
Marx não previu NENHUMA CRISE do capitalismo, apenas disse que o sistema era propenso a crises periódicas, algo que ele aprendeu com economistas clássicos anteriores a ele.
Ou seja, o fato de Marx ter sido transformado em profeta da crise final do capitalismo, não indica que ele estava certo, apenas que previu o que qualquer economista aprendiz poderia prever: crises vão ocorrer.
So what?, como diriam os ingleses.
O capitalismo entrou em crise final?
Obviamente não.
Enterre o seu Marx, e vá ler coisas mais interessantes.
Paulo Roberto de Almeida

Rozenbaum disse...

PRA,
Nao sei se tudo se resume a capitalismo X socialismo X inferno X ???
.
Creio que as ocupações fogem dessa díade simplista e estúpida
De tempos em tempos os governos começam a ser questionados e testados pela população que não se contenta com os resultados apresentados
E isso nao e exclusividade de autocracias. Os movimentos occupy ou arab spring tem surgido em democracias tb!
Ainda nao consigo ver uma semelhança ou padrao entre os diversos movimentos dos mais diferentes países e cidades. O unico ponto chave é essa insatisfação generalizada com o governo
.
Vc ve algo mais?

Paulo Roberto de Almeida disse...

Meu caro Rozembaum,
De fato, você tem razão: o mundo não se resume a essa oposição entre o capitalismo e....???
Aliás, não sou eu quem faço essa oposição, mas aqueles que eu chamo de idiotas, e que têm o "capitalismo" solto, e a cada crise do sistema se colocam logo a babar contra o capitalismo e a imaginar grandes soluções de ruptura, recusando a nossa tão perversa sociedade do lucro, da ganância, dos mercados "irracionais" e qualquer outra coisa maluca, desde que seja grandiosa, anti-mercado e anti-capital.
Pode ser em democracias, ditaduras, regimes simplesmente demagógicos da América Latina ou em outros lugares, o fato é que malucos pretendem reorganizar a sociedade com base em dois ou três slogans redutores. A sociedade é sempre mais complexa do que os sonhos dos engenheiros sociais.
Paulo Roberto de Almeida